segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Em discurso histórico, Lula se coloca à disposição do povo para voltar a ser presidente


Em seu pronunciamento de 7 de setembro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que hoje seria presidente se não tivesse sido preso político por 580 dias, se colocou mais uma vez à disposição dos brasileiros para libertar o País do pesadelo Bolsonaro. Assista e leia a íntegra do pronunciamento
Lula
Lula (Foto: Eric Gomes)

247 - Após fazer uma crítica voraz ao governo Bolsonaro e denunciar a situação dramática do Brasil em diversos temas, em especial na agressão à soberania nacional, mas também em relação às mortes, principalmente dos mais pobres, na pandemia de coronavírus, o ex-presidente Lula se colocou à disposição do povo brasileiro para reconstruir o País em um pronunciamento histórico feito nesta segunda-feira, 7 de setembro.
“O essencial hoje é vencer a pandemia, defender a vida e a saúde do povo. É pôr fim a esse desgoverno e acabar com o teto de gastos que deixa o Estado brasileiro de joelhos diante do capital financeiro nacional e internacional. Nessa empreitada árdua, mas essencial, eu me coloco à disposição do povo brasileiro, especialmente dos trabalhadores e dos excluídos”, discursou Lula, que reafirmou a necessidade de fazer a reconstrução combatendo a desigualdade.
“Estamos falando de construir um Estado de bem-estar social que promova a igualdade de direitos, em que a riqueza produzida pelo trabalho coletivo seja devolvida à população segundo as necessidades de cada um”, disse. “Nenhuma solução, porém, terá sentido sem o povo trabalhador como protagonista. Assim como a maioria dos brasileiros, não acredito e não aceito os chamados pactos ‘pelo alto’, com as elites”, prosseguiu.

domingo, 6 de setembro de 2020

Lula revela a lição que aprendeu nos últimos anos: o papel dos Estados Unidos em todos os golpes


Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que governo estadunidense atuou nos golpes no Brasil, na Bolívia e no Equador
Lula
Lula (Foto: Eric Gomes)
247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou, em seu twitter, a mais importante lição que aprendeu nos últimos anos: a do papel dos Estados Unidos em todos os golpes recentes na América do Sul, como os que ocorreram no Brasil, na Bolívia e no Equador. Lula ficou preso 580 dias em Curitiba, por determinação da Lava Jato, operação que contou com apoio informal do FBI e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos – o que fere a lei brasileira.
Confira, abaixo, o tweet de Lula:


FHC faz autocrítica por emenda da reeleição que comprou no Congresso


Diante do caso bolsonarista, FHC, cujo governo comprou votos no Congresso para aprovar a emenda da reeleição, agora defende mandatos de cinco anos, sem repeteco
Foto: NACHO DOCE - REUTERS)

247 – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi e tem sido peça decisiva na destruição da democracia brasileira, faz uma autocrítica neste domingo, mas não em relação ao seu papel no golpe de 2016, que derrubou a ex-presidente Dilma Rousseff e abriu espaço para a ascensão do neofascismo no Brasil. Diante do caos bolsonarista, sua autocrítica diz respeito à emenda da reeleição, que passou em seu governo após compra de votos no Congresso Nacional.
"Cabe aqui um 'mea culpa'. Permiti, e por fim aceitei, o instituto da reeleição. Verdade que, ainda no primeiro mandato, fiz um discurso no Itamaraty anunciando que 'as trevas' se aproximavam: pediríamos socorro ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Não é desculpa. Sabia, e continuo pensando assim, que um mandato de quatro anos é pouco para 'fazer algo'. Tinha em mente o que acontece nos Estados Unidos. Visto de hoje, entretanto, imaginar que os presidentes não farão o impossível para ganhar a reeleição é ingenuidade", escreve FHC, que manteve o real sobrevalorizado em 1998, quebrando a economia nacional, justamente para ganhar a reeleição. 
"Eu procurei me conter. Apesar disso, fui acusado de 'haver comprado' votos favoráveis à tese da reeleição no Congresso. De pouco vale desmentir e dizer que a maioria da população e do Congresso era favorável à minha reeleição: temiam a vitória... do Lula. Devo reconhecer que historicamente foi um erro: se quatro anos são insuficientes e seis parecem ser muito tempo, em vez de pedir que no quarto ano o eleitorado dê um voto de tipo 'plebiscitário', seria preferível termos um mandato de cinco anos e ponto final", afirma ainda o ex-presidente, cujo governo objetivamente comprou votos no Congresso.


Folha manipula dados para defender o teto de gastos


Em editorial de página inteira, jornal da família Frias mostra alinhamento com a política econômica bolsonarista e diz que o teto de gastos estabilizou a dívida interna, quando os dados verdadeiros mostram outra realidade
(Foto: ABr | Divulgação)

247 – Alinhada à política econômica de Paulo Guedes, a Folha de S. Paulo manipula dados econômicos para defender a manutenção do teto de gastos, política aprovada após o golpe de 2016, que reduziu despesas do estado, congelou investimentos públicos e também o ritmo de crescimento da economia brasileira, afetando negativamente a arrecadação de impostos.
No texto Em defesa do teto, a Folha afirma que, "entre 2013 e 2016, a dívida pública saltaria quase 20 pontos, atingindo 70% como proporção do PIB (Produto Interno Bruto)", tentando jogar a crise do endividamento no colo da ex-presidente Dilma Rousseff, afastada em maio de 2016. Os dados verdadeiros, no entanto, mostraram que os governos Lula e Dilma reduziram o endividamento – e que ele cresce em 2015, quando ela foi sabotada e impedida de governar pela conspiração golpista e em 2016, já na gestão de Michel Temer, assim como nos anos seguintes.
O texto também afirma que "a dívida pública manteve-se estável nos últimos dois anos ao redor de 76% do PIB", o que não é verdade, pois o endividamento seguiu crescendo mesmo antes da pandemia, em razão do baixo dinamismo da economia brasileira no período posterior ao golpe. O editorial aponta os juros baixos, mas que são consequência da depressão econômica – e não necessariamente do teto de gastos. O que o editorial revela é que a Folha segue aferrada a dogmas neoliberais de eficácia extremamente duvidosa.


Ministro quer julgar chapa de Bolsonaro 'o quanto antes'

Ao lado da presidente do TSE, ministra Rosa Weber, Luis Felipe Salomão assina o termo de posse como membro titular da corte eleitoral
Ao lado da presidente do TSE, ministra Rosa Weber, Luis Felipe Salomão assina o termo de posse como membro titular da corte eleitoral (Foto: Divulgação/Emerson Leal/STJ)


Em sua primeira entrevista após assumir a Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral, o ministro Luís Felipe Salomão disse ao Estadão que é preciso prestar contas à sociedade e julgar "o quanto antes" as ações que investigam a campanha de Jair Bolsonaro à Presidência em 2018. O ministro acaba de assumir a relatoria dos processos que investigam, entre outros pontos, disparo de mensagens em massa pelo WhatsApp. "É preciso dar uma resposta da Justiça Eleitoral para aqueles que propuseram a ação, para aqueles que figuram no polo passivo da ação (os investigados) e para a sociedade."
Salomão também defendeu a decisão que garantiu que, a partir de 2022, os recursos do fundo eleitoral e o tempo de rádio e TV devem ser distribuídos proporcionalmente de acordo com o número de candidatos brancos e negros de cada partido.
Como o senhor acha que deve ser a atuação da Justiça Eleitoral no combate à disseminação de notícias falsas?
É utópico dizer que o juiz é o responsável por acabar com notícia falsa. Para enfrentar a notícia fraudulenta, contamos com meios de comunicação, agências de checagem, órgãos sérios que vão fazer com que essas notícias falsas sejam bem explicadas. Nossa intervenção é sempre em caráter muito restrito para fazer com que essa festa da democracia seja plena. Plena de debates e de realização da vontade da maioria. Se nossa ação for a de punir, ou a de dar o direito de resposta, ou a de tirar uma página do ar, tudo isso tem de ser bem pesado na hora em que formos decidir, para não impedir o fluxo normal de ideias. Não resvalar em censura.
O TSE já discutiu reservadamente dar poder de polícia a juízes eleitorais para que pudessem determinar a remoção de conteúdo da internet, mesmo sem ser provocados...
Acho que isso não funciona, porque uma das regras básicas para o funcionamento bom da jurisdição é só agir quando houver um pedido para o juiz agir. Não conseguiremos dizer o que é certo, e o que é errado. O que temos é a função de resguardar o equilíbrio do processo eleitoral, garantir o fluxo de ideias e debate para impedir censura e abuso dos meios de comunicação. O juiz é coadjuvante. O debate é o dos políticos, dos candidatos, da sociedade civil, do eleitor.
Dá para concluir este ano o julgamento das ações que miram a campanha de Bolsonaro?
Estou bastante tranquilo em relação a essas ações. Ali vamos tratar de fatos e provas. Acho que devemos apreciá-las o quanto antes, porque é preciso dar uma resposta da Justiça Eleitoral para aqueles que propuseram a ação, para aqueles que figuram no polo passivo da ação (os investigados) e para a sociedade. Já vamos aí para o segundo ano de mandato do presidente (Bolsonaro), é tempo razoável para a gente dar essa resposta. Não me assombro com essa responsabilidade porque, primeiro, será dividida entre o plenário, com homens bastante experientes e respeitados. Segundo, porque é um dado objetivo: tem prova, cassa. Não tem prova, não cassa.
São ações menos complexas do que aquelas que miraram a campanha de Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014?
Acredito que ali a questão política estava muito acesa. Agora, para essas ações, o que temos são fatos e provas, e a interpretação objetiva sobre fatos e provas. Tenho a expectativa de que pelo menos duas que já estão prontas a gente consegue julgar até o fim do ano, sobre aquele tema mais relevante que é o do WhatsApp.
Como vai ser a análise do TSE nesse julgamento?
A lei hoje fala em gravidade das ações. Você não precisa demonstrar que houve ação específica da chapa, basta que comprove que ela foi beneficiada. Basta que você avalie se a ação foi grave o suficiente, se ela teve eficiência suficiente para, com seu efeito de gravidade, ter algum reflexo na eleição. Não que ela mudasse o resultado da eleição, mas que pudesse ter algum reflexo de gravidade no resultado da eleição. Antes, exigia-se que se comprovasse que aquela ação teria o efeito de alterar o resultado da eleição, uma prova muito difícil. Mudou-se a legislação, o que vale agora é a conduta grave.
O TSE virou palco de uma espécie de terceiro turno?
Não vai ser palco de um terceiro turno. Essa é uma preocupação, não transferir para cá o ambiente político. O tribunal é um tribunal técnico, e vai julgar juridicamente, não politicamente. Isso posso te assegurar: não vejo nenhuma possibilidade de nenhum dos julgadores ter viés político, partidário. O julgamento será técnico e com base nas provas.
O TSE julgou abuso de poder religioso e reserva do fundo eleitoral e do horário de propaganda na TV e no rádio para candidatos negros. Teria sido melhor se esses temas tivessem sido resolvidos pelo Congresso?
Sim, muito melhor. Mas é compreensível que esses temas, que dividem a sociedade - aborto, drogas, religião -, também dividam o Parlamento. Então, nesses temas, quando entram direitos fundamentais, aí o Judiciário passa a ter um papel contramajoritário. Como assim? Pegando de empréstimo a expressão do presidente Barroso (Luís Roberto Barroso, presidente do TSE), temos o papel de "empurrar a história". Quando? Quando entram garantias de direitos fundamentais e o Parlamento não consegue atuar.
O TSE não criou a figura do abuso de poder religioso.
O ponto fundamental foi o de que não havia uma previsão legal sancionadora do abuso de poder religioso. Então, o Judiciário se autoconteve. O TSE falou: ‘Olha, até aqui eu vou. Passou daqui, não posso ir’.
O senhor também integra o Superior Tribunal de Justiça. Qual é sua opinião sobre a decisão individual do ministro Benedito Gonçalves de afastar do cargo Wilson Witzel, um governador eleito com 4,6 milhões de votos?
Era uma medida necessária, seja pela gravidade dos fatos, seja para resguardar as provas já produzidas. O fato de o governador ter uma quantidade expressiva de votos não interfere na apuração penal.
O senhor é cotado para uma vaga no STF. Teme que qualquer decisão seja interpretada como tentativa de agradar ao Planalto?
Não, porque sempre atuei com base nos critérios técnicos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Arapongas registra 46 novos casos de coronavírus



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste sábado, (05/09) o registro de 46 novos casos por coronavírus (Covid-19) e não houve registro de pacientes curados pela doença na cidade. Agora o município chega a 3.561 casos dos quais 2.715 já estão curados (76,2%), 761 ainda estão com a doença e 85 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 18.936 testes. Sobre estes novos casos a Secretaria de Saúde informa que:
A Secretaria de Saúde esclarece que os casos divulgados no dia de hoje são resultados de exames realizados nos últimos 07 dias.
Entre os 46 casos confirmados, estão 24 do sexo feminino com a respectivas idades: 14, 17, 21, 21, 22, 25, 29, 31, 32, 34, 34, 39, 40, 40, 43, 43, 44, 44, 45, 51, 55, 55, 74 e 79 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 22 pacientes com as respectivas idades: 18, 23, 24, 28, 35, 36, 39, 40, 41, 41, 42, 42, 46, 46, 48, 49, 50, 51, 58, 59, 64 e 71 anos.
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, 05 permanecem na UTI e 08 na enfermaria;
Referente aos leitos SUS hospitalares ocupados em Arapongas, existem 50% dos 30 leitos de UTI e 40% dos 40 leitos de enfermaria ocupados;
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

Apucarana confirma mais 11 casos de Covid-19 neste sábado



A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) divulgou na tarde deste sábado (05) novo boletim sobre a Covid-19. Mais 11 casos  foram confirmados em Apucarana. Agora, o município soma 1.093 registros da doença.
Segundo boletim da AMS, Apucarana segue com 31 óbitos e tem 142 suspeitas em investigação. São 882 pessoas recuperadas da doença.
Os resultados vieram do Laboratório Central do Estado (Lacen). São sete homens (13, 20, 24, 32, 37, 44 e 49 anos) e quatro mulheres (42, 33, 37 e 65 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.
O Pronto Atendimento do Coronavírus soma 8.544 atendimentos presenciais desde o início da pandemia; 862 pessoas são monitoradas atualmente.
O município chegou a 10.642 testes realizados, sendo 6.615 rápidos, 3.130 RT-PCR Lacen e 897 RT-PCR privado.
O Hospital da Providência tem 13 apucaranenses internados, sendo quatro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e nove em leitos de enfermaria.


sábado, 5 de setembro de 2020

Lula defende reeducação do povo brasileiro contra o fascismo e Marcia Tiburi avisa: vai demorar décadas


Após o ex-presidente Lula alertar sobre as consequências do discurso de ódio de Jair Bolsonaro, a filósofa Marcia Tiburi avisou que o processo de reeducação da sociedade brasileira, para se libertar do fascismo, poderá durar muito tempo
Marcia Tiburi e Lula
Marcia Tiburi e Lula (Foto: Mídia NINJA | Ricardo Stuckert)

247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um importante alerta na entrevista que concedeu à revista Fórum, nesta sexta-feira, e nas suas redes sociais. “O povo sabia que o Bolsonaro não gostava de preto e votou nele mesmo assim. Sabiam que ele não gostava de mulher e votaram mesmo assim... Temos que conversar com as pessoas que embarcaram no discurso do Bolsonaro e tentar reeducá-las. Trazer elas de volta pra democracia”, postou Lula.
Ao ver o comentário, a escritora e filósofa Marcia Tiburi, autora do livro “Como conversar com um fascista”, fez um alerta: isso vai levar muito tempo. “Um imenso projeto de educação e cultura que vai demorar décadas ou séculos para vingar... A guerra cultural anticivilizatória venceu até agora. Bolsonaro é o efeito de uma catastrófica história de autoritarismo e ressentimento. O ovo da serpente chocado na ditadura”, anotou a professora.


Bolsonaro retira 5,7 milhões de pessoas do auxílio-emergencial


A primeira fase do programa, que distribuiu 600 reais mensais aos beneficiários, atingiu 67,2 milhões de brasileiros. Nesta segunda fase, que irá até dezembro, serão 61.5 milhões
Aplicativo auxílio emergencial do Governo Federal.
Aplicativo auxílio emergencial do Governo Federal. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

BRASÍLIA (Reuters) - O governo apertou os critérios de concessão para o auxílio emergencial estendido e calculou que 5,7 milhões de pessoas deixarão de ser elegíveis, conforme números apresentados pelo Ministério da Cidadania.
Em exposição de motivos sobre a Medida Provisória que institui o novo auxílio de 300 reais, a pasta informou que a primeira fase do programa, que distribuiu 600 reais mensais aos beneficiários, atingiu 67,2 milhões de brasileiros. O contingente é superior à toda população da Itália.
Nesta segunda fase, que irá até dezembro, serão 61.488.087 pessoas elegíveis, disse o ministério.
Mais cedo, o secretário especial adjunto de Fazenda do Ministério da Economia, Gustavo Guimarães, já havia destacado que o CPF está sendo usado no cruzamento de dados para concessão do auxílio, o que delimitará a base de beneficiários.
“Aconteceu realmente uma limitação”, disse ele.
O custo mensal do auxílio emergencial caiu a 16,9 bilhões de reais para o período de setembro a dezembro, ante 50,8 bilhões de reais na fase anterior, que durou de abril a agosto, redução de 67%
O programa é a iniciativa de maior vulto do governo para enfrentamento à pandemia de coronavírus. O Ministério da Economia atualizou nesta manhã seu custo total a 321,8 bilhões de reais em 2020.
Guimarães exemplificou que, agora, se a pessoa tiver posse ou propriedade de bens em 2019 acima de 300 mil reais, não receberá mais o auxílio emergencial residual.
“Outros cortes foram feitos com base no CPF, isso reduz sim a base”, pontuou ele, complementando que as alterações foram feitas para atender a recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU), mirando coibir fraudes.
Nesta nova etapa do auxílio, os residentes no exterior ou os que estejam presos em regime fechado não poderão receber o benefício.
Em outra frente, os rendimentos tributáveis calculados para a elegibilidade serão os relativos ao ano de 2019, e não mais de 2018. As regras relativas ao quantitativo de cotas para cada família também foram ajustadas.
Segundo a MP, o recebimento do auxílio emergencial residual será agora limitado a “duas cotas por família”. Na redação da lei do auxílio de 600 reais, o recebimento do auxílio era limitado a “dois membros da mesma família”.
A mãe solteira continua com direito a receber duas cotas. Na prática, caso outra pessoa elegível ao benefício seja da mesma família, ela deixará de poder receber, uma vez que o critério de duas cotas por família já terá sido satisfeito.
Guimarães também disse que quem está no cadastro do Bolsa Família voltará a receber o que tem direito pelo programa. Caso esse valor seja menor que 300 reais, apenas a diferença é que será paga via auxílio emergencial.
Nos cinco meses iniciais do programa, os beneficiários deixavam de receber o Bolsa Família e recebiam 100% do auxílio emergencial.
O Ministério da Cidadania calculou a necessidade de 79,1 bilhões de reais para a nova fase do auxílio. O impacto orçamentário será menor --67,6 bilhões de reais-- porque parte da despesa será coberta com crédito ordinário do Bolsa Família.


TRF4 manda para São Paulo ação da Lava Jato e comprova que perseguiu Lula


Em decisão unânime, a 8ª Turma do TRF4 reconheceu que a 13ª Vara de Curitiba não tem competência para julgar uma ação penal contra executivos do Grupo Petrópolis. Com base no entendimento da Corte, ação do triplex contra Lula não poderia ter sido julgada em Curitiba

247 - Por unanimidade, a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) reconheceu a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) para julgar a ação penal em que 20 executivos do Grupo Petrópolis, incluindo o proprietário Walter Faria, respondem a acusações de lavagem de dinheiro.
O colegiado considerou que não há conexão entre os fatos narrados na ação e a Operação Lava Jato. Assim, o processo será encaminhado para a Justiça Federal de São Paulo, competente para analisar o caso.
O entendimento adotado pelo relator do HC na Corte, desembargador federal João Pedro Gebran Neto, foi no sentido de que “a utilização de esquema semelhante e com a presença de personagens comuns não atrai o simultaneus processus, pois a competência se firma em razão de fatos, não em razão de pessoas ou da sistemática de atuação de grupos criminosos diferentes”.
Na ação penal do Grupo Petrópolis, o Ministério Público Federal do Paraná acusou os réus de lavagem de dinheiro para o Grupo Odebrecht, pagamentos ilegais de dinheiro desviado da Petrobras, além de pagamentos disfarçados de doações eleitorais que, segundo os procuradores, foram feitas pelo Grupo Petrópolis, por interesse da Odebrecht.
Entendimento diferente para julgar Lula 
A decisão do TRF-4 reforça o argumento da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de perseguição política da Lava Jato na ação em que Lula no caso do triplex do Guarujá. 
Os advogados Valeska Martins e Cristiano Zanin explicam em vídeo o que levou o processo relacionado à propriedade de um apartamento triplex no Guarujá, no litoral do Estado de São Paulo, a ir parar na 13ª Vara Federal de Curitiba, capital do Paraná, onde trabalha o juiz de primeira instância Sérgio Moro.
O apartamento fica no Guarujá, a verdadeira proprietária, a empresa OAS, tem sede na Bahia, e aquele que acusam de ser “proprietário de fato” (figura inexistente no Direito brasileiro) reside em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
Os procuradores alegaram que o processo deveria ir para Curitiba porque tinha relação com contratados assinados pela OAS com a Petrobras, mas o próprio Moro admitiu posteriormente que nunca “afirmou que os valores obtidos pela Construtora OAS nos contratos com a Petrobras foram usados para pagamento da vantagem indevida para o ex-Presidente.”
Todas as outras pessoas investigadas na questão do triplex foram julgadas (e inocentadas) em São Paulo, menos Lula.

Assista:

Preços de alimentos sobem no Brasil com real desvalorizado e aumento das exportações para a China


Parte do aumento é atribuído ao aumento das compras feitas pela China, que vem ampliando seus estoques estratégicos impulsionada pela desvalorização do real, que chega a quase 40% nos últimos 12 meses
(Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

247 - A atual conjuntura do agronegócio, influenciada pela alta do dólar, safra abundante e valorização dos preços dos produtos, elevou os preços para o consumidor no Brasil. Parte do aumento é atribuído ao aumento das compras feitas  pela China, que vem ampliando seus estoques estratégicos ao longo dos últimos 12 meses. A desvalorização do real, que chega a quase 40% no período e atraiu compradores internacionais, é apontada como uma das razões para a alta nos preços internos. 
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a China investiu cerca de US$ 24 bilhões no agronegócio brasileiro entre janeiro e julho deste ano, volume de recursos quase 30% superior ao registrado no mesmo período de 2019.
Entre os principais produtos comprados pela China estão as carnes de aves, bovinos e suínos, além da soja, que representou 72% das compras feitas pelo país asiático. Nos primeiros sete meses do ano, as exportações brasileiras de soja rumo ao mercado chinês cresceram 32% ante o ano anterior, chegando 50,5 milhões de toneladas. 
Essa movimentação fez com que o Brasil, maior produtor de soja mundial,  importasse 400 mil toneladas do grão. O volume é quatro vezes maior que a apontada no mesmo período de 2019. A próxima safra de soja já está com 45% da produção previamente vendida para o país asiático. Em relação às carnes, a China respondeu por 49% das vendas externas de suínos pelo Brasil. 

770 agências da Caixa abrem neste sábado para pagamento do auxílio emergencial


Agências funcionarão das 8h às 12h e os trabalhadores com data de nascimento entre janeiro e abril poderão fazer o saque em espécie do FGTS. Beneficiários nascidos de janeiro a setembro também poderão sacar em dinheiro o auxílio emergencial
Fila para entrada em agência da Caixa
Fila para entrada em agência da Caixa (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Kelly Oliveira, Agência Brasil - A Caixa abrirá 770 agências hoje (5), das 8h às 12h, para atendimento aos beneficiários do auxílio emergencial e do saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Os trabalhadores com data de nascimento entre janeiro e abril poderão fazer o saque em espécie do FGTS e os beneficiários nascidos de janeiro a setembro poderão sacar em dinheiro o auxílio emergencial.
A relação de agências que estarão abertas pode ser conferida no site do banco.
A Caixa reforça que todas as pessoas que procurarem atendimento durante o funcionamento das agências serão atendidas e que não é preciso chegar antes do horário de abertura.

Auxílio Emergencial

A partir deste sábado, 4 milhões de beneficiários nascidos em setembro poderão sacar o benefício nas máquinas de autoatendimento, nas unidades lotéricas e nos correspondentes Caixa Aqui, além de transferir valores para contas da Caixa ou de outros bancos, de acordo com o Ciclo 1 do calendário de pagamentos.
Os ciclos de crédito em conta e saques em espécie seguem até dezembro para o pagamento das cinco parcelas definidas pelo Governo Federal para o público do Cadastro Único (CadÚnico) e para quem se cadastrou pelo App Caixa | Auxílio Emergencial ou pelo site.

Saque Emergencial do FGTS

A partir deste sábado (5), os trabalhadores nascidos em abril que tiveram o crédito do saque emergencial do FGTS e que não movimentaram a conta poupança social digital ou que tenham saldo remanescente já poderão sacar o benefício em dinheiro ou transferir os valores.
Na próxima terça-feira (8), a Caixa credita o saque emergencial do FGTS para os trabalhadores nascidos em outubro. Nessa etapa, o valor estará disponível para cerca de 5 milhões de trabalhadores, no montante de aproximadamente R$ 3,2 bilhões.

Como realizar o saque em espécie

É preciso fazer o login no App Caixa Tem, selecionar a opção “saque sem cartão” e “gerar código de saque”. Depois, o trabalhador deve inserir a senha para visualizar o código de saque na tela do celular, com validade de uma hora. O código deve ser utilizado nos caixas eletrônicos da Caixa, nas unidades lotéricas ou nos correspondentes Caixa Aqui.

Cartão de débito virtual

Com o cartão de débito virtual é possível fazer compras pela internet, aplicativos e sites de qualquer um dos estabelecimentos credenciados.
Para utilizar o cartão, o beneficiário precisa gerá-lo. Depois, entrar no aplicativo e acessar o ícone cartão de débito virtual. Feito isso, o usuário deverá digitar a senha do Caixa Tem. Em seguida, aparecerão os seguintes dados: nome do cidadão, número e validade do cartão, além do código de segurança. Ao lado do código, é preciso clicar em “gerar”. Assim o cartão ficará disponível. O código de segurança vale para uma compra ou por alguns minutos. Para realizar uma nova compra é preciso gerar um novo código.

Pagamento nas maquininhas

Além da possibilidade de uso do cartão de débito virtual, disponível para compras online, o Caixa Tem oferece a opção “pague na maquininha”, forma de pagamento digital que pode ser utilizada nos estabelecimentos físicos habilitados. É uma funcionalidade por leitura de QR Code gerado pelas maquininhas dos estabelecimentos e que pode ser facilmente escaneado pela maioria dos telefones celulares equipados com câmera.
Quando o cliente seleciona a opção “pague na maquininha”, no aplicativo, automaticamente a câmera do celular é aberta. O usuário deve então apontar o telefone para leitura do QR Code gerado na maquininha do estabelecimento.
No site da Caixa há tutoriais de como receber e movimentar o auxílio emergencial no aplicativo Caixa Tem.
Fonte: Brasil 247


Gilmar Mendes libera novo julgamento no CNMP contra Deltan Dallagnol


O motivo alegado pelo ministro do STF foi o risco de prescrição da reclamação apresentada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), que foi atacado pelo procurador nas redes sociais
Gilmar Mendes e Deltan Dallganol
Gilmar Mendes e Deltan Dallganol (Foto: STF | ABr)

247 – "O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) a retomar o julgamento de dois processos disciplinares contra o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná. As ações haviam sido travadas em agosto pelo decano, ministro Celso de Mello", aponta reportagem do Correio Braziliense.
“Trata-se do risco concreto e iminente de prescrição da pretensão punitiva relativa à sanção disciplinar de censura. Ressalta-se que não estamos falando de uma condenação ou da imposição direta de uma pena, mas tão somente do julgamento do caso em um nível de cognição não alcançado pelo via liminar”, disse Gilmar.
O caso diz respeito a ataques feitos por Deltan Dallagnol nas redes sociais ao senador Renan Calheiros (MDB-AL).


Fora da Lava Jato, Deltan faz pequena autocrítica e diz que "faria diferente" seu famoso power-point contra Lula


Depois de se afastar da Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol agora diz que errou na fundação que pretendia criar com recursos da Petrobrás e também no power-point usado para queimar a imagem do ex-presidente Lula, peça decisiva para a ascensão da extrema-direita no Brasil
Lula, Deltan Dallagnol e o Power Point
Lula, Deltan Dallagnol e o Power Point (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reprodução)

247 – Depois de se afastar da Lava Jato, após uma série de irregularidades apontadas pela Vaza Jato, série de reportagens publicada pelo site Intercept, o procurador Deltan Dallagnol fez, pela primeira vez, uma pequena autocrítica, em entrevista concedida ao jornal Estado de S. Paulo.
Deltan reconheceu que errou, ao tentar criar uma fundação, que seria administrada pela força-tarefa de Curitiba, com recursos da Petrobrás. "Hoje, por exemplo, chamaria vários outros órgãos para participar e aperfeiçoar o acordo feito com a Petrobrás. Embora tenha permitido que mais de R$ 2 bilhões ficassem no Brasil e tenha sido reconhecida sua legitimidade por sete órgãos diferentes, gerou desgastes que poderiam ter sido evitados", disse ele.
O procurador também disse que "faria diferente" o power-point usado para queimar a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder político mais popular da história do País, e que foi uma peça utilizada na campanha midiática para permitir o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, a prisão política de Lula, a destruição das empresas brasileiras de engenharia, a queda sem precedentes do PIB, a perda da soberania nacional e a ascensão da extrema-direita no País.
"Hoje faria diferente. Agora, é importante dizer que o que se disse naquela entrevista coletiva, com um esforço para ser acessível e didático para leigos, constava, de modo mais técnico, na denúncia apresentada, que embasou a condenação do ex-presidente pelo Judiciário", afirma Deltan. Hoje, já é praticamente consenso entre os maiores juristas do Brasil e do mundo que Lula foi um preso político num processo de lawfare coordenado pelos Estados Unidos para que o Brasil se tornasse um país sem soberania e mais pobre.
Leia, abaixo, o que Lula disse sobre Dallagnol no dia de ontem:
Revista Fórum - Em entrevista ao Fórum Onze e Meia desta sexta-feira (4), em edição especial do aniversário de 19 anos da Fórum, o ex-presidente Lula comentou a saída do procurador Deltan Dallagnol do cargo de coordenador da força-tarefa da Lava Jato, em meio a denuncias de irregularidades que ele teria cometido durante a operação em tramitação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
“Me perdoe, mas eu acho que o Dallagnol, se esconder atrás de uma doença, da filha dele, para poder justificar a saída”, criticou Lula. “Se ela estiver doente, que deus ajude porque eu tenho pela filha dele o respeito que ele não teve pelo meu neto, quando morreu com seis anos de idade, quero que ele saiba disso. Mas ele não merece respeito da minha parte. Não tem dignidade, não tem caráter. É fujão”, completou o ex-presidente.
Dallagnol anunciou sua saída do cargo na última terça-feira, pouco depois de ter as ações contra ele arquivadas no CNMP, que agora são alvo de recurso. Em vídeo nas redes sociais, o procurador alegou que precisava de mais tempo com a família devido a uma doença da filha.