quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

A caminho dos EUA, Rosângela Moro diz que o casal poderá enfim viver a sua vida

 

Rosângela Moro fez esse comentário depois da péssima repercussão da contratação de Sérgio Moro por uma empresa que se beneficiou com a quebra das construtoras brasileiras Odebrecht e OAS

(Foto: Gisele Federicce)

247 - A esposa de Sérgio Moro, Rosângela Moro, que recentemente escreveu um livro relatando a experiência do casal durante a operação Lava Jato, revelando a parcialidade do processo em alguns trechos, vêm cada vez mais adquirindo uma personalidade pública. Desta vez, em entrevista ao Universa, ela revelou que, após anos sob os holofotes, o casal finalmente poderá viver sua vida.

Quando perguntada sobre o novo trabalho do marido, na Alvarez & Marsal, consultoria que administra os escombros da Odebrecht e da OAS, dizimadas pela operação anticorrupção encabeçada por Sérgio, Rosângela disse: 

“Na iniciativa privada, há um campo muito grande para se fazer o trabalho anticorrupção. É o spoiler que posso te dar. Agora a gente pode, finalmente, ter a nossa vida, exercer nossos trabalhos”.

Na entrevista, ela também revelou os planos do marido para o futuro. 

Segundo ela, Moro não tem planos de se candidatar à Presidência, estando focado totalmente em seu trabalho na iniciativa privada.

“É tudo por especulação. Sergio nunca se colocou como candidato. Hoje a gente está em 2020 e no meio da pandemia. Acabou essa fase da função pública dele. Agora a gente está focado nele se inserindo na iniciativa privada. Nossos projetos não vão até 2022”, disse.

“O STF tem a obrigação de julgar a suspeição do Moro”, diz Mercadante

 

“É inacreditável que o ex-juiz vá atuar na empresa da recuperação judicial das empresas que ele próprio destruiu”

Aloizio Mercadante, Sergio Moro e fachada do STF (Foto: Ricardo Stuckert | ABr)

247 - O ex-ministro Aloizio Mercadante, que hoje preside a Fundação Perseu Abramo, concedeu entrevista à TV 247 nesta quinta-feira 3, em que cobrou do Supremo Tribunal Federal o julgamento da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, que irá trabalhar para uma consultora, a Alvarez & Marsal, que recebeu milhões de empresas destruídas pela Lava Jato. “É inacreditável que o ex-juiz vá atuar na empresa da recuperação judicial das empresas que ele próprio destruiu”, aponta Mercadante.

É uma situação tão questionável do ponto de vista ético que a própria OAB-SP defende que Moro não possa atuar nesta empresa. Mercadante também afirma que esta promiscuidade evidencia, uma vez mais, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi alvo de um processo de perseguição política conduzido por Moro.

Apucarana investe R$ 26 milhões em obras nas escolas e CMEIs

 

Recursos garantem melhorias e ampliações em mais de 20 prédios públicos. 

(Fotos/PMA)

Além realizar o enfrentamento da pandemia, Apucarana já concluiu seis obras na área da educação, outras oito serão entregues até o final de janeiro e mais cinco estarão prontas até julho de 2021. Os dados integram o planejamento do prefeito Junior da Femac para o início do mandato, incluindo a ordem de serviço para mais uma obra e ainda a autorização de mais quatro licitações.

O prefeito avaliou nesta quinta-feira (03/12) o ritmo de obras e realizou o planejamento das próximas ações com a engenheira Miriam Elena Favaretto Corbacho, da Autarquia Municipal de Educação (AME). “Dos 26 milhões de investimento, pouco mais de R$ 10 milhões são oriundos de convênio com o Governo Federal e o restante, cerca de R$ 16 milhões, são de recursos do próprio Município. Além de concluir as obras em andamento, já estamos planejando novas para atender as necessidades da área da educação”, salienta Junior da Femac.

Já foram concluídas as obras de reforma e ampliação – com investimento de R$ 3,5 milhões – das escolas municipais Monsenhor Arnaldo Beltrami (Jardim Colonial), Senador Marcos de Barros Freire (Jardim Ponta Grossa), Plácido de Castro (Adriano Correia), Augusto Weyand (Jardim Tibagi), Osvaldo dos Santos Lima (Jardim Ponta Grossa) e Bento Fernandes Dias (Vila Nova).

Outras oito obras, tocadas exclusivamente com recursos do Município, estão em fase final e deverão ser entregues até o final de janeiro. Entre elas estão as obras de reforma e ampliação dos CMEIs Josa Ribeiro (Vila São Carlos) e Sol Nascente (Jardim Ponta Grossa) e da Escola Professor Alcides Ramos (Osmar Guaracy Freire) e José Idésio Brianezi (N.H. João Paulo), além das quadras esportivas das escolas Juiz Luiz Fernando de Araújo Pereira (Dom Romeu Alberti), Fábio Henrique da Silva (Residencial Garcia), Luiz Carlos Prestes (Jardim América) e Albino Biachi (Jardim Trabalhista).

Julho de 2021 é prazo estipulado para a entrega de mais cinco obras. Trata-se da reforma e ampliação do CMEI Izabel Holak (N.H. Dom Romeu Alberti), tocado com recursos próprios no valor de R$ 685 mil. “Também pretendemos entregar até meados de 2021 quatro obras que são fruto de convênio com o Governo Federal, que somam R$ 8,6 milhões. No entanto, isso vai depender do ritmo da liberação destes recursos federais”, observa Junior da Femac, citando a construção dos centros infantis do Núcleo Habitacional Afonso Camargo, Sanches dos Santos e Jardim Catuaí, além da Escola do Residencial Interlagos.

NOVO PACOTE – Além da conclusão das obras em andamento, o prefeito Junior da Femac está planejando com a equipe da educação a execução de novas obras. “Em janeiro, vamos assinar a ordem de serviço no valor de R$ 2 milhões para a reforma e ampliação da Escola Municipal João Antônio Braga Cortes, na Vila Formosa”, anuncia.

No início de 2021, o prefeito também irá autorizar a abertura de processo licitatório de um pacote de obras que soma R$ 6 milhões. Nesta nova etapa, serão contempladas com a reforma e ampliação das escolas municipais Juiz Luiz Fernando de Araújo Pereira (N.H Dom Romeu Alberti) e Mateus Leme ( Vila Nossa Senhora da Conceição), além dos CMEIs do Parque Bela Vista e do Conjunto Habitacional Solo Sagrado.

 



Apucarana acolhe decreto estadual e define toque de recolher


Todos os estabelecimentos comerciais deverão fechar às 23 horas e a única exceção é para serviços de delivery. 

(Foto/PMA)

O Município de Apucarana baixará decreto seguindo as diretrizes do toque de recolher já implantado pelo governo do Estado. As estratégias de cumprimento da norma foram discutidas nesta quinta-feira (03/12) com as forças policiais. Todos os estabelecimentos comerciais deverão fechar às 23 horas e a única exceção é para serviços de delivery.

Por delivery, entende-se a entrega do produto na casa do consumidor”, reforçou o prefeito Junior da Femac, durante a reunião que contou com a presença do tenente-coronel Roberto Cardoso, comandante do 10o Batalhão de Polícia Militar (BPM), de Alessandro Carletti, comandante da Guarda Civil Municipal, de Jayme Leonel, presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (Acia), e de Aida Assunção, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Apucarana (Sivana).

Todo o trabalho de fiscalização será coordenado pela Polícia Militar e contará com o apoio da Guarda Municipal e agentes de fiscalização do Município. “Estamos recepcionando o decreto estadual e vamos seguir à risca o toque de recolher das 23 às 5 horas, estabelecendo a proibição de circulação e aglomeração em espaços e vias públicas neste período”, reitera Junior da Femac, acrescentando que no setor comercial a única exceção será o serviço de delivery, entre os quais estão a entrega em domicílio de gêneros alimentícios e medicamentos.

Junior da Femac afirma que, a exemplo do que está acontecendo em todo o Paraná, o índice de taxa de reprodução do vírus se encontra acima da média para a capacidade de leitos de UTI e de enfermaria. “O governo do Estado está nos dando um sinal muito forte e pedindo para que todos compreendam que não há um número de leitos infinito nos hospitais. Num gesto de amor pelos nossos pais e pelos nossos avós, vamos ficar em casa no período das 23 às 5 horas”, solicita, pedindo ainda que não haja as costumeiras confraternizações de final de ano, especialmente as que são realizadas nas empresas.

O prefeito afirma que o aumento do número de casos representa um momento de grande pressão sobre o serviço de saúde. “Hoje, 90% dos leitos de UTI e 80% dos nossos leitos clínicos reservados para o Covid estão ocupados. É uma situação muito séria e o crescimento dos casos está sendo muito rápido, especialmente na faixa etária entre os 20 e 50 anos, onde estão concentrados mais de 70% dos casos. No entanto, quem mais está morrendo são as pessoas que têm entre 60 e 90 anos, faixa em que são registradas 72% das mortes”, pontua Junior da Femac.

Por esse motivo, a principal preocupação das autoridades é fazer a conscientização do público jovem e coibir a aglomeração em festas. “A partir das 23 horas, só poderão estar circulando pelas ruas quem tem uma justificativa, como por exemplo estar trabalhando com o sistema de delivery ou estar voltando do trabalho, desde que consigam comprovar. Porém, vamos coibir a permanência na rua com o objetivo de entretenimento”, ressalta o tenente-coronel Cardoso.

O presidente da Acia afirma que a entidade vai reforçar junto ao comércio os protocolos de enfrentamento ao coronavírus, como a disponibilização de álcool gel, a obrigatoriedade do uso de máscaras, a higienização dos espaços e a limitação da quantidade de pessoas dentro dos estabelecimentos. “Vamos também fazer a conscientização sobre o novo decreto, pois essa é mais uma medida necessária para evitar a expansão da pandemia”, afirma Jayme Leonel, afirmando que algumas decisões já foram tomadas. “Neste ano, por exemplo, não haverá a chegada do Papai Noel, nem trenzinho e a Casa do Papai Noel para evitar aglomeração”, completa o presidente da Acia.

 

Candidato de Bolsonaro à presidência da Câmara, Arthur Lira liderou 'rachadinha' em Alagoas

 

Documentos do MPF sobre um esquema de "rachadinha" na Assembleia Legislativa de Alagoas apontaram desvio de R$ 254 milhões dos cofres públicos entre 2001 e 2007. Um dos líderes do esquema de corrupção, com R$ 9,5 milhões movimentados, é Arthur Lira (PP-AL), atual candidato do governo Bolsonaro para a presidência da Câmara dos Deputados

Jair Bolsonaro e Arthur Lira (Foto: Reprodução)

247 - Candidato do governo Jair Bolsonaro para a presidência da Câmara dos Deputados nos próximos dois anos, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) esteve à frente de um esquema milionário de "rachadinha" quando cumpria mandato na Assembleia Legislativa de Alagoas. A acusação é do Ministério Público Federal. Documentos apontaram desvio de R$ 254 milhões dos cofres públicos entre 2001 e 2007. Somente o parlamentar movimentou R$ 9,5 milhões em sua conta. As informações estão em uma ação penal que Lira responde na Justiça estadual. Ele foi condenado pelo caso na esfera cível.

O processo indicou que, para desviar o dinheiro na Assembleia, o grupo liderado pelo deputado incluiu na folha de pagamentos funcionários fantasmas. Promotores afirmam que o esquema usava empresas de terceiros. A ideia era simular negociações e empréstimos pessoais para justificar a movimentação financeira nas contas dos parlamentares

Em 2007, o grupo foi alvo da Operação Taturana, da Polícia Federal. De acordo com investigadores, o dinheiro desviado foi usada para comprar carros, apartamentos e terrenos, de acordo com informações publicadas em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo

Em 2018, a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou o Lira por peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro. Com base em laudos da Polícia Federal e documentos da Receita Federal e do Conselho de Controle da Atividades Financeiras (Coaf), a PGR descobriu que cheques emitidos pela Assembleia, a título de pagamento salarial, iam para contas de pessoas físicas diferentes. Os valores eram transferidos para parlamentares ou pessoas relacionadas a eles.

"No cumprimento dos mandados de busca e apreensão na residência de Arthur Lira foi apreendida uma planilha denominada ‘Cheques em aberto a vencer’, contendo relação numérica de 566 cheques, cada um no valor de R$ 2.360,66, com valor total de R$ 1.336.133,56", destaca trecho da denúncia.

Na denúncia criminal, Dodge pediu a prisão e a perda da função pública de Lira e o pagamento do "dano mínimo" causado aos cofres públicos. O processo tramita na 3.ª Vara Criminal de Alagoas desde 2018 e ainda não foi julgado.

O esquema de "rachadinha" também levou o deputado a ser condenado, no ano de 2016, em segunda instância na área cível por improbidade administrativo. O caso ainda não chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

Clã presidencial e a rachadinha

O esquema de rachadinha voltou a ganhar destaque na imprensa nos últimos anos, com as investigações sobre o envolvimento da família Bolsonaro neste tipo de irregularidade. Por consequência, o Ministério Público (MP-RJ) denunciou o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Fabrício Queiroz, ex-assessor do parlamentar, por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa,

Queiroz foi preso no dia 18 de junho em Atibaia (SP), onde estava escondido em um imóvel que pertence a Frederick Wassef, então advogado de Flávio - depois ele deixou a defesa do parlamentar. 

De acordo com relatório do antigo Coaf, Queiroz fez movimentações financeiras atípicas. Foram R$ 7 milhões de 2014 a 2017, apontaram cálculos do órgão. 

O procurador da República Sérgio Pinel afirmou ter encontrado “fortes indícios da prática de crime de lavagem de dinheiro” envolvendo Flávio. O MP-RJ investiga o possível esquema de rachadinha no antigo gabinete de Flávio na Alerj desde 2018 e já disse ter encontrado indícios de que o senador lavou R$ 2,27 milhões com compra de imóveis e em sua loja de chocolates. 

 

Funcionários do governo incluíram ofensas a políticos de esquerda em dados do Ministério da Saúde

 

Por uma falha de segurança do Ministério da Saúde, dados pessoais de mais de 200 milhões de brasileiros ficaram expostos nesta quarta-feira. Diante dos registros, verificou-se ataques a personalidades públicas na base de dados da pasta

Dilma Roussef, Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | REUTERS/Adriano Machado)

247 - Diante de uma falha de segurança no sistema do Ministério da Saúde, mais de 200 milhões de brasileiros tiveram seus dados pessoais expostos nesta quarta-feira (2). A base de dados foi ainda adulterada, com a inclusão de termos ofensivos em referência a políticos e famosos.

Estado de S. Paulo consultou os registros vazados de personalidades públicas e encontrou termos de baixo calão em meio a dados como CPF, nome, telefone e endereço.

Em dois registros da ex-presidente Dilma Rousseff, por exemplo, o "nome social" foi preenchido como "motherfucker" e "Vai Bolsonaro".

A ex-deputada federal Manuela D'Ávila aparece com nome social de "petista" e teve o nome de seu pai adulterado para "Luis Inacio Pingaiada da Silva".

O apresentador da Rede Globo Luciano Huck também teve o nome social trocado por "nareba".

A apresentadora Xuxa teve o nome de seu pai, Luis Floriano Meneghel, substituído por "Luiz Floriano Bolsonaro". O nome de Xuxa também foi trocado: "petista sfda ['safada', no linguajar utilizado na internet]".

O Ministério da Saúde foi questionado sobre as adulterações e disse que "o conteúdo ofensivo identificado já foi corrigido" e que "ações de segurança estão sendo tomadas para impedir novos incidentes, assim como ações administrativas para apurar o ocorrido". A pasta não informou, entretanto, quem é o responsável pelo conteúdo.

 

Boulos prevê "epidemia de desespero" com o fim do auxílio emergencial

 

Candidato derrotado do Psol em São Paulo participou de live com Manuela D'Ávila, que também perdeu em Porto Alegre, em que ambos fizeram um balanço da disputa em 2020

Boulos e Manuela D'Ávila (Foto: Reprodução)


Por Cláudia Motta, para a Rede Brasil Atual – Uma live alegre, instigante, animadora e curta foi protagonizada na noite de hoje (2) por duas das principais lideranças políticas do campo da esquerda no Brasil. E que saíram fortalecidas das eleições de 2020, apesar de terem perdido as prefeituras de Porto Alegre e de São Paulo. Manuela D’Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (Psol) se encontraram virtualmente para debater o resultado dos pleitos municipais e o futuro. Durante 37 minutos os dois jovens candidatos falaram sobre a revolução que promoveram nos últimos dois meses com suas campanhas eleitorais criativas, respeitosas, que mobilizaram milhões de cidadãos em duas das maiores capitais do Brasil.

“Nossas campanhas, (e também) a campanha da Marília (Arraes), lá em Recife, tiveram uma coisa muito boa em comum. Mobilizaram muita esperança. A gente apresentou projetos de cidade críticos, de combate à desigualdade, de dar voz à periferia. Mas a gente mobilizou uma coisa que foi muito além da eleição, que não terminou domingo passado, e que não terminaria, independente de qual fosse o resultado. Que é o sentimento da juventude de olho brilhando…”, disse Boulos. “O sonho”, emendou a jornalista e deputada federal. “Voltar a fazer política com sonho”, completou o líder do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST).

Sonho real

Em um bate-papo informal, eles falaram sobre projetos, unidade e, principalmente, sobre os sentimentos que ambas as campanhas despertaram nas pessoas. “E o quanto isso é importante para nossa cidade e nosso país”, disse Boulos, que segue isolado em casa, em quarentena, após ter testado positivo para covid-19 às vésperas da votação em segundo turno.

 

“Quando tudo acabou, fiquei pensando: com quem gostaria de falar sobre o que eu vivi? E aí te mandei a mensagem e te convidei pra live. Queria falar com alguém que está com a mesma sensação que eu, que é uma sensação bonita”, relatou a jovem porto-alegrense. “Isso de a gente ver as pessoas com orgulho, carregando a bandeira, chorarem de felicidade, as mulheres, os negros e as negras, os jovens. E de conseguir compreender a dimensão real do seu sonho.”

Para Manuela, a eleição municipal permite isso. Menos abstrata, menos difusa, traz muito sonho, mas um sonho materializável. “A juventude, essa geração que é um pouco mais nova que a gente – porque o Boulos se faz de muito mais novo que eu, mas é só uns meses mais novo (risos) – tem mais presente isso do que a nossa tinha. A ideia de quem quer mudar o mundo, mas quer ver a mudança acontecer na sua cidade. Eles querem mudar hoje e ver acontecendo. Acho que nossas campanhas tiveram muito a ver com isso também.”

Ideais no poder

Boulos concorda com Manuela. “Quanto a gente está falando de eleição, está falando de sonhos e ideias disputarem o poder. Isso é muito potente. A política faz sentido quando ela é uma forma de fazer fluir aquilo que a gente acredita, que a gente sonha.”

O candidato do Psol descreve sua animação com a campanha. Além do pragmatismo, diz ele, foi uma campanha para ganhar, disputar o poder para valer, o projeto de cidade. E cita a vitória de Edmilson Rodrigues (Psol), em Belém do Pará, onde ele acredita que haverá uma referência de capital democrática. E numa frente de esquerda unitária, desde o início, frisa Manuela. “Mas o que me aninou, ainda que não seja dessa vez que a gente consiga ganhar essa eleição, a gente ganhou o projeto de uma geração. Isso vale mais que tudo”, diz Boulos falando sobre a mobilização dos jovens. “Uma parte que há dois anos estava um pouco seduzida pela ideia da anti-política. Eu vi esses jovens aqui em São Paulo com o olho brilhando, pensando cidade, pensando projeto, pensando futuro. Isso acumulou para depois e vai muito além da eleição que se encerrou domingo passado. Reencantou uma geração.”

Campanhas alegres

Manuela lembra que nos dois casos, tanto a candidatura dela como a de Boulos só no segundo turno reuniu “todo mundo” do campo da esquerda. “Mas tenho a impressão que essa é uma geração que já sente no projeto a identidade de campo.  Isso fez com que nossas candidaturas fossem além dos nossos partidos. Tivessem esse sentido de projeto de transformação na sociedade.”

Outro ponto em comum entre as duas campanhas foi destacado por Manuela: “serem megapolitizadas e divertidas”, descreveu. “Isso era crime uns anos atrás. Alguém achar que podia fazer uma campanha alegre, com felicidade, com brincadeiras. Essa dimensão do lúdico entrar de novo na política.”

Boulos relembrou. “Nunca imaginei que faria dança no TikTok”, disse, gargalhando. “Eu ri mais ainda contigo jogando com o Felipe (Neto, youtuber). Quando eu te vi, busquei aula com minha sobrinha para não pagar o mesmo mico, ficar com cara de não estou nem sabendo o que é”, provocou Manuela. “Eu tive assessoria da Sofia e da Laura (filhas de Boulos). Se não, ia ser um negócio absolutamente vergonhoso. Mas fiquei um pouquinho com essa cara, confesso”, assumiu Boulos.

Fake venceu

Mas nem só de bom humor se alimentou a live. As fake news de que foram vítimas tanto Guilherme Boulos quanto Manuela D’Ávila e outros tantos candidatos, e principalmente candidatas do campo da esquerda Brasil afora, foram lamentadas por ambos. “Foi um tema que a gente não conseguiu vencer nesta eleição. Nem na de 2018. Acho que já tem um avanço porque as pessoas sabem que existe” disse a candidata do PCdoB. Em Porto Alegre, estima-se, foram veiculadas 600 mil notícias falsas contra ela.

Boulos citou uma pesquisa eleitoral inventada na capital gaúcha. “Isso foi mais feio porque saiu da Bandeirantes. Uma emissora legitimou a notícia falsa”, criticou Manuela. “E com a crise, muita gente deixou de ter internet. Então eles fizeram as fake news circular em caminhões de som. Tu não tem ideia da minha cara quando passo por um caminhão de som dizendo que seu eu fosse prefeita ia ter carne de cachorro em Porto Alegre legalizada, que a gente ia derrubar as igrejas, ia transformar todos os banheiros em unissex.”

 

Boulos lembrou que em São Paulo as fake news foram delimitadas em dois tipos. No primeiro turno, com o gabinete do ódio batendo na sua trajetória política. “Tive mais tempo de TV com direito de resposta do Russomano que meu próprio tempo, tantas as mentiras que ele jogou”, lembrou. “Não surtiu efeito. Tive o dobro de votos dele no primeiro turno. O bolsonarismo a gente conseguiu derrotar em São Paulo. E dizer que Doria foi o vitorioso na eleição de São Paulo também é mentira. Para ganhar, Covas escondeu o cara a sete chaves”, comparou. “No segundo turno, a máquina dos tucanos fez a estrutura”, disse, lembrando mentiras veiculadas junto às creches conveniadas, a distribuição de cesta básica pela campanha de Covas.

Erundina inspira

Os candidatos consideram que há uma tendência política, um renascer. “Claro que ainda tem muito medo, muito ódio, o bolsonarismo não está morto. Mas o nível de reação foi outra eleição”, disse Boulos, comparando com as eleições de 2018. “Política a gente não lê só pelo resultado da urna, na fotografia daquele momento. É um filme. E o filme mostra o crescimento do nosso campo. O resultado da urna não foi o fim, está mais para um recomeço do que a gente vai viver adiante.”

Manuela lembrou que em Porto Alegre seu grupo não ia para o segundo turno desde 2008. “É uma virada. Não é o resultado que a gente sonhava, mas é uma tendência de transformação da política.”

A candidata comunista comemorou, ainda, a dupla formada entre Boulos e sua vice, Luiza Erundina, que é a deputada federal do Psol. “Manu, você não tem ideia. Erundina é uma força da natureza”, disse. “É inacreditável o que ela inspirou. Ela falou para a juventude, uma mensagem direta que mobilizou o sonho. E com uma força.”

Manuela curtiu Erundina chamando o vice de Covas, Ricardo Nunes, para o debate. “Bonito isso da questão intergeracional. Uma mulher que está há 70 anos, já foi prefeita, deputada, ministra e segue lutando firme.”

Isso aponta a diferença entre os projetos, avalia Boulos. “De quem faz política com ideal, porque acredita num mundo melhor, tem compromisso visceral com o povo. Isso não envelhece jamais. Nossas campanhas do ponto de vista histórico, simbólico, foram profundamente vitoriosas. Muita gente não consegue ver isso hoje, mas vão ver. A história não acontece nos ritmos que a gente quer, no tempo que a gente deseja. Tem um processo em curso, tem muita coisa se movimentando.”

E 2022?

Em um momento da live, Manuela relata que, nos comentários, muitas pessoas falam em candidatura, em 2022. “Nossa luta não passa só por candidaturas, é uma luta de todo dia na sociedade. Podem culminar em candidatura ou não. Claro que tem de olhar para 2022, precisamos derrotar o bolsonarismo. Mas tem de olhar para o dia de hoje, para como dar sequência na mobilização social que construímos”, alerta. “E tem esse drama para saber como vai ser a vacinação. A gente além de não ter negociação da vacina, não tem insumos, não tem seringa, pela desindustrialização do país. Temos de saber que vamos viver um 2021 talvez pior, com o possível fim da renda emergencial. Tem muita luta até 2022”, reforça Manuela.

“Política pra gente não é simplesmente disputar cargo. É uma frente fundamental, mas não a única. A gente só conseguiu mostrar isso agora na disputa das eleições porque a gente traduziu um acúmulo de organização, de luta, de sentimento, que vem de muito antes e vai continuar depois das eleições”, detalhou Bolulos. “Desafio é estar junto com nosso povo, brigar pelo SUS, pela valorização dos profissionais de saúde, pela vacina. Porque no Brasil isso é uma briga política e ideológica mesmo. E brigar pelo nosso povo que está sofrendo na ponta. Se consumarem o corte do auxílio emergencial vai ser uma tragédia, uma epidemia de desemprego, de desespero. A eleição acaba, os problemas continuam, e nosso compromisso com o povo continua. Espero que a gente chegue em 2022 não só mais fortes, mas também mais unidos, para derrotar o bolsonarismo no país.”

 

Moro vai receber R$ 1,7 milhão de salário na empresa que administra os escombros da Odebrecht


Após a atuação na Lava Jato que destroçou a Odebrecht, uma maiores geradoras de emprego no Brasil, o ex-juiz Sérgio Moro vai ganhar salário de R$ 1,7 milhão por ano na empresa Alvarez & Marsal, que administra a recuperação judicial da empreiteira

Sérgio Moro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - O ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, receberá um salário milionário para atuar como sócio-diretor da empresa de consultoria Alvarez & Marsal, responsável pela administração judicial da Odebrecht, atingida em cheio pelas da Lava Jato julgadas pelo ex-juiz.

Segundo o colunista Lauro Jardim, Sérgio Moro receberá R$ 1,7 milhão por ano. Este é o valor que recebe um executivo no cargo que será ocupado pelo ex-aliado de Jair Bolsonaro. 

Segundo Jardim, Moro ganhava R$ 410 mil por como juiz, sem os benefícios; e R$ 380 mil como ministro de Bolsonaro, também sem os benefícios indiretos.

Nesta quarta-feira (2), o Tribunal de Ética e Disciplina da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil notificou o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro para reiterar que é vedada a prática de atividade privativa da advocacia aos clientes da consultoria Alvarez & Marsal. 

O texto alerta que Moro não pode praticar atividade privativa da advocacia para clientes da A&M, sob pena de adoção de medidas administrativas e judiciais pertinentes.

 

Preço do botijão de gás de cozinha fica 5% mais caro a partir desta quinta-feira



O preço do gás de cozinha, o GLP, está mais 5% mais caro a partir desta quinta-feira, 3 de dezembro, nas distribuidoras. A informação do reajuste foi repassada pela Petrobras. Com isso, o preço médio da Petrobras às revendedoras será equivalente a R$ 33,89 por botijão de 13 kg.

Com o reajuste, o produto passa a acumular no ano alta média de 21,9%, ou R$ 6,08 por botijão. "Os preços de GLP praticados pela Petrobras seguem a dinâmica de commodities em economias abertas, tendo como referência o preço de paridade de importação, formado pelo valor do produto no mercado internacional, mais os custos que importadores teriam, como frete de navios, taxas portuárias e demais custos internos de transporte para cada ponto de fornecimento. Esta metodologia de precificação acompanha os movimentos do mercado internacional, para cima e para baixo", informou a Petrobras.

A estatal destacou também que, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), 43% do preço ao consumidor final correspondem atualmente à parcela da Petrobras e os demais 57% traduzem as parcelas adicionadas ao longo da cadeia até clientes finais como tributos e margens brutas de distribuição e revenda.

Segundo pesquisa da ANP, na última semana de novembro o preço médio do botijão praticado no país era de R$ 73,22. Os preços, no entanto, são livres, e variam nos postos de venda aos consumidores.

"Ao longo do ano, refletindo as reduções e as variações do mercado internacional, a Petrobras reduziu os preços de venda do GLP às companhias distribuidoras, chegando a uma variação acumulada de -21,4% em maio (-5,96 R$/ botijão de 13 kg). Da mesma forma, os preços acompanharam a recuperação do mercado internacional, também sendo influenciados pelo câmbio", acrescentou.

Fonte: Bem Paraná com assessorias

Prefeito e Filipe Barros visitam obras do novo Pronto Socorro do Honpar


Roberto Koch, dep. Filipe Barros e Onofre durante visita em obra de Pronto Socorro

O prefeito Sérgio Onofre e o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) visitaram nesta quarta-feira (02) as obras do novo Pronto Socorro do Honpar. Com investimentos de R$ 13,5 milhões do governo do Estado, o novo prédio terá quatro pavimentos e fica às margens da PR-444. A unidade, com capacidade de cuidar de 4 mil pacientes por mês, será destinada ao atendimento de urgência e emergência do município e da região. “Trata-se de uma conquista importante, que consolida Arapongas como um polo ainda mais forte na área da saúde. O deputado Filipe Barros, que já vem auxiliando o município em várias demandas, também poderá nos auxiliar neste sentido”, afirma Sérgio Onofre.
O prefeito lembrou que Filipe Barros já beneficiou Arapongas na liberação de recursos para enfrentamento à pandemia e para outros setores, como o recapeamento da Rua Rouxinol e na marginal da Avenida Maracanã – trecho da antiga Mercedes até a empresa Araplac. O pacote de melhorias faz parte dos investimentos na ordem de R$ 1.735.000,00 de uma emenda orçamentária apresentada por Filipe Barros.
Também participou da visita às obras do novo Pronto Socorro do Honpar o Dr. Roberto Koch.

Arapongas registra 67 novos casos, 27 curados e um óbito por Covid-19



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta quarta (02/12), o registro de 67 novos casos e 27 registros de curados de COVID-19 no município. Agora o município chega a 5.325 casos dos quais 4.742 já estão curados (89,1%), 466 ainda estão com a doença e 117 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 29.414 testes. 
Sobre os casos a Secretaria de Saúde informa que:
117º óbito ocorrido em 30/11: Paciente do sexo masculino, 58 anos, com comorbidades, realizado coleta de exame no dia 23/11 com resultado divulgado em 23/11, internado em Hospital em Londrina, vindo a óbito no dia 30/11.
A Secretaria de Saúde se solidariza com os familiares.
O município possui 453 casos que aguardam resultados. Entre os resultados dos testes públicos e privados realizados no município foram divulgados 95 resultados negativos nesta data.
Entre os 67 casos confirmados, 40 são do sexo feminino com as respectivas idades: 13, 15, 16, 18, 20, 22, 23, 24, 26, 26, 27, 27, 27, 28, 29, 29, 30, 31, 34, 34, 40, 40, 41, 41, 42, 42, 42, 42, 44, 44, 45, 51, 52, 54, 57, 61, 62, 63, 63 e 70 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 27 pacientes com as respectivas idades: 09, 15, 17, 19, 21, 21, 21, 23, 25, 26, 27, 29, 29, 33, 39, 40, 40, 42, 48, 50, 57, 62, 63, 64, 65, 65 e 71 anos.
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, o município possui 03 pacientes internados em leitos de UTI e 03 pacientes internados em leito de enfermaria.
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, existem de   existem 70% dos 10 leitos de UTI e 80% dos 10 leitos de enfermaria ocupados. 
Obs.: Na ata de hoje o placar divulgado estava com 60% de taxa de ocupação de enfermaria. Retifica-se esta informação para 80% de ocupação. 
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, houve redução dos leitos exclusivos para COVID-19 do Hospital de referência pela SESA-PR a partir de novembro. O Hospital conta atualmente com 10 leitos de UTI e 10 leitos de enfermaria.
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.