Os
principais jornais da imprensa comercial demonstraram mais uma vez que não têm
compromisso com o Brasil e não publicaram uma linha sequer do plano apresentado
nesta segunda-feira pelo PT, partido que governou o País por 13 anos, reduziu
drasticamente o desemprego e tirou milhões de brasileiros da pobreza
Gleisi Hoffmann, Lula e Aloizio Mercadante (Foto: Reprodução)
247 - A mídia comercial conservadora brasileira ignorou por
completo e não publicou uma linha sequer do Plano de Reconstrução e
Transformação do Brasil apresentado nesta segunda-feira (21) pelo PT. O partido
governou o País por 13 anos, reduziu drasticamente o desemprego e tirou milhões
de brasileiros da pobreza
Este foi o tema principal do programa Bom Dia 247 desta
terça. Assista ao programa, abaixo e a segui um resumo e a íntegra do projeto:
O Plano de
Reconstrução do Brasil visa, segundo o PT, "assegurar um novo caminho para
o país, baseado na ampliação de oportunidades, na igualdade e ampla liberdade
de expressão e comunicação, além da defesa da soberania nacional, ameaçados
pelo governo de Jair Bolsonaro".
A legenda informou que "as propostas
foram concebidas com base em contribuições de centenas de pessoas –
trabalhadores, mulheres, negros, indígenas, representantes do setor público,
LGBTQI+, artistas e intelectuais – comprometidas com o país".
Leia um resumo do
Plano e, a seguir, sua íntegra:
O Plano de Reconstrução parte de um
diagnóstico sobre a profundidade da crise brasileira, aprofundada pela pandemia
do coronavírus e pela condução irresponsável do governo Bolsonaro na resposta
ao Covid-19, que estão comprometendo o futuro do país e dificultando uma saída
rápida da crise. As propostas na economia colocam a alta do desemprego e o
aumento da desigualdade como um dos principais focos e preveem um papel para o
Estado no desenvolvimento econômico com Justiça Social. O programa prevê
medidas emergenciais e de longo prazo e tratam também de apresentar políticas
públicas protetivas e inclusivas, de combate ao racismo estrutural, e de
opressão e violência contra a mulher, além de tratar de homofobia, e violência
contra os indígenas e os quilombolas.
Novo acordo verde
No meio ambiente, o plano enfrenta a
devastação ambiental promovida pelo governo Bolsonaro, abordando um novo “pacto
verde” – uma espécie de ‘New Green Deal’, que permita assegurar uma transição
ecológica para a economia de baixo carbono. Isso permitirá a geração de
empregos de qualidade e atividades sustentáveis com base em tecnologias limpas.
Outros pontos também tratam de desenhos
institucionais para a adoção de políticas que conciliem a preservação ambiental
com a produção agrícola, a retomada de uma reforma agrária e a reconstrução de
uma política de Estado em apoio à agricultura familiar. Essas são as bases para
um plano voltado à agricultura do século 21, assim como a conquista e
manutenção dos mercados externos para os produtos brasileiros.
Outro ponto
essencial é a efetivação de uma Reforma Tributária Justa, Solidária e
Sustentável, marcadamente progressiva, com taxação de grandes fortunas e dos
rendimentos financeiros, de lucros e dividendos, de forma a aliviar a carga
tributária sobre os mais pobres e as pequenas empresas, reduzindo
consideravelmente os tributos sobre o consumo e os serviços. A proposta está em
tramitação no Congresso Nacional e precisa ser amplamente debatida com a
sociedade brasileira.
Lei de proteção do
Estado Democrático
Na política, o plano propõe uma Lei de
Proteção do Estado Democrático de Direito, além de reformas políticas,
eleitorais, do aparelho de Estado e dos órgãos de controle, que assegurem a
transparência da máquina administrativa, o combate à corrupção sem desvios políticos
e ideológicos e a abertura dos processos decisórios aos interesses populares. O
PT também quer tratar de instrumentos que assegurem a democratização da
produção e da disseminação das informações, além de combater as chamadas fake
news e os discursos de ódio.
Em relação à defesa da soberania nacional,
o plano se propõe a retomar uma política externa altiva, que assegure o
respeito aos interesses brasileiros, abandonados pelo bolsonarismo, que
submeteram o país aos interesses da extrema-direita dos Estados Unidos. O
Brasil hoje é um Brasil pária na comunidade internacional, isolado dos centros
de decisão e sem papel nos foruns e organismos multilaterais. A ideia é que
redesenhar a nova política externa, orientada para o estímulo ao
desenvolvimento nacional e para a construção de um mundo mais simétrico,
assentado no multilateralismo e na multipolaridade.
Na cultura, as propostas do PT tratam de colocar no centro
das políticas estratégicas a identidade nacional e o desenvolvimento econômico
e social do Brasil. As medidas sugeridas buscam assegurar à população o acesso
aos bens culturais e eliminar a guerra contra a cultura desencadeada pelo
Palácio do Planalto sob Jair Bolsonaro, garantindo espaço e defendendo a
produção de artistas e intelectuais, ameaçados pelo governo, que oficializou o
discurso de ódio e tenta impor censura e obstruir a livre expressão. A ideia é
assegurar o apoio do Estado à produção cultural.