Em recado
ao STF, Jair Bolsonaro disse estar "sendo complacente demais". Ele
atacou Alexandre de Moraes e Celso de Mello. Para Bolsonaro, inquérito sobre
fake news "serve para o interesse apenas dele", referindo-se a Moraes
Jair Bolsonaro e STF (Foto: Isac Nóbrega/PR | STF) |
247 - Jair
Bolsonaro voltou atacar o Supremo Tribunal Federal (STF). Disse que a
decisão de impedir a posse do delegado Alexandre Ramagem como
diretor-geral da Polícia Federal foi "mais uma brutal interferência do STF
no Executivo, não podemos concordar com isso". Em uma ameaça ao Supremo,
Bolsonaro disse estar "sendo consciente e complacente demais". O
ministro da Corte Celso de Mello autorizou a abertura de inquérito para
investigar interferência política na corporação. Bolsonaro também atacou o
ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF que apura a produção
de fake news e ofensas contra magistrados da Corte. "É um inquérito que
serve para o interesse apenas dele", disse.
"Não quero dar soco na mesa e
afrontar ninguém, mas peço que não afronte o Poder Executivo", disse ele,
segundo o jornalista Augusto
Fernandes, no Correio Braziliense, ao reportar entrevista de
Bolsonaro à Band News nesta segunda-feira (16). "Não queremos medir força
com ninguém. Nós queremos administrar e conduzir o Brasil a um porto seguro.
Afinal de contas, têm muitas incertezas no ar”, complementou.
O STF impediu a posse de Ramagem na PF em
meio às investigações sobre tentativas de interferência política de Bosonaro na
corporação, conforme denunciou o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro.
olsonaro também
criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF que apura
a produção de fake news e ofensas contra magistrados da Corte.
“É um inquérito que serve para o interesse
apenas dele. Ele é vítima, ele interroga, ele julga e ele condena. Isso não é
justo, no meu entender, porque está à margem da legislação brasileira. Isso é
um foco de atrito”, protestou. “Até busca e apreensão foram realizadas na casa
de 29 simpatizantes meus, nenhum da oposição. Isso não soa muito bem no Estado
democrático de direito. Isso, obviamente, é um foco de atrito que o Supremo tem
que superar.”