O novo
coordenador da força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba, Alessandro José Fernandes
de Oliveira, substituto de Deltan Dallagnol, atuou nos acordos de delação premiada
do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro e do lobista Jorge Luz
Alessandro Oliveira, Lula e Léo Pinheiro (Foto: MPF | Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Luis Macedo/Agencia Câmara) |
247 - O novo coordenador da força-tarefa da Lava Jato de Curitiba,
Alessandro José Fernandes de Oliveira, substituto de Deltan Dallagnol, atuou nos acordos
de delação premiada do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro e do lobista Jorge
Luz, durante a gestão da procuradora-geral da República Raquel Dodge.
O executivo Léo Pinheiro está envolvido em uma das maiores revelações do
site Intercept Brasil, que vem demonstrando irregularidades da Lava Jato. De
acordo com uma das reportagens, produzidas em parceria com o jornal Folha de
S.Paulo, o ex-presidente da OAS só passou a ter credibilidade na operação
depois que passou a acusar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de propina
no processo do triplex em Guarujá (SP).
"O empreiteiro que incriminou o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso que o levou à prisão foi
tratado com desconfiança pela Operação Lava Jato durante quase todo o tempo em
que se dispôs a colaborar com as investigações, segundo mensagens privadas
trocadas entre procuradores envolvidos com as negociações", apontou a reportagem.
"Léo Pinheiro, ex-presidente da
construtora OAS, só passou a ser considerado merecedor de crédito após mudar
diversas vezes sua versão sobre o apartamento tríplex de Guarujá (SP) que a
empresa afirmou ter reformado para o líder petista."
Segundo o jornal O Globo,
Alessandro Oliveira tem um estilo “discreto”, “de poucas aparições na imprensa
e sem utilização de redes sociais”, o que “pode imprimir uma nova forma de
atuação à Lava-Jato”.
Ele auxilia a Lava Jato na PGR desde
janeiro de 2018 e é procurador no Ministério Público Federal do Paraná.