sexta-feira, 31 de julho de 2020

“Está na senzala”: Marinho desabafa após fala racista de comentarista


Comentarista Fábio Benedetti, da rádio Energia 97, fez o comentário após Marinho ter sido expulso. Benedetti publicou uma mensagem se desculpando
(Foto: Divulgação)

Metrópoles - Marinho, do Santos, desabafou em suas redes sociais ao tomar conhecimento do comentário racista feito pelo comentarista Fábio Benedetti, da rádio Energia 97. Após o jogador ter sido expulso na derrota do Santos por 3 x 1 para a Ponte Preta, Benedetti afirmou que Marinho estaria “na senzala”.
“O momento não é dos melhores! Essa foto mostra minha filha Alícia, negra como eu, cabelo black ou trança, nada esconde quem somos, ser humano igual a qualquer outro, e ontem um rapaz aí, após minha expulsão, acabou falando pra eu voltar pra senzala!”, iniciou.


“Mandar amigos me chamarem não prova pra mim que você é diferente. Eu te perdoo e perdoei por mensagem no Insta, porém o tom de deboche ao falar que eu tinha que ir pra senzala não pegou bem. Tenho orgulho da minha cor, orgulho de onde vim. Você é pai e ensine teus filhos a serem diferentes de você em pensamento!”, exigiu, emocionado.
Também em seu Instagram, Benedetti publicou uma mensagem se desculpando. “”Estou aqui para pedir minhas sinceras desculpas pelo comentário infeliz que fiz em relação ao Marinho. Sou e sempre fui contra qualquer tipo de discriminação, e lamento muito. Não tive a intenção de ofender ninguém”, disse.



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Carta Capital declara apoio à candidatura de Guilherme Boulos em São Paulo


Revista semanal destacou "apoio irrestrito" à pré-candidatura do PSOL à Prefeitura de São Paulo. "A chapa dos candidatos do PSOL ao comando da maior cidade do Brasil está alinhada com as convicções de CartaCapital", disse
Guilherme Boulos
Guilherme Boulos (Foto: Brasil 247 | Reprodução)

247 - O ex-presidenciável e coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, ganhou apoio da Carta Capital em sua candidatura à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL. Na reportagem, a revista semanal reforçou o seu "apoio irrestrito a quem sabe que o futuro bem encaminhado passa pela demolição da casa-grande".
A edição desta semana traz a seguinte chamada na capa: "candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo com apoio desta publicação, o coordenador do MTST sabe que a igualdade e, portanto, a democracia só serão possíveis no Brasil com a derrubada da casa-grande".
"De sorte a concluir que a chapa dos candidatos do PSOL ao comando da maior cidade do Brasil está alinhada com as convicções de CartaCapital", destaca a matéria. "Merecerá, portanto, o apoio desta publicação na eleição de novembro próximo, apoio irrestrito a quem sabe que o futuro bem encaminhado passa pela demolição da casa-grande. O confronto é aparentemente inevitável, o obstáculo não será removido a não ser pela força, se necessário", acrescenta. 
O texto aponta ainda: "a esquerda brasileira oscila entre a ingenuidade e a covardia. É a opinião de Guilherme Boulos, candidato à prefeitura de São Paulo, acompanhado por Luiza Erundina, sua vice na chapa".
"A ideia é forte e se refere àqueles que se dizem esquerdistas, mas ainda confiam na conciliação com a direita. Uns acham que a situação tomará um rumo natural em um país leniente e disposto a aceitar arreglos. Outros vão além, enxergam em Bolsonaro uma etapa passageira que o próprio tempo se encarregará de corrigir", diz outro trecho.


Facebook afronta Alexandre Moraes e mantém no ar perfis de bolsonaristas fora do Brasil


O Facebook anunciou nesta sexta-feira que não vai cumprir a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, para tirar do ar internacionalmente os perfis de bolsonaristas que foram alvos do inquérito das fake news. Empresa já foi punida por desrespeito a leis em várias situações
(Foto: Reuters | STF)

247 - Numa afronta ao Judiciário brasileiro, o Facebook informou nesta sexta-feira (31) que não irá cumprir a determinação direta do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. O ministro do STF determinou ao Facebook o bloqueio internacional de perfis bolsonaristas e de extrema direita que são alvos do inquérito que apura a disseminação de fake news e ameaças contra os membros da Corte. 
A empresa disse que manterá os perfis em atividade até que o caso seja julgado pelo plenário do STF. Empresa já foi punida por desrespeito a leis em várias situações.
Confrontando uma decisão direta da Corte, a empresa afirmou em nota, no entanto, que "respeita" as leis do Brasil e de outros países: "Respeitamos as leis dos países em que atuamos. Estamos recorrendo ao STF contra a decisão de bloqueio global de contas, considerando que a lei brasileira reconhece limites à sua jurisdição e a legitimidade de outras jurisdições".
A nota do Facebook contradiz o hitórico da empresa. Em diferentes situações, a empresa de Mark Zuckerberg foi obrigada a pagar multas milionárias por conta de uso indevido da tecnologia de reconhecimento facial, compartilhamento de dados pessoais de seus usuários, falta de colaboração em investigações sobre desvios de verbas, entre outros motivos 
Segundo reportagem da coluna Painel, da Folha de S. Paulo, o Facebook avalia que o bloqueio internacional de perfis por meio de instâncias locais como o STF poderia resultar em precedentes prejudiciais ao funcionamento da rede social. A empresa, porém, retirou do ar o funcionamento dos perfis no Brasil desde a semana passada.
Entre os que perfis que foram atingidos pela decisão de Moraes estão o da militante bolsonarista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, o do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), dos empresários Luciano Hang (dono da rede varejista da Havan) e Edgard Corona (dono da rede de academias Smart Fit), além do blogueiro Allan dos Santos, entre outros. 


Bolsonaro elogia ditador Médici e volta a fazer propaganda da cloroquina


Durante visita a uma escola em Bagé, no Rio Grande do Sul, Bolsonaro elogiou Emílio Médici, que comandou o país durante o período de maior repressão da ditadura militar
(Foto: Alan Santos/PR)

247 - Jair Bolsonaro está em Bagé, na Região da Fronteira do Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira (31), para participar do lançamento de um condomínio popular construído com recursos federais. 
Durante visita a uma escola, Bolsonaro elogiou o terceiro ditador a comandar o Brasil durante o regime militar, Emílio Garrastazu Médici, que nasceu na cidade e comandou o país durante o período de maior repressão da ditadura militar, com tortura e morte dos que lutavam contra a ditadura, além da censura à imprensa e cerceamento das liberdades individuais e de pensamento.
“É daqui o Médici, o homem que pegou o Brasil nos momentos mais difíceis, onde alguns lutavam para tomar o poder a qualquer preço. Não conseguiram”, afirmou.
Bolsonaro voltou a fazer propaganda da cloroquina Ao desembargar, enquanto interagia com um grupo de apoiadores que gritavam “mito”, ele tirou a caixa do medicamento do bolso e a ergueu, provocando ainda mais gritos.
O medicamento não tem eficácia comprovada contra a doença, segundo diversos estudos científicos, mas Bolsoanro insiste em propagar o medicamento.


Bolsonaro é diagnosticado com infecção no pulmão, mas mantém agenda de viagens


Apesar da infecção e da dita fraqueza, Bolsonaro manteve a agenda de viagens que havia prometido fazer quando ainda estava em isolamento. Segundo o jurista Marcelo Uchoa, ele comete crime de responsabilidade mais uma vez
(Campo Alegre de Lourdes - BA, 30/07/2020) Presidente da República, Jair Bolsonaro, participa da cerimônia alusiva ao Acionamento do Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Campo Alegre de Lourdes - BA.
(Campo Alegre de Lourdes - BA, 30/07/2020) Presidente da República, Jair Bolsonaro, participa da cerimônia alusiva ao Acionamento do Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Campo Alegre de Lourdes - BA. (Foto: Alan Santos /PR)

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro está com uma infecção no pulmão, como ele mesmo indicou em uma live na noite de quinta-feira, e tomando antibióticos para controlá-la, mas manteve nessa sexta-feira a agenda de viagem para Bagé (RS).
De acordo com uma fonte ouvida pela Reuters, os médicos que acompanham o presidente não relacionaram a infecção pulmonar com a Covid-19. Bolsonaro, que se contaminou com a doença no início do mês, ficou três semanas no Palácio da Alvorada e informou no sábado que seu último teste havia negativado para o coronavírus.
No entanto, depois de uma semana de volta à agenda normal, o presidente disse ontem em sua live semanal que sentiu uma “fraqueza” e o resultado dos exames mostrou uma infecção.
“Acabei de fazer um exame de sangue, né, estava com um pouco de fraqueza ontem, acharam até um pouco de infecção também. Estou agora no antibiótico, deve ser... agora depois de 20 dias dentro de casa, a gente pega outros problemas. Eu peguei mofo, mofo no pulmão”, disse.
Esta semana, Bolsonaro foi duas vezes ao Hospital das Forças Armadas em Brasília, onde costuma se tratar. Na segunda-feira, foi no início da noite fazer exames, de acordo com sua assessoria.
Na quarta à tarde, depois de uma cerimônia no Palácio do Planalto, foi com a primeira-dama, Michelle, que fez o exame para Covid-19, cujo resultado positivo foi revelado ontem. Na ocasião, Bolsonaro também foi examinado e foi receitado um antibiótico.
Apesar da infecção e da dita fraqueza, Bolsonaro manteve a agenda de viagens que havia prometido fazer quando ainda estava em isolamento. Na quinta foi a inauguração de uma adutora da transposição do rio São Francisco, na Bahia, e visitou o parque da Serra da Capivara, no Piauí.
Nesta sexta-feira, Bolsonaro está em Bagé, no sul do Rio Grande do Sul, enquanto o Estado enfrenta uma onda de frio.
De acordo com o jurista Marcelo Uchoa, Bolsonaro comete crime de responsabilidade, ao viajar em tais condições: 

Confira:

Força-tarefa da Lava Jato vai ao STF para não fornecer informações ao chefe


Num gesto inédito de insubordinação, os procuradores de Curitiba foram ao Supremo Tribunal Federal para não abrir os dados ao procurador-geral Augusto Aras, que disse que 38 mil brasileiros estão sendo monitorados
(Foto: Agência Senado | ABr)

BRASÍLIA (Reuters) - A Força-Tarefa da operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro entrou com um pedido para que o Supremo Tribunal Federal (STF) reveja a decisão do presidente da corte, Dias Toffoli, de garantir à Procuradoria-Geral da República o acesso a toda a base de dados das forças-tarefas da investigação do Rio, de  São Paulo e de Curitiba, inclusive as informações sigilosas
O recurso, que corre sob segredo de Justiça no STF e foi obtido pela Reuters na quinta-feira à noite, pede que uma reconsideração da decisão de Toffoli. Os procuradores requerem, de forma subsidiária, que os documentos permaneçam lacrados até que o plenário do Supremo decida se mantém ou cassa a liminar dada por Toffoli “a fim de evitar a irreversibilidade da medida”.
A divulgação do pedido ocorre no momento de forte tensão entre o procurador-geral da República, Augusto Aras, e a força-tarefa da Lava Jato. Em videoconferência na terça-feira, sem apresentar provas, Aras insinuou que a Lava Jato de Curitiba manteria informações fora do sistema do MPF e afirmou que não se pode haver “caixas de segredos”.
Os procuradores do grupo de Curitiba, contudo, rebateram o procurador-geral em nota. “A ilação de que há ‘caixas de segredos’ no trabalho dos procuradores da República é falsa, assim como a alegação de que haveria milhares de documentos ocultos”, disseram.
CONTROLE
No recurso ao STF, a Força-Tarefa do Rio argumentou que o “acesso indiscriminado” a elementos de prova ofende gravemente direitos individuais, diminui o controle sobre quem conhece as investigações e aumenta as chances de vazamento, o que pode levar até a “antecipação dos investigados na destruição ou ocultação de elementos probatórios”.
Os procuradores citam ainda que a liminar de Toffoli foi dada durante o recesso forense. Eles contestaram a alegação de “resistência” ao compartilhamento de informações feita por um auxiliar de Aras para justificar a medida do Supremo e que não há um “dever indistinto” de se compartilhar informações entre membros e órgãos do MPF sem autorização judicial para tanto.
“Em qualquer caso, não existe hierarquia entre os cargos que compõem a carreira do Ministério Público Federal”, destacaram os procuradores.
A força-tarefa ainda considera inexplicável a “escolha a dedo” dos grupos da Lava Jato dos Estados a ter os dados escrutinados e citou que idêntica providência não foi tomada em outras 23 forças-tarefas em funcionamento no MPF.


Cerco da Operação Lava Jato a Alckmin e a Serra põe em xeque o futuro do PSDB


As operações da Lava Jato contra os ex-governadores de São Paulo Geraldo Alckmin e José Serra põem em xeque o futuro do PSDB, que já não vence uma eleição desde o segundo mandato de FHC. Derrotado em 2014, Aécio Neves, também está na mira do Judiciário
José Serra e Geraldo Alckmin
José Serra e Geraldo Alckmin (Foto: Pedro França/Agência Senado | GOVSP)

247 - As operações da Lava Jato contra os ex-governadores de São Paulo Geraldo Alckmin e José Serra põem em xeque o futuro do PSDB, que já não vence uma eleição desde o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. Atual senador, Serra perdeu em 2002 e em 2010, Alckmin em 2006 e em 2018, quando não chegou sequer ao segundo turno. Além deles, alvos da Lava Jato, o atual deputado federal Aécio Neves, derrotado em 2014, também está na mira do Judiciário.
O senador e sua filha, Verônica Serra, viraram réus na Justiça Federal sob acusação de lavagem de dinheiro transnacional. Ele é acusado de ter recebido mais de R$ 23 milhões da Odebrecht para liberar crédito frente à Dersa. 
No caso de Alckmin, a Justiça Eleitoral aceitou denúncia do Ministério Público de São Paulo contra o tucano por caixa 2, corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a acusação do MP, o ex-chefe do Executivo paulista recebeu R$ 11,3 milhões da Odebrecht, durante as campanhas eleitorais de 2010 e 2014 ao governo do estado de São Paulo pelo PSDB. 
O deputado Aécio Neves indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de corrupção passiva e ativa, desvio de recursos públicos e falsidade ideológica por esquema de superfaturamento na construção da Cidade Administrativa de Minas Gerais, sede do governo estadual. A PF apontou indícios de desvio de R$ 232 milhões em dinheiro público por meio de falsas contratações
O PSDB governa o estado de São Paulo desde 1995 e, segundo informações de Veja, controla 702 prefeitos no País, incluindo os de oito capitais. "Temos ambição de crescer não só em número de prefeituras, mas em número de habitantes em cidades com prefeitos tucanos. Nesse sentido, manter São Paulo e outras capitais acaba sendo mais representativo", diz o deputado Beto Pereira (MS), secretário-geral do PSDB. 
De olho na eleição presidencial de 2022, o grupo do atual governador João Doria (PSDB) aposta em uma aproximação com o MDB e o DEM, depois que os dois partidos romperam com o bloco do Centrão. Se for candidato a presidente, Doria terá de explicar as acusações contra três ex-presidenciáveis da legenda. 
Segundo o analista político Rui Tavares Maluf, "um olhar imediato mostra que a marca PSDB, assim como a do PT, está chamuscada, mas os partidos devem pensar estrategicamente, que o nome tem um peso e que não valeria a pena jogá-lo fora, mesmo machucado". "Se quiser se fortalecer, se revigorar para disputar eleições com condições, o PSDB terá que se aproximar muito dos mais pobres, dos desvalidos, dos desempregados, das mulheres e dos jovens", disse.
"Sempre fomos de um centro progressista, mas, com a ausência de posições e a polarização, fomos sendo empurrados para a direita", diz um aliado do prefeito paulistano Bruno Covas, tentando identificar o partido com as origens. 


Em pleno Jornal Nacional, Felipe Neto denuncia bolsonaristas por ameaças graves e perseguição na própria casa


Perseguido por bolsonaristas nas redes e até em sua própria casa, o empresário e influenciador digital Felipe Neto afirmou, no Jornal Nacional, que está percebendo agora na prática até onde as pessoas são capazes de ir. Ele disse: “virem atrás de mim, dentro da minha casa, é um nível de perseguição que eu não imaginei que aconteceria”
Felipe Neto denuncia bolsonaristas no Jornal Nacional
Felipe Neto denuncia bolsonaristas no Jornal Nacional (Foto: Reprodução)

247 - O Jornal Nacional foi até Felipe Neto ouvir o relato das ameaças gravíssimas que o youtuber recebeu de bolsonaristas. Felipe se disse incrédulo diante de tamanha violência: “estou vendo agora na prática até onde as pessoas são capazes de ir”.
A reportagem do portal G1 destaca relata o episódio que chocou Felipe: “nesta terça-feira (29), homens acompanhados de um carro de som foram até a entrada do condomínio onde Neto mora. Um deles se identifica nas redes sociais como "Cavallieri, o guerreiro de Bolsonaro" (...) Em outra publicação nas redes sociais, ele aparece segurando um fuzil, ao lado de crianças assustadas, e ameaça o influenciador.”
As palavras do bolsonarista foram: “é, Felipe Neto. A gente vai se encontrar em breve. Eu quero ver se tu é macho. (...) Eu quero ver tu tirar onda comigo. Teus seguranças não me intimidam, não, irmão, que aqui também o bonde é pesado."
Felipe Afirmou: “virem atrás de mim, dentro da minha casa, é um nível de perseguição que eu não imaginei que aconteceria. É o tipo de coisa que você vê em filme, vê em série, mas nunca imagina que realmente aconteça.”
E prosseguiu: “você vê em novela. Sabe aquele vilão de novela que você diz assim: 'não existe na vida real'. Mas existe, ele está aí, ele acontece, e estou vendo agora na prática até onde as pessoas são capazes de ir."


Pesquisa indica que Moro é mais atacado nas redes pelos bolsonaristas do que pela esquerda


Um levantamento feito pelo analista de dados Pedro Barciela apontou que, entre 29 de junho e 29 de julho, mais de 45% dos ataques contra Sérgio Moro partiram de bolsonaristas e não de pessoas do campo ideológico de esquerda
Sérgio Moro
Sérgio Moro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - Um levantamento feito pelo analista de dados Pedro Barciela apontou que, entre 29 de junho e 29 de julho, 45,79% dos ataques contra o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro partiram de bolsonaristas e não de pessoas do campo ideológico de esquerda. De acordo com a pesquisa, 33,45% das críticas vieram de contas de esquerda ou progressistas. A informação consta em reportagem de Chico Alves, no UOL.
Em entrevista concedida no domingo (25) à revista Financial Times, o ex-juiz afirmou que foi "usado" por Bolsonaro para dizer que o governo apoiava a luta contra a corrupção. "Uma das razões para eu sair do governo foi que não estava se fazendo muito (pela agenda anticorrupção). Eles estavam usando minha presença como uma desculpa, então eu saí", disse (veja aqui).
Moro deixou o cargo no dia 24 de abril apontando crime de responsabilidade de Bolsonaro. "O presidente me relatou que queria ter uma indicação pessoal dele para ter informações pessoais. E isso não é função da PF", denunciou o ex-juiz em coletiva de imprensa naquele dia. 
O ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello autorizou a abertura de um inquérito com o objetivo de apurar as acusações do ex-juiz.

Investigado por fake news, Luciano Hang agora diz que não é bolsonarista


Em entrevista à revista Veja, Luciano Hang defendeu-se do bloqueio de sua conta no Twitter determinada pelo STF por causa das fake news espalhando uma série de fake news. Disse que não é bolsonarista e garantiu não ter empréstimos públicos, o que não é verdade
Luciano Hang e Jair Bolsonaro
Luciano Hang e Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa/PR)

247 - O empresário Luciano Hang concedeu entrevista à revista Veja, postada nesta sexta-feira (31), na qual ele protesta pelo bloqueio de sua conta no Twitter determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) devido à profusão de fake news. A entrevista é, entretanto, recheada de fake news. A primeira é negar que seja bolsonarista: “Não sou bolsonarista como dizem”.
Na entrevista, ele apresentou-se como “um ativista, um patriota, querendo um país livre e com economia mais liberal”. Foi adiante e afirmou peremptoriamente: “Nem dinheiro emprestado tenho com o governo. Nessa pandemia, fiz questão de não pegar nenhum valor de bancos públicos, para não vincularem meu nome ao governo. Não tenho empréstimo na Caixa nem no BB. Nada.”
Tudo fake news. Luciano Hang e sua Havan obtiveram, só no BNDES, entre 1993 e 2014, nada menos que 55 empréstimos, totalizando, em valores atualizados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais de R$ 72 milhões.“Patriota”, ele está na mira da Receita Federal: deve ao menos R$ 57,9 milhões. Há ainda R$ 13,2 milhões em cobrança pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e mais R$ 123 milhões parcelados pelo último Refis (programa de repactuação de dívidas tributárias). Ele é também alvo de processo por sonegação de contribuições previdenciárias cometida pela Havan. Em 2003, Hang foi condenado em segunda instância por crime semelhante. A Receita Federal cobra da Havan o valor de R$ 1.052.000,00, entre contribuições e multas. O processo é de 2013. Com correção dos valores, é cobrado da empresa o montante de R$ 2.486.973,20.


Alexandre de Moraes exige explicação da Secom, BB, Caixa e BNDES por anúncios em sites e redes de fake news


O ministro do STF Alexandre de Moraes quer explicações da Secom e três bancos públicos - Caixa, Banco do Brasil e BNDES - sobre anúncios feitos em redes sociais e sites de fake news. O pedido foi feito no âmbito do inquérito que apura ofensas, ameaças e notícias falsas contra a Corte
Alexandre de Moraes, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e BNDES
Alexandre de Moraes, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e BNDES (Foto: STF | Reuters)

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes quer explicações da Secretaria de Comunicação do governo federal (Secom) e três bancos públicos sobre investimentos feitos em sites e redes sociais propagadoras de fake news. O pedido foi feito no âmbito do inquérito que apura ofensas, ameaças e fake news contra a Corte. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal deverão enviar informações ao ministro. Essas três instituições foram alvos de representações e decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) pela presença de anúncios em sites e em canais acusados de fake news.
BNDES pagou por anúncios em canais do YouTube de blogueiros investigados pelo STF, de acordo com o jornal O Globo. O banco anunciou que suspendeu suas campanhas na internet por meio do Google Ads, plataforma de mídia programática.
De acordo com o subprocurador do MP junto ao TCU, Lucas Furtado, cabe ao tribunal "empreender a mesma ação de controle que vem sendo desenvolvida em face do Banco do Brasil, tendo em vista se tratar do mesmo tipo de irregularidade que estaria sendo praticada no âmbito de outras duas instituições financeiras públicas: o BNDES e o BNB". O relato dele foi publicado no blog do Fausto Macedo
Em junho, o ministro do TCU Bruno Dantas determinou a suspensão de anúncio da Caixa em canais e em sites que propagam notícias falsas. A liminar foi proferida na esteira de decisão semelhante adotada pelo ministro contra o Banco do Brasil, em maio. No caso do BB, a representação do TCU apurava ingerência da Secom no comando da publicidade do banco. 
Em maio, a Polícia Federal identificou o vereador Carlos Bolsonaro como um dos articuladores de um esquema criminoso de fake news. Naquele mês, agentes cumpriram mandados de busca e apreensão contra políticos e empresários bolsonaristas, além do blogueiro Allan dos Santos, do site Terça Livre, por causa da disseminação de fake news. Um dos alvos foi a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), que ameaçou a Corte e pediu o "impeachment" do responsável pela ação.
Também na mira das investigações, a militante bolsonarista Sara Winter ameaçou o ministro do STF Alexandre de Moraes, que autorizou a ação da PF e é relator do inquérito sobre fake news. "A gente vai descobrir os locais que você frequenta".
Dentre os alvos da operação estão os empresários bolsonaristas Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan e Edgard Corona, fundador da Smart Fit. Além de Carla Zambelli, a corporação investiga sete deputados bolsonaristas. O  ex-deputado federal Roberto Jefferson é outro investigado. 


quinta-feira, 30 de julho de 2020

Destaque na geração de emprego em junho, Arapongas inicia ocupação de novo parque industrial

Seis empresas assinaram contratos e devem gerar 500 empregos diretos


O prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre, recebeu nesta quinta-feira (30) representantes de seis empresas do município para a assinatura dos contratos referentes à primeira fase do loteamento do Parque Industrial Francisco Marcos Pennacchi.
De acordo com a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio (Semic), as empresas Móveis Arapongas, Revest Norte Molduras Importação e Exportação, R.M Móveis e Estofados, Maqreal Comércio e Representações de Máquinas, Star Indústria e Comércio de Móveis e Isabel Nabarro Móveis foram contempladas na aquisição de terrenos através da Concorrência Pública nº 004.  “Esses contratos representam a primeira etapa da abertura do novo parque industrial. Juntas, essas seis empresas vão contribuir na geração de 500 empregos diretos e com um faturamento estimado em R$ 90 milhões ao ano”, afirma o prefeito Sérgio Onofre. As empresas têm o prazo de 90 dias para encaminhar o Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica.

O secretário Nilson Violato, da Semic, explica ainda que dentro das atividades estruturais da Pasta foi construído o projeto Desenvolve Arapongas. “Essa parte estrutural, de vocacionamento industrial, começa exatamente com o Parque Industrial Francisco Marcos Pennacchi e outros que virão durante esse processo”, enfatiza. Em uma segunda etapa, prevista para agosto, será feito o lançamento de nova fase de licitação para que empresas possam adquirir terrenos neste novo parque industrial. Ao todo, 32 terrenos serão licitados.

Para o prefeito, os eixos fundamentais para o desenvolvimento econômico do munícipio estão sendo colocados em prática, mesmo em um período difícil, com a pandemia do coronavírus. “A ideia é nos adaptarmos e buscar avanços. Junto à Semic, temos priorizado essa vocação industrial do município e também apostado na inovação, negócios e tecnologia, marco legal, gestão pública e indicadores de desenvolvimento. Isso tudo buscando também a valorização dos microempreendedores, bem como das grandes indústrias”, afirmou Onofre.

DESTAQUE REGIONAL
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o município de Arapongas é destaque regional pelo saldo positivo nas contratações realizadas em junho. Foram gerados 593 postos de trabalho. O setor que mais contratou foi o da indústria. No mesmo período, Apucarana teve saldo de 32 empregos gerados, seguida por Jandaia do Sul, com 22, Faxinal, com 5 e Ivaiporã, com -10. Arapongas também é destaque quando se leva em conta a Região Metropolitana de Londrina (RML). Das cinco cidades que compõem a RML, Arapongas teve o melhor desempenho, enquanto Londrina teve o pior, com saldo negativo de 409 postos de trabalho.

ARAPONGAS: Novo decreto permite sistema de delivery durante fechamento neste fim de semana

Sistema de delivery está permitido neste final de semana


Nesta quinta-feira, 30, foi publicado em Diário Oficial o decreto de nº 474/20, que autoriza exclusivamente as atividades de entrega em domicílio (delivery). O mesmo decreto proíbe expressamente os sistemas de retirada no local (takeaway) ou drive-thru, devendo os estabelecimentos permanecer fechados ao público, visando a diminuição do fluxo de pessoas em circulação, a ocorrência de filas etc.
O texto complementa o decreto divulgado ontem, 29, sobre o fechamento total das atividades comerciais, religiosas e de prestação de serviços neste final de semana – 01 e 02 de agosto. O toque de recolher começa nesta sexta-feira, 31 de julho, a partir das 22h. A ação visa desacelerar a propagação do coronavírus (Covid-19). 
Conforme o decreto publicado na quarta-feira, ficam suspensas no sábado (01) e no domingo (02) as seguintes atividades: 
– lojas de comércios varejistas e atacadistas; cinemas e demais locais de eventos; restaurantes, bares, pubs, lanchonetes, lojas de conveniência, casas noturnas, tabacarias, boates, salões de festas e similares; clubes, associações recreativas e similares; áreas comuns, salão de festas, playgrounds, piscinas e academias de condomínios; missas, cultos e atividades religiosas que envolvam aglomeração de pessoas; feiras livres e similares; chácaras de lazer destinadas à locação para eventos festivos e similares; academias, estabelecimentos destinados a atividades esportivas, danças e afins; Lotéricas, serviços bancários e afins; distribuição e venda de gêneros alimentícios, como padarias, açougues, mercearias, “vendas”, mercados, supermercados, hipermercados e afins; barbearias, salões de beleza, estética e afins; praças e demais locais de acesso público destinados à recreação ou à atividades físicas, etc. 
Com o novo decreto, o sistema de delivery fica incluído entre os serviços permitidos. Além disso, continuam autorizados os serviços de saúde, assistência médica, hospitalar e farmacêuticos; geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e gás; postos de combustíveis; tratamento e abastecimento e venda de água; captação e tratamento de esgoto e lixo; – serviços de telecomunicações e imprensa; processamento de dados ligados a serviços essenciais; segurança pública e privada; serviços funerários; clínicas veterinárias, para tratamento de urgências/emergências, e lojas de suprimentos animal (medicamentos); oficinas mecânicas, e serviços de guincho, desde que para atendimentos de urgência; atividades industriais. 
Ainda é expressamente vedada a venda e/ou consumo de produtos (alimentos, bebidas e afins) nos postos de combustíveis, dado o fechamento das lojas de conveniências.
Transporte Coletivo - Fica determinada a intensificação do cumprimento ao art. 15 do Decreto Municipal nº. 208, de 10 de abril de 2020, evitando-se a aglomeração dentro dos veículos de transporte coletivo, sendo vedado o transporte, nas datas mencionadas, de pessoas que não o utilizem exclusivamente para deslocamento a trabalho ou tratamento de saúde.

Saúde alerta pelo alto contágio da Covid-19 entre os jovens


Dos 600 registros da doença no município, 264 estão na faixa etária entre 20 e 39 anos, o que representa 44% do total

Os números da pandemia do novo coronavírus em Apucarana têm chamado a atenção pelo maior e crescente percentual de casos entre os jovens. Dos 600 registros da doença no município até hoje (29), 264 estão na faixa etária entre 20 e 39 anos, o que representa 44% do total. O número chega a 52% quando são incluídas as faixas etárias entre 0 e 9 anos e 10 e 19 anos.
O prefeito Junior da Femac alerta que é preciso que as pessoas destas faixas, principalmente de 20 a 39 anos, se conscientizem acerca do risco. “Não são apenas os mais idosos que estão sendo acometidos pelo vírus e enfrentando um risco maior de complicações e até de morte”, chama atenção o prefeito Junior da Femac.
Segundo o prefeito Junior da Femac, o avanço dos diagnósticos entre os jovens preocupa, já que as pessoas mais novas podem levar a doença para casa, infectando idosos ou familiares com comorbidades. “O vírus está entrando na casa das pessoas, muitas vezes, pelos jovens. Pode não acontecer nada mais grave com um rapaz de 25 anos de idade, por exemplo, mas ele pode contaminar um idoso e, então, o desfecho pode ser fatal”, alerta o prefeito.
Junior da Femac pede a colaboração das pessoas, principalmente para que evitem aglomerações familiares. Também mostrou preocupação com a realização de festas clandestinas em chácaras, que estão sendo alvo de fiscalização das polícias.
“As pessoas não podem perder o foco. Não é o momento de fazer festa. É preciso usar a máscara, lavar as mãos e ficar em casa quando possível. Somente assim vamos passar por essa fase difícil”, completa.
O diretor presidente da Autarquia Municipal de Saúde, Roberto Kaneta, relaciona 4 fatores que influenciam diretamente no contágio desta faixa etária de 20 a 39 anos. “O primeiro é o fator biológico pela  grande possibilidade dessas pessoas já terem sido contagiadas por algum outro tipo de coronavírus (são 7 tipos que provocam síndromes gripais não graves) que reduzem a imunidades e facilita  o contágio deste novo coronavírus”, explica.
O outro fator, prossegue Kaneta, é o social pelo fato das pessoas dessa faixa etária participarem de eventos sociais, festas, ocasiões em que o risco de contágio é maior. “O fator profissional também contribui, pois muitos trabalhadores da saúde possuem essas idades e têm apresentado alta contaminação. E ainda é preciso considerar o fator saudável, ou seja, pessoas que têm esse conceito de si próprias e não respeitam o isolamento, distanciamento, não seguem as recomendações de higienização das mãos e uso de máscara”, complementa Kaneta.
NÚMEROS DA PANDEMIA
Comparados os dados da pandemia em Apucarana entre os dias 10 de junho e 30 de julho, o número de casos aumentou 745% no município, de 71 confirmações para 600. Na faixa etária entre 20 e 29 anos, a alta foi de 1.833% (6 para 116); de 825% na faixa etária entre 30 e 39 (16 para 148) e 933% na faixa etária entre 10 e 19 anos (3 para 31).
O município também registrou altas significativas entre 0 e 9 anos (2.000%) e entre 70 e 79 anos (2.000%). No entanto, nesses recortes de idade, o número global de casos foi menor: aumento de 1 para 21 nos dois grupos.