quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Moro diz que cláusula contratual o afasta de empreiteiras que pegou na Lava Jato


(Foto: Agência Brasil)

Passados pouco mais de sete meses de seu conturbado desembarque do governo Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro começou nesta terça-feira, 1, um novo capítulo de sua carreira. Agora, pela primeira vez, na iniciativa privada. O ex-juiz federal que ganhou expressão internacional pela atuação na Operação Lava Jato é o novo sócio-diretor da consultoria de gestão de empresas Alvarez & Marsal.

Gigante americana com atuação global, a empresa conta com mais de 500 funcionários no Brasil e, além da sede em São Paulo, tem escritórios no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte.

O Estadão conversou com o executivo Marcos Ganut, líder do setor que vai alocar o ex-ministro, e com o próprio Sérgio Moro para entender o novo trabalho.

As negociações, conta Ganut, levaram cerca de cinco semanas e envolveram rodadas de conversas com equipes no Brasil e no exterior. Com a contratação, Moro se junta a outros nomes egressos do setor público que já trabalham na consultoria - incluindo ex-procuradores e servidores do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

"Essa já é uma prática bastante robusta globalmente na empresa. Nós temos, por exemplo, pessoas que vieram do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, com um background também de ter vivido de um ângulo diferente do processo de investigação", explica Ganut. "Não é uma novidade para a empresa. Claro que a gente está falando de uma figura que tem uma expressão ainda maior para o nosso mercado", completa.

Na A&M, Moro vai atuar na área de 'Disputas e Investigações'. O foco do trabalho será ajudar empresas clientes no desenvolvimento de políticas antifraude e corrupção, governanças de integridade e conformidade e políticas de compliance.

"A corrupção envolve quem paga e quem recebe. Tem que trabalhar dos dois lados", diz o novo sócio-diretor da consultoria.

Segundo o ex-ministro, a migração ao setor privado não afasta sua atuação na defesa de uma agenda anticorrupção. Mas o objetivo agora é 'ajudar as empresas a fazer a coisa certa'.

"As empresas não precisam esperar o Congresso ou o governo para dizer o que precisa ser feito", afirma. "No fundo, a minha ida a uma empresa como a Alvarez & Marsal segue a mesma linha do que eu sempre defendi: que é importante nós adotarmos políticas de integridade e anticorrupção. O caminho do setor privado é um caminho absolutamente louvável também, não há nenhum demérito em relação a se trabalhar por esses objetivos no setor público", disse.

O anúncio de sua contratação, no último domingo, 29, levantou a discussão sobre um possível conflito de interesses. Isso porque o rol de clientes atendidos pela consultoria inclui empresas investigadas na Operação Lava Jato. A Alvarez & Marsal foi designada, por exemplo, como agente de recuperação judicial da Odebrecht - empreiteira que firmou acordo de leniência com a força-tarefa de Curitiba e viu 77 de seus executivos fecharem delação premiada, inclusive o patriarca Emílio Odebrecht e seu filho Marcelo Odebrecht, que foi condenado por Moro em diferentes ações penais. Também trabalha na reestruturação da Queiroz Galvão e atende ainda a OAS e a Sete Brasil.

Moro e Ganut afirmam que a questão foi pensada antes da assinatura do contrato e, para evitar questionamentos, incluída uma cláusula que proíbe expressamente a atuação do novo sócio em qualquer caso que inclua empresas envolvidas em processos que já passaram por suas mãos nos tempos de magistratura.

"Tanto eu quanto a Alvarez & Marsal concordamos expressamente com essa cláusula para evitar qualquer tipo de questionamento", afirma Moro. "Nós estamos aqui para fazer a coisa correta e não o contrário".

Além disso, segundo os executivos, a empresa funciona através de um modelo de unidades de negócios setorizadas e com equipes independentes.

"O setor que atende essas empresas da Lava Jato é outro setor que não aquele que eu vou trabalhar", adianta o ex-ministro, que avalia que houve uma 'confusão desnecessária' em torno da contratação.

Na mesma linha, Ganut afirma que o objetivo com a contratação de Moro foi atender a uma demanda das próprias empresas em busca de consultorias especializadas para adequação aos padrões de integridade e compliance globais.

"Em nenhum momento a gente fez nenhum desenho pensando em qualquer discussão decorrente ou remanescente de Lava Jato. A agenda é muito pró-privado, dentro de um ambiente de negócios onde a gente já atua, já tem presença global. A chegada dele só faz fortalecer esse movimento. A figura dele de combate à corrupção trazida para o setor privado tem um valor enorme e acho que esse é o contexto da contratação dele", diz.

Na nova rotina, quando estiver superada a pandemia e com ela o home office, o ex-juiz e ex-ministro deve enfrentar a ponte aérea internacional pelo menos uma vez por mês. Apesar da atuação global, por ora, segundo Moro, o plano é continuar em Curitiba. "Vou colocar uma plaquinha aqui: filial da Alvarez & Marsal", brinca.

Perguntado sobre os planos políticos e eventuais pretensões eleitorais para a disputa presencial em 2022, Moro desconversa e diz que 'não é o momento de pensar nisso'.

"O foco hoje, a agenda, é trabalhar no setor privado, assistindo as empresas para fazer a coisa certa na condução dos seus negócios. Sobre projetos políticos, esse não é foco", diz. "Como cidadão a gente permanece discutindo e defendendo as pautas nas quais nós acreditamos. Acho que qualquer projeto que se discute precisa levar em consideração essa agenda anticorrupção também", observa.

Leia abaixo a entrevista completa:

ESTADÃO: Há dois anos, o Sr. ainda era juiz federal, depois passou pelo cargo de ministro de Estado e agora está assumindo como sócio-diretor de uma consultoria global. Para quem vem da magistratura, que é uma carreira relativamente estável, como foram todas essas mudanças?

SÉRGIO MORO: Eu fui juiz criminal por mais de 20 anos, depois fui Ministro da Justiça e Segurança Pública e, especialmente nos últimos anos, a dedicação foi muito intensa ao enfrentamento da corrupção, como juiz da Lava Jato e depois como ministro da Justiça, buscando no segundo caso implementar políticas anticorrupção. Indo agora para o setor privado, a minha intenção basicamente é continuar fazendo um papel similar, mas no âmbito do setor privado. Minha crença em particular é que o setor privado brasileiro tem muito a contribuir em relação a esta temática de adoção de políticas de integridade e a Alvarez & Marsal é uma empresa internacionalmente renomada, com um grande time. Recebi com muita satisfação este convite para trabalhar em conjunto. Ou seja, é ajudar as empresas a fazer a coisa certa. Isso pode fazer a diferença independentemente do governo, do Congresso. As empresas não precisam esperar o Congresso ou o governo para dizer o que precisa ser feito. Precisa fazer a coisa certa, precisa ter sistemas de compliance efetivos, precisa ter investigações corporativas quando necessário.

ESTADÃO: E o que muda agora com a ida ao setor privado?

SÉRGIO MORO: O Brasil foi uma referência, durante a Lava Jato, com uma onda anticorrupção aqui na América Latina e que de certa maneira também chegou no mundo todo por conta das operações de cooperação internacional com a Suíça, com a Dinamarca, com a Noruega, com os Estados Unidos. As empresas brasileiras que querem ter negócio lá fora estão percebendo cada vez mais a necessidade de buscar as melhores práticas com inspiração dos standarts norte americanos, europeus. A Lava Jato representou um despertar muito forte no Brasil em relação a esta preocupação das empresas com a integridade, também do setor público. Hoje estamos vendo alguns eventuais reveses no setor público, mas o setor privado pode caminhar com as próprias pernas. E até a minha percepção é a de que as empresas querem ir muito além das exigências que estão sendo feitas pelo setor público. Isso a gente tem visto de uma maneira muito clara, por exemplo, no setor ambiental: as empresas querendo adotar políticas de conformidade mesmo diante de posturas eventualmente questionáveis no âmbito do setor público. A mesma coisa para essas políticas de integridade: as empresas querem se antecipar a problemas e para isso precisam ter sistemas de compliance, sistemas de prevenção a corrupção dentro do seu meio ou na interação do setor público com o privado que podem fazer a diferença, podem fazer com que o País avance muito no setor privado e isso já pode fazer uma grande diferença no que se refere à diminuição da corrupção.

No fundo, a minha ida a uma empresa como a Alvarez & Marsal segue na mesma linha do que eu sempre defendi: de que é importante nós adotarmos políticas de integridade e anticorrupção. O caminho do setor privado é um caminho absolutamente louvável também, não há nenhum demérito em relação a se trabalhar por esses objetivos no setor público. A corrupção envolve quem paga e quem recebe. Tem que trabalhar dos dois lados. Prevenir certamente é a melhor política. Isso, na minha percepção, também é bom para os negócios. Além de garantir que a empresa não se envolva em riscos reputacionais ou riscos de danos, porque muitas destas empresas que se envolveram de alguma forma em problemas criminais tiveram até risco de desaparecimento, sofreram grandes baques financeiros, no meu entendimento, no médio e no longo termo, é bom também para os negócios, atrai investimentos. Não é só uma questão de fazer a coisa certa, mas é bom também para os lucros.

ESTADÃO: E o escritório de advocacia em Curitiba, como fica?

SÉRGIO MORO: Eu estou no escritório inclusive. Vou colocar uma plaquinha aqui: filial da Alvarez & Marsal. Na verdade essa escritório é da minha esposa, tem que pedir para ela.

ESTADÃO: Quando e como foram as negociações para assumir esse cargo?

MARCOS GANUT: Como firma global, dentro das várias iniciativas que a área de Disputas e Investigações atua globalmente, surgem naturalmente oportunidades e discussões de negócios em que a gente tem que trazer talentos para dentro de casa - talentos estes que vão atuar em uma plataforma global. Dentro deste pensamento a gente tomou conhecimento de que o Moro estaria procurando um caminho na iniciativa privada e assim foi a chegada dele aqui.

Nós soubemos no mercado, somos mais de cinco mil pessoas pelo mundo, estamos conectados com esses departamentos, com o mundo de investigação, com o mundo de tecnologia, etc., soubemos que existiria a oportunidade, porque o Moro estava olhando para o setor privado. E aí foi uma investida da Alvarez & Marsal para acessar o Moro e apresentar as possibilidade sde negócio. Percebemos que havia uma conciliação do interesse dele com aquilo que a gente já faz e as conversas foram avançando. Levou umas cinco semanas, entre acessá-lo e a gente conseguir fechar o acerto dele, levou-se uns 35 a 45 dias. Houveram várias rodadas com o time daqui e com o time internacional.

A gente já tinha feito algumas contratações relativamente recentes pessoas com experiências de procurador de estado, de Departamento de Justiça pelo mundo. Isso não é uma novidade para a empresa. Claro que a gente está falando de uma figura que tem uma expressão ainda maior para o nosso mercado e, estrategicamente pensando, estamos olhando para um negócio que cresce a passos largos.

ESTADÃO: Qual será exatamente a sua função na área de 'Disputas e Investigações' da consultoria?

SÉRGIO MORO: A perspectiva é atuar globalmente. Isso não significa que não vai ser atendido o mercado brasileiro, vai sim. Mas a ideia principal é atuar globalmente, porque é uma empresa global. A própria equipe aqui no Brasil, embora também focada nos projetos para atender as empresas brasileiras, corriqueiramente está envolvida em projetos internacionais. Até porque nessa área de integridade e de compliance existe uma progressiva uniformização de standarts buscando os níveis mais altos. Isso dá vantagem a uma empresa global como a Alvarez & Marsal.

MARCOS GANUT: Na parte de disputas, a gente atua em disputas de infraestrutura, disputas de contratos de concessão, disputas societárias, econômicas, contábeis, de transações. A parte de investigação eu separaria em dois blocos, mas isso pode derivar em uma série de serviços: o bloco de práticas, políticas e prevenção e, quando algumas vezes isso não é efetivo, exige alguma intervenção sobre o incidente. Aí nós estamos falando em de fato fazer uma investigação corporativa, uma resposta a um ciberataque, por exemplo.

ESTADÃO: Quais são hoje as principais demandas das empresas clientes nesta área de 'Disputas e Investigações' da consultoria?

MARCOS GANUT: A gente tem demandas diversas. Empresas que querem as suas boas práticas de integridade, não só na gestão do dia a dia de negócios, mas gestão ambiental, gestão da forma de lidar com reguladores e agentes, gestão na forma de pagamentos.

ESTADÃO: Como será composta a remuneração?

MARCOS GANUT: Ele tem dedicação exclusiva para a Alvarez & Marsal. Ele é remunerado pelo trabalho que ele participa. Ele não tem nenhum benefício financeiro, direto ou indireto, de qualquer trabalho de outros setores. A remuneração dele está vinculada aos projetos nas unidades de Disputa e Investigação.

ESTADÃO: Ontem o Sr. se manifestou pela primeira vez sobre a admissão como sócio-diretor da Alvarez & Marsal e logo disse que não vai atuar em casos de potencial conflito de interesses. Dá para explicar melhor o que poderia configurar um caso do tipo? Como pretende, se é que pretende, contornar esse tipo de situação envolvendo empresas cujos executivos o Sr. colocou no banco dos réus?

SÉRGIO MORO: Tem havido uma confusão desnecessária. A Alvarez & Marsal não é uma empresa de advocacia, não é uma empresa dedicada a realizar defesa dessas empresas perante a Justiça, é uma empresa de reestruturação, de transformação dessas empresas. No fundo, é uma consultoria que está ali a orientar as empresas a fazer a coisa certa, inclusive se antecipar a este tipo de problema. Ajudar as empresas a implementarem sistemas efetivos de compliance, promover investigação corporativa quando a própria empresa identifica malfeitos… Não tem nada a ver esta crítica que foi feita na linha de que, por exemplo, eu estaria me juntando a Alvarez & Marsal para defender a Odebrecht. Primeiro, meu próprio contrato prevê que eu não atue em casos que possam envolver eventual conflito de interesses. Segundo, o setor que atende essas empresas da Lava Jato é outro setor que não aquele que eu vou trabalhar. E também a perspectiva é uma atuação global. Eu vou ficar aqui em Curitiba, mas estão previstas idas a São Paulo, aos Estados Unidos, idas a outros países. Existe uma clientela mundial. Não tem qualquer relação com essas empresas da Lava Jato. E, como eu disse, o trabalho não é de defender as empresas, é de fazer com que elas atuem da maneira correta. Qualquer situação de potencial conflito será afastada. Essa cláusula é expressa no contrato e tanto eu quanto a Alvarez & Marsal concordamos expressamente com ela para evitar qualquer tipo de questionamento. Evidentemente que nem eu, nem a Alvarez & Marsal, ninguém ia fazer nada ilegal. É uma empresa que tem reputação. Eu tenho a minha reputação, eu tenho a minha credibilidade, assim como a empresa. Nós estamos aqui para fazer a coisa correta e não o contrário.

MARCOS GANUT: Esses serviços prestados a empresas investigadas na Lava Jato são feitos por outras unidades de negócio da Alvarez & Marsal, as áreas de administração judicial e de reestruturação de empresas, que têm o seu time, que têm os seus sócios que tomam conta do negócio. Apesar de fazerem parte da Alvarez & Marsal, nós estamos falando de estruturas distintas, com objetivos distintos. Independente da chegada do Moro na Alvarez & Marsal, isso já é uma prática de muito tempo dentro da companhia. A gente vive em um mundo corporativo com um layer muito robusto de conflitos e, quando identificados determinados conflitos, permitem a gente aceitar ou não trabalhos ou fazer a segregação adequada. Aqui a gente tem um elemento complementar, no caso do ministro, porque além de estar separado em uma outra business unit, não vai atuar, conforme todas as condições contratuais.

A gente tem uma coordenação global bastante forte no nosso time de Disputa e Investigação e a gente obviamente debateu essa questão quando surgiu a oportunidade de conversar com o Moro. Em nenhum momento a gente fez nenhum desenho pensando em qualquer discussão decorrente ou remanescente de Lava Jato. A agenda é muito pró-privado, dentro de um ambiente de negócios onde a gente já atua, já tem presença global. A chegada dele só faz fortalecer esse movimento. A figura dele de combate à corrupção trazida para o setor privado tem um valor enorme e acho que esse é o contexto da contratação dele.

ESTADÃO: Já conheceu a equipe? Já foi alocado em um primeiro projeto?

SÉRGIO MORO: Estão sendo construídas agendas para atendimento aos clientes e para conhecimento das equipes. Como é uma empresa robusta, com várias unidades e mais de 500 funcionários só no Brasil, é algo que evidentemente leva o seu tempo.

MARCOS GANUT: A gente acaba compondo as equipes. Tem um time de tecnologia, disputas econômicas, infraestrutura, ambiental. O Moro vai ser também um executivo que tem a possibilidade de buscar nesses vários recursos as competências necessárias dependendo de cada tipo de serviço, de cada indústria que a gente atende. O nosso desafio agora é agenda. A gente tem um número importante de reuniões internas com os times, incluindo o internacional, e projetos que já estão acontecendo e os que estão chegando. Esta é a dinâmica bastante intensa que a gente vem acertando desde segunda-feira.

ESTADÃO: Sua nova missão afasta planos políticos ou não há cláusula de impedimento do contrato com a consultoria? O que o Sr. programa para 2022 no plano político?

SÉRGIO MORO: O foco hoje, a agenda, é trabalhar no setor privado, assistindo as empresas para fazer a coisa certa na condução dos seus negócios. Sobre projetos políticos, esse não é foco. Não é o momento de pensar nisso. Como cidadão a gente permanece discutindo e defendendo as pautas nas quais nós acreditamos. Acho que qualquer projeto que se discute precisa levar em consideração essa agenda anticorrupção também.

ESTADÃO: Embora negue pretensões eleitorais, o Sr. diz que deseja continuar contribuindo ao debate público. Como?

SÉRGIO MORO: Você não precisa ser juiz, procurador, policial, ministro, presidente, para fazer a coisa certa. As empresas, os seus dirigentes, os seus líderes têm condições de andar por sua própria conta. No Brasil, hoje, a principal expectativa é esta. A confiança maior de que o setor privado avance nessa área com maior velocidade e atendo a estes parâmetros internacionais.

ESTADÃO: Apesar dessa nova fase na iniciativa privada, o Sr. ainda é protagonista de inquéritos e processos importantes envolvendo figuras públicas. Um dos mais relevantes é o inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal. Recentemente ele abriu mão de prestar depoimento e, com isso, o inquérito está chegando ao fim. Já se avalia que o estrago para o presidente foi mais político do que jurídico. Quando o Aras pediu a abertura do inquérito ao Supremo, ele apontou também possível denunciação caluniosa e crime contra a honra. Teme que esse inquérito possa se virar contra o Sr.?

SÉRGIO MORO: Tenho muito orgulho e tenho muito conforto em relação às decisões que tomei na Lava Jato, foi a maior operação contra a corrupção da história do Brasil. E também em relação às minhas decisões e ações no Ministério da Justiça, inclusive quanto a minha saída. Expus ali as minhas razões. É uma investigação que corre nas mãos de outras pessoas, não tenho responsabilidade sobre elas. Mas eu estou bastante tranquilo.

Fonte: Rayssa Motta e Fausto Macedo - Estadão Conteúdo 

 

Flávio Dino diz que descartar Lula é "insanidade" e não há frente ampla sem PT

 

Governador do Maranhão, do PCdoB, disse que há "exagero" na avaliação sobre o desempenho do PT nas eleições municipais, e defendeu o ex-presidente Lula. "É claro que você não pode achar que vai construir uma aliança vitoriosa em 2022 sem o PT", afirmou

Governador Flávio Dino (PCdoB-MA) (Foto: SECAP - Secretaria de Estado de Comunicação Social e Assuntos Políticos do Maranhão)

247 - O governador Flávio Dino (PCdoB) afirmou nesta quarta-feira (2) que o resultado eleitoral do PT não justifica decretar o fim da influência do partido na coalização de forças da esquerda para as eleições de 2022. 

Em entrevista à revista Carta Capital, Dino disse que há um exagero nas avaliações sobre o resultado do partido. "O PT, de fato, colheu um resultado modesto na eleição, não venceu em nenhuma capital. Mas está muito longe de se caracterizar como terra arrasada. Vamos combinar que o PT continua a ser o partido mais nacional. Olhando nacionalmente, o PT continua a ser a coluna vertebral do campo progressista”, afirmou.

Flávio Dino disse também que não há possibilidade de se construir uma  frente ampla no campo progressista sem a presença do PT. “É claro que você não pode achar que vai construir uma aliança vitoriosa em 2022 sem o PT. Isso é um erro gigantesco. Ou contra o PT, o que é pior ainda. Você precisa ter o PT junto, pela importância que ele tem como partido mais nacional, partido com maior aprovação popular e por ter o maior líder político do nosso campo: o presidente Lula“, afirmou.

"Ninguém cometeria, em outro país, a insanidade de descartar um líder da importância do Lula”, acrescentou Dino. 

Assista à entrevista de Flávio Dino:


PGE pede quebra de sigilo de Luciano Hang em ação sobre disparos em massa na campanha de Bolsonaro de 2018

 

O bolsonarista dono da Havan teria financiado um esquema de disparos em massa de mensagens no WhatsApp durante o processo eleitoral de 2018 para favorecer Jair Bolsonaro

LUCIANO HANG, DONO DA HAVAN. (Foto: LUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS)

247 - A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) indicou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que existem novos indícios de disparo em massa de mensagens no Whatsapp para favorecer a campanha do então candidato Jair Bolsonaro em 2018.

Em documento enviado ao tribunal, a PGE defende a quebra do sigilo bancário e fiscal do empresário bolsonarista Luciano Hang, dono da Havan, e de quatro empresas no período de 1º de julho a 30 de novembro de 2018.

Também estão sendo investigadas as empresas Quick Mobile, Yacows, Croc Services e SMS Market, suspeitas de terem realizado os disparos em massa, que teriam sido financiados por Hang.

O suposto disparo indevido de mensagens pelo Whatsapp podem caracterizar abuso de poder econômico e uso indevido de meio de comunicação social. 

Por isso, o vice-procurador-geral eleitoral, Renato Brill de Góes, pediu ao TSE que julgue em conjunto as quatro ações de investigação judicial eleitoral (Aije) que pedem a cassação da chapa de Bolsonaro em 2018 pelos disparos.

 

Apucarana registra 76 novos casos de Covid-19 nesta quarta-feira, um novo recorde diário



A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou nesta quarta-feira (02) mais 76 casos de Covid-19 em Apucarana. É um novo recorde diário de diagnósticos positivos da doença. Agora, o município soma 2.471 resultados positivos para o novo coronavírus.

São 36 homens, incluindo duas crianças (9, 10, 15, 21, 21, 23, 24, 29, 31, 31, 32, 33, 34, 35, 35, 37, 37, 38, 38, 38, 39, 41, 43, 43, 43, 43, 46, 48, 52, 57, 58, 60, 65, 68, 71 e 74 anos), e 40 mulheres, incluindo três crianças (8, 10, 10, 13, 15, 18, 22, 24, 24, 25, 28, 28, 28, 31, 32, 33, 36, 36, 36, 37, 40, 41, 43, 47, 51, 52, 53, 53, 54, 55, 57, 58, 59, 64, 68, 71, 74, 74, 80 e 85  anos). Os resultados positivos vieram do Laboratório Central do Estado (Lacen).

Ainda segundo o boletim divulgado pela Autarquia de Saúde, o município tem mais 313 suspeitas em investigação. O número de recuperados chega a 2.050.

O Pronto Atendimento do Coronavírus chegou a 14.339  pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de pacientes monitorados atualmente é de 1.167.

Já foram testadas 16.359 pessoas, sendo 8.308 em testes rápidos, 6.455 pelo Lacen (RT-PCR) e 1.596 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 29 pacientes de Apucarana internados, nove na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 20 em leitos de enfermaria.

O município tem no momento 359 casos ativos de Covid-19.

 

Prefeito anuncia pacote de obras na saúde no valor de R$ 3 milhões

Além da conclusão de obras em andamento, prefeito autorizou a licitação de novos projetos que vão ampliar a capacidade de atendimento. (Foto: PMA)


Apucarana investirá, nos próximos meses, R$ 3 milhões em seis obras na área da Saúde. O anúncio foi feito pelo prefeito Junior da Femac nesta quarta-feira (02/12), após reunião com o setor financeiro e equipe de engenharia. A maior parte dos recursos será investida em Unidades Básicas de Saúde (UBS), visando ampliar a capacidade de atendimento.

O prefeito avaliou nesta quarta-feira (02/12) a disponibilidade de recursos com a secretária da Fazenda, Sueli Pereira, e a situação dos projetos e convênios com a engenheira da Autarquia Municipal de Saúde, Ana Karine Alves Vieira. O prefeito autorizou ainda neste mês de dezembro a conclusão das obras de melhoria e ampliação da UBS Mário Verussa, localizada no Distrito de Correia de Freitas, no valor de R$ 40 mil. “Também daremos prosseguimento nas obras da nova UBS do Adriano Correia, que está na fase de fundação, no valor de R$ 736 mil”, informa Junior da Femac.

Outra obra que recebeu o sinal positivo para conclusão, com investimento de R$ 103 mil, é a reforma e ampliação da UBS Mercedes Moreno, situada na Vila Regina. Já no mês de janeiro iniciarão as obras de ampliação do Centro Infantil Sonho de Criança, localizado ao lado da Autarquia Municipal de Saúde, no valor de R$ 467 mil. “É uma unidade pública de atenção pediátrica que será ampliada para garantir maior conforto aos pacientes e acompanhantes”, salienta Junior da Femac.


Para o início de 2021, o prefeito também autorizou a abertura de processo licitatório para a construção de uma segunda UBS que vai atender a região do Núcleo Habitacional João Paulo. “Como é uma região que tem uma grande população, há a necessidade de uma segunda unidade e que será construída no Jardim Primavera, com investimento de R$ 750 mil”, pontua Junior da Femac.

O prefeito também autorizou a licitação para a reforma e ampliação da UBS Takaiti Myiadi, situada no Núcleo Habitacional Dom Romeu Alberti. “Será uma grande ampliação que vai representar praticamente uma unidade nova para atender essa região da cidade”, observa Junior da Femac, acrescentando que o valor previsto para essa obra será de R$ 900 mil.

O pacote de obras será executado com recursos próprios e também com valores oriundos dos governos estadual e federal. “Serão R$ 1,2 milhão de convênio com o Governo do Estado, R$ 300 mil de recursos federais e o restante – R$ 1,5 milhão – de recursos do próprio Município”, cita Junior da Femac.

  

Apucarana repassa mais R$334 mil a entidades sociais

 

Verba vai atender três entidades que tiveram plano de trabalho aprovado junto ao Conselho Municipal da Assistência Social e Secretaria Municipal da Assistência Social (Foto: PMA)


O prefeito Júnior da Femac liberou nesta semana o pagamento de mais R$334 mil em subvenções sociais. O montante, oriundo de verbas livres do caixa municipal, vai atender três entidades que tiveram plano de trabalho aprovado junto ao Conselho Municipal da Assistência Social e Secretaria Municipal da Assistência Social.

A Casa de Apoio Social ao Adolescente de Apucarana (C.A.S.A.) vai receber R$159 mil, a Escola de Desenvolvimento Humano Casa do Caminho (Edhucca) cerca de R$108 mil e o Centro de Resgate à Vida Esperança (CEPES) R$68 mil. Os valores serão repassados, em parcelas iguais, ao longo dos próximos 12 meses. “São entidades que prestam um grande trabalho social. A C.A.S.A, assiste adolescentes que cumprem medidas socioeducativas definidas pela Justiça, além de liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade. O Edhucca promove ações em prol de jovens e adolescentes com serviços socioassistencial, além de ações de convivência e fortalecimento de vínculos, e o CEPES mantém atividades ocupacionais para meninas em situação de vulnerabilidade”, relata o prefeito Júnior da Femac.

Júnior lembra que recentemente já havia autorizado repasse de R$347.575,60 a outras quatro entidades sociais do Município. “Os recursos do caixa livre da prefeitura já custeiam atividades da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Fachisa Apoio e Qualificação Profissional, Casa do Dodô e ONG Comando Anderson de Defesa do Cidadão (Commander)”, pontua o prefeito.

O vice-presidente do C.A.S.A., Altair Ribeiro, enaltece os esforços da atual administração municipal em apoiar às necessidades das entidades sociais de Apucarana. “Estou no sexto ano dentro do C.A.S.A. e tenho acompanhado de perto a forma com que o prefeito tem se preocupado em atender a todos. No nosso caso, prestamos um atendimento de média complexidade, com grande demanda, e nos últimos anos tivemos um expressivo crescimento no recebimento da subvenção social, quase que dobrando o que recebíamos”, relata Ribeiro.

Os recursos, além de pagamento do salário dos profissionais da entidade e de oficineiros, contribui para despesas com água, energia elétrica, telefone, entre outras. “Outra fonte de receita que temos são as promoções e um chá anual, que não pode ser realizado neste ano devido a pandemia, então a subvenção liberada agora pelo prefeito é ainda mais importante para as entidades, pois vivemos um ano muito difícil”, afirma o vice-presidente do C.A.S.A..

A presidente da Edhucca, Aída Santos Assunção, frisa que esta parceria entre prefeitura e entidades sociais é relevante para a manutenção das atividades. “Um recurso muito importante e esperado, que contribui para que possamos saldar as despesas ao longo do ano, especialmente aquelas despesas fixas”, diz Aída, ratificando que os recursos deste ano são ainda mais importantes devido ao advento da pandemia.

A presidente do CEPES, Elisabete Fornel, relata que o plano de trabalho aprovado contempla a remuneração dos profissionais que atuam na entidade em atividades multidisciplinares de atenção à pré-adolescentes e adolescentes. “Priorizamos o uso deste recurso para o pagamento dos salários dos profissionais, mas também o utilizamos para custear gastos com energia elétrica, água, entre outras despesas de manutenção da entidade”, informa Elisabete. Segundo ela, sem a subvenção social repassada pela prefeitura, as ações do CEPES ficariam comprometidas. “Atendemos atualmente a 22 meninas com idades entre 10 e 17 anos, com atenção estendida à família, e posso dizer que sem este dinheiro seria praticamente impossível manter o mesmo atendimento ao longo de todo o ano”, revela a presidente do CEPES. Ela conta que apesar da pandemia, os trabalhos não pararam. “Apenas não estamos tendo as atividades em sala de aula, que foram substituídas pelas aulas online, mas o trabalho de assistência às meninas e às famílias que necessitam não foi interrompido”, comunica.

 

Consultoria de Moro tem contrato com outras empresas quebradas pelo ex-juiz

 

Consultoria americana que terá Sérgio Moro como sócio tem em sua lista de clientes, além da Odebrecht e OAS, outras empresas quebradas pelo ex-juiz. A construtora Queiroz Galvão e a Sete Brasil, criada para operações no pré-sal, estão no portfólio da empresa de Moro, que já faturou R$ 17,6 milhões só com a Odebrecht

Sergio Moro (Foto: Reprodução | Alessandro Dantas/PT no Senado)

247 - Consultoria estadunidense que terá o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro como sócio, a Alvarez & Marsal não só presta serviços à Odebrecht e OAS, mas também para outras empresas quebradas por ele. Foi nomeada pela Justiça para administrar o processo de recuperação judicial da Queiroz Galvão e da Sete Brasil, criada para a exploração do pré-sal.

O contrato com a Odebrecht prevê que a empresa de Moro receberá R$ 35 milhões - já recebeu R$ 17,6 milhões com o processo de recuperação judicial do grupo. Da OAS, receberá R$ 15 milhões. 

O caso da Sete Brasil é emblemático. A empresa foi criada por um grupo composto por Petrobras, Banco BTG Pactual, Banco Bradesco, Banco Santander e fundos de pensão. O arco de sócios por si só demonstra o caráter até estapafúrdio da ação de Moro, pois ele é integrado por alguns dos principais protagonistas do capitalismo brasileiro. Em 2011 e 2012, a empresa ganhou duas licitações da Petrobras para a construção de 28 sondas de última geração. 

A fúria da Lava Jato levou a operação a "descobrir" que a empresa, uma referência mundial no setor, teria sido criada unicamente para  "ajudar na corrupção" - a versão foi amplificada por toda mídia conservadora, como se pode ler aqui. A destruição causada pela dupla Moro-Dallagnol foi tamanha que a empresa, eEm junho de 2016, entrou em recuperação judicial com endividamento de 19,3 bilhões de dólares.

Valores 

A Alvarez & Marsal confirmou ter recebido os quase R$ 18 milhões pela recuperação da empreiteira brasileira. Pelo serviço, tem direito a receber honorários, que chegam a R$ 1,1 milhão por mês atualmente. A consultoria sugeriu ao juiz da recuperação que receba R$ 22,4 milhões por 30 meses de trabalho na causa, de acordo com informações publicadas pelo portal Uol.

Em julho de 2019, a companhia havia solicitado receber R$ 1,5 milhão por mês em honorários. A Odebrecht pediu à Justiça que os honorários sejam reduzidos a R$ 400 mil por mês a partir de novembro, chegando a R$ 300 mil mensais a partir de maio do ano que vem.

O Partido dos Trabalhadores recorreu à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que Sérgio Moro seja investigado. De acordo com o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), Moro teve informações sigilosas sobre o Grupo Odebrecht quando atuou na Lava Jato.

 

"O Lula foi quem mais abriu espaço para a esquerda no Brasil", diz Gleisi Hoffmann

 

"O Lula foi quem mais abriu espaço para a esquerda no Brasil, afirma a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. "Eu acho um equívoco de avaliação política atribuir à liderança de Lula o desempenho do PT nas eleições municipais aquém do esperado". "O PT ainda deve contar com Lula por muitos anos", enfatiza Gleisi

Gleisi Hoffmann e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, rebateu os argumentos que circulam na mídia e  entre correntes internas de que o PT sofreu um desastre eleitoral e isso se deve ao fato de Lula permanecer como a principal liderança do petista. "O Lula foi quem mais abriu espaço para esquerda no Brasil. Se não fosse ele, qual seria o espaço político para a esquerda? - diz em entrevista ao Globo.  "O Lula é uma grande liderança, ele continua sonhando, lutando, tem energia e vontade de continuar contribuindo com o processo".

Independentemente de se Lula será candidato ou não à presidência da República em 2022, "ele é uma das figuras mais importantes não só do PT, mas do cenário político nacional. Por que deixaríamos de contar com o Lula? - questiona.

Gleisi enfrenta pressões internas para deixar a direção do partido diante dos resultados eleitorais negativos. Ela reconhece que o resultado da eleição municipal deste ano ficou aquém do esperado, mas, em sua avaliação, não foi um desastre para a sigla. "Não fiz uma avaliação positiva. Agora, não sou derrotista. Sei que os resultados ficaram aquém daquilo que a gente tinha expectativa. Mas nem por isso eu acho que é um desastre", afirma a presidente do PT .

O principal argumento da direção do PT é que o partido comandará cidades que somam o mesmo número de eleitores do que as conquistadas em 2016, apesar da redução do número total de prefeituras, de 254 foi para 183. Isso ocorreu por causa de conquistas de cidades maiores. Um outro ponto é o fato da legenda ter conseguido vaga no segundo turno em 15 municípios, contra sete de quatro anos atrás. Dos 15 deste ano, venceu em apenas quatro: Diadema (SP), Mauá (SP), Contagem (MG) e Juiz de Fora (MG), assinala o jornalista Sérgio Roxo, do Globo.

Para Gleisi, a recuperação da força política petista, após o impeachment da presidente Dilma Rousseff, se dará aos poucos. "Acho que nós estamos tentando nos recuperar de um grande tombo que tivemos, não só em 2016, mas em derrotas políticas que se acumulam de 2013 pra cá. Não é fácil isso, você não faz recuperação em salto. Recuperação é processo"  — argumenta.

Sobre a interrupção de seu mandato à frente da sigla, que vai até 2023, reivindicada por correntes minoritárias internas, Gleisi rebate: "No PT, a tradição é cumprir mandato e respeitar a democracia. Quem dá golpe são os outros". 

A dirigente é ainda mais assertiva ao se referir à defesa feita por dirigentes petistas da saída de cena de Lula para abertura de espaço para novas lideranças. "Essa questão de atribuir à liderança do Lula os desafios políticos e eleitorais do PT é mais uma injustiça, entre tantas, que são cometidas contra ele. Todas as lideranças que nós temos hoje no  PT, desde Marília (Arraes), que é a mais jovem, passando por (Fernando) Haddad e por Jaques Wagner, foram estimuladas pelo Lula desde o início. Então, é ruim dizer que o Lula não abre espaço para novas lideranças.

A presidente do PT diz que Lula abriu espaço não só para integrantes do partido, mas também de outras legendas do campo da esquerda ... "O Lula foi quem mais abriu espaço para esquerda no Brasil. Se não fosse ele, qual seria o espaço político para a esquerda? Eu acho um equívoco de avaliação política". E completa: "O Lula é uma grande liderança, ele continua sonhando, lutando, tem energia e vontade de continuar contribuindo com o processo. Se vai ser candidato ou não, isso não vem ao caso. Mas ele é uma das figuras mais importantes não só do PT, mas do cenário político nacional".    

 

Cidade paraense de Cametá é assaltada em ação parecida com a que ocorreu em Criciúma

 

Quadrilha toma as ruas e assalta banco em Cametá, no Pará. Em ação parecida com a realizada em Criciúma (SC), criminosos usaram reféns, atacaram um quartel da PM e fizeram disparos por mais de 1 hora. Grupo fugiu. Uma pessoa morreu, segundo o prefeito

(Foto: agênciabr)


247 - Uma quadrilha tomou as ruas de Cametá, no interior do Pará, a 235 km de Belém, no começo da madrugada desta quarta-feira (2), para assaltar um banco. Moradores relataram em redes sociais uma noite de terror. Uma pessoa morreu, segundo o prefeito, Waldoli Valente (PSC).

A ação tem as mesmas características da registrada em Criciúma, no Sul de Santa Catarina, na madrugada desta terça (1º), em que uma quadrilha também fez ataques pelo município em ação para assaltar uma agência bancária.

Assim como ocorreu em Criciúma, a quadrilha que atacou Cametá também reféns usou como escudos para se locomover pelas ruas da cidade. As pessoas foram capturadas em bares. Os criminosos atiraram para cima durante mais de uma hora. O grupo usou armas de alto calibre e explosivos. Um quartel da Polícia Militar (PM) foi atacado, impedindo a saída dos policiais. 

Os bandidos deixaram a cidade por volta de 1h30. Segundo a PM, o grupo fugiu usando carros e barcos – a cidade fica às margens da Rio Tocantins. O município de Cametá tem 136 mil habitantes, segundo o IBGE, informa o G1.

Documento da empresa de Moro prova que o triplex é da OAS, e não de Lula

 

Surge a prova que comprova a fraude jurídica contra o ex-presidente Lula, que destruiu a democracia e a economia brasileira - e depois premiou Moro como sócio milionário da Alvarez & Marsal


Sergio Moro e Triplex (Foto: Lula Marques | Reprodução | PT)

247 - O jornalista Reinaldo Azevedo revela que a consultoria estadunidense que contratou Moro aparece na Lava Jato, em 2017, numa petição da defesa de Lula, com documentos comprovando que o tríplex do Guarujá, o centro de todo processo contra o ex-presidente, era mesmo da OAS.


Escreveu Azevedo: "Em uma petição enviada ao então juiz Sérgio Moro no dia 19 de abril de 2017, a defesa de Lula exibia dois documentos demonstrando que o tal tríplex de Guarujá não pertencia ao ex-presidente. Era, na verdade, propriedade da OAS. E quem é que listava o imóvel como patrimônio da empreiteira? Ninguém menos do que a Alvarez & Marsal, empresa de que Moro agora é sócio honrado e acima de qualquer suspeita. Isso está devidamente documentado".

Ao fim da reportagem, Azevedo pergunta: "Pergunta: será que, hoje, Moro acredita na palavra da empresa de que ele é sócio diretor? Ou ainda: será que, agora como empresário com ganhos milionários, ele espera que juízes façam como ele fez e ignorem o que certifica a A&M?"

Leia a íntegra aqui.

 

Paraná confirma 5 mil casos de Covid-19 em 24h: ‘tudo tem um limite’, alerta Beto Preto


Gilson Abreu/AEN

mês de dezembro começou com um novo recorde de casos confirmados de Covid-19 no Paraná. O boletim do coronavírus atualizado nesta terça-feira (1º) pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) registrou aumento 5.221 novos diagnósticos positivos, recorde histórico da pandemia.

A secretaria estadual também confirmou 61 mortes nas últimas 24h, o que leva o total acumulado desde março para 282.645 casos confirmados e 6.160 mortos por complicações da doença.

Diante da iminência de um novo decreto mais restritivo, o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto, alerta para a possibilidade de faltar leitos para atender a demanda crescente de pacientes com Covid-19. “Insumos, equipamentos, recursos físicos, recursos humanos: tudo isso tem um limite”, disse ele ao Paraná Portal.

A Sesa mantém os esforços para abrir novos leitos de UTI e enfermaria em unidades parceiras. Em uma semana, 304 vagas foram abertas na rede pública estadual. O governo do Paraná não trabalha, a princípio, com a possibilidade de construir hospitais de campanha.

No entanto, de acordo com Beto Preto, não adianta ampliar a rede sem frear a onda de contaminações. “É importante que estejamos todos alinhados. O fator aqui não é ampliar a disponibilidade de leitos. O fator mais importante, neste momento, é realmente fazer com que as pessoas entendam o nosso limite”, reforçou.

O secretário da Saúde lembra que as próximas semanas apresentam desafios importantes que precisam ser superados. A expectativa do comércio pelas vendas de Natal e as reuniões familiares no período de festas podem ser fatores que levem à aglomerações. Além do toque de recolher regionalizado, a pasta estuda a possibilidade de fechar parques e eventos.

“Vamos conversar com todas as prefeituras e tentar alinhar o discurso para que a gente tenha a menor aglomeração de pessoas possível. Importante lembrar: o coronavírus já matou mais de 6 mil pessoas no Paraná, e em respeito a todos estamos trabalhando para diminuir os novos casos”, concluiu.

NOVO BOLETIM

De acordo com a secretaria estadual, o Paraná tem 1.083 pacientes com Covid-19 internados em hospitais da rede pública ou privada. Destes, 523 ocupam leitos de UTI, enquanto 560 realizam o tratamento em vagas de enfermaria.

Além disso, outros 1.536 pacientes com quadros respiratórios seguem internados. Eles são considerados casos suspeitos porque não fizeram ou ainda aguardam o resultado dos exames para coronavírus.

A taxa de ocupação dos leitos de UTI do SUS exclusivos para Covid-19 subiu para 84%. O pior indicador vem da região leste, onde 91% das vagas estão indisponíveis.

O Paraná chega aos 282.645 casos de Covid-19 com uma taxa de letalidade de 2,2%.

De acordo com a Sesa, 202.268 pacientes foram liberados do tratamento e são considerados recuperados. O número representa 72% do total de infectados.

CORONAVÍRUS NO PARANÁ


COVID-19: NOVAS MORTES

O boletim do coronavírus atualizado nesta terça-feira (1°) pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) incluiu 61 novas mortes aos registros oficiais da Covid-19 no Paraná. As vítimas eram 30 homens e 31 mulheres, com idades entre 0 e 89 anos.

Os pacientes moravam em Maringá (8), Curitiba (7),  Ponta Grossa (4), Colombo (3), Araucária (3), Palotina (3), Apucarana (2), Cruzeiro do Oeste (2), General Carneiro (2), Irati (2), Paranaguá (2), Piraquara (2), Campina da Lagoa, Campo Largo, Campo Magro, Cascavel, Enéas Marques, Guarapuava, Imbituva, Inácio Martins, Loanda, Munhoz de Melo, Palmital, Pinhais, Pontal do Paraná, Realeza, Rolândia, Santa Helena, São José dos Pinhais, Telêmaco Borba, Vera Cruz do oeste, Vitorino e Wenceslau Braz.

+ Covid-19: veja o boletim completo do coronavírus no Paraná (1°/12/2020)

 Fonte: Paranaportal