Novas ações foram definidas em
Assembleia Estadual, visando denunciar o autoritarismo e desrespeito de Ratinho
Jr.
Foto: APP-Sindicato
Depois de 8 dias em jejum total, a greve de fome de Educadores (as) que
estão acampados em frente ao Palácio Iguaçu foi encerrada nesta quinta-feira
(26). A ação foi finalizada após uma assembleia da categoria, que definiu mais
mobilizações contra os ataques do governo Ratinho.
De acordo com o Sindicato, a greve foi encerrada para garantir a saúde
dos (as) grevistas, que já estão 174 horas sem qualquer tipo de alimentação.
Outro fator foi o avanço da Pandemia do novo Coronavírus que tem gerado
preocupação em todos (as), com aumento do número de casos e mortes na capital
Paranaense. A orientação dos(as) médicos(as) voluntários que acompanharam os
educadores em greve foi de que a fragilidade imposta pela falta de alimentação
poderia deixá-los ainda mais vulneráveis ao vírus.
Segundo o secretário de Comunicação da APP-Sindicato, Luiz Fernando
Rodrigues, a APP-Sindicato continuará mobilizada, denunciando os ataques do
governador Ratinho Jr. e o secretário da Educação, o empresário Renato Feder e
cobrando que as pautas da categoria sejam atendidas.
“A greve de fome se deu pelo descaso e insensibilidade do governador
Ratinho. Desempregar milhares de pessoas e colocar outras milhares em risco em
plena pandemia são provas de que o governo do Paraná não se preocupa com a vida
do povo paranaense. Por isso vamos intensificar a luta e desmascarar esse
governo que se esconde como rato do debate com a categoria. Saímos mais fortes
e mais dispostos a enfrentar e denunciar os abusos do governador e do
comerciante que ocupa a secretaria de educação”, destaca Luiz.
Entre as principais pautas estão a revogação do edital 47, o qual
institui prova para o Processo Seletivo Simplificado (PSS), respeitando a saúde
e o emprego dos(as) milhares(as) de profissionais PSS’s. Junto com a revogação
do edital e da prova, a categoria reivindica a renovação dos contratos de
professores (as) e funcionários (as) de escola atualmente contratados(as) de
forma temporária pelo processo seletivo simplificado, o pagamento do salário
mínimo regional e de promoções e progressões, concurso público para suprir o
déficit de educadores(as), além da manutenção das turmas de ensino noturno nas
escolas incluídas no processo de migração para o modelo cívico-militar.
Luta intensa
A APP-Sindicato, junto com Educadores (as) iniciaram mobilizações em
todo o estado no começo de novembro, quando o governador Ratinho Jr. e Renato
Feder anunciaram a militarização de 216 escolas no Paraná e a realização de uma
prova para PSS.
Em resposta a falta de diálogo com a categoria, que não foi consultada
sobre esses projetos nefastos, trabalhadores (as) da educação organizaram atos
em frente ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) e o Sindicato se manteve
mobilizando em frente ao Palácio Iguaçu para exigir uma reunião com o governo.
Graças a mobilização, no dia 17, representantes do governo se reuniram
com a APP-Sindicato para discutir as pautas da categoria. A resposta da gestão
desagradou a categoria, que montou acampamento em frente ao Palácio Iguaçu. Já
no dia 18, educadores (as) ocuparam a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep)
para exigir mediação no debate com Ratinho Jr.
Após a desocupação, que foi realizada no dia 19, Educadores (as)
iniciaram uma greve de fome para denunciar a falta de diálogo e respeito do
governador. A greve reuniu 49 educadores (as) que se mantiveram em jejum até
dia 26 de novembro, contabilizando 8 dias e mais de 170 horas sem comer.
Milhares de pessoas em todo o Paraná se uniram nas últimas 24 horas em jejum e
se somaram à mobilização.
Confira abaixo os(as) companheiros(as) que participaram da greve de
fome:
Adriana Mara – Ponta Grossa
Andriely da Veiga Costa – Araucária
Aparecida Calizario – Curitiba
Camila Lanes – Estudante
Clau Lopes – Curitiba
Daniel Costa Machado – Itaperuçu
Daniel Matoso – Cascavel
Daniele Santos – Curitiba
Edmilson José da Silva – Curitiba
Egnaldo Cesca – Enéas Marques
Eliane Figura – Dois Vizinhos
Élio da Silva – Piraquara
Eliziane Alves – Ângelo Trevisan
Erika Nogueira – Estudante
Eugenia Maria de Andrade Souza- Curitiba
Evandro Mickus – Fazenda Rio Grande
Fabiano Camargo – Guaíra
Felipe Ferreira – Estudante
Fernanda Junqueira – Estudante
Gabriela Berry – Estudante
Helim Leal – Araucária
Igor de Lucca – Estudante
Isabel Andreia Cunha – Curitiba
Jaqueline Marcelino – Pinhais
Jean Ricardo Baptista – Araucária
Jonathan Chasko da Silva – Cascavel
José Sidnei da Silva – Araucária
Leandro Francisco de Paulo – Curitiba
Leonardo Costa – Estudante
Lillian de Oliveira – Araucária
Lucélia de Fátima Macedo – Campo Largo
Lucileia Barbosa Augusto – Iporã
Luzenaide Leal da Silva – Curitiba
Márcia Valéria Fabris – Curitiba
Março Aurélio Gaspar – São João do Trunfo
Maria Aparecida Leal da Silva – Campo Largo
Marilene Lemony – Paranaguá
Meire Rose de Castro – Campina Grande do Sul
Patricia Cardoso Pelim – Fazenda Rio Grande
Paulete Cristiane de Oliveira – Pinhais
Rafael Pires de Mello – Colombo
Reginaldo Santos – Apucarana
Rodrigo Toleda – Paranaguá
Rosangela Anhaia – Ponta Grossa
Rosemari de Jesus – Campina Grande do Sul
Sara Leite – Curitiba
Sheila Cristina – Curitiba
Taís Adans – Piraquara
Valdecir Vicente dos Santos – Fazenda Rio Grande
Fonte: APP Sindicato