Previsão
do grupo financeiro multinacional Goldman Sachs previa que o Brasil cresceria
101,7% nos primeiros vinte anos do século, mas deve crescer apenas 43,6%. É o
pior crescimento dos Brics. Rota do crescimento foi cortada por Temer e
Bolsonaro
(Foto: Reuters | Agência Brasil)
247 - Um estudo da Goldman Sachs apontou que o Brasil teve
o pior desemprenho das nações que integram o Brics - Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul. Se o grupo financeiro multinacional tivesse acertado em
sua previsão, o PIB brasileiro teria crescido 101,7% nos primeiros vinte anos
do século, mas deve crescer apenas 43,6%, já levando em conta as estimativas do
FMI para a recessão deste ano. Crescimento do país for cortado pelo desastre
econômico dos governos Temer e Bolsonaro. Os dados foram publicados pelo jornal Valor Econômico.
Segundo a
pesquisa, assinada por Dominic Wilson e Roopa Purushothaman, com a publicação
do “Dreaming With BRICs: The Path to 2050”, os quatro grandes emergentes do
Brics (sem contar a África do Sul), deverão se tornar, até 2050, a maior força
da economia mundial, superando em valor de PIB os países do G-6 - Estados
Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália.
A Rússia cresceu 78,4% nos primeiros
20 anos deste século, bem menos que os 127,3% previstos pela Goldman Sachs. A
China e a Índia superaram as projeções: cresceram respectivamente 425,4% e
229,8%, bem acima das estimativas, de 249,3% e 206,1%.
No caso brasileiro, a oposição sabotou
cada vez mais o governo Dilma Rousseff, em 2015, além de ter contado com o
apoio da Operação Lava Jato na destruição de empresas e, em consequência, do
emprego. No ano seguinte foi implantada no País uma agenda baseada no
entreguismo de setores estratégicos, corte de direitos e investimentos
públicos.
A Rússia teve crescimento abaixo do
previsto porque, segundo analista, foi atingida pelas sanções aplicadas pelas
potências ocidentais a partir de 2014 por causa da anexação da Crimeia. Ocorreu
também uma queda dos preços do petróleo, principal produto de exportação russo.
Problemas internos como a falta de reformas e a expansão do Estado são citados
como inibidores de investimentos. Mais de 20 milhões de russos, de uma população
total de 145 milhões, vivem hoje abaixo da linha da pobreza.
O Brasil estava caminhando para ser uma
das maiores economias do mundo, especialmente, em decorrência do pré-sal.
Agora, nem entre os Brics, o País consegue o devido respeito por causa de uma
política externa sem rumo e que privilegia os Estados Unidos.
Ultraneoliberalismo fracassou.