Os
Redentoristas dizem que a denúncia contra o padre, responsável pela segunda
mais importante basílica do país, em Trindade (GO), “está causando escândalo
entre os fiéis”
Padre Robson Oliveira (Foto: Reprodução/Facebook) |
247 - A Província
Redentorista de Goiás proibiu o padre Robson de Oliveira de atender confissões,
fazer pregações e até de dar entrevistas. Os Redentoristas dizem que a
denúncia contra o padre, responsável pela segunda mais importante
basílica do país, em Trindade (GO), “está causando escândalo entre os fiéis,
está prejudicando a vida pastoral do Santuário do Divino Pai Eterno, a comunhão
eclesial e a boa reputação do próprio sacerdote”.
O decreto da ordem também dispensa o
sacerdote de usar a roupa de padre; ele está proibido de “participar, realizar
e protagonizar programas de televisão, rádio ou internet” e de “conceder
qualquer entrevista jornalística ou de natureza semelhante”. Padre Robson
comanda um gigantesco sistema de comunicação, com alcance nacional.
O Ministério Público de Goiás (MP-GO)
desencadeou uma operação na sexta-feira (21) que investiga um suposto esquema
criminoso que desviava doações de católicos do Santuário Basílica de Trindade,
cidade na Região Metropolitana de Goiânia conhecida como a “capital da fé” do
estado, para a compra de imóveis de luxo do padre Robson de Oliveira Pereira,
fundador e presidente da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), que
administra o local.
A operação foi
batizada como “Vendilhões” e apura crimes de apropriação indébita, lavagem de
dinheiro, falsificação de documentos, sonegação fiscal e associação criminosa.
São cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, inclusive, em imóveis luxuosos
ligados ao padre Robson.
Segundo as investigações nos últimos 10
anos foram movimentados nas contas da Afipe cerca de R$ 2 bilhões, sendo a
maioria fruto de doações para a construção da nova Basílica da cidade.