segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

STF derrota Maia e Alcolumbre e veta reeleição na Câmara e no Senado

 

Votação foi concluída neste domingo (6), com voto decisivo do presidente do Supremo, Luiz Fux. Antes, a maioria já havia decidido que o presidente da Câmara não poderia ser reeleito. Fux decidiu a situação de Davi Alcolumbre, que havia ficado em aberto por conta do voto de Kassio Nunes Marques

Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre (Foto: Marcelo Camardo/Ag.Brasil)

247 - O Supremo Tribunal Federal decidiu que os atuais presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), não podem se candidatar à reeleição de seus cargos na mesma legislatura, preservando o que está escrito na Constituição Federal. 

O julgamento, feito por meio de plenário virtual, foi concluído na noite deste domingo (6), após a divulgação dos últimos votos que faltavam. Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux divergiram do relator Gilmar Mendes e foram contra a reeleição de Maia e Alcolumbre. Eles acompanharam a divergência junto com Rosa Weber, Cármen Lúcia, Marco Aurélio Mello.

O presidente do STF, Luiz Fux, deu um voto decisivo sobre a situação de Alcolumbre, uma vez que um voto do ministro Kassio Nunes Marques havia deixado sua situação indefinida. Na avaliação do ministro, apenas Alcolumbre poderia ser reeleito, Maia não. A situação de Maia já havia sido decidida por maioria pela Corte.

Confira como ficaram os dois placares:

Sobre uma eventual reeleição de Rodrigo Maia:

7 votos contra: Nunes Marques, Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Luiz Fux

4 votos a favor: Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski

Sobre uma eventual reeleição de Davi Alcolumbre:

6 votos contra: Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Luiz Fux

5 votos a favor: Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Nunes Marques, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski

Últimos votos

Para Luiz Fux, a reeleição tem sido questionada como fonte de instabilidade. E ressaltou que a permissão só pode vir por meio de alteração na Constituição, o que cabe ao Congresso e não ao Judiciário.

"De modo que considero legítimo que os presidentes das casas legislativas possam ser reeleitos por uma vez para legislatura subsequente, se o Congresso Nacional assim desejar. Mas deverá manifestar sua vontade pela via formal da emenda à Constituição", explicou.

"Se a reeleição amplia a autonomia do legislativo e, com isso, democratiza a República, deve a tese ganhar força no órgão que, por excelência,é a própria expressão da representação popular. Respeitar os limites do texto nada tem que ver com tolher a autonomia do Legislativo", declarou o ministro Luiz Edson Fachin.

 

Câmara vota hoje, proposta que concede Título de Cidadão Honorário ao jornalista Edison Costa

 

Projeto de lei que confere a honraria ao jornalista foi assinado pelo vereador José Airton Deco de Araújo, o Deco (PL) e consta da ordem do dia da sessão que acontece nesta segunda-feira (7). A matéria vai a votação em primeira discussão.

(Foto/TN Online)


O presidente da Câmara de Apucarana, Luciano Molina (PL), disponibilizou no Portal do Legislativo, a íntegra da ordem do dia da sessão ordinária a ser realizada nesta segunda-feira (7).

De acordo com a relação, cinco matérias constam da pauta para apreciação dos vereadores, sendo três projetos de decretos legislativos, um projeto de lei e uma indicação.

Entre as matérias, destaca-se o Projeto de Lei 092/2020, que concede Título de Cidadão Honorário de Apucarana ao jornalista Edison Costa do jornal Tribuna do Norte, pelos relevantes serviços prestados à comunidade apucaranense.

Na exposição de motivos para justificativa do título, o vereador Deco, autor da proposta, fez um extenso relato da carreira do jornalista. (Confira aqui).

Edison Costa nasceu em 1954 no Distrito de Santa Zélia em Astorga, mas vive em Apucarana há 36 anos. Formado em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Costa foi contratado como repórter da Tribuna da Cidade em 1984 e mantido na função pelo jornal Tribuna do Norte, em 1991, após a fusão da Tribuna da Cidade com Jornal do Norte.

Durante as mais de três décadas de trabalho, Edison Costa produziu diversas reportagens jornalísticas que contribuiu para o desenvolvimento econômico e social da região, em diversas áreas como agricultura, pecuária, política e esportes, sobre os mais variados temas, o que lhe rendeu vários prêmios do jornalismo.

O homenageado dado sua forma educada que trata e aborda as pessoas, goza de bastante prestigio da população e do meio onde trabalha, por isso é considerado um dos profissionais da imprensa mais querido em Apucarana.

A sessão acontece nesta segunda-feira (7), às 16 horas e deve contar com a presença de todos os vereadores.

 

domingo, 6 de dezembro de 2020

Haddad defende candidatura Lula em 2022 e cobra STF após "desmoralização de Moro"

"Espero que o Judiciário faça justiça e nós possamos seguir com Lula candidato", disse o ex-prefeito, que também Sérgio Moro desmoralizado depois da sua contratação pela Alvarez & Marsal

Fernando Haddad, Lula e fachada do STF (Foto: Ricardo Stuckert | Felipe Gonçalves/Brasil 247 | STF)

247 – O ex-prefeito Fernando Haddad, que disputou as eleições de 2018 e obteve mais de 46 milhões de votos, defendeu a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, especialmente depois da desmoralização do ex-juiz Sérgio Moro. "A minha posição sobre 2022 está muito ligada ao fato de eu estar lutando muito para que Lula recupere seus direitos políticos, sobretudo depois da desmoralização de Sergio Moro. Espero que o Judiciário faça justiça e nós possamos seguir com Lula candidato. Esse HC [habeas corpus] tem dois anos que foi pedido e é uma demanda jurídica que tem precedência sobre as outras. Acumulam-se evidências e provas de parcialidade do [então] juiz. Eu não sei mais o que precisa acontecer para que o sistema de justiça reconheça que houve clara violação de direitos fundamentais", afirmou ele, em entrevista à jornalista Carolinha Linhares, na Folha de S. Paulo.

Sobre uma frente com outros setores da política brasileira contra o fascismo bolsonarista, Haddad afirmou que eles é que devem ser questionados. "Temos [Luciano] Huck, Ciro [Gomes] e [João] Doria. Tem que perguntar para eles se votariam no Bolsonaro. Acho engraçado que o jornalismo não pergunte isso para aqueles que votaram no Bolsonaro em 2018. Se eles nos acusariam de extremista para justificar o voto no verdadeiro extremista ou não. Conheço tucanos que não repetiriam o voto no Bolsonaro e tucanos que repetiriam. Isso é relevante para mostrar quem é de fato extremista", afirmou. 

Miriam Leitão diz que governo Bolsonaro é risco de vida para os brasileiros

 

"Existem governos bons, existem governos ruins e existe o governo Bolsonaro. Ele é um risco de vida", aponta a jornalista, que ainda não fez sua autocrítica pelo apoio ao golpe de 2016

(Foto: Reprodução | ABr)

247 – A jornalista Miriam Leitão, que ainda não fez sua autocrítica por ter apoiado a quebra da ordem democrática no Brasil, a partir da farsa das "pedaladas fiscais" usada para golpear a ex-presidente Dilma Rousseff, avalia que nada pode ser pior do que Jair Bolsonaro – que, na verdade, é a consequência do golpe de 2016. "Existem governos bons, existem governos ruins e existe o governo Bolsonaro. Ele é um risco de vida. A declaração do ministro Eduardo Pazuello de que as aglomerações da campanha eleitoral não causaram aumento da pandemia no Brasil é um atentado à saúde dos brasileiros", diz ela, em sua coluna no Globo.

"O governo Bolsonaro atravessou todas as fronteiras do que pode ser considerado um mau governo. Ele é pior. Está além dessa classificação. O ministro da Saúde nos mandou morrer, pelo visto", diz ainda a jornalista. "O ministro da Saúde está estimulando ainda mais relaxamento, está dizendo que não tem importância haver aglomerações e isso no momento de nova escalada da doença", critica.

Miriam Leitão afirma ainda que Pazuello pode ˜arruinar a própria biografia, ele pode arrastar com ele a reputação das Forças Armadas, o que ele não pode é colocar a vida de brasileiros em risco.˜

 

Rosa Weber vota contra golpe pró-Maia no STF e complica reeleição na Câmara e no Senado

 

“A hermenêutica constitucional não permite endosso a práticas heterodoxas que adulterem o real sentido da Constituição, ou de exegeses capciosas que estiquem o sentido semântico das palavras até que expressem qualquer coisa, e a Constituição já mais nada signifique", escreveu a ministra

Rosa Weber (Foto: Valter Campanato/Ag.Brasil)

247 – A ministra Rosa Weber proferiu um voto exemplar neste sábado contra o golpe que vem sendo tramado para permitir a reeleição de Rodrigo Maia, na Câmara dos Deputados, e Davi Alcolumbre (DEM-AP), no Senado. Golpe que vem sendo tratado pela mídia comercial como "drible na Constituição''.

“A hermenêutica constitucional não permite endosso a práticas heterodoxas que adulterem o real sentido da Constituição, ou de exegeses capciosas que estiquem o sentido semântico das palavras até que expressem qualquer coisa, e a Constituição já mais nada signifique. Impõe-se, no caso, a reafirmação da supremacia da Constituição”, completou Rosa Weber.

"O julgamento ainda não está definido. Dos onze ministros, quatro votaram para autorizar apenas uma reeleição na mesma legislatura. A regra, no entanto, valeria apenas a partir da próxima legislatura. Se essa corrente for vencedora, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP) ficam liberados para disputar os cargos no ano que vem. Votaram dessa forma Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes", aponta reportagem do Valor Econômico.

"Kassio Nunes Marques concordou, mas declarou que o limite para apenas uma reeleição já vale a partir de 2021. Com essa interpretação, Maia ficaria fora da disputa, porque já está no terceiro mandato. Marco Aurélio Mello, Cármen Lúcia e Rosa Weber votaram contra a reeleição na mesma legislatura. Ainda faltam votar os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. A expectativa é de que Fachin vote contra a reeleição na mesma legislatura. O destino de Maia e Alcolumbre, portanto, estaria nas mãos de Barroso e Fux", informa ainda o Valor.

Bomba-relógio: sem restrições a festas, infectologistas preveem avanço da covid em janeiro

 

Infectologistas temem observam que há descontrole da Covid-19 no país e preveem bomba-relógio em janeiro, caso não haja restrições a festas

(Foto: José Barbacena)

247 - Embora alguns estados brasileiros comecem a anunciar restrições às festas de Natal e Ano Novo para conter a pandemia do novo coronavírus, o próprio governo federal e seus apoiadores se opõem, facilitando o descontrole da pandemia.

Na última sexta-feira (4) bolsonaristas divulgaram uma hashtag nas redes sociais como parte de uma campanha pela realização de festas natalinas. 

Para infectologistas, a falta de sintonia entre as autoridades acerca das restrições resultará em aumento de infecções e um janeiro complicado, informa o UOL.

O comportamento do governo federal e dos bolsonaristas vai na contramão do que ocorre em outros países. Na Itália, por exemplo, que é um país de forte tradição natalina, o governo decidiu desestimular as festas em 2020. 

No Brasil, o estado de São Paulo proibiu Réveillon em bar, restaurante e hotel e recomenda que as celebrações não reúnam mais do que dez pessoas. Em Belo Horizonte, a prefeitura proibiu o consumo de bebida alcoólica em bares, restaurantes e lanchonetes a partir do dia 7 de dezembro. Assim com São Paulo, Rio Grande do Sul suspendeu as festas de fim de ano.

Em nível federal, do entanto, o silêncio sobre o assunto sugere que o governo deixará as medidas restritivas a cargo dos outros entes da federação, o que é um erro, dizem os infectologistas, consultores da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).

 

Com manobra diplomática contra a Venezuela, Brasil conduz aliada de Guaidó a cargo em órgão amazônico

 

Com ajuda do Brasil, uma representante do golpista venezuelano Juan Guaidó ocupa assento na OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica)

Jair Bolsonaro e Juan Guaidó (Foto: Sputnik)

247 - O Brasil deu um golpe diplomático na Venezuela e ajudou a conduzir a um posto na OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica) uma aliada do autoproclamado presidente interino Juan Guaidó. A nomeação ocorreu no início de novembro. 

O argumento usado foi que os representantes dos oito países do organismo são os diplomatas reconhecidos pelo Itamaraty, já que a OTCA tem sede em Brasília. É o caso de Maria Teresa Belandria, representante de Guaidó, que o Brasil considera a embaixadora venezuelana, informa a coluna Painel da Folha de S.Paulo.

Kotscho relata como Bolsonaro e Moro se uniram para destruir o Brasil em quatro anos

 

“Não foi nada combinado, ao que parece, mas aconteceu”, escreve o jornalista, para quem “nem o mais alucinado roteirista de Hollywood seria capaz de criar um enredo como esse”

(Foto: Agência Brasil)

247 - Em uma coluna esclarecedora, no UOL, o jornalista Ricardo Kotscho relata como Jair Bolsonaro e Sergio Moro se uniram para destruir o Brasil em quatro anos. “Apenas quatro anos atrás, os dois eram figuras menores no cenário político nacional”, lembra ele.

“Dois anos depois, o deputado virou presidente e o juiz se tornou seu ministro da Justiça. Não foi nada combinado, ao que parece, mas aconteceu. Para que isso se tornasse possível, derrubou-se um governo, ‘com o Supremo, com tudo’, quebrou-se o sistema político-partidário e grandes empresas, prendeu-se o candidato favorito nas eleições de 2018 e se instalou uma nova ordem em nome do combate à corrupção, com o apoio dos generais, do mercado e de grande parte da mídia”, resume Kotscho.

Para ele, “nem o mais alucinado roteirista de Hollywood seria capaz de criar um enredo como esse, em que 212 milhões de habitantes assistem impavidamente à destruição do seu país, correndo risco de vida, diante da inépcia do governo, que anuncia o início da imunização só para março e adia a compra de vacinas e seringas”.

 

Assaltos de Criciúma e Cametá evidenciam desmonte do rastreamento de armas no Brasil

 

Advogada Isabel Figueiredo afirma que o afrouxamento no sistema de controle de armamentos permitiu o aumento da sua circulação entre as facções criminosas

(Foto: Reprodução/Twitter)

Da Rede Brasil Atual – Os assaltos realizados em Criciúma (SC) e Cametá (PA), na última segunda (30) e terça-feira (1º) respectivamente, são fruto da falta de trabalho de inteligência das polícias brasileiras e do afrouxamento no sistema de controle de armas, promovido pelo presidente Jair Bolsonaro, em abril. A avaliação é da advogada Isabel Figueiredo, integrante do Conselho de Administração e consultora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública

Nesta semana, criminosos fortemente armados sitiaram as duas cidades e assaltaram agências bancárias. Em Criciúma, a ação criminosa foi feita com armas de alto calibre, incluindo uma bazuca. Em ambos assaltos, os bandidos também usaram explosivos e fizeram reféns.

Isabel lembra que esse tipo de crime ocorria em cidades pequenas do Nordeste, no começo dos anos 2000, mas houve uma profissionalização e os assaltos passaram para cidades maiores, com organização logística ainda mais aprimorada. A especialista afirma que o Estado precisa ter conhecimento dessas ações e antecipá-las.

“Esse tipo de ação logística é resultado de uma série de movimentações que as polícias não estão mapeando. Se não houvesse o desmonte do rastreamento de armas, a gente poderia entender esses movimentos. Tão grave como esses casos é a falta de preparo e ação de inteligência para a prevenção desses casos”, criticou, em entrevista à jornalista Maria Teresa Cruz, no Jornal Brasil Atual.

A advogada lembra que o combate aos assaltos de Criciúma e Cametá não de total responsabilidade da polícia local, que possui pouca estrutura. “É esperado que haja um sistema integrado entre as polícias, em nível nacional, que rastreie esse tipo de ação. Há quadrilhas que alugam armas, isso é sabido, então é preciso mapear esse modus operandi”, acrescentou.

Nas mãos do governo federal

Em abril, o presidente Jair Bolsonaro revogou portarias do Comando Logístico (Colog), de março de 2020, que tornavam mais rígidos o rastreamento, identificação e marcação de armas e munições. Entre as portarias, estabelecia-se na nº 46 o “Sistema Nacional de Rastreamento de Produtos Controlados pelo Exército (SisNaR) que tem por finalidade acompanhar e rastrear os Produtos Controlados pelo Exército (PCE) em todo o território nacional.”

Isabel Figueiredo afirma que o afrouxamento no sistema de controle de armas permitiu o aumento da sua circulação nas facções criminosas. Além disso, a narrativa pró-armamento da população também tornou a sociedade mais violenta e suscetível a esse tipo de crime.

“O país é violento e tem um dos maiores índices de crimes violentos do mundo. Não me parece difícil imaginar que, ao flexibilizar mais o acesso às armas, reduzir o controle e discursar para a população se armar, só tende a aumentar os crimes. Houve quem defendesse armar as pessoas de Criciúma, mas as pessoas perderam o raciocínio lógico”, criticou ela.

A especialista afirma o governo federal criou um conjunto de ingredientes que resultam em uma receita óbvia: o aumento de homicídios. “O fortalecimento desse discurso pró violência do governo federal é responsável por isso. Essas flexibilizações do governo impactaram nesse fortalecimento do crime organizado, porque o Estado não mais rastreia as armas de fogo que são apreendidas”, finalizou.

 

Senado argentino aprova imposto para grandes fortunas

 

O projeto foi aprovado com 42 votos a favor e 26 contra. O tributo "recai sobre o financiamento do patrimônio”, argumentou a diretora do Fisco, Mercedes Marcó del Pont

Senado argentino (Foto: Reprodução)

247 - O Senado argentino sancionou nesta sexta-feira (4), um imposto extraordinário "sobre as 12.000 pessoas" com as maiores fortunas do país, para financiar a luta contra a Covid-19, e conceder subsídios às pessoas pobres, entre outras ajudas sociais de emergência.

O projeto foi aprovado com 42 votos a favor e 26 contra, após um longo debate que polarizou as forças em uma sessão transmitida ao vivo pela internet. informa a Telesul.

A aliança pró-governo fez valer sua maioria para aprovar a chamada "contribuição solidária" que tentará arrecadar o equivalente a cerca de 3 bilhões de pesos. Em sessão relativamente curta, o Senado aprovou a Lei de Solidariedade e Contribuição Extraordinária das grandes fortunas para amenizar os efeitos econômicos da pandemia do coronavírus.


Governo enviou verba emergencial da Covid para hospitais que não atendem pacientes da doença

 

Ministério da Saúde transferiu parte dos R$ 2 bilhões de recursos emergenciais destinados para controlar a pandemia do coronavírus para clínica de olhos, maternidades e hospitais psiquiátricos sem leitos para pacientes contaminados pelo vírus

Eduardo Pazuello e cenas na pandemia por Covid-19 (Foto: Erasmo Salomão/MS | Reuters)

247 - O Ministério da Saúde transferiu parte do recurso reservado para controlar a pandemia do coronavírus a entidades, Santas Casas e hospitais filantrópicos que não atendem pacientes com a Covid-19.

Parte dos R$ 2 bilhões destinados foram recebidos por exemplo por clínica de olhos, maternidades e hospitais psiquiátricos sem leitos para pacientes contaminados pelo vírus, informa reportagem da Folha de S.Paulo.

A destinação foi feita por meio de duas portarias editadas pela pasta em maio deste ano, 1.393 e 1.448, assinadas pelo ministro Eduardo Pazuello, então interino na Saúde. 

Da lista dos beneficiados pelas portarias, seis hospitais e abrigos psiquiátricos receberam R$ 7,6 milhões, enquanto sete maternidades atendidas por associações de proteção à maternidade e à infância ganharam R$ 4,2 milhões.

Venezuela vai às urnas para eleger novo Parlamento. "Se oposição ganhar, deixo o poder", diz Maduro

 

Os venezuelanos vão às urnas neste domingo para eleger os 277 deputados da nova Assembleia Nacional (Parlamento unicameral), que tomará posse no próximo dia 5 de janeiro para o período 2021-2026. Maduro, seguro da vitória, diz que se a oposição vencer, entrega o poder

Diego Maradona e Nicolás Maduro (Foto: Reprodução/Twitter)

247 - Mais de 20 milhões e 700 mil eleitores foram convocados a participar neste domingo (6, )nas eleições legislativas. Disputam 14 mil e 480 candidatos em representação de uma centena de organizações políticas de várias tendências ideológicas. Convicto de que seu partido, o PSUV, e seus aliados vão vencer, Maduro diz que se perder deixa o poder.

A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Indira Alfonzo, informou sobre a instalação de 100 por cento das urnas nas 29.622 assembleias de voto distribuídas por todo o país, informa a Prensa Latina.

Alfonzo destacou a implantação oportuna de toda a infraestrutura logística e tecnológica nos 14.221 centros ativados por sufrágio em um total de 87 distritos eleitorais em todo o país.

A chefe do órgão eleitoral máximo destacou a implementação de protocolos estritos de biossegurança para garantir a proteção da saúde dos eleitores contra o risco de contágio pela pandemia Covid-19. 

A presidente da CNE agradeceu o amplo apoio das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) no chamado Plano da República para garantir a segurança do material, pessoal e instalações eleitorais, bem como a paz e tranquilidade cidadã durante o exercício. democrático.

Mais de 250 mil membros da FANB participarão da operação de defesa das eleições parlamentares, ao lado de 108 mil funcionários das forças de segurança do Estado e 1.200 procuradores do Ministério Público, que responderão a qualquer denúncia de violação do regulamento eleitoral.

“O povo venezuelano dará ao mundo uma demonstração de civilidade e força democrática por meio do voto, com um processo cujas garantias são únicas no mundo”, disse Alfonzo, que também mencionou o credenciamento de mais de 200 observadores internacionais e 1.600 nacionais. para garantir a transparência do processo.

Para além da eleição da nova Assembleia Nacional, as eleições deste 6 de Dezembro vão determinar a continuidade do presidente, Nicolás Maduro, que anunciou a decisão de deixar a presidência da República em caso de triunfo da oposição.

“Se os partidos de oposição vencerem no domingo, vamos tomar outro caminho, deixo o poder”, disse Maduro durante um ato político, no qual expressou sua confiança na consciência dos setores ligados à Revolução Bolivariana para garantir a vitória nas urnas.

 

Pedido de deputado sobre gasto com publicidade na Alep será julgado em fevereiro

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) deverá julgar em fevereiro de 2021 um recurso do deputado estadual Homero Marchese (Pros) sobre os gastos com publicidade da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). O recurso está na 5ª Câmara Cível do tribunal, segundo informações da jornalista Catarina Scortecci, da Gazeta do Povo.


Homero quer saber detalhes dos pagamentos feitos ao longo de 2019.  No Portal da Transparência da Alep, a divulgação dos pagamentos aparece de forma global, não individualizada como pede o parlamentar. Em agosto último, o deputado obteve liminar para que, num prazo de 72 horas, a presidência da Alep prestasse as informações solicitadas. Ocorre que no fim daquele mês a Casa conseguiu suspender a liminar. Agora, o caso segue para julgamento definitivo.

De acordo com a jornalista da Gazeta do Povo, o procurador de Justiça Luiz Roberto Merlin Clève é favorável ao pedido do deputado. Essa manifestação foi feita no âmbito do recurso.  “Quando se trata de pedido de informações relacionadas com a gestão e a aplicação de verbas públicas, a regra prevalente é a da irrestrita transparência e publicidade, somente se admitindo o segredo excepcionalissimamente”, iniciou Clève. “Qual perigo de dano inverso (contra o interesse público) (…) com o deferimento da tutela de urgência pleiteada? Simplesmente nenhum”, diz o procurador.

Para o primeiro-secretário da Alep, deputado estadual Romanelli (PSB), o formato inserido no Portal da Transparência atende à legislação que divulgação dos valores globais é um padrão utilizado pelas administrações públicas, como o próprio governo estadual.

Fonte: Contraponto

  

Arapongas registra 11 novos casos de Covid-19



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste sábado (05/12), o registro de 11 novos casos e nenhum registro de curado de COVID-19 no município. Agora o município chega a 5.398 casos dos quais 4.814 já estão curados (89,2%), 466 ainda estão com a doença e 118 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 29.678 testes. 
Sobre os casos a Secretaria de Saúde informa que:
O município possui 481 casos que aguardam resultados. Entre os resultados dos testes públicos e privados realizados no município foram divulgados 13 resultados negativos nesta data.
Entre os 11 casos confirmados, 03 são do sexo feminino com as respectivas idades: 03, 25 e 49 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 08 pacientes com as respectivas idades: 22, 22, 38, 45, 47, 56, 58 e 77anos.
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, o município possui 03 pacientes internados em leitos de UTI e 03 pacientes internados em leito de enfermaria.
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, a ocupação é de 100%  de dos 10 leitos de UTI e de 100% dos 10 leitos de enfermaria. 
Obs.: Na matéria de ontem retifica-se a informação da ocupação dos leitos de enfermaria para 100%.
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, houve redução dos leitos exclusivos para COVID-19 do Hospital de referência pela SESA-PR a partir de novembro. O Hospital conta atualmente com 10 leitos de UTI e 10 leitos de enfermaria.
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

Apucarana confirma mais dois óbitos e 47 novos casos neste sábado



A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou neste sábado (05) mais dois óbitos e 47 novos casos de Covid-19 em Apucarana. Agora, o município soma 2.637 resultados positivos para o novo coronavírus e 66 óbitos.

Uma das mortes é de uma mulher de 34 anos. Ela sofria de hipertensão arterial e foi internada em 21 de novembro no Hospital da Providência. A paciente morreu nesta sexta-feira (04). A outra vítima é uma mulher de 64 anos. Ela não tinha comorbidades. A mulher foi internada em 17 de novembro e morreu neste sábado (05).

Dos 47 casos confirmados, 20 são de homens, incluindo uma criança (7, 18, 20, 24, 35, 35, 37, 41, 44, 44, 44, 52, 54, 55, 55, 57, 58, 63, 65 e 70 anos) e 27 mulheres, também incluindo duas crianças (11 meses, 2, 5, 17, 20, 21, 23, 26, 30, 31, 33, 34, 35, 38, 38, 39, 40, 46, 48, 50, 52, 55, 62, 63, 63, 65 e 66 anos).

Ainda segundo o boletim divulgado pela Autarquia de Saúde, o município tem mais 405 suspeitas em investigação. O número de recuperados chega a 2.129.

O Pronto Atendimento do Coronavírus chegou a 14.805  pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de pacientes monitorados atualmente é de 1.405.

Já foram testadas 16.975 pessoas, sendo 8.607 em testes rápidos, 6.702 pelo Lacen (RT-PCR) e 1.666 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 24 pacientes de Apucarana internados, 10 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 14 em leitos de enfermaria.

O município tem no momento 442 casos ativos de Covid-19.

 

sábado, 5 de dezembro de 2020

Mercadante: ‘se deixarem o Lula ser candidato, ele ganha em 2022’

 

‘Desde os anos 80 vem essa conversa de que o Lula não dá mais. Vamos ver o Lula percorrendo esse País e vamos ver quem é a esperança do povo’, disse o ex-ministro, repercutindo na TV 247 as declarações do senador Jaques Wagner (PT-BA). Assista

Lula e Aloizio Mercadante (Foto: Brasil247)

247 - Ex-ministro e presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante comentou na TV 247 as declarações do senador Jaques Wagner (PT-BA) sobre a necessidade de uma “mudança geracional” no PT e de se criar no partido uma independência em relação ao ex-presidente Lula.

De acordo com Mercadante, a retórica de que o nome de Lula já se esgotou e de que sua rejeição é alta já se arrasta desde 1980, quando o ex-presidente criou o PT e foi acusado de rachar a oposição democrática. O ex-ministro afirmou que ainda hoje o ex-presidente tem força para concorrer à presidência da República e garantiu sua vitória no pleito. “Em 80, disseram que o Lula estava em crise por causa da greve, na realidade em 79, porque ele fez um acordo trabalhista com as empresas, já estava no início da crise e achavam que ele tinha traído a luta. Aí ele cria o PT. Criou o PT, ‘o Lula acabou porque o PT está rompendo o partido-ônibus da democracia que é o MDB e está dividindo a oposição’. Em 82 ele sai candidato ao governo, eu participo da campanha e ele só teve 14% dos votos: ‘o Lula acabou’. Chega 86, estávamos em um movimento de crescimento do partido, veio o Plano Cruzado e nos arrebentou. O PMDB fez 22 governadores, maioria absoluta no Congresso. Nós elegemos sete ou 12 deputados, foi um banho de água fria. Acabou o Cruzado e o PT voltou com muita força, e nas Diretas também. Veio 89 e nós tivemos a campanha, que ninguém acreditava, a imprensa nunca disse que a gente ia para o segundo turno, o Lula mergulhou no Brasil profundo e aquela campanha bateu no coração do povo e ele nunca mais saiu”.

“Quando chega em 2001, havia um movimento dentro do PT de que o Lula não dava mais, que a rejeição era muito alta. O Lula fez um jantar lá em Brasília que estava ele, Cristovam Buarque, que era um dos que defendia isso, o Suplicy, que era um dos que queria ser candidato, Tarso Genro, que queria ser candidato, eu e o Zé Dirceu. O Lula falou: ‘está todo mundo falando que eu estou inviabilizado, da minha rejeição, que já tive três derrotas. Se alguém aqui quiser se viabilizar, por favor, se viabilize e seja candidato a presidente’. Alguns saíram, o Cristovam saiu para ser candidato, o Suplicy exigiu uma prévia. Só que eles não entenderam que a militância, a base social queria o Lula, e o Lula teve uma vitória estrondosa em 2002. Olhando para a história, desde 80 vem essa conversa. O Lula é a maior liderança que nós temos, um patrimônio desse povo. Se deixarem ele ser candidato, ele ganha essa eleição. Vamos ver o Lula percorrendo esse País e vamos ver quem é a esperança do povo”, afirmou.

Mercadante também defendeu que o partido comece a pensar desde já em um bom candidato para disputar a presidência em 2022.


Boulos diz que a “juventude voltou a acreditar na política” com a campanha do PSOL

Candidato derrotado à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos aparece no terraço de sua casa no bairro do Campo Limpo Imagem: Marcelo Justo/UOL

Da coluna de Leonardo Sakamoto no UOL:

“Uma parte importante da juventude estava fazendo ‘arminha’ com a mão, dois anos atrás, o que é um sinal de descrença e de falência da política. Conseguimos, nesta campanha, fazer com que a juventude voltasse a acreditar que a política pode ser um instrumento de transformação.” Ainda convalescente da covid-19 que o impediu de votar último domingo, Guilherme Boulos (PSOL) avaliou à coluna a participação dos jovens em sua campanha.

Pesquisa Datafolha de um dia antes do segundo turno apontava Boulos com 67% das intenções de voto entre eleitores de 16 a 24 anos e com 57% na faixa entre 25 e 34. Acima disso, perdia para o, hoje, prefeito eleito, Bruno Covas (PSDB). Deve, portanto, uma boa parte de seus 2.168.109 votos a esse grupo.

O resultado chamou a atenção tanto de bolsonaristas, que alertaram que isso mostrava que uma parte da esquerda havia aprendido usar a rede para conversar com os jovens. Mas também de uma parte do campo progressista, que discute há tempos a necessidade de apresentar uma narrativa que engaje os mais novos à militância. “Quando a juventude se engaja e se mobiliza, aponta para o futuro e para uma questão geracional. Isso não se encerra em uma eleição. E aí que está a nossa maior possibilidade de vitória no futuro”, avalia Boulos.

Fonte: DCM

 

Ligações de Bolsonaro e de seus filhos com manifestações antidemocráticas são evidentes, diz Globo em editorial

 

O jornal da família Marinho, que apoiou o golpe e facilitou a tomada do poder pela extrema direita, constata que inquérito no STF chega mais perto de Bolsonaro, cujas ligações com a tentativa de golpe antidemocrático são "cristalinas"

Flávio, Jair, Eduardo e Carlos Bolsonaro (Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE)

247 - "O inquérito sigiloso aberto no Supremo em abril deste ano, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, para investigar o financiamento e a organização de manifestações antidemocráticas, prestigiadas pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, torna cada vez mais cristalinas as ligações dele e de seus filhos com a operação de propaganda para desestabilizar o regime pelas redes digitais, escreve O Globo em editorial

O jornal da família Marinho destaca que parte do inquérito "confirma que o material que abastecia os canais de desinformação e propaganda tinha origem no próprio Palácio do Planalto, onde foi instalado um grupo que coordenava a rede de milicianos digitais, alcunhado 'gabinete do ódio'. 

E conclui: "O Supremo e a PF, instituições de Estado, se mantêm trabalhando em defesa das leis e da Constituição, sem depender das flutuações inerentes à política. O fato de o presidente da República ter mudado de comportamento em junho, com a prisão do amigo, parceiro e ex-PM Fabrício Queiroz, não significa que os anos de 2019 e parte de 2020 tenham sido apagados para a Justiça".

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