segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Com quase 110 mil mortes, governo Bolsonaro quer gastar R$ 155 milhões em propaganda sobre ações contra pandemia


Governo Bolsonaro, que não tem ministro da saúde e só fez propaganda de cloroquina, remédio não recomendado pela ciência, quer gastar esta quantia para divulgar suas supostas ações para conter as mortes, que já se aproximam de 110 mil
Bolsonaro mostrando uma caixa de cloroquina
Bolsonaro mostrando uma caixa de cloroquina (Foto: Reprodução)

Da revista Fórum A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência pediu ao Ministério da Economia a liberação de R$ 155,3 milhões fora do teto de gastos para fazer propaganda de ações do governo durante a pandemia.
De acordo com reportagem do jornal O Globo, a Secom afirma que recursos serão utilizados para divulgar as medidas adotadas pelo governo para garantir a saúde pública e para proteger a economia.
A secretaria também afirma que quer “combater a desinformação da sociedade e a disseminação de notícias alarmantes e mentirosas”. Orientações de prevenção ao coronavírus também serão disseminadas. Saiba mais sobre as mortes no Brasil:
Sputnik - O Brasil registrou 620 novas mortes pelo coronavírus nas últimas 24 horas, fazendo total de óbitos chegar a 107.852, segundo boletim do Ministério da Saúde divulgado neste domingo (16). 
A pasta confirmou 23.101 casos da COVID-19, com total de infectados pelo vírus alcançando 3.340.197.
Os números não se referem necessariamente às mortes ocorridas nas últimas 24 horas, mas à confirmação de óbitos causados pelo coronavírus nesse período. 
Segundo o ministério, a taxa de letalidade da doença é de 3,2%. Já a taxa de mortalidade (por 100.000 habitantes) é de 51,3, enquanto o índice de incidência (por 100.000 habitantes) é de 1589,5. 
O número de pessoas recuperadas, por sua vez, chegou a 2.432.456, enquanto 799.889 casos estão em avaliação. 
Apenas 67 municípios do país não têm casos
De acordo com consórcio de imprensa criado para acompanhar a evolução da doença, a média móvel de óbitos no Brasil nos últimos sete dias foi de 965, queda de 5% em relação aos dados registrados em 14 dias.
Já a média de novos casos foi de 43.495 por dia, diminuição de 3% em relação aos casos registrados em 14 dias.
Levantamento feito pela imprensa mostra que o Brasil tem apenas 67 municípios sem registro de casos confirmados da COVID-19. O número significa que 98,7% das cidades brasileiras têm casos da doença.


Prefeitura informa 31 novos casos e mais um óbito por Covid-19 em Arapongas



A Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste domingo (16/08) a ocorrência de 31 novos casos por coronavírus (Covid-19), dois pacientes curados e um registro de óbito pela doença. Agora o município chega a 2.498 casos, dos quais 1.790 já estão curados (71,7%), 642 ainda estão com a doença e 66, infelizmente, vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 14.494 testes. Sobre estes novos casos, a Secretaria de Saúde informa que:
- 66º óbito: Paciente do sexo feminino, com comorbidades, realizada coleta do exame dia 11/08, internada em leito de UTI dia 12/08, vindo a óbito dia 14/08, com resultado do exame positivo divulgado em 15/08. A Prefeitura de Arapongas, por meio da Secretaria de Saúde, se solidariza com os familiares;
- Entre os casos confirmados, 17 são do sexo feminino, com a respectivas idades: 29, 33, 39, 41, 42, 44, 46, 46, 49, 51, 61, 61, 62, 64, 67, 75 (óbito) e 82 anos. Do sexo masculino, foram diagnosticados 14 pacientes com as respectivas idades: 11, 18, 28, 28, 28, 32, 34, 45, 49, 60, 61, 69, 81 e 87 anos.
- Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, 13 permanecem na UTI e 04 na enfermaria;
- Referente aos leitos SUS hospitalares ocupados em Arapongas, existem 80% dos 20 leitos de UTI e 32,5% dos 40 leitos de enfermaria ocupados;
- A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.


Apucarana registra mais oito casos de Covid-19 neste domingo



Mais oito casos de Covid-19 foram confirmados em Apucarana neste domingo (16) pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS).  O município tem agora 852 registros da doença. São 23 óbitos e 91 suspeitas em investigação. O número de pessoas recuperadas chega a 658. Entre os novos diagnósticos está o de uma criança de cinco anos.
São sete resultados do Laboratório Central do Estado (Lacen), sendo quatro homens (71, 5, 43 e 37 anos) e três mulheres (27, 45 e 33 anos). O outro resultado veio de teste rápido: um homem de 30 anos. Todos estão em isolamento domiciliar.
O Pronto Atendimento do Coronavírus já atendeu presencialmente 7.182 pessoas desde o início da pandemia. O número de monitorados soma 1.048.
O município realizou até agora 8.692 testes, sendo 5.591 rápidos, 2.360 RT-PCR Lacen e 741 RT-PCR privado.
 

Lula usará relatório da PF para reforçar ação de R$ 100 mil por danos morais contra delegado que fez delação de Palocci


O relatório da Polícia Federal que desmascarou a farsa da delação do ex-ministro Antonio Palocci será usado para reforçar ação de Lula contra o delegado Felipe Pace que montou a delação divulgada ilegalmente por Moro e que teve papel decisivo no pleito de 2018
Lula e Palocci
Lula e Palocci (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reprodução)

247 - A defesa de Lula usará o relatório da Polícia Federal que desmascarou farsa da delação do ex-ministro Antonio Palocci para reforçar o processo de danos morais que o ex-presidente move contra o delegado Felipe Pace. Foi Pace quem capitaneou em Curitiba o acordo delação do ex-ministro assinado em 2018.  A Polícia Federal concluiu que as acusações feitas por Antonio Palocci e vazada pelo então juiz Sergio Moro às vésperas das eleições de 2018, sobre um suposto caixa milionário de propinas para Lula administrado pelo banqueiro André Esteves, do BTG, não têm provas e foram todas desmentidas pela investigação (leia aqui)
O delegado Marcelo Daher encerrou o inquérito afirmando que as informações dadas por Palocci em sua delação "parecem todas terem sido encontradas em pesquisas de internet", sem "acréscimo de elementos de corroboração, a não ser notícias de jornais". 
“O resultado dessa investigação da PF sobre a delação do Palocci é mais uma prova de que a defesa técnica que fizemos do ex-presidente estava na direção correta e que ele foi vítima de lawfare (perseguição judicial), inclusive, com impacto relevante nas eleições presidenciais de 2018”, disse o advogado de Lula, Cristiano Zanin à jornalista Bela Megale
Em 2016, os advogados de Lula entraram com um processo contra o delegado Felipe Pace, por danos morais, no valor de R$ 100 mil. A defesa questiona a atuação do delegado na investigação que mirou Palocci e Lula e que resultou no acordo de delação do ex-ministro.
O processo foi julgado improcedente pela 5ª. Vara Cível de São Bernardo do Campo, em 2018, e aguarda o julgamento da apelação pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
A defesa também estuda uma maneira de usar o relatório do BTG no pedido de suspeição do ex-juiz Sergio Moro, quanto ao processo do sítio de Atibaia (SP). A delação do Palocci é um dos fundamentos que embasam a ação que de Lula no Supremo Tribunal Federal sobre o assunto.


Dallagnol será julgado nesta terça e pode ser punido pelo MP pela primeira vez


Julgamento no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) pode resultar na punição do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba
Deltan Dallagnol
Deltan Dallagnol (Foto: Brasil 247)

247 - Por ter cometido irregularidades na condução da Operação Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol poderá sofrer punição após julgamento desta terça-feira (18) , no Conselho Nacional do Ministério Público. 
Três procedimentos envolvendo o chefe da Lava Jato em Curitiba estão pautados para a sessão do CNMP nesta terça-feira, entre eles um pedido de remoção por interesse público. 
O procurador chegou a recorrer ao Supremo Tribunal Federal para travar dois deles - ações disciplinares movidas por Renan Calheiros (MDB-AL) e Kátia Abreu (PP-TO) que envolvem publicação nas redes sociais e supostas atitudes de promoção pessoal. O terceiro tem relação com o powerpoint contra Lula.
Às vésperas do julgamento de Deltan, procuradores e promotores lançaram manifesto reagindo à possibilidade de punição e defendendo a "importância das garantias constitucionais da inamovibilidade e da independência funcional para o regular cumprimento das suas relevantes funções em defesa da sociedade", informa a coluna do Estadão.

Paulo Teixeira defende anulação da eleição presidencial de 2018 após uso de delação fraudada de Palocci por Moro


O ex-juiz Sérgio Moro vazou a delação a seis dias da eleição para ajudar a eleger Jair Bolsonaro e agora se sabe que a delação foi inventada
Deputado Paulo Teixeira (PT-SP)
Deputado Paulo Teixeira (PT-SP) (Foto: Rogério Tomaz)

247 – "A utilização da delação mentirosa de Palocci demonstra o desvio da Lava Jato, que se politizou, perseguiu Lula e utilizou está delação para prejudicar Haddad. Está aí a prova cabal para a anulação da condenação de Lula por Sérgio Moro e para anular a própria eleição de 2018", escreveu o deputado Paulo Teixeira, em suas redes sociais. 
O ex-juiz Sérgio Moro vazou a delação a seis dias da eleição para ajudar a eleger Jair Bolsonaro e agora se sabe que a delação foi inventada. À época, a delação falsa foi divulgada com estardalhaço pelo Jornal Nacional, como se pode ver no tweet abaixo.

Delação de Palocci, que Moro vazou antes da eleição, não tem provas, diz Polícia Federal


A Polícia Federal concluiu que a delação de Antonio Palocci, vazada pelo então juiz Sergio Moro às vésperas das eleições de 2018, não tem provas e foi desmentida pela investigação
(Foto: Ricardo Stuckert | Lula Marques | Reuters)

247 - A Polícia Federal concluiu que as acusações feitas por Antonio Palocci e vazada pelo então juiz Sergio Moro às vésperas das eleições de 2018, sobre um suposto caixa milionário de propinas para Lula administrado pelo banqueiro André Esteves, do BTG, não têm provas e foram todas desmentidas pela investigação. A informação é da jornalista Mõnica Bergamo.
De acordo com a PF, depoimentos de testemunhas e de delatores desmentiram a delação de Palocci, que ganhou prisão domiciliar, além de benefícios em seus processo em troca da delação.
O delegado Marcelo Daher encerrou o inquérito sem indiciar os acusados e afirmando que as informações dadas por Palocci em sua delação "parecem todas terem sido encontradas em pesquisas de internet", sem "acréscimo de elementos de corroboração, a não ser notícias de jornais".
Ainda segundo Daher, "as notícias jornalísticas, embora suficientes para iniciar o inquérito policial, parece que não foram corroboradas pelas provas produzidas, no sentido de dar continuidade à persecução penal".
Ele encaminhou o resultado ao Ministério Público Federal.



"Bolsonaro nunca gostou nem de pobre nem de trabalhar", afirma colunista da Folha


Em sua coluna na Folha de S.Paulo nesta segunda-feira, o sociólogo Celso Rocha de Barros questiona: "Teremos um populismo puro-sangue de conservadorismo moral e intervencionismo econômico?
Celso Rocha de Barros e Jair Bolsonaro
Celso Rocha de Barros e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Reuters)

247 - "Enquanto o golpe não voltar ao cardápio, não vai ter jeito: Bolsonaro vai ter que dar uma trabalhada pelos pobres, justo ele, que nunca gostou, nem de pobre, nem de trabalhar", escreve Celso Rocha de Barros.
Para pensar os dilemas atuais do bolsonarismo, pode ser útil ler um ótimo livro que saiu recentemente nos Estados Unidos, 
"Em vez de fazer concessões materiais aos pobres como a direita moderada, 'populistas plutocráticos' como Donald Trump tentam satisfazer o eleitorado pobre com conservadorismo moral, racismo, homofobia e teorias da conspiração, enquanto dão aos ricos os cortes de impostos insustentáveis que eles querem", escreve o sociólogo citando um livro que saiu recentemente nos Estados Unidos, 'Let Them Eat Tweets', dos cientistas políticos Jacob Hecker e Paul Pierson. O título —'Que Comam Tweets'— é uma brincadeira com o 'Que comam brioches', atribuído a Maria Antonieta."
[...] "O interessante na comparação com o caso brasileiro é que o plano 'A' de Bolsonaro já era o ataque à democracia. Os pobres que se divertissem com o conservadorismo por alguns meses, depois do golpe eles perderiam o direito ao voto e ninguém nunca mais voltaria a ouvir falar deles".
[...] "Podemos apostar, nesse cenário, que o populismo plutocrático de Bolsonaro/Guedes vai dar lugar a um populismo “puro-sangue” de conservadorismo moral e intervencionismo econômico? É um cenário possível".
[...] "De qualquer jeito, o populismo plutocrático de Bolsonaro e Guedes está em crise. Se o bolsonarismo pós-Guedes der errado, podemos ter uma crise econômica terrível. Se der certo, o golpismo pode voltar a qualquer momento. O equilíbrio promete ser difícil", conclui.


Desmonte continuado: Eletrobras vende maior parque eólico brasileiro por menos de 20% do que gastou na construção


Governo Bolsonaro se desfez do Complexo Eólico Campos Neutrais, considerado o maior da América Latina. Complexo implantando em 2011 foi vendido por 17% do valor investido na construção
Cinco usinas
Cinco usinas (Foto: Paulo Emílio)

Brasil de Fato - A Eletrobras vendeu o controle do Complexo Eólico Campos Neutrais – no qual investiu R$ 3,1 bilhões –, por R$ 500 milhões, à empresa Omega Energia. O valor arrecadado corresponde a 17% do gasto de construção da usina localizada no extremo sul do Brasil, na região de fronteira com o Uruguai
O complexo obteve, em 2017, lucro líquido de R$ 345 milhões. A denúncia é do Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul (Senge-RS). A entidade apresentou, em 2018, uma denúncia ao Ministério Público apontando a inconstitucionalidade do leilão dos Parques Eólicos do Complexo Campos Neutrais.
Considerado o maior complexo eólico da América Latina, Campos Neutrais foi inaugurado em 2011 e tem parques eólicos instalados nos municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí. No total, são 583 MW de capacidade instalada.
Os dados estão compilados em uma nota técnica formulada pelo Senge-RS para fundamentar a denúncia ao MP.
O sindicato critica ainda o fato dessa negociação ter ocorrido em plena pandemia do novo coronavírus, sem um debate com a sociedade.
Segundo o diretor do Senge, Luiz Alberto Schreiner, a empresa não tinha a necessária autorização do Legislativo para realizar a venda, uma vez que a Lei 10.848/2004 contém exclusão expressa da Eletrosul do Plano Nacional de Desestatização e a Medida Provisória 814/2017 que permitiria a privatização da Eletrobras foi derrotada.
Privatização
A venda dialoga com o projeto de privatização da Eletrobras, iniciado por Michel Temer (MDB) e encampado governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
A expectativa do mercado financeiro é de que a venda da estatal responsável pela energia elétrica brasileira gere entre R$ 12 bilhões e R$ 16 bilhões aos cofres públicos. Nos últimos dois anos, a empresa lucrou R$ 24 bilhões. Apenas no segundo trimestre de 2020, o lucro atingiu R$ 4,6 bilhões.
Fonte: Brasil 247


domingo, 16 de agosto de 2020

Filha de Queiroz repassava parte de salário para Bolsonaro em até 48 horas


Transações bancárias de Nathalia Queiroz indicam que encaminhamento era feito um ou dois dias após pagamento do salário
Coaf aponta que filha de Queiroz repassou 80% de salário na Câmara ao pai
Coaf aponta que filha de Queiroz repassou 80% de salário na Câmara ao pai (Foto: Reuters | Reprodução)

Jornal GGN – As operações bancárias de Nathalia Queiroz indicam como seus salários iam para a conta de seu pai, Fabrício Queiroz: enquanto esteve alocada no gabinete de Jair Bolsonaro, entre janeiro de 2017 e outubro de 2018, parte da remuneração era repassada um ou dois dias após o crédito em conta.
Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, a dinâmica era feita praticamente da mesma forma: a personal trainer recebia em conta no Banco do Brasil, transferia para sua conta no Itaú e, em seguida, repassava a maior parte para a conta de seu pai – 17 de 22 repasses feitos no período seguiram tal padrão.
Queiroz é apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) como operador financeiro do esquema de “rachadinha”. Os depósitos só foram interrompidos após o suposto vazamento sobre relatório do Coaf que citava a família no esquema.


Brasil tem queda histórica na desigualdade com auxílio emergencial


Proposto pela oposição ao governo Bolsonaro no Congresso Nacional, benefício de R$ 600 provocou a maior redução já captada nos índices que medem a desigualdade e abriu espaço para a discussão sobre renda básica universal no Brasil
Filas para recebimento do auxílio emergencial
Filas para recebimento do auxílio emergencial (Foto: Reprodução)

247 – O benefício de R$ 600 proposto pela oposição ao governo federal no Congresso Nacional, depois que Jair Bolsonaro e Paulo Guedes ofereceram apenas R$ 200, teve impacto significativo na redução das desigualdades no Brasil. É o que aponta reportagem da jornalista Cássia Almeida, publicada no jornal O Globo. "A injeção na economia de R$ 50 bilhões a cada mês por meio do auxílio emergencial para informais reduziu a pobreza e fez a desigualdade brasileira chegar a seu menor nível histórico, de acordo com cálculo inédito do sociólogo Rogério Barbosa, do Centro de Estudos da Metrópole da USP", escreve a jornalista.
"Foi uma queda (da desigualdade) sem precedentes. Se não houvesse o auxílio, todo o esforço redistributivo dos últimos 25 anos teria se perdido", diz o pesquisador Rogério Barbosa, sobre o auxílio que já beneficia 60 milhões de brasileiros – o que influiu nos índices de aprovação do governo federal. Entre os desempregados, a reprovação caiu nove pontos em relação a junho, de 43% para 34%. Já o apoio subiu 12 pontos, de 24% para 36%, no mesmo período.
A grande discussão hoje é como criar uma política de renda mínima, sem estourar os limites impostos pelo orçamento. "O governo gasta com o auxílio mais de 17 vezes o que transfere no programa Bolsa Família por mês. O valor do benefício aumentou e o número de pessoas atendidas também", aponta a reportagem.
"Barbosa calculou o impacto do auxílio emergencial no Índice de Gini, que varia de 0 a 1: quanto mais próximo de 1, maior a concentração.
Segundo o estudo, a queda no índice este ano foi superior à dos oito anos do governo Lula, período recente de maior redução da desigualdade. Caiu de 0,543 em 2019 para 0,492 em maio deste ano. Sem o auxílio, o Gini hoje seria de 0,569, comparável ao de 1970: 0,565", informa Cássia Almeida.


Agência russa "corrige" Folha e diz que maioria dos brasileiros considera Bolsonaro responsável pelas mortes por covid-19


Folha preferiu destacar que 47% isentam Jair Bolsonaro de responsabilidade, ao interpretar os dados do Datafolha
Presidente Jair Bolsonaro em Brasília 12/08/2020
Presidente Jair Bolsonaro em Brasília 12/08/2020 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Sputnik – A maior parte dos brasileiros acredita que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem responsabilidade pelas mortes por coronavírus no Brasil, aponta pesquisa do Datafolha.
Para 11%, o presidente é o principal culpado e outros 41% o consideram um dos culpados. Outros 47% acreditam que o presidente da República não tem nenhuma responsabilidade pelos óbitos.
Bolsonaro contrariou diversas vezes as recomendações de distanciamento social da Organização Mundial da Saúde (OMS) para participar de atos em defesa de seu governo e chegou a afirmar que a pandemia era uma "gripezinha".
Os que consideram seu governo ótimo ou bom têm maior chance de considerar que Bolsonaro não tem responsabilidade pelas mortes. Neste segmento, 80% avaliam que o presidente não tem culpa.
Já entre os que avaliam o governo como ruim ou péssimo, 86% afirmam que Bolsonaro tem responsabilidade nas mortes.
A pesquisa do Datafolha foi realizada por telefone com 2.065 brasileiros adultos entre os dias 11 e 12 de agosto e foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo. O mesmo levantamento indicou que Bolsonaro atingiu seu maior índice de aprovação desde o início de seu mandato.


Reinaldo diz que delação de Dario Messer atingiu a maior aliada da Lava Jato: a Globo


"Certamente a emissora não exibirá com exclusividade o vídeo em que o doleiro faz acusações à família. Não será considerado de interesse jornalístico", aponta o jornalista
Reinaldo Azevedo e Sergio Moro
Reinaldo Azevedo e Sergio Moro (Foto: reprodução | abr)

247 – O jornalista Reinaldo Azevedo escreve em sua coluna que a delação do doleiro Dario Messer, feita no Rio de Janeiro, produziu um dano colateral: atingiu a maior aliada da própria Lava Jato, que é a Globo. Isso porque Messer afirmou que fazia entregas mensais de cerca de US$ 300 mil aos irmãos Marinho, donos da emissora.
"Para pensar: todas as delações são gravadas. Certamente a emissora não exibirá com exclusividade o vídeo em que o doleiro faz acusações à família. Não será considerado de interesse jornalístico. Em sua busca por protagonismo, a Lava Jato atinge a sua principal aliada", escreveu Reinaldo.
"De resto, uma lição começa a se desenhar: quem flerta com o Estado policial e com práticas policialescas em nome do bem maior — o combate à corrupção ou a pureza divina, tanto faz — acaba entrando na fila da guilhotina. Quando menos da guilhotina de reputações. Hora de rever os critérios do jornalismo, das delações e das homologações. No Estado policial, não existem inocentes. Só culpados de ocasião", apontou.
No sábado, Jair Bolsonaro ironizou a Globo e pediu reportagem no Fantástico sobre a delação de Messer. Saiba mais sobre o caso e inscreva-se na TV 247



sábado, 15 de agosto de 2020

Lula: “temos todas as condições de tirar Bolsonaro da presidência em 2022”


Em entrevista exclusiva à TV 247, o ex-presidente Lula não se colocou como possível candidato do PT à presidência nas próximas eleições presidenciais, mas deixou em aberto a possibilidade, ao dizer que estará na “disputa em qualquer que seja a posição, de lateral direito à ponta esquerda, jogando para restabelecer a democracia no nosso querido País”. Assista
Lula e Jair Bolsonaro
Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABr)

247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista exclusiva à TV 247 na última terça-feira (11), não quis se colocar de forma explícita como possível candidato à presidência da República pelo PT em 2022. Apesar disto, afirmou que estará lutando pelo restabelecimento da democracia brasileira “em qualquer que seja a posição”.
“Eu já fui presidente da República, acho que eu já fiz coisas razoáveis, acho que poderia ter feito mais, e tudo depende da circunstância política. Eu estarei vivo, forte, com muita energia, com muita vontade de brigar, muita vontade de restabelecer a democracia nesse País. Eu estarei na disputa em qualquer que seja a posição, de lateral direito à ponta esquerda, eu estarei jogando para restabelecer a democracia no nosso querido País”, afirmou.
O ex-presidente ainda avaliou que existem todas as condições para que Jair Bolsonaro seja derrotado nas próximas eleições. Lula também negou que haja no Brasil um movimento antipestista. “Não existe antipestismo ou pró-petismo, o que existe são eleitores que se manifestam em função da proposta que você possa apresentar durante a campanha. As pessoas podem ser petistas ou não petistas, bolsonaristas ou não bolsonaristas, ser Fernando Henrique Cardoso ou não Fernando Henrique Cardoso, mas as pessoas são convencidas pelo momento, pela realidade, são convencidas pelas propostas, pelas ideias e sobretudo pela força de uma campanha. Eu estou convencido que nós temos todas as condições de tirar o Bolsonaro da presidência da República em 2022”. 

Julgamento no STF da suspeição de Moro

Questionado sobre suas expectativas acerca do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal do habeas corpus de sua defesa que pede a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, Lula afirmou estar confiante por uma decisão favorável da Corte, já que apresentou diversos elementos que provam sua inocência enquanto a acusação tenta arrumar algum indício de crime cometido por ele.
Lula ainda disse que o julgamento no STF será um importante episódio para a restauração da integridade do sistema de justiça do País. “O meu julgamento não é simplesmente um julgamento político de um processo normal. Eu acho que foi construída toda uma mentira desde o impeachment da Dilma até chegar a minha prisão. Eu hoje considero que repor a verdade é trabalhar para salvar as instituições jurídicas deste País, é preciso que a Polícia Federal funcione como uma instituição forte, que não minta nos inquéritos. É preciso que o Ministério Público volte a ser uma instituição de respeito da sociedade, e para isso é preciso que os próprios procuradores sérios que tem lá rejeitem o comportamento dessa quadrilha da força-tarefa. Estou consciente de que eu serei inocentado, porque eu já apresentei todas as provas da minha inocência e falta essas pessoas, que na minha opinião fazem parte de uma quadrilha dentro da justiça brasileira, prestarem informações à sociedade sobre os crimes que eu cometi”.

Inscreva-se na TV e assista à entrevista de Lula na íntegra:

Gilmar Mendes mantém Queiroz em prisão domiciliar


O ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou que Fabrício Queiroz e sua companheira Márcia Aguiar permaneçam em prisão domiciliar. Segundo o despacho de Gilmar, os fatos narrados não justificariam o cárcere do operador financeiro do clã Bolsonaro
Ministro Gilmar Mendes
Ministro Gilmar Mendes (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu habeas corpus a Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). O ex-PM permanecerá em prisão domiciliar.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que “um dos argumentos centrais do magistrado é o de que os fatos narrados para determinar a detenção, de 2018 e 2019,​ não têm atualidade e por isso não justificariam a permanência do PM aposentado no cárcere. Com isso, a decisão do ministro Felix Fischer, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que na quinta (13) determinou que Queiroz deixasse a prisão domiciliar e voltasse para o regime fechado, fica anulada.”
A matéria ainda acrescenta que “o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro já havia emitido mandado de prisão para o ex-assessor de Bolsonaro. Ele perde a validade.”


Bolsonaro diz que donos da Globo podem ter recebido R$ 1,75 bilhão do doleiro Dario Messer


Em guerra contra a emissora dos Marinho, Jair Bolsonaro calculou pagamentos de US$ 300 mil por mês durante trinta anos e chegou a este número
(Foto: Reprodução | PR)

247 – Enquanto o noticiário da Globo aponta os esquemas de corrupção de Jair Bolsonaro com a chamada "rachadinha" na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e no Congresso Nacional, com o desvio de recursos públicos que deveriam ser destinados a servidores públicos para pagamento de despesas pessoais do clã, o presidente tenta reagir na mesma moeda, acusando a Globo de ter recebido recursos lícitos do doleiro Dario Messer. Confira, abaixo, post de Bolsonaro e reportagem sobre a delação de Messer:


No acordo de delação premiada homologado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, Dario Messer, conhecido como o "doleiros dos doleiros" contou ao Ministério Público Federal do Rio que fez entregas regulares de dólares em espécie para a família Marinho, dona da Rede Globo. 
De acordo com reportagem da revista Veja, publicada nesta sexta-feira (14), Messer disse aos procuradores que a entrega dos pacotes de dinheiro acontecia dentro da sede da Rede Globo, no Jardim Botânico. "Messer diz que um funcionário de sua equipe entregava de duas a três vezes por mês quantias que oscilavam entre 50 000 e 300 000 dólares", diz a revista. 
Ao MPF-RJ, o doleiro não apresentou provas das acusações. Ele disse que as operações com a família Marinho se iniciaram nos 1990 e eram feitos por intermédio de Celso Barizon, supostamente gerente da conta da família no banco Safra de Nova York. 
Pelo acordo de delação premiada, Dario Messer se comprometeu a devolver aos cofres públicos cerca de R$ 1 bilhão. Ele ficará ainda com R$ 3 milhões e um apartamento no Leblon, no Rio de Janeiro. 
De acordo com o delator, a pessoa que recebia o dinheiro na Globo era um funcionário identificado por ele como José Aleixo. "O doleiro sustenta em depoimento que os destinatários do dinheiro seriam os irmãos Roberto Irineu (Presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo) e João Roberto Marinho (vice-presidente do Grupo Globo)", diz a Veja. 
Em nota à revista, a Rede Globo negou que Roberto Irineu e João Roberto Marinho nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior e nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades.