Presidenciável
do PDT voltou a atacar o "lulopetismo corrompido" e disse que Dilma
recebeu o Brasil com desemprego de 4% e entregou com 14%, quando, na verdade,
foi ela, cuja reeleição ele próprio apoiou, quem trouxe o desemprego para o
menor nível da história, até ser vítima de um golpe de estado
247 – O encontro recente entre o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e o presidenciável Ciro Gomes, do PDT, não teve resultados
duradouros. Em entrevista à Rádio Jornal Pernambuco, Ciro voltou a atacar Lula,
o PT e chegou até a mentir para também falsear a história do governo da
ex-presidente Dilma Rousseff. Sobre o encontro com Lula, Ciro disse que saiu
"com as mesmas ideias e as mesmas convicções".
Ciro disse ainda
que Lula "impôs a Dilma para continuar mandando" e responsabilizou o
PT pela eleição de Jair Bolsonaro em 2018, quando ele próprio se omitiu
de apoiar Fernando Haddad no segundo turno. "A Dilma, sem nenhuma
experiência, se agarra na economia mais atrasada e a corrupção generalizada,
que infelizmente não dá para ser escondida, o Antonio Palocci era braço direito
do Lula. Isso criou as condições no Brasil para o povo por desespero, por raiva,
por frustração, que eu compreendo com a minha alma, votar neste absurdo que
está se revelando ser o Bolsonaro", afirmou, segundo relato publicado no jornal O Globo.
Ciro,
que foi ministro de Lula e apoiou a reeleição de Dilma, em 2014, também usou
dados econômicos falsos para atacar a ex-presidente. "A Dilma não é uma
pessoa desonrada, é uma pessoa séria. Nós aqui no Ceará demos dois terços do
votos contra o impeachment, portanto não me meto nessa história de que a Dilma
é uma corrupta, mas a Dilma desastrou o Brasil. Quando ela assumiu o desemprego
era 4% quando saiu estava em 14%", afirmou.
Os dados oficiais
do IBGE, no entanto, mostram que Dilma assumiu o cargo com o desemprego em
6,1% e trouxe a taxa para 4,3%, no menor nível da história, em dezembro de
2014. Depois disso, ela passou a ser alvo de uma articulação golpista, da
sabotagem no Congresso, da quebra de empresas promovida pela Lava Jato e da
política do "quanto pior, melhor", liderada pelo PSDB, o que fez com
que o desemprego voltasse a crescer.
Embora
o PDT tenha sido um dos partidos que mais perdeu eleitores nas eleições
municipais, Ciro fez uma leitura peculiar das eleições. "Foi uma vitória
importante desse campo que nega os extremos. O luopetismo corrompido e o
bolsonarismo boçal foram varridos da vida brasileira nas grandes cidades",
afirmou. Ciro apoia João Campos, do PSB em Recife, que pode ser
derrotado por Marília Arraes, do PT, na capital pernambucana.