segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Pressionado, governo avalia estender auxílio emergencial até dezembro


O programa foi criado para durar três meses, em abril, maio e junho, mas foi prorrogado por dois meses, indo até agosto
(Foto: Agência Brasil)

247 - O Ministério da Economia avalia estender o auxílio emergencial até dezembro por estar sofrendo pressão política, informa matéria da Folha de S. Paulo. Com a crise econômica causada pela pandemia do coronavírus, muitas pessoas ficaram desempregadas e têm o auxílio como única renda para se manter.
O programa foi criado para durar três meses, em abril, maio e junho, mas foi prorrogado por dois meses, indo até agosto. O governo de Jair Bolsonaro, além de ter sido contra o prorrogamento, inicialmente era contra a medida, defendendo um valor de R$ 200 reais mensais.

Defesa de Lula pede acesso ao material da Spoofing após ex-Lava Jato obter mensagens da Vaza Jato


"O mesmo Estado que promove uma persecução penal contra o Paciente não pode negar à sua Defesa acesso a elementos que estão na sua esfera de disposição e que reforçam uma atuação ilegal e motivada de procuradores da República", argumentam os advogados do ex-presidente Lula
(Foto: Ricardo Stuckert)

247 - Os advogados do ex-presidente Lula, Cristiano e Valeska Zanin Martins, pediram nesta segunda-feira (3) acesso às mensagens da Vaza Jato obtidas pela Operação Spoofing, após a revelação de que a defesa do procurador Diogo Castor de Mattos obteve na Justiça mensagens e perícias feitas no material apreendido com os hackers de Araraquara. 
O fato de um ex-procurador da Lava Jato solicitar o uso das mensagens da Vaza Jato em processos judiciais reforça a veracidade do material, uma das muitas provas de conduta parcial e ilegal da força-tarefa contra o ex-presidente Lula.
O acesso aos dados da Vaza Jato foi concedido a Diogo Castor de Mattos, mas o ex-presidente Lula segue sem poder utilizar materiais da Operação Spoofing em sua defesa.
“O Estado não pode negar ao Paciente o acesso a elementos que estão sob sua posse e que reforçam teses defensivas. O mesmo Estado que promove uma persecução penal contra o Paciente não pode negar à sua Defesa acesso a elementos que estão na sua esfera de disposição – inclusive, os compartilhando seletivamente em diversos procedimentos – e que reforçam uma atuação ilegal e motivada de procuradores da República", afirmam os advogados de Lula na petição.
O requerimento da defesa do ex-presidente foi inserido dentro do Habeas Corpus no STF que pede a suspeição dos procuradores da Lava Jato de Curitiba.
Cabe ao ministro Edson Fachin autorizar o acesso, ou não, de Lula aos documentos.


Fábio Faria, ministro das Comunicações, articula paz entre Bolsonaro e Globo


Ministro das Comunicações, Fábio Farias (PSD-RN), vem articulando uma aproximação entre a família Marinho, dona da rede Globo, e Jair Bolsonaro. Nesta linha, ele já teria se encontrado reservadamente com o vice-presidente do Grupo Globo, João Roberto Marinho
(Foto: Agência Brasil | Marcos Oliveira/Agência Senado)

247 - O Ministro das Comunicações, Fábio Faias (PSD-RN), vem articulando uma aproximação entre a família Marinho, dona da rede Globo, e Jair Bolsonaro. Segundo reportagem do jornalista Daniel Castro, do site Notícias da TV, o titular da pasta, que é genro do apresentador e dono do SBT, Silvio Santos, teria se encontrado com o vice-presidente do Grupo Globo, João Roberto Marinho, há cerca de dez dias para tratar de assuntos ligados ao setor de radiodifusão e para tentar reduzir o clima de beligerância entre a emissora e  Bolsonaro. 
Nesta linha, a nomeação de Maximiliano Martinhão para a secretaria de Radiodifusão, formalizada na semana passada, foi vista como uma concessão à Globo. Ele é funcionário de carreira da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e foi secretário de Telecomunicações no governo Dilma Rousseff, além de ter tido sua indicação avalizada pelo ex-ministro Gilberto Kassab, também do PSD. 
A expectativa é que Martinhão – considerado um técnico possibilite a discussão de assuntos que interessam o setor, como a isonomia do mercado frente aos serviços de streaming, além de temas sensíveis que interessam tanto ao grupo Globo como outras emissoras. Um destes pontos, defendido veementemente pela Globo, é a participação de até 100% de capital estrangeiro na TV brasileira, hoje limitada a 30%. 
A renovação da concessão da emissora, em 2022,  também está no radar desta tentativa de aproximação, uma vez que Bolsonaro já ameaçou com a possibilidade de que a renovação não seja efetivada. 

PGR vai recorrer da decisão de Fachin para ter acesso aos dados da Lava Jato


Assessores de Aras afirmam que, assim que tiverem acesso à decisão de Fachin, vão apresentar um novo pedido para garantir o compartilhamento de dados da Lava Jato de Curitiba
Augusto Aras, Deltan Dallagnol e Polícia Federal
Augusto Aras, Deltan Dallagnol e Polícia Federal (Foto: Antonio Augusto/PGR | Reuters | ABr)

247 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai recorrer da decisão do ministro Edson Fachin e vai insistir no compartilhamento de dados do órgão com a força-tarefa da operação Lava Jato em Brasília. Segundo assessores de Augusto Aras, a PGR deve recorrer da decisão ainda nesta segunda-feira (3).
Fachin, que é relator da Lava Jato no STF, revogou uma liminar concedida durante o recesso do Judiciário pelo presidente Dias Toffoli, que determinava o compartilhamento de dados da operação em Curitiba, Rio e São Paulo com a PGR.
De acordo com reportagem do jornalista Valdo Cruz, do G1, assessores de Aras afirmam que, assim que tiverem acesso à decisão de Fachin, vão decidir se apresentam um novo recurso ou se apenas "reformam" o pedido inicial, que já tinha recebido decisão favorável de Toffoli.
Segundo os procuradores ouvidos por Valdo Cruz, no caso dos dados de Curitiba já existem três decisões anteriores da Justiça determinando que as informações fossem compartilhadas.
"Em relação a São Paulo e Rio, não há definições anteriores. Mas, no caso da força-tarefa em Curitiba, já foram tomadas decisões judiciais favoráveis ao compartilhamento. Por isso, entendemos que essa será uma questão a ser apenas esclarecida", disse um assessor de Augusto Aras, lembrando que uma das decisões foi tomada pelo então juiz Sergio Moro.
A decisão de Fachin tem efeitos retroativos, ou seja, vale para os dados que já foram copiados por técnicos da PGR enviados a Curitiba e Rio de Janeiro. “Pelo exposto, nos termos do art. 21, § 1°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento à Reclamação e, com integral efeito ex tunc, revogo a liminar deferida às fls. 139-151”.


PGR continuará coletando dados da Lava Jato até que seja intimada pela Justiça


Após decisão de Fachin que interrompe o compartilhamentos de dados entre a Lava Jato e a PGR, integrantes da Sppea, Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise da PGR, continuam na sede da força-tarefa de Curitiba coletando informações sobre a operação
Carlos Fernando Lima, Deltan Dallagnol e Januário Paludo
Carlos Fernando Lima, Deltan Dallagnol e Januário Paludo (Foto: Divulgação)
247 - Mesmo com a decisão do ministro do STF Edson Fachin de suspender o compartilhamento de dados entre a Lava Jato e a PGR, integrantes da Sppea - Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise da PGR - continuam na sede da força-tarefa de Curitiba coletando informações sobre a operação, informa Bela Megale, do jornal O Globo.
A Sppea somente irá parar a coleta de dados quando for intimada pela Justiça. A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai recorrer da decisão do ministro Edson Fachin
Técnicos da PGR já fazem o trabalho de coleta de dados há duas semanas, mas afirmam que ainda falta obter parte significativa do material. Levaria cerca de um mês, segundo técnicos, para colher todos os dados da força-tarefa.


Guerra no STF: Fachin derruba decisão de Toffoli e tenta blindar Lava Jato


Edson Fachin decidiu interromper o compartilhamento de dados entre a Lava Jato e a PGR. A determinação tem efeitos retroativos, ou seja, vale para os dados que já foram copiados por técnicos da PGR enviados a Curitiba e Rio de Janeiro
Dias Toffoli, Augusto Aras e Edson Fachin
Dias Toffoli, Augusto Aras e Edson Fachin (Foto: STF)

247 - O ministro do STF Edson Fachin determinou nesta segunda-feira (3) a derrubada da decisão do presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, que validava o compartilhamento de dados da força-tarefa da Lava Jato com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Fachin é relator de ação da PGR que questiona suposta ingerência dos procuradores da Lava Jato ao investigarem os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
A decisão de Fachin tem efeitos retroativos, ou seja, vale para os dados que já foram copiados por técnicos da PGR enviados a Curitiba e Rio de Janeiro. “Pelo exposto, nos termos do art. 21, § 1°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento à Reclamação e, com integral efeito ex tunc, revogo a liminar deferida às fls. 139-151”.


Obras de drenagem dão início na pavimentação do Parque Berté


Ao todo, será pavimentada uma área que soma cerca de 9 mil metros quadrados, com recursos de R$ 835 mil oriundos do pré-sal.

A empresa contratada pela Prefeitura iniciou nesta semana as obras de pavimentação do Parque Industrial Berté, localizado na região Norte da cidade. Nesta etapa, será colocada a tubulação da rede de drenagem, onde será necessário a implantação de um emissário para escoamento da água das chuvas com extensão de 720 metros.
O prefeito Junior da Femac esteve no local nesta segunda-feira (03/08), vistoriando os trabalhos. “É uma grande obra. O emissário vai conduzir toda a água das chuvas captadas nas ruas do parque industrial. Essa é a primeira parte da obra e depois virão as etapas seguintes do cronograma”, informa Junior da Femac.
De acordo com o prefeito, o investimento é de R$ 835 mil, feito com recursos oriundos do Governo Federal, que destinou aos municípios parte dos valores arrecadados com o leilão do pré-sal. “Quem gera emprego são as empresas, a indústria e o comércio. Temos respeito por todos que geram emprego, por isso na nossa gestão queremos dar condições para que as empresas trabalhem com dignidade”, ressalta.
Ao todo, será pavimentada uma área que soma cerca de 9 mil metros quadrados no Parque Industrial Danilo Berté, abrangendo as ruas Ouro, Prata, Antônio de Figueiredo Moraes e Sérgio Franco Bueno.
PACOTE DE OBRAS – O prefeito de Apucarana lembra que essa pavimentação integra um pacote de obras no valor de R$ 2 milhões, todas com recursos do pré-sal. “Quero agradecer à Câmara de Vereadores que aprovou o projeto, pois esse era um dos pré-requisitos para que pudéssemos aplicar os recursos”, ressalta Junior da Femac.
As demais obras deste pacote atenderão as regiões do Recanto Bom Retiro, e Núcleo Habitacional José Mercadante, além das ligações entre os núcleos habitacionais Dom Romeu Alberti e Marcos Freire e entre as ruas Oswaldo Cruz e Osório Ribas de Paula (via que fica em paralelo à linha férrea, na região da Vila Apucaraninha).


Servidores do Paraná devolvem R$ 6 milhões de auxílio recebido indevidamente

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De acordo com um balanço realizado pelo Ministério da Cidadania, 5.736 servidores do Paraná devolveram R$ 6,6 milhões do auxílio emergencial que foi recebido indevidamente do Governo Federal. O levantamento foi realizado entre os meses de maio e junho, numa parceria entre a CGU, o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) e a Controladoria-Geral do Estado (CGE-PR).

O balanço apontou que 15.522 servidores públicos ou pensionistas constavam como beneficiários do auxílio emergencial no Paraná. Desse total, 10.835 trabalham em prefeituras e 4.687 em órgãos da administração estadual. O montante total recebido era de R$ 10.707.600,00.
Os números consolidados em 23 de julho representam 62% do valor e 37% do total de supostos beneficiados irregularmente pelo programa apenas na administração pública do Paraná.

SERVIDORES DO PARANÁ RECEBEM AUXÍLIO EMERGENCIAL DE MANEIRA INDEVIDA

O auxílio emergencial deveria ser pago somente aos cidadãos que ficaram sem renda devido à necessidade de isolamento social durante a pandemia da Covid-19, como desempregados, trabalhadores informais, autônomos e microempreendedores.
Desde a primeira divulgação do levantamento, os três órgãos envolvidos no trabalho deixaram claro que nem todos os supostos beneficiários agiram de má-fé, solicitando espontaneamente o auxílio emergencial a que não teriam direito. O CGU reforça que ter ocorrido o depósito automático em contas de beneficiários de outros programas de transferência de renda do governo federal, como o Bolsa Família e ainda o uso indevido, por criminosos, de documentos dos servidores paranaenses.
Essas situações estão sendo investigadas pelo governo federal. Já os servidores que agiram de má-fé para receber dinheiro público indevidamente e não devolverem espontaneamente os valores podem responder a processo administrativo e também a processo criminal, pelos crimes de falsidade ideológica e estelionato. A troca de informações entre o TCE-PR e a CGU é resultado do Acordo de Cooperação Técnica nº 23/2019, assinado pelos dois órgãos em 6 de novembro do ano passado.
O Ministério da Cidadania criou um canal para a devolução de valores recebidos de forma indevida (acesse aqui). Nos casos em que o servidor suspeite que o seu CPF e dados pessoais foram utilizados de forma indevida para a obtenção do auxílio emergencial, ele deverá formular denúncia por meio do Fala.BR e informar essa situação à CGU-Regional/PR, por meio do e-mail cgupr@cgu.gov.br.
Fonte: Paraná Portal

Justiça Eleitoral começa a arquivar casos semelhantes aos que Moro usou para condenar e se projetar


Dos 78 casos de corrupção e caixa 3 que chegaram à segunda instância da Justiça Eleitoral, somente três resultaram em denúncias. No primeiro ano da Lava Jato foram aceitas 19 ações penais contra 89 réus. Primeira sentença foi proferida em apenas 7 meses por Sérgio Moro quando julgava os processos da operação
Sérgio Moro e fachada do TSE
Sérgio Moro e fachada do TSE (Foto: Reuters | Roberto Jayme/Ascom/TSE)

247 - Após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que a Justiça Eleitoral possui competência para julgar casos de lavagem de dinheiro e corrupção quando existirem indícios de caixa 2 em campanhas eleitorais, a segunda instância judicial já recebeu 78 processos do gênero. A celeridade das investigações, porém, é inferior à registrada pela Lava Jato que em seu primeiro ano de funcionamento aceitou 19 ações penais contra 89 réus, além de outras ações civis públicas envolvendo empreiteiras. 
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, apenas três denúncias foram aceitas e outras dez foram arquivadas do total de inquéritos encaminhados à Justiça Eleitoral em um ano e quatro meses. A maior parte dos processos derivam da Operação Lava Jato e ainda está na fase de investigação. A primeira sentença no âmbito da Lava Jato, porém, foi proferida pelo ex-juiz Sérgio Moro sete meses após a operação ter sido deflagrada. 
As ações que tiveram denúncias aceitas tramitam em São Paulo, Goiás e Rio Grande do Sul, ressalta a reportagem assinada pelos jornalistas Tulio Kruse e Bianca Gomes. Entre os inquéritos arquivados, total ou parcialmente, muitos ainda estavam na fase de investigação, incluindo quatro procedimentos que tramitam no segundo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal. 
Um dos processos mais recentes que estão sob responsabilidade da Justiça Eleitoral envolve o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), que virou réu pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e caixa 2 nas campanhas de 2010 e 2014. 
Nesta linha, o senador José Serra (PSDB-SP) também é investigado por supostos repasses de R$ 5 milhões por meio de caixa 2 para sua campanha em 2014.  As investigações, contudo, foram suspensas após uma decisão do presidente do STF, ministro Dias Toffoli. A suspensão é válida até que o relator das ações na Corte, ministro Gilmar Mendes, analise o caso. 
A defesa do parlamentar alegou a existência de “excesso e ilegalidade das medidas determinadas” pelo juiz de primeira instância que autorizou a operação que teve Serra como alvo e foi deflagrada pela Polícia Federal há cerca de duas semanas.


Acidente deixa 8 mortos e mais de 20 feridos na BR-277, no Paraná


Um engavetamento envolvendo mais de 20 veículos deixou oito pessoas mortas e 23 feridos na BR-277, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Uma queimada atrapalhou a visão de vários motoristas
Acidente envolve 20 veículos em São José dos Pinhais, no Paraná
Acidente envolve 20 veículos em São José dos Pinhais, no Paraná (Foto: Reprodução (Globo))

247 - Um engavetamento entre 22 veículos deixou oito pessoas mortas e pelo menos 23 feridas por volta das 22h30 de domingo (2), na BR-277, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A informação foi confirmada pelos bombeiros e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Sete vítimas morreram no local e uma delas morreu posteriormente, no Hospital Cajuru. 
Uma queimada atrapalhou a visão de vários motoristas. A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros.
Segundo o Coronel Prestes, que participou do atendimento às vítimas, o acidente envolveu 15 carros, cinco motocicletas, um carro da polícia militar e um caminhão. 

STF vai considerar fatos novos ao julgar suspeição de Moro, afirma desembargadora


De acordo com a desembargadora aposentada Kenarik Boujikian, ministros do STF deverão levar em consideração não apenas os aspectos legais do processo de Sérgio Moro contra Lula, mas todos os fatos surgidos a partir da divulgação de parte das conversas entre o ex-juiz e os procuradores da Lava Jato. “Acho que temos outros elementos agora para o julgamento”, disse ela
Deltan Dallagnol, Sérgio Moro e Kenarik Boujikian
Deltan Dallagnol, Sérgio Moro e Kenarik Boujikian (Foto: Reprodução)

Por Cida de Oliveira, da RBA A retomada do julgamento da suspeição do ex-juiz federal Sérgio Moro na condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, previsto para este segundo semestre no Supremo Tribunal Federal (STF), deverá ocorrer em um contexto diferente daquele em que a Lava Jato mandava e desmandava. E os ministros deverão levar em consideração não apenas os aspectos legais do processo, mas todos os fatos surgidos a partir da divulgação de parte das conversas entre Moro e os procuradores da operação, como Deltan Dallagnol, e também o esvaziamento da operação pelo Ministério Público Federal. A expectativa é da desembargadora aposentada Kenarik Boujikian.
“Acho que temos outros elementos agora para o julgamento. O STF é guardião da Constituição e esperamos que a instituição possa respeitar o projeto democrático. E creio até que os dois ministros que votaram contra a suspeição possam voltar atrás em seus votos, já que não tinham conhecimento de todos esses fatos”, disse Kenarik em entrevista às jornalistas Talita Galli e Nina Fidelis durante o Mutirão Lula Livre, realizado neste sábado (1º).
No final de 2018, os ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia votaram contra a suspeição de Moro, pedida pela defesa do ex-presidente por meio de um habeas corpus. Gilmar Mendes pediu vista do processo, interrompendo o julgamento desde então. Além dele, faltam votar Ricardo Lewandowski e Celso de Mello, que se aposenta em novembro. Em entrevistas recentes, Gilmar tem afirmado que pretende julgar a ação antes da aposentadoria de Celso de Mello.
Demora no julgamento
Kenarik criticou a demora no julgamento da ação, impetrada em 2018. E destacou que norma constitucional de direitos fundamentais estabelece que todo processo tem de ter prazo razoável para o julgamento, dando prioridade para habeas corpus. Além disso, o regimento do STF prevê que o processo tem de ser devolvido. “Já não é sem tempo de o Supremo tomar as rédeas dessa situação e colocar em julgamento, dando um feixe de luz para todos os juízes do Brasil e para a população sobre o sentido do que é a imparcialidade. Quando há um juiz imparcial, não temos um julgamento, mas uma fraude”.
Ela lembrou que os métodos da Lava Jato e de Sérgio Moro, expostos pelo The Intercept em parceria com outros órgãos de imprensa, não deixou dúvidas sobre a parcialidade do então juiz. Tanto que uma pesquisa da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), em 2019, revelou que o fato mais lembrado pela população em relação ao Judiciário foi o vazamento das conversas, que revelava a imparcialidade do juiz que atuava não como magistrado, mas como “parte interessada do processo”. “Antes nem se imaginava, ninguém imaginaria uma coisa desta ordem. Eu fiquei perplexa, não esperava. Da mesma forma a população. Com certeza, esses fatos todos estão agora postos ao Judiciário”.
A edição deste sábado do Mutirão Lula Livre contou ainda com Pedro Serrano, Fernando Haddad, Sonia Guajajara, Flávio Dino, Tereza Cruvinel, Bia Barbosa, Rafaela Pacheco, Monja Cohen e Ariovaldo Ramos.

Fonte: Brasil 247


PSDB agora vê excessos na Lava Jato e decide não punir nem Alckmin nem Serra, acusados de corrupção


Presidente da legenda, Bruno Araújo, diz que os dois ex-governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin e José Serra, que foram denunciados por esquemas de corrupção, caixa dois e lavagem de dinheiro, gozam de plena confiança do partido
José Serra e Geraldo Alckmin
José Serra e Geraldo Alckmin (Foto: Pedro França/Agência Senado | GOVSP)

247 – Depois de discutir a expulsão do deputado Aécio Neves (PSDB-MG), após a revelação de sua participação no esquema JBS, o PSDB mudou sua postura em relação à corrupção e não fará nada em relação a dois ex-governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin e José Serra, que foram denunciados em esquemas de corrupção, caixa dois e lavagem de dinheiro.
"Assistir Geraldo Alckmin ser denunciado por corrupção é um sinal perigoso e de desalento daqueles que querem fazer vida pública. Há um conceito muito consistente da honradez de Geraldo Alckmin na relação com dinheiro público", disse o presidente do partido, Bruno Araújo, em entrevista ao jornalista Pedro Venceslau, publicada no Estado de S. Paulo. "O Serra tem de nós toda a confiança", afirmou ainda Araújo.
Na entrevista, Araújo disse ser contra o impeachment, revela ter votado em Jair Bolsonaro em 2018 e disse não saber o que faria em caso de um novo segundo turno entre bolsonarismo e petismo, em 2022. 
Em investigações recentes, Serra e sua filha Verônica foram denunciados por lavagem internacional de dinheiro. Alckmin, por sua vez, foi indiciado por lavagem, caixa dois e corrupção.

Oposição fala em cassar chapa Bolsonaro/Mourão após reportagem sobre gabinete do ódio


Fantástico revelou que estrutura para propagação de mentiras funcionava dentro do Palácio do Planalto, o que, segundo o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), é motivo para a cassação

247 – A revelação de que a máquina de mentiras do bolsonarismo, feita pelo Fantástico, funciona dentro do Palácio do Planalto é motivo suficiente para a cassação da chapa Bolsonaro/Mourão, avaliam líderes da oposição. "Matéria do Fantástico apresenta provas do Facebook, de que o gabinete do ódio funcionava dentro do Planalto e que as fake news foram difundidas nas eleições de 2018 por Bolsonaro. Isso caracteriza crime de responsabilidade e são provas suficientes para a cassação da chapa", aponta o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
"Fake news não é liberdade de expressão. É um crime que Bolsonaro transformou em política de governo p/ viabilizar seu projeto golpista. O alvo não é a oposição, é a democracia. É urgente que a Justiça autorize a quebra dos sigilos fiscais e telefônicos desse bando", reforçou Marcelo Freixo (Psol-RJ).
"Fantástico.Reportagem c/testemunho do diretor do Facebook aponta que Bolsonaro é o chefe da fábrica de difamação e fake news.Eduardo,Flávio, Tércio Arnaud e/assessores pagos c/$ público multiplicam mentiras.São crimes para cassar a chapa Bolsonaro/Mourão e prender estes criminosos", disse ainda Ivan Valente (Psol-SP). Saiba mais sobre o esquema:
Revista Fórum - O programa Fantástico, da Globo, veiculou em sua edição da noite deste domingo (2) uma longa reportagem mostrando detalhes sobre a investigação do Facebook que derrubou páginas de assessores próximos à família Bolsonaro que são utilizadas para disseminar fake news e promover ataques contra adversários.
Durante a exibição da matéria, o programa procurou evidenciar a proximidade entre assessores que se fingiam de “jornalistas” com o presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e deputados bolsonaristas.
No dia 8 de julho, o Facebook derrubou uma rede de distribuição de fake news e perfis falsos ligada aos gabinetes de Jair Bolsonaro, do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e dos deputados estaduais bolsonaristas Anderson Moraes (PSL-RJ) e Alana Passos (PSL-RJ). Todos tiveram destaque na matéria do Fantástico.


Para OMS, Brasil está longe de superar a pandemia


A situação do coronavírus no Brasil “continua muito preocupante” e “o caminho à frente é longo e exige forte compromisso”, disse nesta segunda Michael Ryan, diretor-executivo da OMS
Pessoas com máscaras faciais no comércio popular de São Paulo
Pessoas com máscaras faciais no comércio popular de São Paulo (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

247- A Organização Mundial da Saúde olha com preocupação o desempenho do Brasil no combate à Covid-19. Segundo, Michael Ryan, diretor-executivo da OMS, a situação do coronavírus no Brasil “continua muito preocupante” e “o caminho à frente é longo e exige forte compromisso”. 
Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, o país registrou 301 novos casos por 100 mil habitantes nas duas semanas encerradas nesta segunda (3), um aumento de 123% sobre os 134,4 novos casos/100 mil habitantes da quinzena que terminou em 3 de junho.
“É preciso criar condições para que a doença não se espalhe tão rapidamente, dar estrutura para que as comunidades possam seguir as regras e cada pessoa reduza sua própria exposição ao contágio”, acrescentou o membro da OMS. 


Nassif antecipa pacto para enterrar Lava Jato e reconstruir a política no Brasil


Jornalista aponta que todos os excessos da justiça seletiva, que abriu espaço para a ascensão do bolsonarismo, serão atribuídos à República de Curitiba, poupando-se os tribunais superiores e os meios de comunicação
Luis Nassif, Sérgio Moro e Deltan Dallagnol
Luis Nassif, Sérgio Moro e Deltan Dallagnol (Foto: Brasil 247 | Reuters | ABr)

247 – O jornalista Luis Nassif, editor do GGN, afirma, em sua coluna, que está surgindo um novo pacto nacional para isolar a Lava Jato e reconstruir a política no Brasil. "Assim como no fim da ditadura, esboça-se atualmente um novo pacto de anistia.  É relevante por duas coisas: por explicitar a ansiedade dos pactuadores em superar rapidamente o clima irrespirável do momento; mas por se saber claramente, hoje em dia, os resultados de sair dos períodos de exceção sem uma justiça de transição, sem punição – ainda que meramente moral -, uma autocrítica, um pedido público de desculpas pelo mal que causaram, abrindo espaço para a ascensão das bestas do Apocalipse na condução do país", afirma. 
Nassif listou quais seriam os pontos deste pacto:
* Atribuam-se todos os abusos do período à Lava Jato Curitiba, ao brilho inexcedível de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, que conseguiram ludibriar mídia, Supremo, tribunais superiores.
* Considerem-se todos os escorregões do STF como fruto da ação incomparavelmente maliciosa de Moro explorando a boa fé de Ministros ingênuos (levante alguns casos irrelevantes, em que decisões de Moro foram reformadas, para defender a ação isenta do Supremo no período).
* Atribua a adesão incondicional da mídia à Lava Jato como reflexo legítimo da indignação com a corrupção, mesmo que tenha feito a divisão entre os corruptos do lado de lá e os do lado de cá, e poupado os amigos.
* Esqueça que todos os abusos da Lava Jato foram testemunhados por repórteres setoristas, alocados em tempo integral da operação e que esconderam as torturas infligidas a presos, as retaliações contra delegados que reagiram contra as ilegalidades. Diga que foi a astúcia incomparável de Moro que permitiu levar a mídia no bico e todos se beneficiaram profissionalmente da parceria por idealismo desprendido.
O jornalista também afirma que "foi essa guerra política irresponsável, essa exploração do ódio, do direito penal do inimigo que levou o Brasil ao ponto mais baixo da degradação moral, com a eleição e, mais do que isso, a contemporização com a presidência de Jair Bolsonaro".


OMS: "talvez nunca exista" uma vacina contra o coronavírus


Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, afirmou nesta segunda-feira: “no momento, há imunizações [de vacinas] na última fase de testes, mas existe a possibilidade de que nenhuma dessas ofereça proteção da forma esperada”
Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante entrevista coletiva em Genebra


Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante entrevista coletiva em Genebra (Foto: REUTERS/Denis Balibouse)



247 - A Organização Mundial da Saúde (OMS) age com cautela e até ceticismo quanto às vacinas para imunização em massa contra a Covid-19. Segundo reportagem do jornal Estado de S.Paulo, o diretor-geral da Organização Mundial Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta segunda-feira (3) que uma vacina ou cura para a covid-19 podem não se tornar realidade.

“Não existe bala de prata no momento e talvez nunca exista. Há imunizações na última fase de testes, mas existe a possibilidade de que nenhuma dessas ofereça proteção da forma esperada”, ressaltou o diretor-geral. 
A reportagem acrescenta que, segundo a organização, são 25 vacinas já sendo testadas em seres humanos, sendo 6 delas na chamada fase 3 - os últimos ensaios antes da conclusão.
“Há preocupação de que talvez não tenhamos uma vacina que funcione. Ou que a proteção oferecida possa durar apenas alguns meses, nada mais”. No entanto, Ghebreyesus disse que ainda existe esperança e que os estudos estão sendo desenvolvidos a uma velocidade sem precedentes.

Fantástico expõe em detalhes como opera o gabinete do ódio bolsonarista punido pelo Facebook (assista)


Programa da Globo fez questão de destacar que as informações coletadas pelo Facebook de contas de assessores próximos à família Bolsonaro podem ser adicionadas às ações do STF que pedem a sua cassação
(Foto: Reuters | Reprodução/Fantástico)

Fórum e 247 - O programa Fantástico, da Globo, veiculou em sua edição da noite deste domingo (2) uma longa reportagem mostrando detalhes sobre a investigação do Facebook que derrubou páginas de assessores próximos à família Bolsonaro que são utilizadas para disseminar fake news e promover ataques contra adversários.
Assista a reportagem AQUI.
Durante a exibição da matéria, o programa procurou evidenciar a proximidade entre assessores que se fingiam de “jornalistas” com o presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e deputados bolsonaristas.
No dia 8 de julho, o Facebook derrubou uma rede de distribuição de fake news e perfis falsos ligada aos gabinetes de Jair Bolsonaro, do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e dos deputados estaduais bolsonaristas Anderson Moraes (PSL-RJ) e Alana Passos (PSL-RJ). Todos tiveram destaque na matéria do Fantástico.
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