Votação
foi concluída neste domingo (6), com voto decisivo do presidente do Supremo,
Luiz Fux. Antes, a maioria já havia decidido que o presidente da Câmara não
poderia ser reeleito. Fux decidiu a situação de Davi Alcolumbre, que havia
ficado em aberto por conta do voto de Kassio Nunes Marques
247 - O Supremo Tribunal Federal decidiu que os atuais
presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre
(DEM-AP), não podem se candidatar à reeleição de seus cargos na mesma
legislatura, preservando o que está escrito na Constituição Federal.
O julgamento,
feito por meio de plenário virtual, foi concluído na noite deste domingo (6),
após a divulgação dos últimos votos que faltavam. Edson Fachin, Luís Roberto
Barroso e Luiz Fux divergiram do relator Gilmar Mendes e foram contra a
reeleição de Maia e Alcolumbre. Eles acompanharam a divergência junto com Rosa
Weber, Cármen Lúcia, Marco Aurélio Mello.
O
presidente do STF, Luiz Fux, deu um voto decisivo sobre a situação de
Alcolumbre, uma vez que um voto do ministro Kassio Nunes Marques havia deixado
sua situação indefinida. Na avaliação do ministro, apenas Alcolumbre poderia
ser reeleito, Maia não. A situação de Maia já havia sido decidida por maioria
pela Corte.
Confira como
ficaram os dois placares:
Sobre uma eventual reeleição de Rodrigo
Maia:
7 votos
contra: Nunes Marques, Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso, Edson Fachin e Luiz Fux
4 votos a favor:
Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski
Sobre uma eventual reeleição de Davi
Alcolumbre:
6 votos
contra: Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson
Fachin e Luiz Fux
5 votos a favor:
Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Nunes Marques, Alexandre de Moraes e Ricardo
Lewandowski
Últimos votos
Para
Luiz Fux, a reeleição tem sido questionada como fonte de instabilidade. E
ressaltou que a permissão só pode vir por meio de alteração na Constituição, o
que cabe ao Congresso e não ao Judiciário.
"De
modo que considero legítimo que os presidentes das casas legislativas possam
ser reeleitos por uma vez para legislatura subsequente, se o Congresso Nacional
assim desejar. Mas deverá manifestar sua vontade pela via formal da emenda à
Constituição", explicou.
"Se
a reeleição amplia a autonomia do legislativo e, com isso, democratiza a
República, deve a tese ganhar força no órgão que, por excelência,é a própria
expressão da representação popular. Respeitar os limites do texto nada tem que
ver com tolher a autonomia do Legislativo", declarou o ministro Luiz Edson
Fachin.