A
retificação afirma que a exoneração do agora ex-ministro Abraham Weintraub
teria início no dia 19 de junho, e não no dia 20. Ficou claro que houve uma
falsificação proposital com o objetivo de permitir a fuga de Weintraub
Jair Bolsonaro e Abraham Weintraub (Foto: Marcos Corrêa/PR | Walterson Rosa/MEC) |
247 - Jair
Bolsonaro retificou a exoneração do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub
no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (23). A retificação afirma
que a exoneração do ministro teria início no dia 19 de junho, e não no dia 20,
quando foi publicada a decisão anterior em edição extra do DOU. A nova redação
deixa claro que houve uma falsificação proposital com o objetivo de permitir a
fuga de Weintraub e sua entrada nos EUA com utilização indevida no passaporte
diplomático.
O agora ex-ministro, que deixou o cargo na
quinta-feira (18), viajou dois dias depois aos Estados Unidos com passaporte
diplomático. Segundo o MEC, ele ira morar em Washington para ocupar uma
diretoria no Banco Mundial, por indicação de Bolsonaro.
Economista de formação, Weintraub estava
no cargo desde abril de 2019. Acumulou polêmicas como o adiamento do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem), acusações de racismo e defesa da prisão de
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Veja a matéria publicada
pelo Brasil 247 sobre o ex-ministro:
O ex-ministro da Educação Abraham
Weintraub, que fugiu na última sexta-feira (19) do Brasil rumo a Miami,(EUA),
temendo ser preso, agradeceu em rede social nesta segunda-feira (22) “a
todos que me ajudaram a chegar em segurança aos EUA, seja aos que agiram
diretamente (foram dezenas de pessoas) ou aos que oram por mim”.
“Aproveito para dizer que estou bem.
Quanto à culinária internacional, ontem fiquei tentado a comer uns tacos,
acabou sendo KFC”, disse ele, referindo-se a rede de fast food
estadunidense.
Abraham Weintraub, o pior ministro da educação da história do Brasil,
fugiu para os Estados Unidos. A informação foi prestada por seu irmão Arthur.
"Obrigado a todos pelas orações e apoio. Meu irmão está nos EUA."
Weintraub corre o risco de ser preso por
ter defendido a prisão dos “vagabundos do Supremo Tribunal Federal” e por estar
ligado ao esquema de ataques às instituições e de disseminação de fake news.
Confira agora outro texto do
247:
O ex-ministro da
Educação Abraham Weintraub poderá ser vetado para a indicação de
diretor-executivo do Banco Mundial. Paulo Guedes, ministro da Economia, já
detectou que há resistência na organização multilateral ao nome de Weintraub e
sinalizou que não fará esforços para elegê-lo.
Guedes já disse a interlocutores que, em
caso de impossibilidade de emplacar o nome de Weintraub, o governo brasileiro
apresentará nova sugestão.
As primeiras sinalizações de Colômbia,
Equador e Suriname, 3 dos 8 países que integram o consórcio do qual o Brasil
faz parte na instituição, resistem ao nome de Weintraub. A República
Dominicana, também integrante do consórcio, não simpatiza com a, embora esteja
aberto à negociação.
Reportagem dos jornalistas Julio Wiziack, Julia Chaib e Renato Machado revela
que o governo Bolsonaro, que ainda insiste no nome de Weintraub, prevê que a
rejeição ao seu nome poderá criar um grave problema diplomático sério.
O principal obstáculo à indicação de
Weintraub é a má reputação do ex-ministro. Ele é visto como um profissional de
carreira errática e uma pessoa confusa e preconceituosa.