No mesmo
dia em que a pesquisa XP/Ipespe mostrou empate técnico entre Guilherme Boulos,
do Psol, e Bruno Covas, do PSDB, um grupo de empresários soltou um manifesto em
apoio ao candidato progressista. Eles apontam que Boulos é um empreendedor
social bem-sucedido e que a prefeitura caiu no colo de Covas, que nunca
empreendeu na vida
247 - Mais uma notícia positiva para Guilherme Boulos,
do Psol, na reta final da disputa municipal em São Paulo. No mesmo dia em que a pesquisa XP/Ipespe apontou empate
técnico entre ele e Bruno Covas, do PSDB, um grupo
de empresários divulgou um manifesto em apoio a sua candidatura.
“Boulos é um
bem-sucedido empreendedor social e político. Fundou e lidera um movimento
social que, em duas décadas, apesar da restrição orçamentária, garantiu moradia
para mais de vinte mil pessoas e atua em catorze estados”, diz o texto. “Covas,
o herdeiro do capital político do avô, não teve que empreender como Boulos para
se tornar prefeito. A prefeitura caiu em seu colo”. Leia, abaixo, a íntegra:
Boulos e a necessidade de inovação na
gestão de São Paulo
Somos um grupo de
50 empresários e executivos do setor produtivo e financeiro que apoiamos a
candidatura de Guilherme Boulos e Luiza Erundina à prefeitura de São Paulo.
Num
mundo pós-pandemia, em que o debate gira em torno da necessidade de ampliação
da rede de proteção social e de se orientar ações por princípios ambientais,
sociais e de governança, alguns setores da sociedade ainda insistem em defender
fórmulas anacrônicas e ineficientes. A cidade mais rica da América Latina
somente realizará seu potencial se conseguir resolver seus graves
problemas.
Alguns
que se opõem à candidatura de Guilherme Boulos, concentraram suas críticas no
seu programa econômico. Nós, que trabalhamos em diferentes setores do mercado,
entendemos que muitas dessas críticas são superficiais. Sua proposta se baseia
numa inversão de prioridades na alocação dos recursos públicos, colocando a
periferia no centro do debate. A viabilidade econômica se dará com o
enfrentamento à corrupção, à revisão dos contratos com estabelecimentos de
incentivos corretos e à cobrança mais efetiva da dívida ativa. Além de ter
enfraquecido a Controladoria Geral do município, o PSDB tem um baixo índice de
recuperação da dívida ativa. Boulos propõe investimentos em digitalização e contratação
de procuradores para enfrentar a morosidade do sistema de cobrança. Não será
simples, mas é possível.
No entanto,
acreditamos que o debate sobre a importância da candidatura de Guilherme Boulos
deve ir além de questões de contabilidade, uma vez que o conceito de
sustentabilidade deve incluir fatores econômicos, sociais, ambientais e de
governança. Nosso mundo mudou profundamente nos últimos oito meses.
Alguns dos dogmas mais rigorosos do sistema econômico estão sendo questionados.
É o momento ideal para se fazer uma transição inovadora na prefeitura da
capital econômica e financeira da América Latina. Arriscado seria insistir em
experiências que não solucionaram problemas gravíssimos de exclusão social,
degradação e violência urbanas.
Outros
atacam a inexperiência do candidato. Guilherme Boulos é uma aposta inovadora,
mas não excessivamente arriscada. Ele será acompanhado de Luíza Erundina, uma
ex-prefeita que governou São Paulo com responsabilidade fiscal e inovação. Além
disso, Boulos é um bem-sucedido empreendedor social e político. Fundou e lidera
um movimento social que, em duas décadas, apesar da restrição orçamentária,
garantiu moradia para mais de vinte mil pessoas e atua em catorze estados.
Enfrentou caciques partidários para impor a sua candidatura e, conseguiu,
finalmente, unir a forças progressista do país numa frente ampla pela
democracia.
A crise
econômica gerada pela pandemia poderá acarretar uma crise social de
repercussões imprevisíveis. Sabemos que os custos financeiros, sociais e políticos
da ausência do poder público nas regiões mais pobres pode aumentar a violência
urbana. Eleger um prefeito que conheça profundamente os problemas da periferia
será chave para evitar o aprofundamento da desigualdade social.
Covas, o herdeiro
do capital político do avô, não teve que empreender como Boulos para se tornar
prefeito. A prefeitura caiu em seu colo. E, apesar de ser educado e democrata,
não tem o conhecimento e a liderança de Boulos e não conseguiu fazer uma gestão
que deixasse um legado para a cidade. Foi um gestor sem brilho, ordinário.
Além da
renovação política, o voto em Boulos será o voto pelo contrato social que São
Paulo, apesar de sua riqueza, não fez sob a gestão de Doria/ Covas. Ele é um
líder progressista que fala para os negros, as mulheres, os jovens e os menos
favorecidos, que precisam ser inseridos no mercado de trabalho nos próximos
anos.
Boulos
propõe fazer políticas para que São Paulo seja uma cidade policêntrica,
inovadora e solidária. Tem ideias arrojadas e diferentes para problemas
gigantes. Ele descola de um certo anacronismo da esquerda em temas como
trabalho, empreendedorismo e parcerias com setor privado. Covas conseguiria
convencer quem prefere a continuidade de uma gestão excludente e sem inovação.
Mais do mesmo.
São
Paulo não será a primeira capital financeira a ser governada pela esquerda.
Londres, sob o comando do seu Prefeito Sadiq Kahn, se tornou a capital do
cosmopolitismo na era Brexit. Uma gestão Boulos voltaria a fazer de São Paulo
uma cidade voltada para o futuro, empreendedora e inovadora. Será um prefeito
de vanguarda para enfrentar os desafios de um mundo pós-pandemia.
Voto
#Boulos50, me pergunte porque.
Em nome
do grupo, subscrevem:
Flávia
Aranha, estilista e empresária
Marcel
Fukayama, empresário
Fabio
Gordilho, empresário
Marco
Gorini, empresário
Eliana
Lopes, empresária
Eduardo
Moreira, ex-banqueiro de investimentos
José
Paulo Moutinho Filho, advogado corporativo
João
Paulo Pacífico, empresário
Luis
Rheingatntz, empresário do agronegócio
Greta Gogiel
Salvi, empresária
Nina
Silva, empresária, CEO do Movimento Black Money