Com investimentos na
ordem de R$50 milhões, a empresa irá fabricar produtos biológicos para uso na
agricultura com foco no mercado interno e externo, atendendo especialmente países
da América do Sul (Foto: PMA)
Com 80% do projeto
executado, a planta industrial apucaranense da Forbio Agroscience, empresa do
grupo empresarial Forus, que mantém várias empresas no Brasil e exterior, entre
elas a Forquímica em Cambira, vai iniciar suas atividades no final de janeiro.
A informação foi repassada ao prefeito Júnior da Femac nesta terça-feira
(01/12), em reunião realizada na Prefeitura de Apucarana, pelo empresário e
sócio-administrador Edson Geraldo Rossini.
Rossini
relatou que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) prejudicou o cronograma
do grupo, que esperava ter iniciado a produção ainda neste ano. “O planejamento
era para que a Forbio já tivesse em atividade, mas a pandemia comprometeu o
cumprimento dos prazos, sobretudo pela dificuldade dos fornecedores atenderem
aos pedidos e também pela limitação de operários no canteiro de obras. Mas é
uma honra para Apucarana poder receber este empreendimento de classe mundial,
que vai gerar inicialmente cerca de 80 empregos industriais, empregos
permanentes com mão-de-obra especializada. Uma alegria ainda maior saber que as
atividades vão iniciar no âmbito dos 77 anos do município”, disse o prefeito
Júnior da Femac, ressaltando que a Forbio Agroscience vai comercializar
produtos “made in Apucarana” para o Brasil, países da América do Sul.
No
encontro, Rossini esteve acompanhado do engenheiro agrônomo Rodrigo Honorato e
relatou ao prefeito que os equipamentos tecnológicos de ponta, que compõem os
laboratórios e da linha de produção, estão em fase final de testes e que, para
finalizar o projeto, restam adequações na parte externa, com ênfase ao acesso à
empresa junto à BR-376. “Além de atualizar o prefeito sobre o andamento das
obras e a previsão de início das atividades, esta reunião também teve como
intuito solicitar apoio da prefeitura na viabilização de um acesso adequado à
empresa, intervindo junto à concessionária, se necessário”, informou o
empresário. De acordo com ele, a inauguração oficial da Forbio deve acontecer
após o início das atividades, no mês de fevereiro. “Estamos preparando uma
inauguração respeitando o atual cenário, atendendo todas as normas preventivas
necessárias devido à Covid-19”, esclareceu.
Com a
razão social Biofort Indústria e Comércio de Produtos Agrícolas Ltda, a planta
de Apucarana vai ter como foco o atendimento do mercado interno e externo com
produtos da “Linha Bio” e de “Biocontrole” a partir da fabricação de adubos e
fertilizantes, bem como comércio atacadista de defensivos agrícolas, adubos,
fertilizantes e corretivos do solo com tecnologia de ponta. O investimento
inicial na implantação da empresa no município, em área de 6 alqueires
adquirida pela empresa junto às margens da BR-376, entre o Contorno Sul e a
Estrada Rural do Bilote, nas proximidades da Eletran, é na ordem de R$50
milhões.
Na
estrutura inicial de 10 mil m² funcionará o setor industrial (produção),
laboratório, inoculantes, aditivos, estoque e expedição. Também faz parte da
planta ampla área de estacionamento e a parte administrativa. “Apucarana foi
escolhida por ser uma cidade estratégica, é pólo regional, está situada em um
importante entroncamento rodoviário e está entre dois aeroportos, além de ser
dotada de todos os recursos que necessitamos, como mão-de-obra e uma
administração municipal com gestores abertos ao desenvolvimento”, finalizou
Edson Rosini, sócio-administrador da Forbio. Também participou da reunião o
secretário Municipal de Obras, Herivelto Moreno.
Produtos
– A empresa irá fabricar produtos biológicos para uso na agricultura, incluindo
inoculantes para leguminosas, organismos para controle biológico de pragas e
linha de aditivos para sementes. Tecnicamente, os produtos da Forbio contribuem
para aumentar a defesa da planta e a redução no uso de agroquímicos. O
inoculante desenvolvido pela empresa, por exemplo, substitui a aplicação de
uréia na soja. A bactéria absorve o nitrogênio pelo ar e transfere uréia para a
planta, reduzindo os custos na lavoura.