sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Fuga de capitais é recorde em 2020, com desconfiança em relação a Guedes e Bolsonaro

Saída de recursos da Bolsa chega a R$ 88 bi até setembro, o dobro de 2019


247 – A falta de confiança dos investidores internacionais na política econômica de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes continua provocando fuga recorde de capitais. "Os estrangeiros continuaram retirando dinheiro da Bolsa. De acordo com dados divulgados pela B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, o saldo negativo no ano até o dia 29 de setembro soma R$ 88,2 bilhões. O valor representa o dobro do registrado em todo o ano passado, quando os estrangeiros levaram de volta para casa R$ 44,5 bilhões", aponta reportagem do jornal Estado de S. Paulo.

Os motivos apontados pelos especialistas são o colapso fiscal do País, a destruição ambiental e o baixo dinamismo da economia – o que significa que todo o movimento nas bolsas tem sido sustentado por investidores locais. Saiba mais abaixo sobre a relação entre Guedes e Bolsonaro:

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, em transmissão pelas redes sociais, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, é o “cara da política econômica” e que a “palavra final” é dele ao dizer que a linha do governo é de livre mercado e rejeitar um eventual tabelamento de preços de mercadorias, como o arroz.

“A nossa política é livre mercado, seguir a linha do Paulo Guedes, o Paulo Guedes continua (com) 99,9% de confiança comigo, deixo 0,1 porque às vezes quero mudar alguma coisinha... Ele é o cara da política econômica, e a palavra final é dele, ponto final”, disse.

Apesar do afago de Bolsonaro em Guedes, o ministro da Economia tem passado recentemente por reveses na condução da sua política econômica liberal, principalmente após a aproximação do governo com partidos do centrão do Congresso em meio à pandemia do novo coronavírus.

Essa legendas têm tido mais espaço nas decisões do Executivo, muitas delas contrariando a linha de atuação de Guedes e da equipe econômica.

 





Arapongas: Prefeitura registra 15 novos casos de Covid-19 e 20 curados



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta quinta (01/10) o registro de 15 novos casos, 20 curados de COVID-19 no município. Agora o município chega a 4.329 casos dos quais 3.886 já estão curados (89,8%), 341 ainda estão com a doença e 102 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 23.642 testes. Sobre estes novos casos a Secretaria de Saúde informa que: 
A Secretaria de Saúde esclarece que os casos divulgados no dia de hoje são resultados de exames realizados em dias anteriores.
Entre os 15 casos confirmados, estão 07 do sexo feminino com a respectivas idades:  09, 17, 37, 37, 65, 66 e 66 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 08 pacientes com as respectivas idades: 19, 30, 39, 43, 53, 61, 65 e 79 anos
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, 07 permanecem na UTI e 06 na enfermaria;
Referente aos leitos hospitalares ocupados em Arapongas, existem 46,6% dos 30 leitos de UTI e 15% dos 40 leitos de enfermaria ocupados;
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

 

Apucarana confirma mais um óbito por Covid-19 e 12 novos casos




Mais um óbito provocado por Covid-19 foi confirmado em Apucarana nesta quinta-feira (1º de outubro). A vítima é uma idosa de 80 anos. Ela sofria de hipertensão arterial e diabetes. Foi internada em 19 de setembro e morreu nesta quarta-feira (30). Agora, o município soma 43 mortes por causa da doença.

A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) também confirmou mais 12 casos de Covid-19, elevando o número de diagnósticos positivos para 1.338. Os resultados foram divulgados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). São sete mulheres (23, 23, 32, 43, 43, 50 e 52 anos) e cinco homens (27, 29, 32, 33 e 66 anos).

Ainda segundo boletim da Autarquia de Saúde, o município tem outras 67 suspeitas em investigação. O número de recuperados subiu para 1.204.

Já o Pronto Atendimento do Coronavírus chegou a 10.011 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de pacientes monitorados atualmente é de 360.

Já foram testadas 12.307 pessoas, sendo 7.268 em testes rápidos, 3.969 pelo Lacen (RT-PCR) e 1.043 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São nove pacientes de Apucarana internados, sendo três na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e seis em leitos de enfermaria.

ÓBITOS

Dos 43 óbitos registrados por Covid-19 em Apucarana, 27 são de homens (63%) e 16 de mulheres (37%).

 

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Guedes fracassa e moeda brasileira é a que mais perde valor no mundo em 2020

O real se consolidou como a moeda com pior desempenho do mundo em 2020 até o momento, com o dólar subindo 39,60% ante a divisa brasileira

Dólar e o ministro da Economia, Paulo Guedes (Foto: Reuters | Wilson Dias/Agência Brasil)

Do Infomoney – Com a questão fiscal aumentando a tensão entre os investidores aqui no Brasil, o dólar comercial fechou setembro com uma alta de 2,46% ante o real, cotado a R$ 5,6150 na compra e R$ 5,6160 na venda.

Além da crise do coronavírus, que afeta boa parte das moedas emergentes, o real tem outros fatores que estão pesando em seu desempenho. E um dos principais deles é o risco fiscal, elevado ainda mais esta semana com a decepção do mercado com o programa Renda Cidadã.

Na última semana, analistas já havia apontado esta preocupação diante das dificuldades que o governo já enfrentava para realizar os ajustes necessários na economia. O Bank of America, inclusive, disse estar mais cauteloso com o real e alertou para volatilidade no curto prazo.

Em entrevista para a Bloomberg, Sergio Zanini, sócio gestor da Galapagos Capital, destacou que o mercado está na “torcida para que o que foi anunciado na segunda [o Renda Cidadã] seja revertido em algum momento”.

“O mercado não compra mais esse discurso do Executivo, em que por um lado sempre defende o teto de gastos e a responsabilidade fiscal, mas por outro sempre anuncia planos que vão na contramão”, disse Breno Martins, trader de renda fixa da MAG Investimentos, também para a Bloomberg.

Na segunda, o governo apresentou o novo programa social e tem em sua proposta a ideia de usar o Fundeb e precatórios como forma de financiamento, decisão que foi vista por muitos especialistas como uma “pedalada fiscal”. Isso gerou muitas críticas à proposta e agora o mercado fica de olho para ver o que o governo fará sobre isso.

Nesta quarta, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que nunca foi proposta da equipe econômica romper teto ou financiar programas de forma equivocada, em referência ao direcionamento de recursos para o Renda Cidadã com a limitação ao pagamento de precatórios.

Em coletiva de imprensa, Guedes afirmou que seu time está estudando como fazer a fusão de 27 programas que já existem como forma de consolidar um programa de transferência de renda mais robusto, que represente uma aterrissagem após o fim do auxílio emergencial neste ano. Ele frisou que, como se trata de uma despesa permanente, terá que ser coberta por uma receita permanente.

Com esta preocupação crescente nas últimas semanas, o real se consolidou como a moeda com pior desempenho do mundo em 2020 até o momento, com o dólar subindo 39,60% ante a divisa brasileira, segundo dados da Refinitiv.

A performance é de longe a pior, já que contra a segunda pior divisa, a lira turca, o dólar subiu 29,69%. Com isso, o real também aparece bem atrás de moedas de países com grandes crises, como a Argentina, em que o dólar teve valorização de 27,25% contra o peso.

Outras moedas que veem o dólar registrar forte valorização no ano são o rublo da Rússia (25,17%), o rand sul-africano (19,59%) e os pesos mexicano (16,77%) e colombiano (16,44%).

 

Governo federal desviou a programa de Michelle Bolsonaro R$ 7,5 milhões doados para testes de Covid

 Dinheiro doado ao Ministério da Saúde para fazer testes de Covid foi desviado para projeto da primeira-dama Michelle Bolsonaro

(Foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil)

247 - O governo Bolsonaro desviou R$ 7,5 milhões doados para a compra de testes rápidos da Covid-19 para o programa Pátria Voluntária, coordenado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro.​

O frigorífico Marfrig, um dos maiores do país, anunciou em 23 de março que doaria esse valor ao Ministério da Saúde para a compra de 100 mil testes rápidos do novo coronavírus. O Brasil já se encontrava em pandemia e não tinha esse material para seguir a orientação da OMS (Organização das Nações Unidas) de testar em massa a população.

Mas os recursos não foram aplicados para essa finalidade específica e foram desviados para o Arrecadação Solidária, vinculado ao Pátria Voluntária administrado por Michelle Bolsonaro, informa a jornalista Constança Rezende na Folha de S.Paulo 

Esse mesmo programa liderado por Michelle Bolsonaro repassou, sem edital de concorrência, dinheiro público a instituições evangélicas ligadas à ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos). 

A doação da Marfrig foi feita num momento em que o Ministério da Saúde, que tinha como titular Luiz Henrique Mandetta, anunciava que o governo tentaria firmar parcerias com a iniciativa privada para financiamento de parte das compras dos kits.

Mas, no caso da Marfrig, a empresa foi orientada pela Casa Civil da Presidência da República a depositar a doação de 7,5 milhões de reais numa conta da Fundação do Banco do Brasil, gestora dos recursos do Pátria Voluntária. Posteriormente, a empresa foi consultada pelo governo Bolsonaro  sobre a possibilidade de destinar a verba doada não para a compra de testes por parte do Ministério da Saúde, mas para outras ações de combate aos efeitos socioeconômicos da pandemia de Covid-19. 

 

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Lula: “Bolsonaro não está preocupado com o pobre. O Brasil está à deriva”

Em entrevista ao Blog da Cidadania, ex-presidente Lula criticou o desastre sanitário e econômico causado pelo governo e advertiu para a agenda do ministro da Economia. “Paulo Guedes fala em economia em nome de quem? Ele trabalha para fazer com que o Brasil atenda aos interesses dos bancos”, afirmou

Lula, Bolsonaro e Guedes (Foto: 247 | Reuters)

247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou nesta quarta-feira (30) que o Brasil precisa restabelecer o diálogo para criar um ambiente democrático e a retomada do crescimento. Isso só será possível, segundo o ex-presidente, por meio da inclusão dos trabalhadores no orçamento federal. 

Em entrevista ao blogueiro Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, Lula falou da crise na saúde pública que já causou a morte de mais de 143 mil brasileiros e da explosão do desemprego, agravado pela política econômica do ministro Paulo Guedes. 

“Vejo Paulo Guedes falar de economia e percebo que ele não entende nada, é um banqueiro”, ponderou o ex-presidente. “Ele não sabe o que é um pobre, vem falar em economia em nome de quem? Guedes trabalha para fazer com que o Brasil atenda aos interesses dos bancos”, disse Lula. “Não vejo o governo preocupado com o pobre, em resolver o problema do emprego, do salário. É um governo que pensa na turma dele, o Brasil está à deriva”, acrescentou o ex-presidente. 

Para Lula, é preciso recuperar a tradição do diálogo democrático, baseado no respeito ao debate e à convivência entre ideias divergentes. “É preciso a gente brigar pela normalidade democrática, por um país onde as pessoas se respeitem, se cumprimentem e possam conviver com as diferenças”, conclamou. “A democracia nada mais é do que a convivência na diversidade. E Bolsonaro jogou isso no lixo”.

“Precisamos ter sempre o compromisso de passar esperança para as pessoas”, declarou. “Para que a gente volte a ter um pais como muito amor, com muita paz e que acredite piamente na democracia. Porque não existe saída fora da política”, disse o ex-presidente. 

Assista à entrevista na íntegra:

 

MBL cogitou comprar assinaturas para driblar leis eleitorais e fundar partido

Áudios do The Intercept Brasil, adquiridos pela mesma fonte da ‘Vaza Jato’, mostram que o dirigente nacional do MBL, Renan Santos, tentou realizar manobras ilegais para fundar partido próprio do movimento

Fernando Holiday, Renan Santos e Kim Kataguiri (Foto: Reprodução/Internet)

247 - O coordenador nacional do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan Santos, cogitou comprar assinaturas de um partido em formação para driblar a legislação eleitoral, segundo áudios adquiridos e divulgados pelo The Intercept Brasil. A manobra é ilegal. 

Renan enviou os áudios a outras lideranças do MBL em 2019 quando cogitavam criar um partido próprio, uma vez que seus parlamentares são filiados a outros partidos.

Eles viam como problema para fundar um novo partido a quantidade de assinaturas que precisariam coletar, que, segundo o MBL, seria 1,5 milhão. Por isso, Renan cogitou comprar uma legenda em formação, na qual parte do trabalho de buscar assinaturas já estaria feito.

“Na prática, significaria enganar milhares de pessoas que colocaram os nomes num abaixo-assinado pela criação de uma legenda qualquer e, sem saber, chancelariam a formação do partido do MBL”, argumenta o The Intercept.

Em áudio, o dirigente do MBL relata uma conversa com Rubinho Nunes, um dos fundadores do movimento e atual candidato a vereador em São Paulo. Ele propõe a ideia de comprar ou fazer um acordo com movimentos que já estavam coletando assinaturas para fundar partidos com base em uma regra antiga, anterior à reforma eleitoral.

“O Rubinho, quando eu falei, quando eu vi essa ideia, esse negócio do… Da mudança da regra, eu falei: ‘Tá, mas quem tá na regra antiga então, é só a gente ir atrás dos caras que tão na regra antiga e pegar o partido, que tem mais de 50 partidos tentando’. Só ver alguém aí que tá com seus quinze, vinte, trinta mil assinaturas, compra, faz um acordo… Mas o Rubi falou que não, que a regra muda pra todo mundo. Então vai ter que ser um milhão e meio pra todo mundo”, afirmou.

Segundo a reportagem, “as gravações fazem parte do material enviado pela mesma fonte do arquivo da Vaza Jato, no mesmo período, em um pacote separado, e não guarda relação com as conversas dos procuradores da República e do ex-juiz e ex-ministro bolsonarista Sergio Moro”. 

“A análise dos áudios demandou meses de trabalho e também envolveu apuração com fontes externas e cruzamento de informações e eventos citados nas próprias conversas. Todos os áudios da reportagem são reproduzidos na íntegra, com o mesmo conteúdo dos enviados ao Intercept, sem cortes ou edição”.

Confira a íntegra no The Intercept.

 

Arapongas: Prefeitura registra 17 novos casos de Covid-19 e 40 curados



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta quarta (30/09) o registro de 17 novos casos, 40 curados de COVID-19 no município. Agora o município chega a 4.314 casos dos quais 3.866 já estão curados (89,6%), 346 ainda estão com a doença e 102 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 23.359 testes. Sobre estes novos casos a Secretaria de Saúde informa que: 
A Secretaria de Saúde esclarece que os casos divulgados no dia de hoje são resultados de exames realizados em dias anteriores.
Entre os 17 casos confirmados, estão 08 do sexo feminino com a respectivas idades: 03, 18, 34, 38, 40, 64, 64 e 64 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 09 pacientes com as respectivas idades: 17, 21, 25, 28, 30, 35, 36, 38 e 58 anos
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, 07 permanecem na UTI e 06 na enfermaria;
Referente aos leitos hospitalares ocupados em Arapongas, existem 50% dos 30 leitos de UTI e 17,5% dos 40 leitos de enfermaria ocupados;
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

Apucarana confirma mais um óbito por Covid-19 e 30 novos casos da doença





Apucarana confirmou nesta quarta-feira (30) mais um óbito por Covid-19 e 30 novos casos da doença. Os dados foram divulgados pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS). Agora, o município soma 1.326 diagnósticos do novo coronavírus e 42 mortes.

O óbito é de uma mulher de 50 anos. Ela morreu nesta terça-feira (29) após ficar internada desde o último dia 24. A paciente sofria de hipertensão arterial, diabetes e obesidade.

Os 30 novos resultados positivos de Covid-19 foram confirmados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). São nove homens (10, 17, 17, 18, 27, 28, 32, 61 e 68 anos) e 21 mulheres, incluindo três crianças (5, 6, 11, 14, 18, 21, 25, 26, 28, 34, 37, 38, 42, 52, 54, 57, 60, 62, 63, 68 e 70 anos).

Ainda segundo boletim da Autarquia de Saúde, o município tem outras 80 suspeitas em investigação. O número de recuperados se mantém em 1.172.

O Pronto Atendimento do Coronavírus chegou a 9.960 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de pacientes monitorados atualmente é de 422.

Já foram testadas 12.249 pessoas, sendo 7.245 em testes rápidos, 3.969 pelo Lacen (RT-PCR) e 1.035 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 11 pacientes de Apucarana internados, sendo três na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e oito em leitos de enfermaria.

Com o boletim desta quarta-feira (30), o município fecha setembro com 296 casos e 12 óbitos contra 411 casos e 16 óbitos no mês anterior.

 

Programa liderado por Michelle Bolsonaro financia com dinheiro público ONGs aliadas de Damares

 O chamado programa Pátria Voluntária, que supostamente estimularia o terceiro setor, irrigou com dinheiro público instituições ligadas à ministra Damares Alves

Damares Alves, Michelle Bolsonaro e Jair Bolsonaro (Foto: Carolina Antunes/PR)

247 - Dinheiro público administrado por um programa dirigido por Michelle Bolsonaro, esposa do presidente da República, com finalidades supostamente beneficentes, financiou, sem edital de concorrência, instituições evangélicas ligadas à ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).

Uma dessas entidades foi a Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) beneficiada com R$ 240 mil pelo programa tocado por Michelle Bolsonaro,  por indicação da ministra Damares. 

A AMTB consta do site da Receita Federal e em sua própria página na internet com o mesmo endereço de registro da ONG Atini, fundada por Damares em 2006 e onde a ministra atuou até 2015, informa reportagem da jornalista Constança Rezende na Folha de S.Paulo.

O programa Pátria Voluntária foi criado por decreto de Jair Bolsonaro em julho do ano passado. Sua finalidade é "fomentar a prática do voluntariado e estimular o crescimento do terceiro setor", arrecadando dinheiro de instituições privadas e repassando para organizações sociais.

O programa já consumiu cerca de R$ 9 milhões dos cofres públicos em publicidade pagos pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

Duas outras organizações filiadas à AMTB também receberam dinheiro público sem edital de concorrência - o Instituto Missional, com R$ 391 mil, e o SIM (Serviço Integrado de Missões), com R$ 10 mil.

Sediado em Maringá (PR), o ​Instituto Missional é dirigido por Weslley Kendrick Silva, um empresário que tem fotos em seu perfil no Facebook em confraternização com Damares e o secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente de Damares, Maurício Cunha, que por sua vez dirige a ONG CADI (Centro de Assistência e Desenvolvimento Integral), filiada à AMTB. 

O programa Pátria Voluntária tocado por Michelle Bolsonaro soma R$ 10,9 milhões em arrecadação de doações e já fez repasses a instituições privadas no valor de R$ 4,3 milhões

Somente com publicidade o programa já gastou R$ 9 milhões de dinheiro público.

 

Centrais fazem pressão na Câmara para manter auxílio de R$ 600 e derrotar governo

Dirigentes das centrais entregam documento ao presidente interino da Câmara. Mobilização no parlamento vai continuar. Segundo o presidente da CUT, parlamentares admitem que valor de R$ 300 é insuficiente

Fila para entrada em agência da Caixa (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Rede Brasil Atual - Na expectativa da votação da Medida Provisória (MP) 1.000/2020, dirigentes de centrais sindicais percorreram o Congresso nesta terça-feira (29) para defender a manutenção do auxílio emergencial, mas preservando o valor de R$ 600. Editada no último dia 3, a MP prorroga o benefício até dezembro, só que o reduz pela metade. Parte das 264 emendas apresentadas propõe quantias maiores.

Há semanas em campanha pelo auxílio de R$ 600, as centrais enfatizam a importância dessa renda para reduzir o impacto da crise e manter algum nível de atividade econômica. O Dieese afirma que parte do valor gasto retorna em forma de impostos, por meio do consumo, além do efeito para o resultado do PIB.

Diálogo social

“Conclamamos parlamentares e partidos para um amplo diálogo social compromissado com a nação brasileira, com o desenvolvimento econômico sustentável, com a justiça social, diálogo esse que deve agora materializar-se na manutenção do auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro”, diz trecho de documento assinado pelas centrais (leia íntegra ao final . Durante o dia, sindicalistas distribuíram o texto a líderes partidários. Também circula um abaixo-assinado para reforçar a campanha.

Entre os vários parlamentares visitados, os sindicalistas conversaram com o 1º vice da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), presidente interino da Casa. De acordo com o presidente da CUT, Sérgio Nobre, ele admitiu que há resistência entre os deputados de aprovar a MP com R$ 300. A quantia é considerada insuficiente, mas manter o valor atual exigirá debate e articulação. “É o que faremos.”

Para evitar o caos

“Para que o país não chegue ao caos social, é indispensável que o auxílio emergencial de R$ 600 seja mantido. É esse debate que vamos fazer com deputados e senadores”, acrescentou Sérgio Nobre. “Neste momento, não há agenda mais prioritária. Bolsonaro não quer que a MP seja votada, para que caduque em dezembro e permaneçam os R$ 300, e ele opera isso no Congresso de forma escancarada”, comentou o dirigente.

“A urgência é necessária porque a crise ainda está longe do fim”, diz o presidente da CTB, Adilson Araújo. “O cenário do mercado de trabalho caracteriza uma depressão econômica.” Segundo ele, além de manter o benefício integral, com efeito positivo para o mercado interno, é preciso garantir aumento real (acima da inflação) para o salário mínimo em 2021.

Estatais e serviço público

Amanhã (30), as centrais lançam a Campanha Nacional em Defesa das Estatais e do Serviço Público. Serão realizados atos presenciais e virtuais em várias regiões. O objetivo é mostrar as consequências negativas, para a sociedade, da privatização e do projeto de “reforma” administrativa.

“O governo quer fazer o uso de atribuições que hoje são do Estado como saúde, educação, segurança e moradia, que são serviços prestados em contrapartida aos impostos pagos pelo cidadão. O governo pretende se desfazer disso e impulsionar empresas para prestar esses serviços”, afirma o secretário de Administração e Finanças da CUT, Ariovaldo de Camargo. “Se não fosse o SUS, a tragédia da covid-19 e o número de mortos seriam muito maiores porque foi o serviço público de saúde que garantiu leitos nos hospitais, atendimento e testagem”, exemplificou.

As Centrais Sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, CGTB, Intersindical, CSP-Conlutas, Intersindical Instrumento de Luta e Pública, seus sindicatos e entidades, apresentam a proposta para que o Congresso Nacional vote a Medida Provisória 1000 e, ao mesmo tempo, restitua o valor de R$ 600 para o Auxílio Emergencial (R$ 1.200 para mãe chefe de família).

A Medida Provisória 1000 corta o auxílio emergencial pela metade, reduzindo-o a R$ 300, restringindo ainda mais a capacidade de milhões de famílias brasileiras enfrentarem as consequências da crise sanitária causada pela pandemia do Coronavírus, em especial o desemprego e a perda de renda do trabalho. A redução do auxílio compromete gravemente a capacidade de as famílias garantirem alimentação, moradia, transporte e outros bens de consumo básicos.

O auxílio emergencial de R$ 600,00 afiançou o consumo básico de mais de 65 milhões de trabalhadores e trabalhadoras informais, fomentou a atividade nas empresas e protegeu milhões de empregos, fazendo a roda da economia girar, impedindo, assim, que uma crise econômica ainda maior se instalasse no país. Mais de R$ 230 bilhões já foram mobilizados para financiar esse auxílio e teve um impacto positivo na massa de rendimentos das famílias que, transformada em consumo, foi capaz de sustentar mais de 2% do PIB brasileiro em 2020. Há também impactos positivos sobre as receitas fiscais de municípios, dos Estados e da União e Previdência Social.

Papel do Estado

Sairemos dessa grave crise sanitária e econômica se formos ousados e tivermos capacidade efetiva de atuar juntos. Cabe ao governo federal articular e coordenar os esforços de enfrentamento da crise sanitária. Contudo, o governo atua no sentido contrário, o que significa milhares de vidas perdidas por COVID19, mortes que poderiam ter sido evitadas.

Cabe ao Estado mobilizar os recursos públicos, com impostos progressivos e taxando os ricos, para garantir renda básica para todos que necessitem. Bem como mobilizar investimentos à retomada das milhares de obras paradas, para a expansão da nossa infraestrutura econômica e social. Orientando para um desenvolvimento produtivo ambientalmente sustentável, justo e solidário.

Desenvolvemos uma Campanha Nacional nas bases sindicais, nos movimentos sociais e organizações para manter o auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro.

Conclamamos parlamentares e partidos para um amplo diálogo social compromissado com a nação brasileira, com o desenvolvimento econômico sustentável, com a justiça social, diálogo esse que deve agora materializar-se na manutenção do auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro.

Setembro de 2020

Sérgio Nobre, Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores

Miguel Torres, Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah, Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores

Adilson Araújo, Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

José Calixto Ramos, Presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores

José Avelino Pereira, Presidente da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

Joaninha de Oliveira, Secretaria Executiva Nacional da CSP – Conlutas

Ubiraci Dantas Oliveira, Presidente da CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil

Nilza Pereira de Almeida, Secretaria de Finanças – Intersindical – Central da Classe Trabalhadora

Emanuel Melato, Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

José Gozze, Presidente da Pública Central do Servidor

Com informações das centrais

Redação: Vitor Nuzzi

Edição: Paulo Donizetti de Souza

 

terça-feira, 29 de setembro de 2020

“Querem me calar, mas não vão conseguir”, diz Boulos em campanha

Alvo da Polícia Federal a mando de Bolsonaro, por fazer críticas ao governo no Twitter, candidato do PSOL à Prefeitura de SP diz que “a trama vai ficando pior” ao comentar a notícia de que o inquérito foi aberto a pedido de um deputado bolsonarista, José Medeiros

Guilherme Boulos e Jair Bolsonaro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Marcos Corrêa/PR)

247 - O candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, afirmou que, apesar de tentarem, não vão conseguir lhe calar. Ele rebatia mais uma vez a ameaça da Polícia Federal que, a mando de Jair Bolsonaro, quer intimá-lo por críticas feitas por ele ao governo nas redes sociais.

“Querem me calar, mas não vão conseguir”, postou Boulos, ao pedir recursos para sua campanha. Ele também disse que “a trama vai ficando pior” ao comentar a notícia de que o inquérito da PF foi aberto a pedido de um deputado bolsonarista, José Medeiros, ao ainda ministro da Justiça Sérgio Moro.

A PF usou um tuíte que comparava Bolsonaro a Luís XIV para intimar Boulos. Na postagem, o candidato lembrou o fim da dinastia de Luís XIV. “Terminou na guilhotina”, afirmou. Segundo Guilherme Boulos, a tentativa de intimidação tem a ver com o apoio de Bolsonaro na capital a Celso Russomanno, que lidera as pesquisas.

O candidato do PSOL recebeu a solidariedade de Jilmar Tatto, que disputa a Prefeitura pelo PT: “vamos juntos na luta contra Bolsonaro”. E do PT, que soltou uma nota afirmando que a “ação da PF é mais um crime de Bolsonaro”. 

O deputado federal Ivan Valente, líder do PSOL na Câmara, reagiu enfaticamente à ameaça contra o candidato: “A Polícia Federal não pode ser corrompida por milicianos com ares de ditador. Intimar o Boulos por críticas à familícia é puro desespero dos Bolsonaros, na mira do MP com a denúncia da rachadinha. #NãoIrãoNosCalar”.

 



Lula provoca bolsonaristas que queimam livros e posta foto lendo biografia de Paulo Coelho

Ex-presidente agiu com ironia ao postar uma foto lendo um livro da biografia do escritor Paulo Coelho, que foi vítima de bolsonaristas que queimaram seus livros

(Foto: Reprodução)

247 - O ex-presidente Lula agiu com ironia ao postar em suas redes sociais nesta terça-feira (29) uma foto lendo uma biografia do escritor Paulo Coelho, que foi vítima de bolsonaristas que queimaram seus livros. 

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um casal de bolsonaristas queimando livros de Paulo Coelho. A senhora explica o motivo do gesto: as críticas que o escritor tem feito contra o Brasil.

Pelo Twitter, ao compartilhar uma postagem das imagens, Paulo Coelho diz que a cena lembra o nazismo. “O bigodinho do cara não deixa esconder a origem da ideia…”. Ele já havia postado na semana passada outro vídeo de alguém queimando seu best-seller “O Alquimista”, o livro mais traduzido no mundo.

Veja: