quinta-feira, 28 de maio de 2020

Alexandre de Moraes: ‘liberdade de imprensa não é construída por robôs’


Responsável por autorizar a abertura de um inquérito sobre fake e, por consequência, a operação da PF contra políticos e empresários bolsonaristas, o ministro do STF Alexandre de Moraes também afirmou que, "ao agredir os jornalistas, ao possibilitar que essas milícias digitais, se permitirmos isso, o que nós estaremos permitindo é um ataque à liberdade de imprensa"
(Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

247 - Responsável por autorizar a abertura de um inquérito sobre fake e, por consequência, a operação da Polícia Federal contra políticos e emprsários bolsonaristas, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes  repudiou nesta quarta-feira (27) agressões e ameaças a jornalistas, físicas ou virtuais. De acordo com o ministro, parece haver uma tentativa de "milícias digitais" de coagir a imprensa tradicional, o que fere a liberdade de imprensa e o direito da população de obter informação com isenção.
"A liberdade de imprensa não é construída por robôs, o que é construído por robôs são as fake news", disse. "Ao agredir os jornalistas, ao possibilitar que essas milícias digitais, se permitirmos isso, o que nós estaremos permitindo é um ataque à liberdade de imprensa", afirmou ele, que participou do seminário “Liberdade de imprensa - Justiça e Segurança dos jornalistas” realizado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com apoio da ESPM e da Faculdade de Direito da USP.
Foram alvos de busca e apreensão da PF os empresários bolsonaristas Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan e Edgard Corona, fundador da Smart Fit. O ex-deputado federal Roberto Jefferson e o blogueiro Allan dos Santos, do site Terça-Livre, também estão na mira da corporação, que investiga, ainda, oito deputados bolsonaristas, como Carla Zambelli (PSL-SP). 
A parlamentar fez ameaças ao STF e pediu o "impeachment" do responsável pela ação, que teve a parlamentar como um dos alvos. 
A militante bolsonarista Sara Winter ameaçou o ministro do STF. "A gente vai descobrir os locais que você frequenta".


Bolsonaro diz que integrantes do gabinete do ódio são cidadãos de bem e ameaça reagir


Em post no twitter, ele reagiu à ação do STF contra a central de disseminação de fake news e discurso de ódio comandada por sua família e disse que não aceitará passivamente
Alexandre de Moraes e Jair Bolsonaro
Alexandre de Moraes e Jair Bolsonaro (Foto: STF | Reuters)

247 – "Ver cidadãos de bem terem seus lares invadidos, por exercerem seu direito à liberdade de expressão, é um sinal que algo de muito grave está acontecendo com nossa democracia", postou Jair Bolsonaro, em seu twitter. "Estamos trabalhando para que se faça valer o direito à livre expressão em nosso país. Nenhuma violação desse princípio deve ser aceita passivamente", complementou, em tom de ameaça. Saiba mais sobre o caso:

Eduardo Bolsonaro ameaça com golpe de estado e diz que seu pai será chamado de ditador


“Quando chegar a um ponto que o presidente não tiver mais saída e for necessário uma medida enérgica, ele que será taxado como ditador”, afirmou o deputado Eduardo Bolsonaro em seu twitter
Jair e Eduardo Bolsonaro
Jair e Eduardo Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa/PR)

247 – O deputado Eduardo Bolsonaro reagiu à ação deflagrada pelo STF contra o gabinete do ódio, rede de disseminação de fake news e discurso de ódio, e afirmou que seu pai pode ser levado a implantar um regime de força no Brasil. “Quando chegar a um ponto que o presidente não tiver mais saída e for necessário uma medida enérgica, ele que será taxado como ditador”, afirmou em seu twitter. Em resposta, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-aliada, disse que ele ameaça com o "golpe do papai". Confira:

Apucarana investe na cafeicultura moderna


Visando fortalecimento da cultura no município, prefeitura adquiriu uma máquina plantadeira e o governo do Estado uma colhetadeira, que já é operacionalizada pela Associação dos Cafeicultores 
(Fotos: PMA)

Ainda se recuperando da geada de 2013, que dizimou cerca de 70% dos cafezais do município, os produtores apucaranenses iniciam a colheita da safra 2020 com otimismo. O cafeicultor Mauro Machado, que cultiva 13 hectares no Distrito de Pirapó, projeta uma boa produção. “A geada de sete anos atrás trouxe muito desânimo para todos, mas aos poucos estamos nos recuperando e, este ano vou ter uma produção muito boa em minha propriedade”, relata Machado, que também é presidente da Associação de Cafeicultores de Apucarana, que reúne 197 agricultores. Segundo ele, a colheita do café no município deve se estender até agosto.
Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, após a geada de 2013 a área cultivada no município despencou de 4.190 hectares para apenas 910 no ano seguinte. Atualmente, com esforços coordenados entre a Secretaria da Agricultura da Prefeitura de Apucarana e IDR/IAPAR/EMATER, órgãos do Governo do Paraná, a área de plantio já ultrapassa os 1.600 hectares. “Recentemente, recebemos a cessão de uma plantadeira automática da prefeitura, que tem sido de grande valia. O prefeito Júnior da Femac tem abraçado a causa e ajudado muito”, relata o cafeicultor Mauro Machado, reconhecendo o apoio da prefeitura, que tem desenvolvido uma série de ações através do Programa de Incentivo à Cafeicultura – junto ao Programa Municipal Terra Forte – visando auxiliar no replantio de áreas e potencialização da produção cafeeira.
A opção atual, afirma o secretário municipal de Agricultura, José Luiz Porto, é produzir café com tecnologia. “A gestão Beto Preto/Júnior da Femac já formou e repassou de forma subsidiada aos nossos cafeicultores mais de 500 mil mudas selecionadas de alta produtividade, da variedade IPR 100/IAPAR, que é resistente à ferrugem e nematóide. Além disso, o Município adquiriu uma máquina plantadeira e o governo do Estado uma colhetadeira. Com isso, o cultivo mecanizado já é uma realidade”, ressalta Porto.
De acordo com o secretário, o trabalho é desenvolvido através de uma parceria com o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). “Os maquinários foram cedidos em comodato para a Associação dos Cafeicultores do Pirapó, que faz o agendamento junto aos produtores. É Apucarana incentivando a cafeicultura moderna”, explica Porto, assinalando que além de suprir a falta de mão-de-obra, a disponibilização dos maquinários tem incentivado a retomada do café, com a expansão da área cultivada e a diminuição dos custos de produção.
Além da questão econômica, os programas municipais visam resgatar uma atividade que tem um significado muito especial para os apucaranenses. “Estamos cuidando de uma cultura que formou a nossa cidade, tendo seu apogeu nas décadas de 60 e 70, mas mesmo depois da geada negra de 1975, nunca perdeu sua importância, encontrando em Apucarana uma das melhores terras do Brasil”, contextualiza o prefeito Júnior da Femac, destacando que o município e o Vale do Ivaí têm sua história intimamente ligada à produção cafeeira. “Tradição que até os dias de hoje rende seguidos prêmios de qualidade aos nossos cafeicultores”, pontua Júnior da Femac.
Além da percepção dos próprios agricultores, a recuperação da cultura em Apucarana também pode ser medida pelo Valor Bruto de Produção (VBP). “Em 2013, o café gerou um VBP de R$ 32 milhões, cifra que caiu em 2014, logo após a geada, para R$ 3 milhões. Em 2018, o VBP do café em Apucarana já era de R$ 17 milhões”, compara Júnior da Femac. Ele recorda que logo após o episódio climático o então prefeito Beto Preto reuniu a equipe para definir ações para amenizar a crise no setor. “Foi neste cenário que ele criou a Secretaria Municipal de Agricultura, que não existia e funcionava junto à Secretaria de Indústria e Comércio, e deu início em 2014 ao Programa Terra Forte. Ao mesmo tempo em que o Município ofereceu incentivos para a retomada dos cafezais, foi introduzida a fruticultura como uma forma de diversificação da propriedade”, recorda o prefeito de Apucarana.
 

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Lula: quando vejo filho de pedreiro na universidade, penso que valeu a pena


"Eu fui o único peão da senzala a chegar na casa grande. E o que nós fizemos foi estabelecer direitos para quem não tinha", afirmou o ex-presidente Lula
Lula
Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou no Twitter a agenda social do seu governo, que possibilitou filhos de pessoas das camadas mais populares entrar em universidades. 
"Eu fui o único peão da senzala a chegar na casa grande. E o que nós fizemos foi estabelecer direitos para quem não tinha. Eu quando vejo um filho de pedreiro entrando na universidade penso que valeu a pena", escreveu o ex-presidente no Twitter. 
"A elite branca não suportou ver doméstica com carteira assinada. As madames gostavam de falar que a empregada era quase que da família, mas você não via a empregada no testamento. Tenho orgulho da transferência de renda que fizemos nesse país. E é por isso que eles nos odeiam", acrescentou. 

Donos da Havan e da Smart Fit são suspeitos de financiar fake news e tiveram seus sigilos quebrados


Empresários bolsonaristas Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan e Edgard Corona, fundador da Smart Fit, constam como supostos financiadores de disparos de fake news e tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados por determinação da justiça
Empresário Luciano Hang estaria entre os suspeitos de financiar 'fábricas' de fake news pró-Bolsonaro
Empresário Luciano Hang estaria entre os suspeitos de financiar 'fábricas' de fake news pró-Bolsonaro (Foto: Reprodução/Twitter)

247 - A operação da Polícia Federal, deflagrada nesta quarta-feira (27) no âmbito do inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura produção de notícias falsas e ameaças à Corte, tem como foco os empresários e financiadores dos disparos de fake news em defesa do governo Jair Bolsonaro. A informação é do portal G1
Nas investigações, constam como nomes dos supostos financiadores: Edgard Corona (Smart Fit), Luciano Hang (Havan), Reinaldo Bianchi Júnior e Winston Rodrigues. A quebra dos sigilos bancário e fiscal dos quatro foi determinada pela justiça, acrescenta a reportagem.
Luciano Hang disse, por meio de nota, que está "de consciência tranquila de que jamais" atentou contra ministros do STF.
(Reuters) - A Polícia Federal cumpre 29 mandados de busca e apreensão em cinco Estados e no Distrito Federal no âmbito do inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar ataques contra a corte e seus ministros, informou a corporação em nota nesta quarta-feira.
De acordo com a PF, os mandados são cumpridos na capital federal e no Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.
As diligências foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, que preside o inquérito, aberto pelo presidente da corte, Dias Toffoli, em março do ano passado para apurar notícias falsas e ameaças contra ministros do tribunal. A abertura do inquérito por iniciativa de Toffoli foi alvo de críticas, já que o comum é que inquéritos sejam abertos pelo Judiciário atendendo a pedidos de outros órgãos.
A Polícia Federal não deu detalhes sobre os mandados cumpridos nesta quarta-feira. Procurado, o Supremo ainda não se manifestou. O inquérito corre sob sigilo de Justiça.


PF esteve na casa de Roberto Jefferson, braço-direito de Bolsonaro, por ordem do STF no inquérito das fake news


Roberto Jefferson, que se tornou um dos líderes da articulação bolsonarista nas últimas semanas, é um dos alvos da operação da PF na manhã desta quarta-feira
Roberto Jefferson e Jair Bolsonaro
Roberto Jefferson e Jair Bolsonaro (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Marcos Corrêa/PR)

247 - Um dos alvos da ação da Polícia Federal (PF) no inquérito da fake news da manhã desta quarta-feira (27) é o ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB e novo aliado de Jair Bolsonaro -ele tornou-se nas últimas semanas um dos braços direitos do presidente.
Ex-aliado de Fernando Collor de Melo e um dos condenados no escândalo do mensalão, Jefferson preside um dos partidos do centrão e passou a defender efusivamente Bolsonaro nos últimos tempos.
Bolsonaro chegou a assistir e recomendar uma live em que Jefferson acusava o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de arquitetar um golpe parlamentar. Bolsonaro tem se articulado com siglas do centrão, distribuindo cargos a essas legendas em troca de apoio no Congresso.


Carlos e Eduardo Bolsonaro reagem à ação da PF e atacam STF


Carlos e Eduardo Bolsonaro, os dois comandantes do gabinete do ódio, reagiram na manhã desta quarta-feira à ação da PF a mando do STF contra a rede de fake news bolsonarista. Carlos acusou o STF de promover um "inquérito inconstitucional, político e ideológico"
Eduardo e Carlos Bolsonaro
Eduardo e Carlos Bolsonaro (Foto: Reprodução)

247 - O vereador Carlos Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro resolveram atacar o Supremo Tribunal Federal, depois que agentes da Polícia Federal deflagraram, nesta quarta-feira (27), uma operação que investiga um esquema criminoso de fake news pró-Jair Bolsonaro. 
"O que está acontecendo é algo que qualquer um desconfie que seja proposital. Querem incentivar rachaduras diante de inquérito inconstitucional, político e ideológico sobre o pretexto de uma palavra politicamente correta? Você que ri disso não entende o quão em perigo está!", escreveu Carlos no Twitter.
"Esse não é aquele inquérito que a PGR Raquel Dodge pediu para arquivar mas o Min. STF Alexandre de Moraes não permitiu e deu continuidade?  Achei que não existisse processo judicialiforme no Brasil... Não é o MP/PGR titular da ação penal?", postou o parlamentar na rede social. 


Oito deputados bolsonaristas estão na mira do inquérito das fake news do STF


Entre os deputados alvos da uma operação da PF que visa desmantelar um esquema de fake news estão Luiz Philippe de Orleans e Bragança, e Carla Zambelli
(Foto: Câmara dos Deputados)

247 - A operação da Polícia Federal que visa desmantelar um esquema de fake news tem como alvos oito deputados bolsonaristas: Bia Kicis, Cabo Junio do Amaral, Carla Zambelli, Daniel Silveira, Filipe Barros, Luiz Philippe de Orleans e Bragança, Douglas Garcia, Gildevânio Ilso dos Santos Diniz.
As ordens judiciais foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Os mandados estão sendo cumpridos em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Distrito Federal, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.
A PF cumpre agora 29 mandados de busca e apreensão.
Outros alvos dos agentes são o empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, o ex-deputado federal Roberto Jefferson e o blogueiro Allan dos Santos, do site Terça-Livre. 

Luciano Hang, o empresário-modelo do bolsonarismo, é um dos alvos da operação do STF contra fake news


O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, é alvo de uma ação da Polícia Federal nesta quarta-feira (27) que investiga a disseminação de fake news a favor de Jair Bolsonaro. A corporação está na casa dele, em Santa Catarina
(Foto: Romério Cunha/VPR)

247 - O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, é alvo de uma ação da Polícia Federal nesta quarta-feira (27) que investiga a disseminação de fake news a favor de Jair Bolsonaro. As buscas estão sendo realizadas na casa dele, em Santa Catarina. Ao todo, a operação tem 29 mandados de busca e apreensão depois que as ordens foram expedidas pelo ministro do Suprmeo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, relator do inquérito.
Após publicar fake news no Twitter, Hang já havia sido condenado pela Justiça do estado de São Paulo a indenizar o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, em R$ 20,9 mil. 

Secretarias Municipais da Mulher elaboram carta de propostas para o governo federal



A Secretaria de Apucarana participou das discussões e assinou o documento sobre políticas públicas para as mulheres
O Fórum de Gestoras Municipais de Políticas Públicas para as Mulheres do Paraná, integrado pela Secretaria da Mulher e Assuntos da Família (Semaf), elaborou e assinou uma carta de propostas ao governo federal sobre estratégias de enfrentamento à violência doméstica. O documento contem demandas dos municípios que integram o Fórum – Guarapuava, Apucarana, Campina Grande do Sul, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Londrina, Mangueirinha, Maringá, Pitanga, Toledo e Turvo.
A carta de propostas reúne ações estratégicas que podem ser replicadas – e que seriam garantidoras de direitos da mulher em municípios de todo o país. As representantes solicitaram ao governo federal o fortalecimento de seis eixos principais, que têm início com a proteção feminina por meio do acesso à informação e ao atendimento digital.
A secretária da Mulher de Apucarana, Denise Canesin, explica que a articulação do grupo para a elaboração da carta surgiu de uma conferência virtual ocorrida em 13 de maio entre gestoras municipais de todo o País e o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, para tratar do funcionamento da rede e das necessidades das mulheres nos municípios. “Apresentamos as ações locais que estão em andamento, além de debatermos necessidades estratégicas evidenciadas com a pandemia. A partir disso, a secretaria nacional solicitou que enviássemos as demandas formalmente, pensando em estratégias locais”, afirmou Denise.
Rede de atendimento Segundo Denise Canesin, as integrantes do Fórum também entenderam como fundamental que as mulheres em situação de violência possam buscar ajuda por meio de uma plataforma que integre as instituições da rede de atendimento. O pedido de integração ao direcionamento do fluxo do Ligue 180 e ao aplicativo de Direitos Humanos BR para os centros de referência de atendimento à mulher e organismos municipais de políticas publicas mereceu destaque na carta de propostas endereçada à esfera federal.
O documento destaca ainda a importância do fortalecimento da política nacional, por meio de leis que priorizem as mulheres em situação de violência em todas as áreas sociais, como habitação, saúde, educação, linhas de crédito e empregabilidade. A instituição do protocolo de atendimento humanizado em delegacias da mulher – cujo contexto é muito diverso em cada município -, mostra a necessidade de atendimento 24h em cidades como Guarapuava e Maringá e a ausência desse serviço especializado em municípios como Turvo.
Casas-abrigo A regionalização das casas-abrigo para mulheres em risco de morte no Paraná foi apontada pelas gestoras municipais como uma ferramenta que deve ser de competência e responsabilidade do Estado, visto que são serviços de alta complexidade. Atualmente, o Paraná dispõe de cinco casas para acolhimento. Durante a pandemia, o documento destaca a solicitação de testes rápidos para mulheres que precisarem do abrigamento. Auxílio no período após casa-abrigo e outras medidas voltadas à moradia das mulheres foram solicitados.
A carta defende a criação de lei federal que estabeleça o Fundo Nacional dos Direitos das Mulheres para repasse de recursos para os estados e municípios. O documento elenca ações que amparem e preparem as mulheres para a independência e a subsistência. “A implantação de cursos voltados ao empreendedorismo, inovação, vendas, MEIs (microempreendedoras individuais) e produções autônomas será ainda mais necessária para que as mulheres se sintam capacitadas e encorajadas a enfrentar a realidade do Brasil pós Covid-19”, concluiu a secretária Denise Canesin.
Em Apucarana A mulher em situação de violência doméstica deve contatar a Secretaria da Mulher, pelos telefones 0800-645-4479 ou (43) 99967-0429, das 8 às 17h. A equipe multiprofissional do Centro de Atendimento à Mulher (CAM) continua atendendo normalmente, com todas as precauções para que não haja espalhamento do vírus, com uso de máscaras, álcool gel e evitando aglomerações.
A mulher que se encontra em situação de violência doméstica pode, ainda, ligar para a Delegacia da Mulher (43) 3423-0972, para a Polícia Militar no 190, para a Patrulha Maria da Penha no 153. Em caso de emergência médica ligar para o Samu no 192.


Apucarana repassa mais 1.100 cestas básicas para famílias de alunos


A distribuição dos alimentos da merenda escolar vem acontecendo regularmente e, nesta terça-feira (26), contemplou os cadastrados no Programa Bolsa Família

Como vem sendo realizado desde o início da pandemia de Covid-19, a Prefeitura de Apucarana, por meio da Autarquia Municipal de Educação (AME), distribuiu novamente ontem (26/5) cestas básicas aos pais de alunos matriculados na rede. Os kits foram montados com alimentos provenientes da merenda escolar e contemplaram aproximadamente 1.100 famílias.
A secretária de educação, Marli Fernandes, explica que o objetivo é garantir que nenhuma criança passe fome durante o período de suspensão das aulas. “Nós sabemos que muitos pais perderam toda ou parte da renda por causa da pandemia. O consumo de alimentos também aumentou com os filhos o dia inteiro em casa. Nesta semana, as cestas estão sendo repassadas  aos cadastrados no Programa Bolsa Família. Mas, a partir da próxima terça-feira (2/6), nós iniciaremos mais uma etapa da distribuição dos produtos hortifrúti, da Agricultura Familiar, para todas as famílias que responderam positivamente ao levantamento feito pelos CMEIs e Escolas,” disse.
Segundo a diretora do Departamento de Alimentação Escolar, nutricionista Jaqueline de Oliveira, as cestas entregues ontem são compostas de alimentos perecíveis e não perecíveis. “São produtos que já estavam no nosso estoque e, em situação normal, seriam utilizados no preparo da merenda escolar,” afirmou.
A distribuição das cestas segue a um rigoroso cronograma, organizado pela AME, para evitar aglomeração de pessoas nos CMEIs e Escolas. “Todas as unidades dispõem de álcool em gel e o uso de máscara é obrigatório tanto para os servidores como para os pais dos alunos,” lembrou a secretária Marli Fernandes.
O prefeito Júnior da Femac destacou o esforço feito pela administração municipal para conter a disseminação do novo coronavírus em Apucarana. “Algumas das ações que nós já realizamos e que eu acredito que estão contribuindo para refrear a transmissão da doença são: distribuição de 50 mil frascos de sabonete líquido e de mais de 100 mil máscaras de proteção para a população, fechamento do comércio no início da pandemia, desinfecção diária de ambientes como praças, terminal do transporte coletivo e o entorno do Hospital da Providência, e a compra de mil testes rápidos para a Autarquia de Saúde. Em contrapartida, eu peço aos apucaranenses que cuidem bem de si mesmos e dos seus familiares, ficando em casa o máximo que puderem, usando as máscaras nas ruas e higienizando constantemente as mãos. Juntos, nós venceremos mais esse desafio,” declarou.


Levantamento vai mapear ecossistema de inovação de Apucarana e do Vale do Ivaí


O diagnóstico definirá os setores prioritários, o grau de maturidade do ecossistema, as vocações econômicas e os potenciais tecnológicos
(Foto: PMA)

Mais um importante passo foi dado para a implantação do Parque Tecnológico e de Inovação do Vale do Ivaí (Vale da Inovação). Com o apoio da Prefeitura de Apucarana, o Sebrae vai realizar um mapeamento do ecossistema de inovação de Apucarana e de municípios da região. O estudo é um dos requisitos necessários para fazer o cadastramento do “Vale da Inovação” junto à Secretaria de Estado da Tecnologia.
O assunto foi debatido nesta terça-feira (26/05) em reunião realizada no gabinete do prefeito de Apucarana, Junior da Femac, e contou com a presença de representantes da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (Acia), universidades, Sebrae e da governança do Projeto Conecta.
Junior da Femac afirma que o levantamento será realizado nos próximos 90 dias, reunindo informações de estudos já existentes e de informações que serão colhidas em trabalho de campo. “O levantamento aproveitará o que já existe, como o banco de dados do Metrópole Norte, do Programa Municipal de Atração de Investimentos de Apucarana (PMAI) e estudos sobre as potencialidades do Vale do Ivaí”, cita Junior da Femac.
O diagnóstico definirá os setores prioritários, o grau de maturidade do ecossistema, as vocações econômicas e os potenciais tecnológicos. “Vamos levantar quais são as vocações econômicas, quanto cada uma delas representa somando-se os empregos e o valor de riqueza gerado. Depois, o estudo vai fazer o cruzamento das vocações com o potencial tecnológico”, esclarece Junior da Femac.
O cruzamento das informações, de acordo com o prefeito de Apucarana, norteará os caminhos que serão seguidos para implantar o centro e, posteriormente, o parque tecnológico. “Queremos que produtos novos e processos inovadores sejam desenvolvidos na região, gerando riquezas e retendo os talentos das nossas universidades. Uma das reconhecidas vocações do Vale do Ivaí é o agro, mas quase toda tecnologia, produtos e insumos vêm de fora” exemplifica Junior da Femac, citando ainda a construção, o vestuário e a educação como outras vocações regionais.
O vice-presidente da Acia, Wanderlei Faganello, afirma que o estudo focará três pilares: inovação tecnológica, a promoção comercial e a melhoria do ambiente de negócios. “Esse diagnóstico é um dos requisitos para que possamos fazer o pré-credenciamento da iniciativa junto à Secretaria de Estado da Tecnologia, através do Sistema de Parques Tecnológicos do Estado do Paraná (Separtec)”, reitera Faganello.
Tiago Cunha, consultor do Sebrae, afirma que o estudo seguirá os parâmetros da Fundação Certi, reconhecida nacionalmente por pesquisas na área de inovação. “Vamos utilizar os dados já existentes de estudos anteriores e também fazer um trabalho de campo, que é um procedimento mais demorado pois vamos visitar todos os ativos de inovação. Vamos verificar quais são as incubadoras existentes na região e os centros de ensino e pesquisa, bem como as ações efetivas de inovação”, cita o consultor do Sebrae, afirmando ainda que após o diagnóstico será feita uma análise detalhada dos ativos de inovação e elaborado um plano de ação.


Prefeitura moderniza eixos comerciais no centro e nos bairros


Nesta semana, os serviços avançaram na Rua Oswaldo Cruz, que nas últimas décadas desenvolveu naturalmente a vocação comercial e se transformou em região gastronômica
(Foto: PMA)

A Prefeitura de Apucarana está ampliando o processo de modernização de ruas comerciais no centro e nos bairros. Nesta semana, os serviços avançaram na Rua Oswaldo Cruz, que nas últimas décadas desenvolveu naturalmente a vocação comercial e se transformou em região gastronômica. Recentemente foram instalados dois novos semáforos na via e agora estão sendo implantados 94 postes republicanos para reforçar a iluminação.
O prefeito de Apucarana, Junior da Femac, vistoriou o serviço nesta terça-feira e conversou com moradores e comerciantes. “Estamos fazendo esse trabalho de modernização das ruas comerciais por toda a cidade. Aqui na Rua Oswaldo Cruz, essa iniciativa passa por várias ações, como a instalação de semáforos no cruzamento com a Gastão Vidigal e outro com a Ítalo Ado Fontanini”, cita.
No tocante aos postes republicanos, Junior da Femac afirma que estão sendo colocadas lâmpadas de 400 watts de vapor metálico, privilegiando o pedestre. “A rua continua com a iluminação convencional e agora ganha o reforço dos postes republicanos, que ajudarão no deslocamento do pedestre, vão gerar maior segurança aos comerciantes e que ainda possuem o apelo turístico”, assinala Junior da Femac.
O prefeito lembra que já existiam postes republicanos entre as ruas Munhoz da Rocha e Nagib Daher. “Agora vamos levar essa iluminação diferenciada até a Rua Paulo Frontin, numa extensão de cerca de 1.500 metros. Os postes estão sendo colocados nos dois lados da via, a uma distância média de cerca de 17 metros, de maneira que o impacto visual será enorme”, ressalta Junior da Femac.
INTERVENÇÕES NOS BAIRROS – O prefeito de Apucarana destaca ainda que o mesmo trabalho de modernização de ruas comerciais está sendo feito também nos bairros. “Temos como exemplos a Avenida Pinho Araucária que está sendo totalmente reconstruída, a Avenida Central do Paraná que ganhou uma nova rotatória e o acesso à Universidade Tecnológica Federal onde fizemos da modernização da rotatória”, pontua.
A próxima região onde a Prefeitura vai promover intervenções é a Rua Padre Severino Cerutti. “É uma rua que começa também a se desenvolver comercialmente e neste momento vamos implantar uma rotatória nas proximidades do Colégio São José”, anuncia.
TÉCNICA NÃO DESTRUTIVA – O tipo de serviço empregado para fazer o lançamento subterrâneo da tubulação chamou a atenção de moradores e comerciantes da Rua Oswaldo Cruz. “Não precisou fazer valetas nem arrebentar a calçada. O serviço foi feito com máquina e isso foi bom pois, além de termos uma iluminação melhor, também não precisou fazer sujeira”, elogiou Maria Sidinei Dimiciana, moradora da Rua Oswaldo Cruz.
O engenheiro eletricista Lafayete Luz, diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), afirma que o projeto foi concebido para diminuir os transtornos. “Pelo método convencional, ficaria muita terra na porta das lojas. Tendo em vista o comércio e o fluxo intenso de pessoas, optamos pelo Método Não Destrutivo (MND). São máquinas que lançam por debaixo do solo a tubulação, evitando a abertura de valetas. Trabalhamos por cerca de quinze dias na preparação das bases e muitas pessoas sequer perceberam o que estava acontecendo”, observa Lafayete.


terça-feira, 26 de maio de 2020

Gleisi rebate Ciro e Marina: “PT não faz autocrítica. Faz balanço político”


Presidente do PT criticou a ideia da frente antipetista e antibolsonarista: "Não sei o que ganham com isso. Em 2018, não aconteceu"
RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hofmann (PR), respondeu às posições explicitadas pelos ex-presidenciáveis Ciro Gomes (PDT-CE) e Marina Silva (Rede-AC), que se empenham em formar uma ampla frente de partidos de centro-esquerda, mas sem a presença do PT. Gleisi disse não entender o que Marina e Ciro ganham com um projeto que deseja ser antibolsonarista e antipetista.
“Eu queria saber onde é que o povo entra nesse projeto que deseja ser antipetista e antibolsonarista”, disse ao Metrópoles a presidente nacional da legenda.
“Eu, de fato, fico me perguntado o que o Ciro quer. Se isso vai facilitar algum projeto eleitoral. Vamos relembrar 2018, não aconteceu”, lembrou a petista.
Ciro, durante a disputa, acabou não chegando ao segundo turno na eleição que levou Bolsonaro ao poder. Fernando Haddad, apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se encontrava preso, acabou ficando em segundo lugar.
“Autocrítica”
Ao falar sobre as exigências de Marina para que o partido faça uma “autocrítica” dos erros que cometeu, Gleisi foi enfática: “O PT não guarda mágoa e também não faz autocrítica. Como o PT é um partido político, faz balanço político, avalia suas estratégias e corrige rumos se for necessário”, enfatizou. “Essa coisa de guardar mágoa na política não constrói. O PT não guarda mágoa. O PT é uma organização política, um instrumento de luta pelo trabalhador.”
Em recente entrevista ao Metrópoles, Marina apontou como impeditivo de uma aliança com o partido, ao qual pertenceu, a falta de uma autocrítica dos erros que teria cometido enquanto estava no poder. Essa cobrança esteve bastante presente nas discussões eleitorais em 2018. “Quem não faz autocrítica dos gravíssimos erros éticos está disposto a continuar com as mesmas práticas e atitudes”, disse Marina.
“O nosso foco sempre foi a defesa dos direitos da população, e acho que fizemos muitas coisas caminhando conjuntamente com esses partidos. Com o PDT, com o PSB e com a própria Rede. Estivemos unidos em votações no Congresso Nacional, contra a Reforma da Previdência, contra a Emenda Constitucional 95. A nossa luta por democracia passa a ser sentida pelo povo, no dia a dia. Ter acesso a políticas públicas estruturadas, ter acesso a renda, a emprego. O nosso lado é esse. Essas pautas que estou falando acredito que são as que esses partidos defendem. Se eles não estiverem com o PT, vão construir essa agenda com quem? Com a centro-direita? Aí vai ficar só na agenda da democracia formal, institucional?”, questionou.
“Nós queremos fortalecer a unidade do campo popular e democrático. Eu não vejo o que Ciro e Marina ganham com a exclusão do PT, ou achando que só o PT é a radicalidade do Bolsonaro”, argumentou a petista, citando vários momentos em que o PT esteve lado a lado com outros partidos de esquerda, entre eles o PDT e a Rede, para derrotar pautas prioritárias do governo de Jair Bolsonaro.
Frente do “anti”

Ciro e Marina estão em franca conversa e empenhados em atrair lideranças de legendas, algumas que estiveram nos governos petistas, mas que têm em comum, atualmente, a crítica ao partido e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nem que seja a cotidiana e resistente reclamação sobre o protagonismo que o PT teve nos últimos anos no campo progressista. A aposta é no fato de que o antipetismo e o antibolsonarismo são sentimentos fortes e consolidados na sociedade brasileira.

Diante dessa postura, Gleisi ainda argumentou que o PT acaba sendo visto em uma posição polarizada com Bolsonaro devido ao tamanho do partido e de sua trajetória política. Ela ressalta, no entanto, que as lutas da legenda são iguais às dos demais partidos do campo progressista, e por isso defende a união de forças.
“O PT é o que é, tem o tamanho que tem, governou o Brasil, implantou vários projetos, tem uma liderança como o Lula, que é a maior liderança política e popular do Brasil. Acaba sendo uma referência maior no campo opositor a Bolsonaro. Não é porque quer. Acaba sendo pelo seu tamanho, pelo seu peso e pela sua história”, destacou.
Sobre a reclamação de que o partido assume tamanho protagonismo a ponto de não deixar que outras lideranças sujam, Gleisi enumerou momentos em que o partido abriu mão e posições na Câmara para aliados, em nome de manter a unidade na esquerda.
“O PT é o maior partido de oposição e não assumiu nem a Liderança da oposição (ocupada pelo deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) em 2029), nem a liderança da Minoria (ocupada pela a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ)) [em 2019]. Também abrimos vaga para a Rede na Comissão de Constituição e Justiça, tirando um deputado nosso e cedendo o lugar para a deputada Joênia Wapichama”, observou.
“Fomos atrás para formar um fórum de partidos de oposição, sempre chamando e conversando com os partidos. Agora, em 2020, essa situação se reverteu e o PT voltou a ocupar esses cargos. Estivemos sempre tentando a melhor forma possível em nome da unidade. Agora, ninguém pode querer que a gente se anule. Nós somos um partido político que tem sua história neste país, com 40 anos de existência”, destacou.
Fonte: Metrópoles