terça-feira, 15 de setembro de 2020

“Veterano da corrupção”, diz PGR em denúncia contra Pastor Everaldo


No âmbito do inquérito que apura a atuação de uma organização criminosa no Rio, a PGR afirmou que o presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo, é um "veterano da corrupção". Em depoimento, o empresário Edson Torres falou sobre a influência do dirigente desde os anos 1990 no estado
Pastor Everaldo
Pastor Everaldo (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

247 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que o presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo, é um "veterano da corrupção". A PGR fez a avaliação em denúncia apresentada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o dirigente. 
Em depoimento, o empresário Edson Torres falou sobre a influência do presidente do PSC desde os anos 1990 sobre a companhia de águas do Rio, a Cedae. O relato foi publicado pela coluna Radar.
O empresário disse que o pastor usa a empresa pública "como instrumento próprio para exercício de poder, loteamento de cargos e uso do orçamento em benefício próprio desde a década de 90, ao lado de Eduardo Cunha".
As investigações sobre um esquema de corrupção no governo do Rio apontaram que a organização criminosa foi dividida em três eixos: os braços liderados pelo pastor Everaldo; pelo empresário Mário Peixoto; e pelo empresário da área de ensino José Carlos de Melo. No dia 28 de agosto, o STJ determinou nesta sexta-feira (28) o afastamento de Witzel do cargo

Brasil tem “novo” ministro da saúde: general Pazuello deixa interinidade e é efetivado por Bolsonaro


Jair Bolsonaro decidiu efetivar o general Eduardo Pazuello ministro da Saúde. De 3 de junho, quando assumiu o cargo interino, até esta segunda-feira (14), o Brasil passou de 31.199 mortes por Covid-19 para 132.006
Jair Bolsonaro e Eduardo Pazuello
Jair Bolsonaro e Eduardo Pazuello (Foto: Marcos Corrêa/PR | Erasmo Salomão/MS)

247 - Bolsonaro tornou o general Eduardo Pazuello ministro efetivo da Saúde. O militar exercia a função como interino à frente do Ministério da Saúde e só agora recebe o status de ministro de fato. Pazuello resistia aceitar a efetividade, mas deixou-se “convencer” pelo presidente.  A cerimônia de posse será nesta quarta-feira (16) no Palácio do Planalto e está marcada para as 17h.
Pazuello assumiu o comando da Saúde em 15 de maio, após a demissão do ex-ministro Nelson Teich, do qual era secretário-executivo. Sua nomeação como ministro interino da pasta foi oficializada apenas 20 dias depois, em 3 de junho, quando passou a ser o responsável por adotar as medidas federais no combate à pandemia do coronavírus.
Durante seu período como ministro interino até esta segunda-feira (14), o Brasil passou de 31.199 mortes por Covid-19 para 132.006. 


Após derrotas no STF, Lava Jato inventa nova denúncia contra Lula


O advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins, afirma em nota que os procuradores de Curitiba agora querem criminalizar quatro doações, devidamente registradas e contabilizadas, feitas pela Odebrecht ao Instituto Lula. "Lava Jato mais uma vez recorre a acusações sem materialidade contra seus adversários", afirma
(Foto: ABr)

247 - O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin Martins, anunciou nesta segunda-feira, 14, que a força-tarefa da operação Lava Jato prepara uma nova denúncia contra o ex-presidente Lula. 
Em nota, Zanin afirma que os procuradores do Ministério Público Federal de Curitiba tentam desta vez criminalizar quatro doações feitas pela empresa Odebrecht ao Instituto Lula entre 2013 e 2014. o advogado afirma que as doações, classificadas pela Lava Jato como "dissimuladas", estão devidamente documentadas por meio recibos emitidos pelo Instituto Lula e foram devidamente contabilizadas.
Zanin lembrou a nova denúncia contra Lula ocorre no momento em que a Lava Jato vem perdendo legitimidade e seus métodos reconhecidos como ilegais pelo Supremo Tribunal Federal em julgamentos recentes, como o levantamento do sigilo da delação do ex-ministro Antonio Palocci, feito pelo ex-juiz Sérgio Moro às vésperas das eleições presidenciais de 2018. 
"Essa nova investida da Lava Jato contra Lula reforça a necessidade de ser reconhecida a suspeição dos procuradores de Curitiba em relação ao ex-presidente, que está pendente de análise no Supremo Tribunal Federal, assim como a necessidade de ser retomado o julgamento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro — a fim de que os processos abertos pela Lava Jato de Curitiba em relação a Lula sejam anulados", diz o advogado Cristiano Zanin. 
No dia 1º de setembro, a Lava Jato sofreu outra derrota para Lula na Justiça. Por unanimidade, o TRF-1 determinou o trancamento da ação penal em que o ex-presidente Lula foi acusado de receber vantagem indevida da Odebrecht por meio de Taiguara Rodrigues e por meio de palestras comprovadamente realizadas. 
Leia, abaixo, a nota na íntegra de Cristiano Zanin Martins:
Nota da Defesa do ex-Presidente Lula
A defesa do ex-presidente Lula foi surpreendida por mais uma denúncia feita pela Lava Jato de Curitiba sem qualquer materialidade e em clara prática de lawfare. A peça, também subscrita pelos procuradores que recentemente tiveram suas condutas em relação a Lula analisadas pelo CNMP após 42 adiamentos — e foram beneficiados pela prescrição —, busca criminalizar 4 doações lícitas feitas pela empresa Odebrecht ao Instituto Lula entre 2013 e 2014. Tais doações, que a Lava Jato afirma que foram “dissimuladas”, estão devidamente documentadas por meio recibos emitidos pelo Instituto Lula — que não se confunde com a pessoa do ex-presidente — e foram devidamente contabilizadas.
A Lava Jato mais uma vez recorre a acusações sem materialidade contra seus adversários, no momento em que a ilegalidade de seus métodos em relação a Lula foi reconhecida recentemente em pelo menos 3 julgamentos realizados pelo Supremo Tribunal Federal. No caso do uso da delação de Palocci em processos contra Lula às vésperas das eleições presidenciais de 2018, o Supremo Tribunal Federal, por maioria de votos, também identificou possível motivação política do ato, além da própria ilegalidade. Para além disso, o mesmo tema tratado na nova denúncia já é objeto de outra ação penal aberta pela mesma Lava Jato de Curitiba contra Lula, que foi recentemente sobrestada por decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, acolhendo pedido da defesa do ex-presidente.
O excesso de acusações frívolas (overcharging) e a repetição de acusações são táticas de lawfare, com o objetivo de reter o inimigo em uma rede de imputações, objetivando retirar o seu tempo e macular sua reputação.
A denúncia acusa Lula e outras pessoas pela prática de lavagem de dinheiro, partindo da premissa de que o ex-presidente integraria uma organização criminosa. No entanto, Lula já foi absolvido de tal acusação pela 12ª. Vara Federal de Brasília, por meio de decisão que se tornou definitiva (transitada em julgado) e que apontou fins políticos na formulação da imputação. Nos contratos da Petrobras referidos na denúncia não há qualquer ato praticado por Lula (ato de ofício), assim como não há qualquer conduta imputada ao ex-presidente que tenha sido definida no tempo e no espaço, mesmo após 5 anos de investigação.
Essa nova investida da Lava Jato contra Lula reforça a necessidade de ser reconhecida a suspeição dos procuradores de Curitiba em relação ao ex-presidente, que está pendente de análise no Supremo Tribunal Federal, assim como a necessidade de ser retomado o julgamento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro — a fim de que os processos abertos pela Lava Jato de Curitiba em relação a Lula sejam anulados.
Cristiano Zanin Martins


Bolsonaro diz que não vai haver tabelamento; alta de preços de alimentos deve continuar


A carestia de vida deve continuar aumentando, com a recusa do governo a tabelar os preços dos alimentos
Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

247 - Jair Bolsonaro voltou a dizer que o governo não adotará o tabelamento para combater a alta de preços de produtos que tiveram aumento recente, como o arroz. 
"Não vai haver tabelamento de nada, não vai haver canetaço, diminuição de tarifa na mão grande, como foi feito no passado", respondeu a um apoiador que pediu a diminuição do preço da gasolina, informa O Estado de S.Paulo
Bolsonaro culpa o povo pela alta no preço do arroz, por consumir mais: "Houve um excesso de recursos no mercado, quase R$ 50 bilhões por mês (pagamento do auxílio emergencial), muito papel na praça, vem inflação. Aumentou um pouco o consumo. Agora não tem que ninguém se apavorar, querer fazer reserva de mantimento em casa daí piora a situação", disse.


"Reeleição não é direito adquirido", diz Alessandro Molon


Autor da PEC que acaba com a reeleição, deputado afirma que ela deixaria de valer para os atuais governadores e também para o presidente
(Foto: Pablo Valadares - Câmara)

247 – O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), autor da proposta de emenda constitucional sobre o fim da reeleição, afirma que a mudança atingiria Jair Bolsonaro. "A reeleição não é direito adquirido. E, da mesma forma como quando a emenda da reeleição foi aprovada valeu imediatamente, aplicando a Fernando Henrique que estava no mandato, extinta ela se aplica imediatamente a quem quer que esteja no mandato e em todos os mandatos, presidentes, governadores e prefeitos", disse ele, em entrevista ao Estado de S. Paulo.
Molon disse ainda que Bolsonaro não governa, apenas busca a sua reeleição. "Desde o início da pandemia, percebi que a conduta inconsequente do presidente da República, Jair Bolsonaro, tinha como um dos seus elementos a obsessão dele com sua própria reeleição. Percebi que ele estava colocando em risco a vida da população, com o objetivo de evitar a queda dos números da Economia, pensando única e exclusivamente em si mesmo, no que isso poderia representar para o projeto dele. E isso soou pra mim como confirmação de que esse instituto da reeleição só fez mal ao Brasil, com raríssimas exceções", diz Molon, que também não propõe um mandato maior para os atuais governantes.

Congresso articula fim da reeleição – inclusive para Bolsonaro


Líderes dos partidos já defendem mudança constitucional para que presidente e governadores não tenham direito de se reeleger em 2022; proposta já tem o apoio de 15 dos 24 líderes no Congresso
Com quase 130 mil mortos por Covid-19, Bolsonaro diz que Brasil está "praticamente vencendo" a pandemia
Com quase 130 mil mortos por Covid-19, Bolsonaro diz que Brasil está "praticamente vencendo" a pandemia (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 – O artigo recente do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em que ele se disse arrependido por ter aprovado a emenda da reeleição que comprou no Congresso Nacional para obter seu segundo mandato, pode ser parte de uma articulação política maior, que visa impedir a eventual reeleição de Jair Bolsonaro. De acordo com levantamento dos jornalistas  Camila Turtelli, Daniel Weterman e Emilly Behnke, do jornal Estado de S. Paulo, o fim da reeleição para cargos no Executivo tem o apoio de líderes em 15 dos 24 partidos representados na Câmara e no Senado. "Uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para proibir a recondução de presidentes, governadores e prefeitos foi apresentada na semana passada pelo deputado Alessandro Molon (RJ), líder do PSB", informam os repórteres.
 "Para ser aprovada, uma PEC precisa de 308 votos na Câmara e 49 no Senado. Embora maioria, a bancada dos 15 partidos cujos líderes apoiam a medida não chegam a tanto. Ao todo, eles representam 302 deputados e 40 senadores. Alguns líderes ponderam também que, apesar de pessoalmente favoráveis ao fim da reeleição, a questão não está fechada e ainda precisaria ser discutida internamente nos partidos", aponta a reportagem, que diz que a mudança pode valer para o presidente e atuais governadores, assim como para os prefeitos que serão eleitos em 2020.
"Cabe aqui um 'mea culpa'. Permiti, e por fim aceitei, o instituto da reeleição. Verdade que, ainda no primeiro mandato, fiz um discurso no Itamaraty anunciando que 'as trevas' se aproximavam: pediríamos socorro ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Não é desculpa. Sabia, e continuo pensando assim, que um mandato de quatro anos é pouco para 'fazer algo'. Tinha em mente o que acontece nos Estados Unidos. Visto de hoje, entretanto, imaginar que os presidentes não farão o impossível para ganhar a reeleição é ingenuidade", escreveu FHC, em seu artigo.
"Eu procurei me conter. Apesar disso, fui acusado de 'haver comprado' votos favoráveis à tese da reeleição no Congresso. De pouco vale desmentir e dizer que a maioria da população e do Congresso era favorável à minha reeleição: temiam a vitória... do Lula. Devo reconhecer que historicamente foi um erro: se quatro anos são insuficientes e seis parecem ser muito tempo, em vez de pedir que no quarto ano o eleitorado dê um voto de tipo 'plebiscitário', seria preferível termos um mandato de cinco anos e ponto final", afirma ainda o ex-presidente, cujo governo objetivamente comprou votos no Congresso.

Governo vai cortar R$ 10 bilhões em benefício para deficientes e idosos


O governo está elaborando um plano para retirar direitos e benefícios de deficientes e idosos, a fim de reduzir despesas. A maldade, concebida por Bolsonaro e Paulo Guedes, conta com o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia
Jair Bolsonaro, Rodrigo Maia e Paulo Guedes
Jair Bolsonaro, Rodrigo Maia e Paulo Guedes (Foto: Carolina Antunes - PR)

247 - O governo Jair Bolsonaro planeja revisar quase 2 milhões de benefícios destinados a idosos e pessoas carentes com deficiência. As medidas serão tomadas por decreto e por isso não precisam de aprovação do Congresso Nacional. 
Calcula-se que essas medidas vão proporcionar uma economia de até R$ 10 bilhões por ano para o governo. 
O plano está sendo preparado em conjunto pelos Ministérios da Cidadania e da Economia, conforme reportagem dos jornalistas Fábio Pupo e Thiago Resende da Folha de S.Paulo.
Um dos alvos do governo é endurecer os critérios para a concessão de um benefício aos pobres, o BPC (Benefício de Prestação Continuada).
O auxílio, equivalente a um salário mínimo (R$ 1.045), é pago a idosos acima de 65 anos e portadores de deficiência que devem estar dentro de um limite de renda familiar per capita de até um quarto de salário mínimo (ou seja, R$ 261,25), assinala a reportagem.
O governo pretende endurecer também os critérios para a concessão de benefícios a deficientes. Com isso, vai forçar a eliminação de pagamentos a pessoas que forem consideradas por esses novos critérios a voltar ao mercado de trabalho.
De acordo com os cálculos do governo, poderão ser cancelados, com esses critérios mais rígidos, pelo menos 50 mil benefícios por mês.
O governo pretende com a redução de benefícios a idosos e deficientes eliminar despesas para abrir espaço orçamentário no teto de gastos a fim de formatar o programa Renda Brasil.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do DEM, apoia a revisão no BPC. Em artigo publicado na Folha de S.Paulo, ele listou uma série de medidas para sustentar o teto de gastos.


Arapongas registra 25 novos casos de Covid-19 e 89 curados



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta segunda, 14, o registro de 25 novos casos por coronavírus (Covid-19) na cidade. Agora o município chega a 3.933 casos dos quais 3.154 já estão curados (80,2%), 690 ainda estão com a doença e 89 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 20.034 testes. Sobre estes novos casos a Secretaria de Saúde informa que:
A Secretaria de Saúde informa que dois óbitos, ocorridos em 22/06 (paciente do sexo feminino, 59 anos) e 17/07 (paciente do sexo masculino 89 anos), foram lançados na data de hoje após revisão dos óbitos pela Vigilância Epidemiológica e confirmada pela 16ª Regional de Saúde e do município. 
 A Secretaria de Saúde esclarece que os casos divulgados no dia de hoje são resultados de exames realizados em dias anteriores.
Entre os 25 casos confirmados, estão 13 do sexo feminino com a respectivas idades: 01, 11, 32, 36, 50, 53, 55, 58, 59, 59, 60, 63 e 69 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 12 pacientes com as respectivas idades: 8, 29, 32, 40, 55, 56, 57, 62, 64, 65, 67 e 89 anos.
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, 09 permanecem na UTI e 09 na enfermaria;
Referente aos leitos SUS hospitalares ocupados em Arapongas, existem 70% dos 30 leitos de UTI e 27,5% dos 40 leitos de enfermaria ocupados;
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

Apucarana confirma mais uma morte por Covid-19 nesta segunda-feira



Apucarana confirmou nesta segunda-feira (14) o 36º óbito por Covid-19. A vítima é um homem de 49 anos. A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) também registrou mais 14 resultados positivos para Covid-19 no município, elevando o número de ocorrências para 1.183.
O homem de 49 anos sofria de hipertensão arterial, diabetes, obesidade e insuficiência renal. Ele estava internado desde 28 de agosto e morreu na última sexta-feira (11).
Das 36 mortes confirmadas por Covid-19 em Apucarana até agora, 23 são de homens e 13 de mulheres.
Os 14 novos resultados positivos para Covid-19 foram confirmados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). São sete homens, incluindo uma criança (9, 19, 28, 29, 50, 53 e 56 anos) e sete mulheres (24, 26, 27, 39, 39, 43 e 55 anos).
Ainda segundo boletim da Autarquia de Saúde, o município tem outras 91 suspeitas em investigação. O número de recuperados aumentou para 1.069.
O Pronto Atendimento do Coronavírus chegou a 9.077 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de pacientes monitorados atualmente é de 656.
Já foram testadas 11.261 pessoas, sendo 6.889 em testes rápidos, 3.475 pelo Lacen (RT-PCR) e 897 por laboratórios particulares (RT-PCR).
São nove pacientes de Apucarana internados, sendo três na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e seis em leitos de enfermaria.
 

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Bolsonaro e Guedes articulam congelamento das aposentadorias por dois anos e desvinculação do mínimo


O secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, informou que o governo Jair Bolsonaro pretende congelar as aposentadorias por dois anos e desvincular os benefícios previdenciários dos reajustes do salário mínimo
Aposentados, Bolsonaro com Paulo Guedes e Waldery Rodrigues
Aposentados, Bolsonaro com Paulo Guedes e Waldery Rodrigues (Foto: Reuters | ABr | PR)

247 - O secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, informou que o governo Jair Bolsonaro tem plano de congelar por dois anos e desvincular do reajuste do salário mínimo os benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões. A economia gerada pelas novas regras seria destinada ao financiamento do programa Renda Brasil, que o governo pretende implementar em 2021. 
A medida deve gerar efeitos mais drásticos sobre a população. Os mais pobres já sofrem com a reforma trabalhista, que retirou direitos dos trabalhadores, e com a PEC do Teto dos Gastos, Proposta de Emenda à Constituição que congelou investimentos públicos por 20 anos.
"A desindexação que apoiamos diretamente é a dos benefícios previdenciários para quem ganha um salário mínimo e acima de um salário mínimo, não havendo uma regra simples e direta [de correção]", disse Waldery Rodrigues ao portal G1.
"O benefício hoje sendo de R$ 1.300, no ano que vem, ao invés de ser corrigido pelo INPC, ele seria mantido em R$ 1.300. Não haveria redução, haveria manutenção", acrescentou.
De acordo com as regras atuais, as aposentadorias e as pensões são reajustadas sempre que o salário mínimo é corrigido, porém os benefícios mais altos não têm a mesma vinculação. Em 2020, por exemplo, o salário mínimo foi corrigido em 4,7%, e os benefícios acima do piso, em 4,48%.


Bolsonaro foi cedo ao twitter explicar seu jogo duplo com igrejas: vetou perdão, mas pediu para deputados derrubarem seu veto


Na rede, ele disse que se concedesse o perdão completo, ficaria sujeito a um processo de impeachment e, por isso, pediu que os parlamentares ampliem os benefícios das igrejas
Jair Bolsonaro recebe as bênçãos de Edir Macedo
air Bolsonaro recebe as bênçãos de Edir Macedo (Foto: Reprodução)

247 – Jair Bolsonaro foi logo cedo ao twitter, por volta de 5h30, para explicar sua decisão de vetar o perdão às dívidas das empresas evangélicas, que compõem uma de suas bases de sustentação política. "Hoje, sancionei dispositivo que confirma a isenção da contribuição previdenciária dos pagamentos feitos para os religiosos das diversas religiões e autoriza a anulação de multas impostas", escreveu. "Contudo, por força do art. 113 do ADCT, do art. 116 da Lei de Diretrizes Orçamentárias e também da Responsabilidade Fiscal sou obrigado a vetar dispositivo que isentava as Igrejas da contribuição sobre o Lucro Líquido, tudo p/ que eu evite um quase certo processo de impeachment", afirmou.
"Confesso, caso fosse Deputado ou Senador, por ocasião da análise do veto que deve ocorrer até outubro, votaria pela derrubada do mesmo. O Art 53 da CF/88 diz que “os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. Não existe na CF/88 essa inviolabilidade p/ o Presidente da República no caso de “sanções e vetos. No mais, via PEC a ser apresentada nessa semana, manifestaremos uma possível solução p/ estabelecer o alcance adequado para a imunidade das igrejas nas questões tributárias. A PEC é a solução mais adequada porque, mesmo com a derrubada do veto, o TCU já definiu que...as leis e demais normativos que instituírem benefícios tributários e outros que tenham o potencial de impactar as metas fiscais somente podem ser aplicadas se forem satisfeitas as condicionantes constitucionais e legais mencionadas”.

Arapongas: Saúde registra 70 novos casos de Covid-19



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste domingo, (13/09) o registro de 70 novos casos por coronavírus (Covid-19) na cidade. Agora o município chega a 3.908 casos dos quais 3.065 já estão curados (78,4%), 756 ainda estão com a doença e 87 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 19.860 testes. Sobre estes novos casos a Secretaria de Saúde informa que:
A Secretaria de Saúde esclarece que os casos divulgados no dia de hoje são resultados de exames realizados em dias anteriores.
Entre os 70 casos confirmados, estão 40 do sexo feminino com a respectivas idades: 10, 14, 20, 21, 21, 23, 24, 24, 25, 28, 29, 30, 31, 32, 32, 35, 39, 39, 40, 42, 43, 43, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 52, 52, 52, 53, 53, 56, 57, 63, 64 e 69 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 30 pacientes com as respectivas idades: 5, 10, 16, 16, 19, 25, 26, 26, 26, 27, 31, 33, 33, 36, 40, 41, 43, 44, 45, 46, 50, 54, 55, 56, 56, 56, 57, 58, 62 e 70 anos.
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, 09 permanecem na UTI e 09 na enfermaria;
Referente aos leitos SUS hospitalares ocupados em Arapongas, existem 73,3% dos 30 leitos de UTI e 30% dos 40 leitos de enfermaria ocupados;
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.


Apucarana confirma mais quatro casos de Covid-19 neste domingo



Mais quatro casos de Covid-19 foram confirmados neste domingo (13) em Apucarana pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS). Agora, o município soma 1.169 registros da doença.  Segundo boletim da AMS, Apucarana segue com 35 óbitos e tem 87 suspeitas em investigação. São 1.041 pessoas recuperadas da doença.
Os resultados positivos vieram do Laboratório Central do Estado (Lacen). São quatro mulheres (16, 22, 38 e 42 anos), que estão em isolamento domiciliar.
São 14 pacientes de Apucarana internados no Hospital da Providência, sendo três na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 11 em leitos de enfermaria.
O Pronto Atendimento do Coronavírus soma 9.043 atendimentos presenciais desde o início da pandemia; 790 pessoas são monitoradas atualmente.
O município chegou a 11.195 testes realizados, sendo 6.875 rápidos, 3.423 RT-PCR Lacen e 897 RT-PCR privado.
RECUPERADOS
O índice de recuperados chega a 89,1%. Dos 1.169 casos confirmados, 1.041 são considerados recuperados. São 93 casos ativos (8%) e 35 óbitos (3%).
 

domingo, 13 de setembro de 2020

“Todas as pessoas que votaram no Bolsonaro votaram pelo binômio medo/ódio”, afirma Jean Wyllys


Jornalista, professor e político, que se exilou do país após ameaças, diz, porém, que a manipulação do discurso de medo e ódio propagado pelo governo atual não é invencível. “Conheço muitas pessoas que votaram no Bolsonaro e se arrependeram. Que estavam cegas, mas enxergaram a verdade”

Em janeiro de 2019, o jornalista, professor e político Jean Wyllys decidiu renunciar ao cargo de deputado reeleito para o terceiro mandato e se exilar do país diante das ameaças que vinha sofrendo à sua vida e a de seus familiares.
Convidado especial da live com Eduardo Moreira nesta sexta, 11 de setembro, Jean trabalha como pesquisador-visitante no Instituto Afro-Latino-Americano do Hutchins Center da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Abordando temas como cultura, direitos humanos e diversidade, o ex-deputado federal do Rio de Janeiro não poderia deixar de falar sobre política. Ele destacou a articulação promovida pelo atual governo para chegar ao poder. “Todas as pessoas que votaram no Bolsonaro, votaram pelo binômio medo/ódio”, afirma.
“Muitas votaram pelo medo da violência nas grandes cidades, em locais em que há ‘embriões’ do Estado - não o Estado propriamente dito -, que aplicam o terror, a violência, a cultura de morte, como milícias e facções criminosas, onde a figura do preto pobre é vista como inimiga. Quando o Bolsonaro começa a vocalizar que ‘bandido bom é bandido morto’, ele conecta o medo e ódio de uma pessoa trabalhadora que é assaltada, prometendo que vai erradicar essa situação.”
Wyllys ainda destaca que a manipulação do medo e do ódio envolve um sistema de emoções, que causa, na pessoa assaltada, medo e ódio profundos. “Se ela se vê livre do ‘bandido’, adere à causa sem pensar”, diz Jean.
Segundo ele, outras pessoas votaram guiadas pelo ódio a uma comunidade que, de acordo com Bolsonaro, não deveria estar no mundo onde Deus fez o homem e a mulher. “São pais, mães, famílias de gays, lésbicas, transexuais que projetam um ideal de vida para quem ama e se sentem traídos quando isso não se realiza”.
Jean afirma, porém, que a manipulação do discurso de medo e ódio propagado pelo governo atual não é invencível. “Conheço muitas pessoas que votaram no Bolsonaro e se arrependeram. Que estavam cegas, mas enxergaram a verdade. Isso vai acontecer cada vez mais.”
Evocando o respeito à diversidade, Jean afirma que a solução não passa pelos sentimentos de medo e ódio, mas de esperança. “O que queremos é um mundo mais justo, desigual e menos preconceituoso. Queremos um mundo onde não haja distinção e a justiça seja para todos”.


Brasil registra mais de 131,2 mil mortes pela Covid-19


Brasil registrou um total de 131.281 mortes confirmadas em decorrência da Covid1-19 até o início da manhã deste domingo (13) e o número de casos confirmados chegou a 4.315.858 nas últimas 24 horas
Membros da equipe médica, utilizando roupas de proteção e máscaras faciais, fazem um raio-X de pulmão em um paciente com doença coronavírus (COVID-19) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de campanha criado para tratar pacientes que sofrem de doença (COVID-19) em Guarulhos, São Paulo. 12/05/2020.
Membros da equipe médica, utilizando roupas de proteção e máscaras faciais, fazem um raio-X de pulmão em um paciente com doença coronavírus (COVID-19) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de campanha criado para tratar pacientes que sofrem de doença (COVID-19) em Guarulhos, São Paulo. 12/05/2020. (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

247 - O Brasil registrou um total de 131.281 mortes confirmadas em decorrência da Covid1-19 até o início da manhã deste domingo (13), segundo levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de saúde de todo o Brasil. O número de casos confirmados chegou a 4.315.858 nas últimas 24 horas. 
A média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 721 óbitos, uma queda de 18% em relação aos dados registrados em 14 dias. Em relação aos casos confirmados, a média móvel diária foi de 27.808, retração de 24% em relação aos casos registrados em 14 dias. 


Lula explica por que chama Bolsonaro de genocida: "não cuida da população"


"Ele poderia ter promovido um comitê técnico com experts e cientistas e ter constituído um comitê de crise. Mas desacreditou a pandemia, dizia que as pessoas não deveriam usar máscaras e passou a receitar a hidroxicloroquina para a população”, diz o ex-presidente
Lula e Jair Bolsonaro
Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Adriano Machado/Reuters)

Da Rede Brasil Atual  Ao responder porque acusa Bolsonaro de genocídio, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado (12), em entrevista à Russia Today, emissora estatal russa, que faz essa acusação “porque simplesmente o Presidente da República não cuida do país e sua população”. Lula disse que a pandemia atingiu o Brasil com aviso prévio porque já estava ocorrendo em outros países. E que o presidente Jair Bolsonaro simplesmente deveria ter feito “o que seria óbvio”.
“Mas o presidente não sabe nada a não ser sobre armas e violência. Ele poderia ter promovido um comitê técnico com experts e cientistas. Poderia ter reunido os governos dos estados e ter constituído um comitê de crise. E permitir que a sociedade brasileira participasse do processo de combate a doença. Para mitigar o impacto da pandemia no país. Mas ele não fez isso. Ele desacreditou a pandemia, dizia que as pessoas não deveriam usar máscaras e passou a receitar a hidroxicloroquina para a população.”
Lula também disse sobre a acusação de genocídio que até hoje o presidente continua banalizando a morte. E também desacredita a ciência e não acredita no povo brasileiro. “A única coisa que ele faz é seguir as mesmas para baboseiras que o Trump faz nos Estados Unidos”, disse ainda em sua resposta sobre a questão do genocídio.
Protagonismo internacional
Essa foi a primeira entrevista depois do histórico pronunciamento do Dia da Independência, em que acusou Bolsonaro de ser submisso aos Estados Unidos. Na entrevista ele volta a tratar do papel dos americanos na América Latina. E acusa o país de nunca ter aceitado o protagonismo internacional do Brasil desde a chegada do PT ao poder em 2003.
A Russia Today diz que ao chegar ao Palácio do Planalto, há 17 anos, Lula foi responsável por tirar 20 milhões de seus compatriotas da pobreza e de investir em educação. Na entrevista, Lula critica a resposta do governo Bolsonaro e analisa o papel dos médicos cubanos na luta contra o coronavírus. Ele também fala da perseguição judicial que sofreu por obra de setores do Ministério Público Federal e do ex-juiz federal Sérgio Moro, que o condenou à prisão e, em seguida, virou ministro de Bolsonaro.
Papel dos EUA no golpe
Lula trata ainda do papel do Departamento de Estado dos EUA, da CIA e do Departamento de Justiça dos EUA na deposição de Dilma Rousseff da Presidência da República. Ele também aponta o papel abusivo e ilegal de Moro e do procurador Deltan Dallagnol, além de relembrar as conquistas de sua administração no combate à fome. Ele também condena as tentativas de extradição de Julian Assange para os Estados Unidos e a estrutura oligárquica da mídia no Brasil.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também falou em defesa do jornalista Julian Assange, fundador do site Wikileaks, conhecido por revelar documentos confidenciais de governos de diversos países.


Igreja Universal teve movimentações atípicas de quase R$ 6 bilhões em apenas um ano


Na investigação do MP, a igreja de Edir Macedo é citada por ter chamado a atenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) após movimentar R$ 5.902.134.822 entre o dia 5 de maio de 2018 e 30 de abril de 2019
Jair Bolsonaro recebe as bênçãos de Edir Macedo
Jair Bolsonaro recebe as bênçãos de Edir Macedo (Foto: Reprodução)

Sputnik – Movimentações atípicas realizadas pela Igreja Universal do Reino de Deus, totalizando quase R$ 6 bilhões, chamaram a atenção do Ministério Público do Rio de Janeiro para possíveis envolvendo a IURD.
A informação consta de um documento enviado à Justiça pelo subprocurador-geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos do MPE-RJ, Ricardo Ribeiro Martins, obtido pelo G1. Na petição, a igreja é citada por ter chamado a atenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) após movimentar R$ 5.902.134.822 entre o dia 5 de maio de 2018 e 30 de abril de 2019.
As suspeitas sobre a IURD têm relação direta com o escândalo do QG da Propina, que está sendo investigado pelo MP na prefeitura do Rio de Janeiro. Entre os alvos da operação, está o prefeito Marcelo Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal e aliado do empresário investigado Rafael Alves, que ganhou fama por mensagens nas quais ameaçava revelar supostos esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o prefeito, sua família e a igreja. Alves é apontado como um ator influente no governo municipal e suspeito de arrecadar propina com a conivência de Crivella. 
​Segundo o MP, outro nome importante na trama é o de Mauro Macedo, primo do fundador da IURD, Edir Macedo, que coordenou campanhas de Crivella e é suspeito de ter recebido Caixa 2 e de aliciar empresários para diferentes tipos de corrupção.
Para o Ministério Público, ainda de acordo com o G1, seria "verossímil concluir" que a Igreja Universal está sendo "utilizada como instrumento para lavagem de dinheiro fruto da endêmica corrupção instalada na alta cúpula da administração municipal".