A
jornalista Mônica Bergamo apresentou no fim da noite desta terça, depois da
decisão do STF que devolveu a Lula as garantias fundamentais que lhe foram
negadas desde 2016, duas perguntas fundamentais para o futuro político do país.
Leia
Mônica Bergamo, Sérgio Moro, Jair Bolsonaro e Lula (Foto: Midia NINJA | Reuters | Ricardo Stuckert) |
247 - A jornalista Mônica Bergamo, uma das mais respeitadas do
país, lançou, no fim da noite desta terça-feira (4), depois do julgamento do
STF com a dupla vitória da defesa de Lula, as duas perguntas que interrogam o
país e seu sistema político-jurídico: “Moro era parcial, trabalhava contra o PT
A FAVOR DE BOLSONARO na eleição de 2018? Será?? Ou virou ministro de Bolsonaro
por acaso? Será?”.Nesta terça, a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal
restabeleceu as garantias fundamentais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, que lhes eram negadas desde 2016 (leia artigo de Aquiles Lins sobre o
tema). Resumiu assim o editor do 247:
“Nesta terça, a 2ª
Turma do STF autorizou Lula a ter acesso a todos os documentos usados no acordo
de leniência fechado pela Odebrecht com o Ministério Público Federal. A medida
vale para documentos dos Estados Unidos e da Suíça e permitirá finalmente à
defesa do ex-presidente acessar os sistemas de contabilidade Drousys e
MyWebDay, utilizados pela Odebrecht e que apenas os procuradores do MPF
tinham acesso.
A decisão, confirmada pelos ministros
Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, com voto contrário de Edson Fachin,
corrige uma aberração jurídica. Com base nestes sistemas, a Lava Jato acusou
Lula de ter recebido R$ 12 milhões em propina da Odebrecht para um terreno que
seria a sede do Instituto Lula.
O ex-presidente, entretanto, não podia
acessar os sistemas para se defender. Sua defesa argumentou que os procuradores
de Curitiba não usaram os arquivos originais, mas uma cópia cedida pela própria
Odebrecht, que pode ter adulterado os dados para sustentar sua acusação (sob
medida) contra Lula.
Moro usou delação de Palocci para agir
politicamente
Na segunda decisão
favorável ao ex-presidente Lula na 2ª Turma, os ministros Gilmar e Lewandowski,
com o voto contrário de Fachin, decidiram que a delação do ex-ministro Antonio
Palocci não pode ser utilizada nesta ação em que Lula é acusado de supostamente
receber R$ 12 milhões da Odebrecht.
É bom lembrar que a delação premiada de
Antonio Palocci foi firmada com a Polícia Federal e não com o Ministério
Público Federal. Os procuradores da Lava Jato, absolutamente insuspeitos de
ligação com o petismo, não encontraram provas das acusações de Palocci,
consideradas como um apanhado de denúncias já reveladas e concatenadas num enredo
factível.”
Veja o twitter de Mônica Bérgamo: