terça-feira, 18 de agosto de 2020

Estuprador foi preso em Minas Gerais e polícia não divulgou nome dele para proteger identidade da criança

Promotoria vai investigar se grupos tentaram pressionar avó de menina estuprada a não autorizar aborto. Foto: Reprodução/Globo


Do G1
O tio suspeito de estuprar e engravidar a sobrinha de 10 anos em São Mateus, no Espírito Santo, foi preso por volta das 3h30 desta terça-feira (18) em Betim, em Minas Gerais.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), divulgou a informação em uma rede social na manhã desta terça.
“Que sirva de lição para quem insiste em praticar um crime brutal, cruel e inaceitável dessa natureza. Detalhes da operação serão repassados pela equipe segurança ainda hoje”, disse o governador do ES.
O suspeito de 33 anos será encaminhado ao Complexo Penitenciário de Xuri, em Vila Velha, na Grande Vitória. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável e ameaça e estava foragido desde a última semana.
O homem também já tinha passagem criminal por tráfico de drogas e esteve preso entre 2011 e 2018.
A gravidez foi revelada no dia 7 de agosto, quando a menina foi ao hospital em São Mateus se queixando de dores abdominais. A menina relatou que começou a ser estuprada pelo próprio tio desde que tinha 6 anos e que não o denunciou porque era ameaçada.
A Polícia diz que não divulgará o nome do criminoso para proteger a identidade da criança — já exposta por Sara Winter.
A criança interrompeu a gravidez, em procedimento realizado em hospital de Pernambuco, e passa bem. Deve ter alta até amanhã.
O Ministério Público determinou abertura de investigação para apurar os grupos religiosos que, possivelmente mobilizados pela ministra Damares Alves, pressionaram a família da criança para que ela tivesse o filho do estuprador, casado com uma tia dela.
Fonte: DCM


Folha defende que Judiciário reveja benefícios concedidos a Palocci, após delação falsa contra Lula


Mesmo com uma delação inconsistente, vazada às vésperas das eleições presidenciais de 2018, Antonio Palocci obteve a liberdade e o direito a ficar com R$ 30 milhões
Lula e Palocci
Lula e Palocci (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reprodução)

247 – "Passados mais de dois anos desde que o ex-ministro Antonio Palocci assinou acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal, é possível constatar que o único beneficiado pelo trato foi ele próprio", diz editorial da Folha desta terça-feira, publicado após a constatação feita pela Polícia Federal de que a delação de Palocci contra o ex-presidente Lula, vazada às vésperas da eleição presidencial de 2018, não fica de pé.
"Os advogados de Palocci dizem que ele cumpriu sua parte ao contar o que sabia e dar pistas à PF —e que ele não pode ser responsabilizado pelo insucesso das investigações. Quando tudo estiver terminado, caberá à Justiça reavaliar os benefícios concedidos ao ex-ministro e o que ele fez para merecê-los", aponta ainda o texto."

Dossiê contra opositores é motivo para abrir inquérito contra governo Bolsonaro


Segundo procurador, há "elementos suficientes" para abrir inquérito sobre dossiê que governo Bolsonaro elaborou contra opositores
Ministro da Justiça, André Mendonça, e Jair Bolsonaro
Ministro da Justiça, André Mendonça, e Jair Bolsonaro (Foto: Marcello Casal Jr - Agência Brasil)

247 - O Ministério Público Federal (MPF) considera que há "elementos suficientes" para abrir um inquérito civil sobre a elaboração pelo governo de Jair Bolsonaro para monitoramento de opositores. O documento foi produzido pela Secretaria de Operações Integradas (Seopi) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, na gestão do ministro André Mendonça.
A Procuradoria da República no Rio Grande do Sul já instaurou um procedimento preliminar após a revelação da existência do dossiê. O procurador da República Enrico Rodrigues de Freitas, que desempenha a função de procurador regional dos direitos do cidadão no estado, pediu informações à Seopi, entre elas uma cópia do relatório produzido pela secretaria, informa O Globo.
O Ministério da Justiça se negou a fornecer o documento e disse que o caso agora é tratado diretamente pelo ministro da Justiça. Por isso, conforme a alegação da pasta, somente o procurador-geral da República, Augusto Aras, poderia oficiar Mendonça, em razão do foro privilegiado de ministros de Estado.
Fontes ouvidas pelo jornal que tiveram acesso a um relatório sobre policiais antifascistas no Brasil afirmam que a Seopi, no documento, apontou o avanço do movimento no país. 

Sara Winter é banida do Instagram depois de expor identidade da criança de 10 anos estuprada


Após expor identidade da criança de 10 anos que foi estuprada, a bolsonarista Sara Winter teve sua conta banida do Instagram por denúncias em massa de usuários da rede. Os dados pessoais e cartão de crédito da ativista foram vazados pelo grupo de hackers Anonymous Brasil
Sara Winter
Sara Winter (Foto: Reprodução)

247 - A bolsonarista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, teve sua conta banida da rede social Instagram perto das 23h destsa segunda-feira (17), depois que ela expôs de forma criminosa o nome e outras informações da criança de 10 anos  que foi vítima de estupro durante 4 anos consecutivos, por um tio. A informação é do jornal O Globo.
Na internet, diversos usuários das plataformas Twitter e Instagram denunciaram, numa campanha, a ação de Sara, com objetivo de derrubar suas contas. O banimento ocorreu poucas horas depois de o grupo de hackers Anonymous Brasil publicar uma série de dados pessoais da ativista bolsonarista nas redes, incluindo número de cartão de crédito.
Sara Giromini contraria o que preconiza o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) quando divulga a identidade de uma criança de 10 anos. O artigo 17 do Estatuto (lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990) diz que o "direito ao respeito" basicamente "consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais".


Palocci pode ser processado por denunciação caluniosa


O ex-ministro Antonio Palocci poderá ser processado por advogados por ter mentido em delação premiada. Investigações mostram que acusações feitas por ele não se sustentam em provas
Antonio Palocci
Antonio Palocci (Foto: REUTERS/Rodolfo Buhrer)

247 - Advogados de pessoas delatadas por Antonio Palocci vçao encaminhar representação contra o ex-ministro por denunciação caluniosa. Foi este delito que Palocci cometeu ao dar  “causa à instauração de investigação” contra alguém “imputando-lhe crime de que o sabe inocente”.
Palocci fez uma série de acusações no acordo de delação que firmou com a Polícia Federal. Investigações posteriores, no entanto, mostram que ao menos algumas delas não se sustentam em provas.
No domingo (16), a coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo publicou relatório da própria PF dizendo que delação do ex-ministro acusando o banco BTG de administrar uma conta de propinas para Lula não foi confirmada e era baseada em notícias de jornais.
A Polícia Federal concluiu que as acusações feitas por Antonio Palocci e vazada pelo então juiz Sergio Moro às vésperas das eleições de 2018, sobre um suposto caixa milionário de propinas para Lula administrado pelo banqueiro André Esteves, do BTG, não têm provas e foram todas desmentidas pela investigação. 
De acordo com a PF, depoimentos de testemunhas e de delatores desmentiram a delação de Palocci, que ganhou prisão domiciliar, além de benefícios em seus processo em troca da delação.


segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Com quase 110 mil mortes, governo Bolsonaro quer gastar R$ 155 milhões em propaganda sobre ações contra pandemia


Governo Bolsonaro, que não tem ministro da saúde e só fez propaganda de cloroquina, remédio não recomendado pela ciência, quer gastar esta quantia para divulgar suas supostas ações para conter as mortes, que já se aproximam de 110 mil
Bolsonaro mostrando uma caixa de cloroquina
Bolsonaro mostrando uma caixa de cloroquina (Foto: Reprodução)

Da revista Fórum A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência pediu ao Ministério da Economia a liberação de R$ 155,3 milhões fora do teto de gastos para fazer propaganda de ações do governo durante a pandemia.
De acordo com reportagem do jornal O Globo, a Secom afirma que recursos serão utilizados para divulgar as medidas adotadas pelo governo para garantir a saúde pública e para proteger a economia.
A secretaria também afirma que quer “combater a desinformação da sociedade e a disseminação de notícias alarmantes e mentirosas”. Orientações de prevenção ao coronavírus também serão disseminadas. Saiba mais sobre as mortes no Brasil:
Sputnik - O Brasil registrou 620 novas mortes pelo coronavírus nas últimas 24 horas, fazendo total de óbitos chegar a 107.852, segundo boletim do Ministério da Saúde divulgado neste domingo (16). 
A pasta confirmou 23.101 casos da COVID-19, com total de infectados pelo vírus alcançando 3.340.197.
Os números não se referem necessariamente às mortes ocorridas nas últimas 24 horas, mas à confirmação de óbitos causados pelo coronavírus nesse período. 
Segundo o ministério, a taxa de letalidade da doença é de 3,2%. Já a taxa de mortalidade (por 100.000 habitantes) é de 51,3, enquanto o índice de incidência (por 100.000 habitantes) é de 1589,5. 
O número de pessoas recuperadas, por sua vez, chegou a 2.432.456, enquanto 799.889 casos estão em avaliação. 
Apenas 67 municípios do país não têm casos
De acordo com consórcio de imprensa criado para acompanhar a evolução da doença, a média móvel de óbitos no Brasil nos últimos sete dias foi de 965, queda de 5% em relação aos dados registrados em 14 dias.
Já a média de novos casos foi de 43.495 por dia, diminuição de 3% em relação aos casos registrados em 14 dias.
Levantamento feito pela imprensa mostra que o Brasil tem apenas 67 municípios sem registro de casos confirmados da COVID-19. O número significa que 98,7% das cidades brasileiras têm casos da doença.


Prefeitura informa 31 novos casos e mais um óbito por Covid-19 em Arapongas



A Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste domingo (16/08) a ocorrência de 31 novos casos por coronavírus (Covid-19), dois pacientes curados e um registro de óbito pela doença. Agora o município chega a 2.498 casos, dos quais 1.790 já estão curados (71,7%), 642 ainda estão com a doença e 66, infelizmente, vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 14.494 testes. Sobre estes novos casos, a Secretaria de Saúde informa que:
- 66º óbito: Paciente do sexo feminino, com comorbidades, realizada coleta do exame dia 11/08, internada em leito de UTI dia 12/08, vindo a óbito dia 14/08, com resultado do exame positivo divulgado em 15/08. A Prefeitura de Arapongas, por meio da Secretaria de Saúde, se solidariza com os familiares;
- Entre os casos confirmados, 17 são do sexo feminino, com a respectivas idades: 29, 33, 39, 41, 42, 44, 46, 46, 49, 51, 61, 61, 62, 64, 67, 75 (óbito) e 82 anos. Do sexo masculino, foram diagnosticados 14 pacientes com as respectivas idades: 11, 18, 28, 28, 28, 32, 34, 45, 49, 60, 61, 69, 81 e 87 anos.
- Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, 13 permanecem na UTI e 04 na enfermaria;
- Referente aos leitos SUS hospitalares ocupados em Arapongas, existem 80% dos 20 leitos de UTI e 32,5% dos 40 leitos de enfermaria ocupados;
- A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.


Apucarana registra mais oito casos de Covid-19 neste domingo



Mais oito casos de Covid-19 foram confirmados em Apucarana neste domingo (16) pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS).  O município tem agora 852 registros da doença. São 23 óbitos e 91 suspeitas em investigação. O número de pessoas recuperadas chega a 658. Entre os novos diagnósticos está o de uma criança de cinco anos.
São sete resultados do Laboratório Central do Estado (Lacen), sendo quatro homens (71, 5, 43 e 37 anos) e três mulheres (27, 45 e 33 anos). O outro resultado veio de teste rápido: um homem de 30 anos. Todos estão em isolamento domiciliar.
O Pronto Atendimento do Coronavírus já atendeu presencialmente 7.182 pessoas desde o início da pandemia. O número de monitorados soma 1.048.
O município realizou até agora 8.692 testes, sendo 5.591 rápidos, 2.360 RT-PCR Lacen e 741 RT-PCR privado.
 

Lula usará relatório da PF para reforçar ação de R$ 100 mil por danos morais contra delegado que fez delação de Palocci


O relatório da Polícia Federal que desmascarou a farsa da delação do ex-ministro Antonio Palocci será usado para reforçar ação de Lula contra o delegado Felipe Pace que montou a delação divulgada ilegalmente por Moro e que teve papel decisivo no pleito de 2018
Lula e Palocci
Lula e Palocci (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reprodução)

247 - A defesa de Lula usará o relatório da Polícia Federal que desmascarou farsa da delação do ex-ministro Antonio Palocci para reforçar o processo de danos morais que o ex-presidente move contra o delegado Felipe Pace. Foi Pace quem capitaneou em Curitiba o acordo delação do ex-ministro assinado em 2018.  A Polícia Federal concluiu que as acusações feitas por Antonio Palocci e vazada pelo então juiz Sergio Moro às vésperas das eleições de 2018, sobre um suposto caixa milionário de propinas para Lula administrado pelo banqueiro André Esteves, do BTG, não têm provas e foram todas desmentidas pela investigação (leia aqui)
O delegado Marcelo Daher encerrou o inquérito afirmando que as informações dadas por Palocci em sua delação "parecem todas terem sido encontradas em pesquisas de internet", sem "acréscimo de elementos de corroboração, a não ser notícias de jornais". 
“O resultado dessa investigação da PF sobre a delação do Palocci é mais uma prova de que a defesa técnica que fizemos do ex-presidente estava na direção correta e que ele foi vítima de lawfare (perseguição judicial), inclusive, com impacto relevante nas eleições presidenciais de 2018”, disse o advogado de Lula, Cristiano Zanin à jornalista Bela Megale
Em 2016, os advogados de Lula entraram com um processo contra o delegado Felipe Pace, por danos morais, no valor de R$ 100 mil. A defesa questiona a atuação do delegado na investigação que mirou Palocci e Lula e que resultou no acordo de delação do ex-ministro.
O processo foi julgado improcedente pela 5ª. Vara Cível de São Bernardo do Campo, em 2018, e aguarda o julgamento da apelação pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
A defesa também estuda uma maneira de usar o relatório do BTG no pedido de suspeição do ex-juiz Sergio Moro, quanto ao processo do sítio de Atibaia (SP). A delação do Palocci é um dos fundamentos que embasam a ação que de Lula no Supremo Tribunal Federal sobre o assunto.


Dallagnol será julgado nesta terça e pode ser punido pelo MP pela primeira vez


Julgamento no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) pode resultar na punição do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba
Deltan Dallagnol
Deltan Dallagnol (Foto: Brasil 247)

247 - Por ter cometido irregularidades na condução da Operação Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol poderá sofrer punição após julgamento desta terça-feira (18) , no Conselho Nacional do Ministério Público. 
Três procedimentos envolvendo o chefe da Lava Jato em Curitiba estão pautados para a sessão do CNMP nesta terça-feira, entre eles um pedido de remoção por interesse público. 
O procurador chegou a recorrer ao Supremo Tribunal Federal para travar dois deles - ações disciplinares movidas por Renan Calheiros (MDB-AL) e Kátia Abreu (PP-TO) que envolvem publicação nas redes sociais e supostas atitudes de promoção pessoal. O terceiro tem relação com o powerpoint contra Lula.
Às vésperas do julgamento de Deltan, procuradores e promotores lançaram manifesto reagindo à possibilidade de punição e defendendo a "importância das garantias constitucionais da inamovibilidade e da independência funcional para o regular cumprimento das suas relevantes funções em defesa da sociedade", informa a coluna do Estadão.

Paulo Teixeira defende anulação da eleição presidencial de 2018 após uso de delação fraudada de Palocci por Moro


O ex-juiz Sérgio Moro vazou a delação a seis dias da eleição para ajudar a eleger Jair Bolsonaro e agora se sabe que a delação foi inventada
Deputado Paulo Teixeira (PT-SP)
Deputado Paulo Teixeira (PT-SP) (Foto: Rogério Tomaz)

247 – "A utilização da delação mentirosa de Palocci demonstra o desvio da Lava Jato, que se politizou, perseguiu Lula e utilizou está delação para prejudicar Haddad. Está aí a prova cabal para a anulação da condenação de Lula por Sérgio Moro e para anular a própria eleição de 2018", escreveu o deputado Paulo Teixeira, em suas redes sociais. 
O ex-juiz Sérgio Moro vazou a delação a seis dias da eleição para ajudar a eleger Jair Bolsonaro e agora se sabe que a delação foi inventada. À época, a delação falsa foi divulgada com estardalhaço pelo Jornal Nacional, como se pode ver no tweet abaixo.

Delação de Palocci, que Moro vazou antes da eleição, não tem provas, diz Polícia Federal


A Polícia Federal concluiu que a delação de Antonio Palocci, vazada pelo então juiz Sergio Moro às vésperas das eleições de 2018, não tem provas e foi desmentida pela investigação
(Foto: Ricardo Stuckert | Lula Marques | Reuters)

247 - A Polícia Federal concluiu que as acusações feitas por Antonio Palocci e vazada pelo então juiz Sergio Moro às vésperas das eleições de 2018, sobre um suposto caixa milionário de propinas para Lula administrado pelo banqueiro André Esteves, do BTG, não têm provas e foram todas desmentidas pela investigação. A informação é da jornalista Mõnica Bergamo.
De acordo com a PF, depoimentos de testemunhas e de delatores desmentiram a delação de Palocci, que ganhou prisão domiciliar, além de benefícios em seus processo em troca da delação.
O delegado Marcelo Daher encerrou o inquérito sem indiciar os acusados e afirmando que as informações dadas por Palocci em sua delação "parecem todas terem sido encontradas em pesquisas de internet", sem "acréscimo de elementos de corroboração, a não ser notícias de jornais".
Ainda segundo Daher, "as notícias jornalísticas, embora suficientes para iniciar o inquérito policial, parece que não foram corroboradas pelas provas produzidas, no sentido de dar continuidade à persecução penal".
Ele encaminhou o resultado ao Ministério Público Federal.



"Bolsonaro nunca gostou nem de pobre nem de trabalhar", afirma colunista da Folha


Em sua coluna na Folha de S.Paulo nesta segunda-feira, o sociólogo Celso Rocha de Barros questiona: "Teremos um populismo puro-sangue de conservadorismo moral e intervencionismo econômico?
Celso Rocha de Barros e Jair Bolsonaro
Celso Rocha de Barros e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Reuters)

247 - "Enquanto o golpe não voltar ao cardápio, não vai ter jeito: Bolsonaro vai ter que dar uma trabalhada pelos pobres, justo ele, que nunca gostou, nem de pobre, nem de trabalhar", escreve Celso Rocha de Barros.
Para pensar os dilemas atuais do bolsonarismo, pode ser útil ler um ótimo livro que saiu recentemente nos Estados Unidos, 
"Em vez de fazer concessões materiais aos pobres como a direita moderada, 'populistas plutocráticos' como Donald Trump tentam satisfazer o eleitorado pobre com conservadorismo moral, racismo, homofobia e teorias da conspiração, enquanto dão aos ricos os cortes de impostos insustentáveis que eles querem", escreve o sociólogo citando um livro que saiu recentemente nos Estados Unidos, 'Let Them Eat Tweets', dos cientistas políticos Jacob Hecker e Paul Pierson. O título —'Que Comam Tweets'— é uma brincadeira com o 'Que comam brioches', atribuído a Maria Antonieta."
[...] "O interessante na comparação com o caso brasileiro é que o plano 'A' de Bolsonaro já era o ataque à democracia. Os pobres que se divertissem com o conservadorismo por alguns meses, depois do golpe eles perderiam o direito ao voto e ninguém nunca mais voltaria a ouvir falar deles".
[...] "Podemos apostar, nesse cenário, que o populismo plutocrático de Bolsonaro/Guedes vai dar lugar a um populismo “puro-sangue” de conservadorismo moral e intervencionismo econômico? É um cenário possível".
[...] "De qualquer jeito, o populismo plutocrático de Bolsonaro e Guedes está em crise. Se o bolsonarismo pós-Guedes der errado, podemos ter uma crise econômica terrível. Se der certo, o golpismo pode voltar a qualquer momento. O equilíbrio promete ser difícil", conclui.


Desmonte continuado: Eletrobras vende maior parque eólico brasileiro por menos de 20% do que gastou na construção


Governo Bolsonaro se desfez do Complexo Eólico Campos Neutrais, considerado o maior da América Latina. Complexo implantando em 2011 foi vendido por 17% do valor investido na construção
Cinco usinas
Cinco usinas (Foto: Paulo Emílio)

Brasil de Fato - A Eletrobras vendeu o controle do Complexo Eólico Campos Neutrais – no qual investiu R$ 3,1 bilhões –, por R$ 500 milhões, à empresa Omega Energia. O valor arrecadado corresponde a 17% do gasto de construção da usina localizada no extremo sul do Brasil, na região de fronteira com o Uruguai
O complexo obteve, em 2017, lucro líquido de R$ 345 milhões. A denúncia é do Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul (Senge-RS). A entidade apresentou, em 2018, uma denúncia ao Ministério Público apontando a inconstitucionalidade do leilão dos Parques Eólicos do Complexo Campos Neutrais.
Considerado o maior complexo eólico da América Latina, Campos Neutrais foi inaugurado em 2011 e tem parques eólicos instalados nos municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí. No total, são 583 MW de capacidade instalada.
Os dados estão compilados em uma nota técnica formulada pelo Senge-RS para fundamentar a denúncia ao MP.
O sindicato critica ainda o fato dessa negociação ter ocorrido em plena pandemia do novo coronavírus, sem um debate com a sociedade.
Segundo o diretor do Senge, Luiz Alberto Schreiner, a empresa não tinha a necessária autorização do Legislativo para realizar a venda, uma vez que a Lei 10.848/2004 contém exclusão expressa da Eletrosul do Plano Nacional de Desestatização e a Medida Provisória 814/2017 que permitiria a privatização da Eletrobras foi derrotada.
Privatização
A venda dialoga com o projeto de privatização da Eletrobras, iniciado por Michel Temer (MDB) e encampado governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
A expectativa do mercado financeiro é de que a venda da estatal responsável pela energia elétrica brasileira gere entre R$ 12 bilhões e R$ 16 bilhões aos cofres públicos. Nos últimos dois anos, a empresa lucrou R$ 24 bilhões. Apenas no segundo trimestre de 2020, o lucro atingiu R$ 4,6 bilhões.
Fonte: Brasil 247


domingo, 16 de agosto de 2020

Filha de Queiroz repassava parte de salário para Bolsonaro em até 48 horas


Transações bancárias de Nathalia Queiroz indicam que encaminhamento era feito um ou dois dias após pagamento do salário
Coaf aponta que filha de Queiroz repassou 80% de salário na Câmara ao pai
Coaf aponta que filha de Queiroz repassou 80% de salário na Câmara ao pai (Foto: Reuters | Reprodução)

Jornal GGN – As operações bancárias de Nathalia Queiroz indicam como seus salários iam para a conta de seu pai, Fabrício Queiroz: enquanto esteve alocada no gabinete de Jair Bolsonaro, entre janeiro de 2017 e outubro de 2018, parte da remuneração era repassada um ou dois dias após o crédito em conta.
Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, a dinâmica era feita praticamente da mesma forma: a personal trainer recebia em conta no Banco do Brasil, transferia para sua conta no Itaú e, em seguida, repassava a maior parte para a conta de seu pai – 17 de 22 repasses feitos no período seguiram tal padrão.
Queiroz é apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) como operador financeiro do esquema de “rachadinha”. Os depósitos só foram interrompidos após o suposto vazamento sobre relatório do Coaf que citava a família no esquema.


Brasil tem queda histórica na desigualdade com auxílio emergencial


Proposto pela oposição ao governo Bolsonaro no Congresso Nacional, benefício de R$ 600 provocou a maior redução já captada nos índices que medem a desigualdade e abriu espaço para a discussão sobre renda básica universal no Brasil
Filas para recebimento do auxílio emergencial
Filas para recebimento do auxílio emergencial (Foto: Reprodução)

247 – O benefício de R$ 600 proposto pela oposição ao governo federal no Congresso Nacional, depois que Jair Bolsonaro e Paulo Guedes ofereceram apenas R$ 200, teve impacto significativo na redução das desigualdades no Brasil. É o que aponta reportagem da jornalista Cássia Almeida, publicada no jornal O Globo. "A injeção na economia de R$ 50 bilhões a cada mês por meio do auxílio emergencial para informais reduziu a pobreza e fez a desigualdade brasileira chegar a seu menor nível histórico, de acordo com cálculo inédito do sociólogo Rogério Barbosa, do Centro de Estudos da Metrópole da USP", escreve a jornalista.
"Foi uma queda (da desigualdade) sem precedentes. Se não houvesse o auxílio, todo o esforço redistributivo dos últimos 25 anos teria se perdido", diz o pesquisador Rogério Barbosa, sobre o auxílio que já beneficia 60 milhões de brasileiros – o que influiu nos índices de aprovação do governo federal. Entre os desempregados, a reprovação caiu nove pontos em relação a junho, de 43% para 34%. Já o apoio subiu 12 pontos, de 24% para 36%, no mesmo período.
A grande discussão hoje é como criar uma política de renda mínima, sem estourar os limites impostos pelo orçamento. "O governo gasta com o auxílio mais de 17 vezes o que transfere no programa Bolsa Família por mês. O valor do benefício aumentou e o número de pessoas atendidas também", aponta a reportagem.
"Barbosa calculou o impacto do auxílio emergencial no Índice de Gini, que varia de 0 a 1: quanto mais próximo de 1, maior a concentração.
Segundo o estudo, a queda no índice este ano foi superior à dos oito anos do governo Lula, período recente de maior redução da desigualdade. Caiu de 0,543 em 2019 para 0,492 em maio deste ano. Sem o auxílio, o Gini hoje seria de 0,569, comparável ao de 1970: 0,565", informa Cássia Almeida.


Agência russa "corrige" Folha e diz que maioria dos brasileiros considera Bolsonaro responsável pelas mortes por covid-19


Folha preferiu destacar que 47% isentam Jair Bolsonaro de responsabilidade, ao interpretar os dados do Datafolha
Presidente Jair Bolsonaro em Brasília 12/08/2020
Presidente Jair Bolsonaro em Brasília 12/08/2020 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Sputnik – A maior parte dos brasileiros acredita que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem responsabilidade pelas mortes por coronavírus no Brasil, aponta pesquisa do Datafolha.
Para 11%, o presidente é o principal culpado e outros 41% o consideram um dos culpados. Outros 47% acreditam que o presidente da República não tem nenhuma responsabilidade pelos óbitos.
Bolsonaro contrariou diversas vezes as recomendações de distanciamento social da Organização Mundial da Saúde (OMS) para participar de atos em defesa de seu governo e chegou a afirmar que a pandemia era uma "gripezinha".
Os que consideram seu governo ótimo ou bom têm maior chance de considerar que Bolsonaro não tem responsabilidade pelas mortes. Neste segmento, 80% avaliam que o presidente não tem culpa.
Já entre os que avaliam o governo como ruim ou péssimo, 86% afirmam que Bolsonaro tem responsabilidade nas mortes.
A pesquisa do Datafolha foi realizada por telefone com 2.065 brasileiros adultos entre os dias 11 e 12 de agosto e foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo. O mesmo levantamento indicou que Bolsonaro atingiu seu maior índice de aprovação desde o início de seu mandato.


Reinaldo diz que delação de Dario Messer atingiu a maior aliada da Lava Jato: a Globo


"Certamente a emissora não exibirá com exclusividade o vídeo em que o doleiro faz acusações à família. Não será considerado de interesse jornalístico", aponta o jornalista
Reinaldo Azevedo e Sergio Moro
Reinaldo Azevedo e Sergio Moro (Foto: reprodução | abr)

247 – O jornalista Reinaldo Azevedo escreve em sua coluna que a delação do doleiro Dario Messer, feita no Rio de Janeiro, produziu um dano colateral: atingiu a maior aliada da própria Lava Jato, que é a Globo. Isso porque Messer afirmou que fazia entregas mensais de cerca de US$ 300 mil aos irmãos Marinho, donos da emissora.
"Para pensar: todas as delações são gravadas. Certamente a emissora não exibirá com exclusividade o vídeo em que o doleiro faz acusações à família. Não será considerado de interesse jornalístico. Em sua busca por protagonismo, a Lava Jato atinge a sua principal aliada", escreveu Reinaldo.
"De resto, uma lição começa a se desenhar: quem flerta com o Estado policial e com práticas policialescas em nome do bem maior — o combate à corrupção ou a pureza divina, tanto faz — acaba entrando na fila da guilhotina. Quando menos da guilhotina de reputações. Hora de rever os critérios do jornalismo, das delações e das homologações. No Estado policial, não existem inocentes. Só culpados de ocasião", apontou.
No sábado, Jair Bolsonaro ironizou a Globo e pediu reportagem no Fantástico sobre a delação de Messer. Saiba mais sobre o caso e inscreva-se na TV 247