quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Governo federal desviou a programa de Michelle Bolsonaro R$ 7,5 milhões doados para testes de Covid

 Dinheiro doado ao Ministério da Saúde para fazer testes de Covid foi desviado para projeto da primeira-dama Michelle Bolsonaro

(Foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil)

247 - O governo Bolsonaro desviou R$ 7,5 milhões doados para a compra de testes rápidos da Covid-19 para o programa Pátria Voluntária, coordenado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro.​

O frigorífico Marfrig, um dos maiores do país, anunciou em 23 de março que doaria esse valor ao Ministério da Saúde para a compra de 100 mil testes rápidos do novo coronavírus. O Brasil já se encontrava em pandemia e não tinha esse material para seguir a orientação da OMS (Organização das Nações Unidas) de testar em massa a população.

Mas os recursos não foram aplicados para essa finalidade específica e foram desviados para o Arrecadação Solidária, vinculado ao Pátria Voluntária administrado por Michelle Bolsonaro, informa a jornalista Constança Rezende na Folha de S.Paulo 

Esse mesmo programa liderado por Michelle Bolsonaro repassou, sem edital de concorrência, dinheiro público a instituições evangélicas ligadas à ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos). 

A doação da Marfrig foi feita num momento em que o Ministério da Saúde, que tinha como titular Luiz Henrique Mandetta, anunciava que o governo tentaria firmar parcerias com a iniciativa privada para financiamento de parte das compras dos kits.

Mas, no caso da Marfrig, a empresa foi orientada pela Casa Civil da Presidência da República a depositar a doação de 7,5 milhões de reais numa conta da Fundação do Banco do Brasil, gestora dos recursos do Pátria Voluntária. Posteriormente, a empresa foi consultada pelo governo Bolsonaro  sobre a possibilidade de destinar a verba doada não para a compra de testes por parte do Ministério da Saúde, mas para outras ações de combate aos efeitos socioeconômicos da pandemia de Covid-19. 

 

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Lula: “Bolsonaro não está preocupado com o pobre. O Brasil está à deriva”

Em entrevista ao Blog da Cidadania, ex-presidente Lula criticou o desastre sanitário e econômico causado pelo governo e advertiu para a agenda do ministro da Economia. “Paulo Guedes fala em economia em nome de quem? Ele trabalha para fazer com que o Brasil atenda aos interesses dos bancos”, afirmou

Lula, Bolsonaro e Guedes (Foto: 247 | Reuters)

247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou nesta quarta-feira (30) que o Brasil precisa restabelecer o diálogo para criar um ambiente democrático e a retomada do crescimento. Isso só será possível, segundo o ex-presidente, por meio da inclusão dos trabalhadores no orçamento federal. 

Em entrevista ao blogueiro Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, Lula falou da crise na saúde pública que já causou a morte de mais de 143 mil brasileiros e da explosão do desemprego, agravado pela política econômica do ministro Paulo Guedes. 

“Vejo Paulo Guedes falar de economia e percebo que ele não entende nada, é um banqueiro”, ponderou o ex-presidente. “Ele não sabe o que é um pobre, vem falar em economia em nome de quem? Guedes trabalha para fazer com que o Brasil atenda aos interesses dos bancos”, disse Lula. “Não vejo o governo preocupado com o pobre, em resolver o problema do emprego, do salário. É um governo que pensa na turma dele, o Brasil está à deriva”, acrescentou o ex-presidente. 

Para Lula, é preciso recuperar a tradição do diálogo democrático, baseado no respeito ao debate e à convivência entre ideias divergentes. “É preciso a gente brigar pela normalidade democrática, por um país onde as pessoas se respeitem, se cumprimentem e possam conviver com as diferenças”, conclamou. “A democracia nada mais é do que a convivência na diversidade. E Bolsonaro jogou isso no lixo”.

“Precisamos ter sempre o compromisso de passar esperança para as pessoas”, declarou. “Para que a gente volte a ter um pais como muito amor, com muita paz e que acredite piamente na democracia. Porque não existe saída fora da política”, disse o ex-presidente. 

Assista à entrevista na íntegra:

 

MBL cogitou comprar assinaturas para driblar leis eleitorais e fundar partido

Áudios do The Intercept Brasil, adquiridos pela mesma fonte da ‘Vaza Jato’, mostram que o dirigente nacional do MBL, Renan Santos, tentou realizar manobras ilegais para fundar partido próprio do movimento

Fernando Holiday, Renan Santos e Kim Kataguiri (Foto: Reprodução/Internet)

247 - O coordenador nacional do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan Santos, cogitou comprar assinaturas de um partido em formação para driblar a legislação eleitoral, segundo áudios adquiridos e divulgados pelo The Intercept Brasil. A manobra é ilegal. 

Renan enviou os áudios a outras lideranças do MBL em 2019 quando cogitavam criar um partido próprio, uma vez que seus parlamentares são filiados a outros partidos.

Eles viam como problema para fundar um novo partido a quantidade de assinaturas que precisariam coletar, que, segundo o MBL, seria 1,5 milhão. Por isso, Renan cogitou comprar uma legenda em formação, na qual parte do trabalho de buscar assinaturas já estaria feito.

“Na prática, significaria enganar milhares de pessoas que colocaram os nomes num abaixo-assinado pela criação de uma legenda qualquer e, sem saber, chancelariam a formação do partido do MBL”, argumenta o The Intercept.

Em áudio, o dirigente do MBL relata uma conversa com Rubinho Nunes, um dos fundadores do movimento e atual candidato a vereador em São Paulo. Ele propõe a ideia de comprar ou fazer um acordo com movimentos que já estavam coletando assinaturas para fundar partidos com base em uma regra antiga, anterior à reforma eleitoral.

“O Rubinho, quando eu falei, quando eu vi essa ideia, esse negócio do… Da mudança da regra, eu falei: ‘Tá, mas quem tá na regra antiga então, é só a gente ir atrás dos caras que tão na regra antiga e pegar o partido, que tem mais de 50 partidos tentando’. Só ver alguém aí que tá com seus quinze, vinte, trinta mil assinaturas, compra, faz um acordo… Mas o Rubi falou que não, que a regra muda pra todo mundo. Então vai ter que ser um milhão e meio pra todo mundo”, afirmou.

Segundo a reportagem, “as gravações fazem parte do material enviado pela mesma fonte do arquivo da Vaza Jato, no mesmo período, em um pacote separado, e não guarda relação com as conversas dos procuradores da República e do ex-juiz e ex-ministro bolsonarista Sergio Moro”. 

“A análise dos áudios demandou meses de trabalho e também envolveu apuração com fontes externas e cruzamento de informações e eventos citados nas próprias conversas. Todos os áudios da reportagem são reproduzidos na íntegra, com o mesmo conteúdo dos enviados ao Intercept, sem cortes ou edição”.

Confira a íntegra no The Intercept.

 

Arapongas: Prefeitura registra 17 novos casos de Covid-19 e 40 curados



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta quarta (30/09) o registro de 17 novos casos, 40 curados de COVID-19 no município. Agora o município chega a 4.314 casos dos quais 3.866 já estão curados (89,6%), 346 ainda estão com a doença e 102 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 23.359 testes. Sobre estes novos casos a Secretaria de Saúde informa que: 
A Secretaria de Saúde esclarece que os casos divulgados no dia de hoje são resultados de exames realizados em dias anteriores.
Entre os 17 casos confirmados, estão 08 do sexo feminino com a respectivas idades: 03, 18, 34, 38, 40, 64, 64 e 64 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 09 pacientes com as respectivas idades: 17, 21, 25, 28, 30, 35, 36, 38 e 58 anos
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, 07 permanecem na UTI e 06 na enfermaria;
Referente aos leitos hospitalares ocupados em Arapongas, existem 50% dos 30 leitos de UTI e 17,5% dos 40 leitos de enfermaria ocupados;
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

Apucarana confirma mais um óbito por Covid-19 e 30 novos casos da doença





Apucarana confirmou nesta quarta-feira (30) mais um óbito por Covid-19 e 30 novos casos da doença. Os dados foram divulgados pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS). Agora, o município soma 1.326 diagnósticos do novo coronavírus e 42 mortes.

O óbito é de uma mulher de 50 anos. Ela morreu nesta terça-feira (29) após ficar internada desde o último dia 24. A paciente sofria de hipertensão arterial, diabetes e obesidade.

Os 30 novos resultados positivos de Covid-19 foram confirmados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). São nove homens (10, 17, 17, 18, 27, 28, 32, 61 e 68 anos) e 21 mulheres, incluindo três crianças (5, 6, 11, 14, 18, 21, 25, 26, 28, 34, 37, 38, 42, 52, 54, 57, 60, 62, 63, 68 e 70 anos).

Ainda segundo boletim da Autarquia de Saúde, o município tem outras 80 suspeitas em investigação. O número de recuperados se mantém em 1.172.

O Pronto Atendimento do Coronavírus chegou a 9.960 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de pacientes monitorados atualmente é de 422.

Já foram testadas 12.249 pessoas, sendo 7.245 em testes rápidos, 3.969 pelo Lacen (RT-PCR) e 1.035 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 11 pacientes de Apucarana internados, sendo três na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e oito em leitos de enfermaria.

Com o boletim desta quarta-feira (30), o município fecha setembro com 296 casos e 12 óbitos contra 411 casos e 16 óbitos no mês anterior.

 

Programa liderado por Michelle Bolsonaro financia com dinheiro público ONGs aliadas de Damares

 O chamado programa Pátria Voluntária, que supostamente estimularia o terceiro setor, irrigou com dinheiro público instituições ligadas à ministra Damares Alves

Damares Alves, Michelle Bolsonaro e Jair Bolsonaro (Foto: Carolina Antunes/PR)

247 - Dinheiro público administrado por um programa dirigido por Michelle Bolsonaro, esposa do presidente da República, com finalidades supostamente beneficentes, financiou, sem edital de concorrência, instituições evangélicas ligadas à ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).

Uma dessas entidades foi a Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) beneficiada com R$ 240 mil pelo programa tocado por Michelle Bolsonaro,  por indicação da ministra Damares. 

A AMTB consta do site da Receita Federal e em sua própria página na internet com o mesmo endereço de registro da ONG Atini, fundada por Damares em 2006 e onde a ministra atuou até 2015, informa reportagem da jornalista Constança Rezende na Folha de S.Paulo.

O programa Pátria Voluntária foi criado por decreto de Jair Bolsonaro em julho do ano passado. Sua finalidade é "fomentar a prática do voluntariado e estimular o crescimento do terceiro setor", arrecadando dinheiro de instituições privadas e repassando para organizações sociais.

O programa já consumiu cerca de R$ 9 milhões dos cofres públicos em publicidade pagos pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

Duas outras organizações filiadas à AMTB também receberam dinheiro público sem edital de concorrência - o Instituto Missional, com R$ 391 mil, e o SIM (Serviço Integrado de Missões), com R$ 10 mil.

Sediado em Maringá (PR), o ​Instituto Missional é dirigido por Weslley Kendrick Silva, um empresário que tem fotos em seu perfil no Facebook em confraternização com Damares e o secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente de Damares, Maurício Cunha, que por sua vez dirige a ONG CADI (Centro de Assistência e Desenvolvimento Integral), filiada à AMTB. 

O programa Pátria Voluntária tocado por Michelle Bolsonaro soma R$ 10,9 milhões em arrecadação de doações e já fez repasses a instituições privadas no valor de R$ 4,3 milhões

Somente com publicidade o programa já gastou R$ 9 milhões de dinheiro público.

 

Centrais fazem pressão na Câmara para manter auxílio de R$ 600 e derrotar governo

Dirigentes das centrais entregam documento ao presidente interino da Câmara. Mobilização no parlamento vai continuar. Segundo o presidente da CUT, parlamentares admitem que valor de R$ 300 é insuficiente

Fila para entrada em agência da Caixa (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Rede Brasil Atual - Na expectativa da votação da Medida Provisória (MP) 1.000/2020, dirigentes de centrais sindicais percorreram o Congresso nesta terça-feira (29) para defender a manutenção do auxílio emergencial, mas preservando o valor de R$ 600. Editada no último dia 3, a MP prorroga o benefício até dezembro, só que o reduz pela metade. Parte das 264 emendas apresentadas propõe quantias maiores.

Há semanas em campanha pelo auxílio de R$ 600, as centrais enfatizam a importância dessa renda para reduzir o impacto da crise e manter algum nível de atividade econômica. O Dieese afirma que parte do valor gasto retorna em forma de impostos, por meio do consumo, além do efeito para o resultado do PIB.

Diálogo social

“Conclamamos parlamentares e partidos para um amplo diálogo social compromissado com a nação brasileira, com o desenvolvimento econômico sustentável, com a justiça social, diálogo esse que deve agora materializar-se na manutenção do auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro”, diz trecho de documento assinado pelas centrais (leia íntegra ao final . Durante o dia, sindicalistas distribuíram o texto a líderes partidários. Também circula um abaixo-assinado para reforçar a campanha.

Entre os vários parlamentares visitados, os sindicalistas conversaram com o 1º vice da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), presidente interino da Casa. De acordo com o presidente da CUT, Sérgio Nobre, ele admitiu que há resistência entre os deputados de aprovar a MP com R$ 300. A quantia é considerada insuficiente, mas manter o valor atual exigirá debate e articulação. “É o que faremos.”

Para evitar o caos

“Para que o país não chegue ao caos social, é indispensável que o auxílio emergencial de R$ 600 seja mantido. É esse debate que vamos fazer com deputados e senadores”, acrescentou Sérgio Nobre. “Neste momento, não há agenda mais prioritária. Bolsonaro não quer que a MP seja votada, para que caduque em dezembro e permaneçam os R$ 300, e ele opera isso no Congresso de forma escancarada”, comentou o dirigente.

“A urgência é necessária porque a crise ainda está longe do fim”, diz o presidente da CTB, Adilson Araújo. “O cenário do mercado de trabalho caracteriza uma depressão econômica.” Segundo ele, além de manter o benefício integral, com efeito positivo para o mercado interno, é preciso garantir aumento real (acima da inflação) para o salário mínimo em 2021.

Estatais e serviço público

Amanhã (30), as centrais lançam a Campanha Nacional em Defesa das Estatais e do Serviço Público. Serão realizados atos presenciais e virtuais em várias regiões. O objetivo é mostrar as consequências negativas, para a sociedade, da privatização e do projeto de “reforma” administrativa.

“O governo quer fazer o uso de atribuições que hoje são do Estado como saúde, educação, segurança e moradia, que são serviços prestados em contrapartida aos impostos pagos pelo cidadão. O governo pretende se desfazer disso e impulsionar empresas para prestar esses serviços”, afirma o secretário de Administração e Finanças da CUT, Ariovaldo de Camargo. “Se não fosse o SUS, a tragédia da covid-19 e o número de mortos seriam muito maiores porque foi o serviço público de saúde que garantiu leitos nos hospitais, atendimento e testagem”, exemplificou.

As Centrais Sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, CGTB, Intersindical, CSP-Conlutas, Intersindical Instrumento de Luta e Pública, seus sindicatos e entidades, apresentam a proposta para que o Congresso Nacional vote a Medida Provisória 1000 e, ao mesmo tempo, restitua o valor de R$ 600 para o Auxílio Emergencial (R$ 1.200 para mãe chefe de família).

A Medida Provisória 1000 corta o auxílio emergencial pela metade, reduzindo-o a R$ 300, restringindo ainda mais a capacidade de milhões de famílias brasileiras enfrentarem as consequências da crise sanitária causada pela pandemia do Coronavírus, em especial o desemprego e a perda de renda do trabalho. A redução do auxílio compromete gravemente a capacidade de as famílias garantirem alimentação, moradia, transporte e outros bens de consumo básicos.

O auxílio emergencial de R$ 600,00 afiançou o consumo básico de mais de 65 milhões de trabalhadores e trabalhadoras informais, fomentou a atividade nas empresas e protegeu milhões de empregos, fazendo a roda da economia girar, impedindo, assim, que uma crise econômica ainda maior se instalasse no país. Mais de R$ 230 bilhões já foram mobilizados para financiar esse auxílio e teve um impacto positivo na massa de rendimentos das famílias que, transformada em consumo, foi capaz de sustentar mais de 2% do PIB brasileiro em 2020. Há também impactos positivos sobre as receitas fiscais de municípios, dos Estados e da União e Previdência Social.

Papel do Estado

Sairemos dessa grave crise sanitária e econômica se formos ousados e tivermos capacidade efetiva de atuar juntos. Cabe ao governo federal articular e coordenar os esforços de enfrentamento da crise sanitária. Contudo, o governo atua no sentido contrário, o que significa milhares de vidas perdidas por COVID19, mortes que poderiam ter sido evitadas.

Cabe ao Estado mobilizar os recursos públicos, com impostos progressivos e taxando os ricos, para garantir renda básica para todos que necessitem. Bem como mobilizar investimentos à retomada das milhares de obras paradas, para a expansão da nossa infraestrutura econômica e social. Orientando para um desenvolvimento produtivo ambientalmente sustentável, justo e solidário.

Desenvolvemos uma Campanha Nacional nas bases sindicais, nos movimentos sociais e organizações para manter o auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro.

Conclamamos parlamentares e partidos para um amplo diálogo social compromissado com a nação brasileira, com o desenvolvimento econômico sustentável, com a justiça social, diálogo esse que deve agora materializar-se na manutenção do auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro.

Setembro de 2020

Sérgio Nobre, Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores

Miguel Torres, Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah, Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores

Adilson Araújo, Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

José Calixto Ramos, Presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores

José Avelino Pereira, Presidente da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

Joaninha de Oliveira, Secretaria Executiva Nacional da CSP – Conlutas

Ubiraci Dantas Oliveira, Presidente da CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil

Nilza Pereira de Almeida, Secretaria de Finanças – Intersindical – Central da Classe Trabalhadora

Emanuel Melato, Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

José Gozze, Presidente da Pública Central do Servidor

Com informações das centrais

Redação: Vitor Nuzzi

Edição: Paulo Donizetti de Souza

 

terça-feira, 29 de setembro de 2020

“Querem me calar, mas não vão conseguir”, diz Boulos em campanha

Alvo da Polícia Federal a mando de Bolsonaro, por fazer críticas ao governo no Twitter, candidato do PSOL à Prefeitura de SP diz que “a trama vai ficando pior” ao comentar a notícia de que o inquérito foi aberto a pedido de um deputado bolsonarista, José Medeiros

Guilherme Boulos e Jair Bolsonaro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Marcos Corrêa/PR)

247 - O candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, afirmou que, apesar de tentarem, não vão conseguir lhe calar. Ele rebatia mais uma vez a ameaça da Polícia Federal que, a mando de Jair Bolsonaro, quer intimá-lo por críticas feitas por ele ao governo nas redes sociais.

“Querem me calar, mas não vão conseguir”, postou Boulos, ao pedir recursos para sua campanha. Ele também disse que “a trama vai ficando pior” ao comentar a notícia de que o inquérito da PF foi aberto a pedido de um deputado bolsonarista, José Medeiros, ao ainda ministro da Justiça Sérgio Moro.

A PF usou um tuíte que comparava Bolsonaro a Luís XIV para intimar Boulos. Na postagem, o candidato lembrou o fim da dinastia de Luís XIV. “Terminou na guilhotina”, afirmou. Segundo Guilherme Boulos, a tentativa de intimidação tem a ver com o apoio de Bolsonaro na capital a Celso Russomanno, que lidera as pesquisas.

O candidato do PSOL recebeu a solidariedade de Jilmar Tatto, que disputa a Prefeitura pelo PT: “vamos juntos na luta contra Bolsonaro”. E do PT, que soltou uma nota afirmando que a “ação da PF é mais um crime de Bolsonaro”. 

O deputado federal Ivan Valente, líder do PSOL na Câmara, reagiu enfaticamente à ameaça contra o candidato: “A Polícia Federal não pode ser corrompida por milicianos com ares de ditador. Intimar o Boulos por críticas à familícia é puro desespero dos Bolsonaros, na mira do MP com a denúncia da rachadinha. #NãoIrãoNosCalar”.

 



Lula provoca bolsonaristas que queimam livros e posta foto lendo biografia de Paulo Coelho

Ex-presidente agiu com ironia ao postar uma foto lendo um livro da biografia do escritor Paulo Coelho, que foi vítima de bolsonaristas que queimaram seus livros

(Foto: Reprodução)

247 - O ex-presidente Lula agiu com ironia ao postar em suas redes sociais nesta terça-feira (29) uma foto lendo uma biografia do escritor Paulo Coelho, que foi vítima de bolsonaristas que queimaram seus livros. 

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um casal de bolsonaristas queimando livros de Paulo Coelho. A senhora explica o motivo do gesto: as críticas que o escritor tem feito contra o Brasil.

Pelo Twitter, ao compartilhar uma postagem das imagens, Paulo Coelho diz que a cena lembra o nazismo. “O bigodinho do cara não deixa esconder a origem da ideia…”. Ele já havia postado na semana passada outro vídeo de alguém queimando seu best-seller “O Alquimista”, o livro mais traduzido no mundo.

Veja: 

Arapongas: Boletim da Covid-19 apresenta queda no número de contaminados e estabilidade nos óbitos



Prefeitura de Arapongas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e em parceria com Universidade Estadual de Londrina (UEL), através do Núcleo de Gestão Pública (FAUEL-NIGEP/UEL), publicou nesta terça-feira, 29, o Boletim Epidemiológico nº 05 da Covid-19. Os dados semanais são do dia 20 a 26 de setembro. O novo informativo demonstra queda no número de pessoas contaminadas durante a semana, bem como estabilidade no número de óbitos ocorridos nos últimos 30 dias.

Entre as análises realizadas, comparadas com a semana anterior (13/09 a 19/09), destacam-se:

- Queda de 39,8% no número de casos nos últimos 7 dias

- Queda de 13% no número de casos nos últimos 30 dias

- Estabilidade no número de óbitos nos últimos 30 dias

- Redução de 20,7% no número de casos curados nos últimos 7 dias

- Aumento no número total de 8,8% de pessoa que já se curaram do COVID-19

- Aumento percentual de curados de 84,12% para 88,1%

- Aumento no número total de 3,67% de pessoas que já contraíram o COVID-19

- A Taxa de transmissão diminuiu de 1,10 para 1,09

- Registro de 07 óbitos nesta semana demonstrando crescimento quando comparado aos 05 óbitos na semana anterior.

O boletim demonstrou ainda que entre as regiões mais afetadas pela doença nos últimos 7 dias estão: Região do Conj. Flamingos, Região do Conj. Petrópolis, Res. Araucárias e do Conj. Palmares. O boletim também traz a taxa de ocupação dos leitos Covid-19 no Hospital de referência do município, terminando a semana com uma taxa de ocupação de 20% dos 40 leitos de enfermaria e de 43,3% dos 30 leitos de UTI.

 

Apucarana confirma mais três mortes por Covid-19 nesta terça-feira


Apucarana confirmou nesta terça-feira (29) mais três óbitos por Covid-19. Todas as novas vítimas são homens (68, 71 e 79 anos). Agora, o município soma 41 mortes causadas pela doença. A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) também registrou mais seis resultados positivos para Covid-19 no município, elevando o número de ocorrências para 1.296.

O homem de 68 anos sofria de hipertensão arterial e cardiopatia. Foi internado no último dia 17 e morreu na segunda-feira (28). Já o paciente de 71 anos tinha deficiência intelectual e estava internado desde o último dia 15. Morreu nesta terça-feira (29). A terceira vítima de 79 anos sofria de hipertensão arterial e leucemia. Foi internado no último dia 23 e também morreu nesta terça-feira (29).

Os seis novos resultados positivos de Covid-19 foram confirmados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). São quatro homens (26, 45, 65 e 79 anos) e duas mulheres (26 e 30 anos).

Ainda segundo boletim da Autarquia de Saúde, o município tem outras 112 suspeitas em investigação. O número de recuperados aumentou para 1.172.

O Pronto Atendimento do Coronavírus chegou a 9.910 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de pacientes monitorados atualmente é de 418.

Já foram testadas 12.183 pessoas, sendo 7.226 em testes rápidos, 3.934 pelo Lacen (RT-PCR) e 1.023 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São nove pacientes de Apucarana internados, sendo três na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e seis em leitos de enfermaria.

 

Carol Proner sobre fim da Lava Jato sem punição de tucanos: “seletividade está confirmada”

 

“Você, que é a favor do implacável combate à corrupção, por rigor de coerência deixe de defender e ressalvar essa mega-operação daninha e lesa-pátria”, afirma a jurista

Carol Proner (Foto: Reprodução/Facebook)

247 - A professora de Direito Carol Proner, integrante da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), reforçou a “seletividade” da Lava Jato com a notícia sobre o fim da operação em São Paulo sem punição de tucanos.

“Lava Jato de São Paulo termina sem investigar tucanos. A seletividade está confirmada. Você, que é a favor do implacável combate à corrupção, por rigor de coerência deixe de defender e ressalvar essa mega-operação daninha e lesa-pátria”, cobrou a jurista.

A Operação Lava Jato de São Paulo tem sob sua responsabilidade investigações sobre irregularidades cometidas por governos do PSDB em grandes obras tocadas pelos governos do PSDB em grandes obras, como Rodoanel e Metrô. Esta terça-feira (29) é o último dia de atuação da força-tarefa paulista.

 

Processo de caixa 2 contra Serra pode prescrever em 35 dias se Gilmar não decidir sobre o caso

Investigação que apura a suspeita de que o senador José Serra recebeu R$ 5 milhões por meio de caixa 2 da Qualicorp em 2014 corre o risco de prescrever em 35 dias, caso o ministro do STF Gilmar Mendes não decida se o processo será devolvido ou não para a primeira instância

Gilmar Mendes e José Serra (Foto: Reuters)


247 - A investigação que apura a suspeita de que o senador José Serra (PSDB) recebeu R$ 5 milhões por meio de caixa 2 da Qualicorp na eleição de 2014 corre o risco de prescrever em 35 dias. A ação está nas mãos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes que deverá decidir se o processo será devolvido ou não para a primeira instância da Justiça Eleitoral. 

Segundo reportagem do jornal O Globo, Serra seria beneficiado por ter mais de 70 anos, que reduz a pena pela metade. Além disso, a jurisprudência do STF também aponta que a investigação deveria ser remetida à primeira instância, uma vez que trata de fatos acontecidos antes do atual mandado. 

A denúncia de caixa 2 contra José Serra foi formalizada há quase três anos, em uma delação premiada período em que o problema prescricional poderia ter sido evitado. Apesar da possibilidade de prescrição, o senador ainda pode ser investigado pelo crimes de lavagem de dinheiro. Essa investigação, porém, está paralisada desde o final de julho opor uma decisão do ministro do STF Dias Toffoli. 

 

Nova rachadinha de Flávio Bolsonaro: assessoras repassaram salários para pagar advogado do senador

 

Durante o período da campanha eleitoral de 2018, duas assessoras repassaram um total de R$ 27 mil ao advogado de Flávio Bolsonaro, mostrando o uso do esquema das rachadinhas também para fins eleitorais

Flávio Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - A quebra de sigilo de duas funcionárias de Flávio Bolsonaro quando era deputado estadual no Rio de Janeiro revelou que duas assessoras repassaram dinheiro ao advogado do filho de Jair Bolsonaro. 

Assim, fica demonstrado que a prática da rachadinha no gabinete do hoje senador na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro ia além dos depósitos realizados na conta do policial militar Fabrício de Queiroz.

Foram 22 repasses realizados todos os meses entre junho e dezembro de 2018, período que abrangeu as eleições, ao advogado Luis Gustavo Botto Maia, responsável pela parte jurídica da candidatura de Flávio Bolsonaro ao Senado, infoma o UOL

O advogado recebeu depósitos regulares de Alessandra Cristina Oliveira (15) e Valdenice Meliga (7), que eram assessoras parlamentares de Flávio na Alerj e, ao mesmo tempo, dirigentes do PSL, na época o partido da família Bolsonaro. 

Flávio Bolsonaro, o advogado e as duas assessoras não quiseram se pronunciar. 

Em junho, o advogado Botto Maia foi alvo de um mandado de busca e apreensão pela suspeita de participar de uma tentativa de obstruir as investigações sobre o esquema da rachadinha.