sábado, 2 de maio de 2020

Globo interrompe censura e destaca participação de Lula no 1º de Maio


O Jornal Nacional foi obrigado a interromper a censura contra Lula e destacou a participação do ex-presidente durante ato virtual das centrais sindicais em celebração ao 1º de Maio. O fato repercutiu nas redes

247 - O ato virtual das centrais sindicais por ocasião do 1º de Maio, Dia do Trabalho, obrigou o Jornal Nacional a interromper a censura e destacar os discursos dos ex-presidentes Lula e Dilma.
Durante o evento, que foi transmitido nas redes sociais, o tom das mensagens foi de união para enfrentar a pandemia do coronavírus e de crítica ao governo Jair Bolsonaro. 
O fato é considerado inédito pois a emissora tem ignorado os fatos quando o assunto é Lula. O ex-presidente chegou a cobrar do Jornal Nacional a veiculação de sua absolvição na farsa apresentada pelo ex-PGR Rodrigo Janot contra ele e a ex-presidente Dilma Rousseff. "Lula absolvido. Lula Livre. Cai a farsa do "quadrilhão", que Dallagnol usou de base do Power Point e Moro nas farsas judiciais contra Lula. Vai ter quantos minutos no @jornalnacional ?", cobrou o ex-presidente pelo Twitter
No últimos dias, em meio à crise do governo Bolsonaro, os ex-presidentes continuaram a ser excluídos da edição da Globo, enquanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi ouvido em três destas ocasiões e o ex-presidente José Sarney em uma.
Nas redes sociais, o fato repercutiu entre os internautas.

Bolsonaro divulga ataque ao STF e diz que “ninguém vai querer dar um golpe em cima de mim”


Bolsonaro divulgou no Facebook na manhã deste sábado vídeo com ataques ao STF e insinuou que a Corte planejaria “um golpe” contra ele. Redes sociais bolsonaristas estão divulgando a fake news sobre o STF intensamente desde a noite desta sexta
Foto: Reprodução)

247 - Jair Bolsonaro foi às portas do Palácio do Alvorada na manhã deste sábado para mais um encontro com os bolsonaristas que, cada dia em menor número, aglomeram-se em plena epidemia de coronavírus. No vídeo, editado pela Presidência e postado na página de Bolsonaro no Facebook, aparece um apoiador atacando o STF (Supremo Tribunal Federal). Em resposta, Bolsonaro diz: “Ninguém vai querer dar um golpe em cima de mim, não. Fiquem tranquilos”.
Bolsonaro disse ainda que “ninguém vai fazer nada ao arrepio da Constituição”, dando a entender que a Corte Suprema está agindo contra a Constituição. 
O bolsonarismo vive nas redes momento de  enorme agitação e agressividade. Desde a noite desta sexta-feira (1), a narrativa que povoa as redes de extrema-direita vinculadas a Jair Bolsonaro é a de que está em curso um golpe de Estado sob a liderança do STF para apeá-lo do poder. Leia aqui.
 Veja o vídeo divulgado por Bolsonaro no Facebook:

Participe da campanha de assinaturas solidárias do Brasil 247. Saiba mais.

Moro preparou dossiê com 15 meses de conversas com Bolsonaro para entregar à Polícia Federal


Depois de ajudar a eleger Jair Bolsonaro, Sergio Moro presta depoimento neste sábado contra seu ex-chefe
(Foto: Reuters)

Da revista Fórum – O ex-ministro da Justiça preparou um dossiê com o histórico de 15 meses de conversas no Whatsapp para provar as denúncias de interferência de Jair Bolsonaro no comando da Polícia Federal. O documento será entregue na manhã deste sábado (2) no depoimento que o ex-juiz da Lava Jato fará à própria PF.
Segundo a coluna de Guilherme Amado, na revista Época, Moro teria gravado em seu whatsapp áudios, conversas, links e imagens trocadas com Bolsonaro e organizou o acervo de forma voluntária para ser entregue durante seu depoimento, que acontece na sede da PF em Curitiba.
Augusto Aras, que se irritou com entrevista de Moro à Veja e assumiu a defesa de Bolsonaro, escalou três procuradores para acompanhar a oitiva: João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis Mesquita.
Fonte: Brasil 247


Barroso admite pela primeira vez que eleições de 2020 estão ameaçadas


"Por minha vontade, nada seria modificado porque as eleições são um rito vital para a democracia. Portanto, o ideal seria nós podermos realizar as eleições. Porém, há um risco real, e, a esta altura, indisfarçável, de que se possa vir a ter que adiá-las”, disse ele
Ministro Roberto Barroso durante sessão da 1ª turma do STF.
Ministro Roberto Barroso durante sessão da 1ª turma do STF. (Foto: Nelson Jr./SCO/STF 11/02/2020)

Sputnik – O ministro do STF Luís Roberto Barroso disse nesta sexta-feira (1º) que a realização das eleições municipais no Brasil neste ano corre "risco real" devido à pandemia do coronavírus. 
No final de maio, o juiz irá substituir Rosa Weber na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em evento virtual ao vivo transmitido pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o ministro do Superior Tribunal Federal (STF) afirmou que, por sua "vontade", "nada seria modificado", mas que o pleito pode ser adiado. 
"Por minha vontade, nada seria modificado porque as eleições são um rito vital para a democracia. Portanto, o ideal seria nós podermos realizar as eleições. Porém, há um risco real, e, a esta altura, indisfarçável, de que se possa vir a ter que adiá-las”, disse Barroso, segundo publicado pelo portal G1. 
O primeiro turno das eleições, que elegerá prefeitos e vereadores, está marcado para 4 de outubro, enquanto o segundo turno, quando houver, está previsto para 25 de outubro. Para que a data da votação mude é preciso aprovação do Congresso. 
'Máximo até dezembro'
Segundo Barroso, caso tenha que ser adiado, o pleito teria que ocorrer "em poucas semanas, no máximo até de dezembro, para não haver risco de se ter que prorrogar mandatos". 
O futuro presidente do TSE disse que é contra a ideia de realizar a eleição municipal somente em 2022, junto com o pleito nacional. A hipótese prorrogaria por dois anos os mandatos dos atuais prefeitos e vereadores. 
"Sou totalmente contra essa possibilidade. A democracia é feita de eleições periódicas e alternância no poder", afirmou. Além disso, argumentou que "o excesso de nomes para votação também comprometeria a qualidade do voto, para se fazer uma escolha consciente".


Moro começa a delatar Bolsonaro neste sábado


"Moro preferiu depor antes que assumisse o novo chefe da PF para não correr o risco de os integrantes da investigação serem nomeados pelo indicado de Bolsonaro que, mesmo se não for Alexandre Ramagem, o sonho do ainda presidente, deverá ser outro delegado com perfil bolsonarista", escreve o jornalista Alex Solnik

Há quatro dias, a 27 de abril, o ministro Celso de Mello, do STF, ao autorizar, a pedido da PGR, o início das investigações acerca das acusações do ministro da Justiça Sergio Moro ao presidente da República estipulou o prazo de 60 dias para o iníci0 dos trabalhos, com o interrogatório de Moro; ontem, 30 de abril, a pedido de um grupo de deputados encurtou o prazo para cinco dias; hoje no final da tarde Moro anunciou que vai depor amanhã mesmo, em pleno sábado.
Essa pressa, incomum em se tratando de STF, parece ter dois motivos.
Celso de Mello quer correr para concluir o processo ir a voto antes de se aposentar, em novembro próximo, quando então será substituído por alguém “terrivelmente bolsonarista” que jamais votará contra Bolsonaro.
Moro preferiu depor antes que assumisse o novo chefe da PF para não correr o risco de os integrantes da investigação serem nomeados pelo indicado de Bolsonaro que, mesmo se não for Alexandre Ramagem, o sonho do ainda presidente, deverá ser outro delegado com perfil bolsonarista.
A pressa também indica que Moro já deve estar separando provas de tentativas de interferência de Bolsonaro na PF há algum tempo, o dossiê está organizado e não devem ser poucas, dando o hábito do “chefe supremo” de se comunicar por whatsapp e escrever o que lhe vem na telha, o mais das vezes com o fígado.
Se não tivesse um arsenal de provas robusto, Moro não partiria para essa guerra surda e inesperada.
Ele passa, dessa maneira, de maior usuário do instituto da delação premiada, sem o qual não existiria a Lava Jato a delator - que pode ser tanto premiado quanto punido, a depender do rumo das investigações.
Uma guerra judicial entre Moro e Lula ou entre Bolsonaro e Lula poderia ocorrer, seria previsível, mas quem apostaria suas fichas, no ano passado, na previsão de que o grande duelo de 2020 seria entre Moro e Bolsonaro?
Nem Nostradamus se atreveria a fazer uma previsão tão inverossímil.
A pressa de Moro deverá acelerar a nomeação do substituto de Maurício Valeixo porque Bolsonaro não vai querer que a investigação corra solta por muito tempo.
Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia via Brasil 247


Após chamar promotora de 'desequilibrada', deputado paranaense é obrigado a apagar post

Filipe Barros (PSL): deputado foi denunciado por descumprir medidas sanitárias preventivas ao coronavírus quando liderou, em 15 de março, manifestações a favor do governo em Londrina.
Filipe Barros (PSL): deputado foi denunciado por descumprir medidas sanitárias preventivas ao coronavírus quando liderou, em 15 de março, manifestações a favor do governo em Londrina. (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)


A Justiça mandou o deputado federal paranaense Filipe Barros (PSL) excluir de seus perfis nas redes sociais publicações consideradas ofensivas contra a promotora Susana Lacerda, da 4ª Promotoria de Justiça de Londrina. Ela havia encaminhado notícia-crime aberta contra o parlamentar para a Procuradoria-Geral da República, o que o levou a chamá-la de 'desequilibrada'.
A decisão liminar foi proferida pelo juiz Jamil Riechi Filho em ação de indenização por danos morais apresentado contra o parlamentar. Na decisão, o magistrado ressaltou que a 'liberdade de expressão é um direito fundamental ao cidadão', mas que não pode ser utilizada para 'desrespeitar direitos ou garantias individuais dos cidadãos'.
A ação foi movida após Filipe Barros afirmar, pelo Twitter, que Londrina 'sofre por conta dos devaneios autoritários de uma promotora de justiça desequilibrada, a senhora Suzana Lacerda'. O parlamentar atribui à promotora o 'aumento exponencial dos moradores de rua, ideologia de gênero nas escolas e desemprego em massa'.
As declarações foram proferidas após Suzana Lacerda encaminhar notícia-crime envolvendo o deputado à Procuradoria-Geral da República, devido ao fato dele ter foro privilegiado e só poder ser investigado perante o Supremo Tribunal Federal.
Aliado do presidente, Barros foi denunciado por descumprir medidas sanitárias preventivas ao coronavírus quando liderou, em 15 de março, manifestações a favor do governo em Londrina. Na PGR, o caso foi arquivado.
Em nota, a Associação Paranaense do Ministério Público repudiou o parlamentar, afirmando que as declarações causam 'perplexidade' e evidenciam 'pleno desconhecimento das atribuições constitucionais e legais do Ministério Público'.
COM A PALAVRA, O DEPUTADO FEDERAL FILIPE BARROS
"Nem sequer sabia da existência dessa ação, já que não fui notificado da mesma. Ainda assim, faço questão de destacar que, se a promotora Susana Lacerda afirma sentir-se ofendida por eu ter mencionado seus devaneios autoritários, ela está comprovando tais devaneios autoritários ao entrar na Justiça para que eu apague posts de redes sociais. Ao que parece, ela ignora propositalmente a imunidade parlamentar para expressar opiniões, princípio garantido pela Constituição, e revela absoluta intolerância à liberdade de expressão. Trata-se, mais uma vez, de tentativa de censura".

fonte: Bem Paraná



sexta-feira, 1 de maio de 2020

Lula: este modelo de capitalismo está com os dias contados


Numa dura mensagem de Primeiro de Maio, o ex-presidente Lula afirma que a pandemia mostrou ao mundo que é o trabalho que sustenta o capital – e que as relações entre as duas forças devem mudar, em prol de um mundo mais justo e solidário
(Foto: Ricardo Stuckert)

247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou neste Primeiro de Maio uma contundente mensagem aos trabalhadores brasileiros. "O que nós esperamos, o que eu espero, é que o mundo que virá depois do coronavírus seja uma comunidade universal em que o homem e a mulher, em harmonia com a natureza, sejam o centro de tudo, e que a economia e a tecnologia estejam a serviço deles – e não o contrário, como aconteceu até hoje", disse ele. Confira, abaixo, o vídeo e leita também a íntegra do seu pronunciamento:



"Meus amigos e minhas amigas,
Trabalhadores e trabalhadoras do Brasil e do mundo,
Quero começar a minha fala prestando solidariedade aos familiares de todas as vítimas do coronavírus e a todos os trabalhadores e trabalhadoras que estão lutando para salvar vidas em todo o mundo.
Um vírus desconhecido conseguiu fechar fronteiras, trancar em casa mais de três bIlhões de seres humanos e mudar de maneira dramática a vida de cada um de nós. Há três meses estamos como num longo túnel sem fim, recebendo a cada dia notícias piores que as do dia anterior. A humanidade desperta todos os dias torcendo para que o número de mortos de hoje seja menor que o de ontem. Estamos vivendo os mais tenebrosos dias da nossa história.
O vírus, que ataca a todos, indistintamente, mostrou que a raça humana não é imortal e pode até desaparecer.
A História nos ensina, porém, que grandes tragédias costumam ser parteiras de grandes transformações.
O que nós esperamos, o que eu espero, é que o mundo que virá depois do coronavírus seja uma comunidade universal em que o homem e a mulher, em harmonia com a natureza, sejam o centro de tudo, e que a economia e a tecnologia estejam a serviço deles – e não o contrário, como aconteceu até hoje.
No mundo que eu espero depois da tragédia do coronavírus, o coletivo haverá de triunfar sobre o individual, a solidariedade e a generosidade triunfarão sobre o lucro.
Um mundo em que ninguém explore o trabalho de ninguém, um mundo em que se respeitem as diferenças entre um e outro, um mundo em que todos, absolutamente todos, disponham de ferramentas para se emancipar de qualquer tipo de dominação ou de controle.
Mas as grandes tragédias são também reveladoras do verdadeiro caráter das pessoas e das coisas. Não me refiro apenas ao deboche do presidente da República com a memória de mais de cinco mil brasileiros mortos pelo Covid.
A pandemia deixou o capitalismo nu. Foram necessários trezentos mil cadáveres para a humanidade ver uma verdade que nós, trabalhadores, conhecemos desde o dia que nascemos. A tragédia do Coronavírus expôs à luz do sol uma verdade inquestionável: o que sustenta o capitalismo não é o capital.
Somos nós, os trabalhadores. É essa verdade, nossa velha conhecida, que está levando os principais jornais econômicos do mundo, as bíblias da elite mundial, a anunciarem que o Capitalismo está com os dias contados. E está mesmo. Está moribundo. E está nas nossas mãos, nas mãos dos trabalhadores, a tarefa de construir esse novo mundo que vem aí.
O Brasil sempre foi uma terra de esperanças. Apesar das extremas dificuldades, nós que nascemos e vivemos aqui soubemos enfrentá-las e soubemos nos reinventar para crescer. O ódio e a ignorância se alimentam um do outro e são o oposto do que vai na alma brasileira. Como brasileiro, tenho a certeza que sairemos desta tragédia para um mundo melhor, para um Brasil melhor.
E é agora, em plena tempestade, que os brasileiros revelam o que são, o que somos: generosos, tolerantes, solidários. E é com esse espírito, essa alegria e essa criatividade que estamos todos lutando para sair das trevas e fazer chegar, o mais depressa possível, o amanhecer da justiça social, da igualdade e da liberdade.
Espero que a tragédia do Coronavírus seja a parteira do verdadeiro mundo novo que sonhamos.
Viva o povo trabalhador. Viva o Primeiro de Maio."
Luiz Inácio Lula da Silva


PGR escala três procuradores para acompanhar depoimento de Moro à PF


Após acusações feitas a Jair Bolsonaro pelo ex-ministro Sergio Moro, o ministro do STF Celso de Mello deu cinco dias para que Moro preste depoimento sobre suas declarações
Ex-ministro Sergio Moro 10/12/2019
Ex-ministro Sergio Moro 10/12/2019 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) escalou três procuradores para acompanhar o depoimento do ex-ministro Sergio Moro à Polícia Federal, informou a instituição nesta sexta-feira (1).
Os procuradores designados pela PGR são: João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis Mesquita.
Ao deixar o cargo de ministro da Justiça, Moro fez acusações contra Jair Bolsonaro, o que motivou um pedido de abertura de inquérito ao STF por parte da PGR.
O ministro do Supremo Celso de Mello autorizou o inquérito e deu o prazo de cinco dias para que Moro preste depoimento à PF.
O ex-ministro Moro afirmou que apresentará provas que mostram a tentativa de Jair Bolsonaro de interferir na Polícia Federal. 


PF prepara 'bote' em parlamentares bolsonaristas ligados às fake news


A suspensão da nomeação de Alexandre Ramagem para a PF propiciou que investigadores preparem uma ação contra parlamentares bolsonaristas supostamente ligados ao esquema de fake news
Carros da Polícia Federal
Carros da Polícia Federal (Foto: REUTERS/Nacho Doce)

247 - A suspensão da nomeação de Alexandre Ramagem para a direção-geral da Polícia Federal, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, terá consequências para parlamentares bolsonaristas, de acordo com Robson Bonin, da Veja.
A suspensão da Ramagem deu mais tempo para que investigadores preparem uma ofensiva contra parlamentares apoiadores de Jair Bolsonaro supostamente ligados ao esquema de propagação de fake news.

PF espera ataque de Bolsonaro após entrega de novo relatório sobre facada


Bolsonaro deve desfechar novo ataque contra a Polícia Federal, depois que novo relatório do órgão indicou que Adélio Bispo agiu sozinho ao esfaqueá-lo em Juiz de Fora (MG) durante a campanha eleitoral, em setembro de 2018
(Foto: ABR | Reuters)

247 - Delegados da Polícia Federal estão se preparando para uma nova investida de Jair Bolsonaro contra o órgão. Eles acreditam que ela virá, após a divulgação do novo relatório da PF mostrando que Adélio Bispo agiu sozinho, sem mandante ou participação de terceiros na facada de 2018. Bolsonaro usará isso para atacar a instituição e justificar a troca de comando. A informação é da colunista Bela Megale
O chefe da Abin, Alexandre Ramagem, já tinha decidido, de comum acordo com Bolsonaro, substituir o atual comando da PF em Minas Gerais, que lidera a investigação sobre a facada. A operação está suspensa com o cancelamento de sua nomeação como diretor-geral da instituição pelo Supremo.
Na última terça-feira (28), Bolsonaro disse que a investigação “vai ser reaberta” e que foi “negligenciada”. O presidente questionou a conclusão de um inquérito anterior também conduzido pela PF, que concluiu, ainda em 2018, que Adélio agiu sozinho.


PGR ao Itamaraty que recue da decisão de expulsar diplomatas venezuelanos do Brasil


Augusto Aras adverte que a decisão do governo Bolsonaro pode contrariar tratados e convenções internacionais. O governo da Venezuela já havia afirmado que “o pessoal diplomático e consular da Venezuela no Brasil não abandonará suas funções sob subterfúgios fora da lei internacional”
Augusto Aras, Jair Bolsonaro e Ernesto Araújo
Augusto Aras, Jair Bolsonaro e Ernesto Araújo (Foto: ABr)

247 - O procurador-geral da República, Augusto Aras, por meio de ofício enviado nesta sexta-feira (1) ao Itamaraty, pede que seja suspensa a decisão de expulsar diplomatas venezuelanos do Brasil.
Na última terça-feira (28), o Ministério de Relações Exteriores do Brasil comunicou que os 34 funcionários diplomáticos venezuelanos devem abandonar suas sedes e regressar à Venezuela no máximo até o dia 2 de maio.
A PGR afirma que a decisão pode contrariar tratados e convenções internacionais por conta da situação dos serviços de saúde na Venezuela em meio à pandemia do coronavírus.
O ofício também ressalta o risco de contágio ao qual os diplomatas estariam submetidos ao viajarem à Venezuela. 
Em comunicado oficial publicado nesta quinta-feira (30), o governo Maduro afirmou que “o pessoal diplomático e consular da Venezuela no Brasil não abandonará suas funções sob subterfúgios fora da lei internacional”. 


quinta-feira, 30 de abril de 2020

Juíza rejeita relatório médico e dá 48 horas para Bolsonaro entregar exames de coronavírus


Juíza Ana Lúcia Petri Betto decidiu que o documento enviado pela AGU não atende à determinação judicial e deu 48 horas para que Bolsonaro entregue à Justiça “os laudos de todos os exames” realizados para verificar se foi contaminado ou não pelo novo coronavírus
Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores em frente ao Palácio do Planalto durante manifestação, já em meio à epidemia do coronavírus
Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores em frente ao Palácio do Planalto durante manifestação, já em meio à epidemia do coronavírus (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - A juíza Ana Lúcia Petri Betto rejeitou nesta quinta-feira, 30, o laudo médico enviado pela Advocacia Geral da União (AGU) no qual atesta que Jair Bolsonaro se encontra "assintomático" para o novo coronavírus. 
A juíza decidiu que o documento não atende de forma integral a determinação judicial e deu 48 horas para que Bolsonaro entregue à Justiça “os laudos de todos os exames” realizados para verificar se foi contaminado ou não pelo novo coronavírus.
“Considerando que o documento juntado pela parte ré (relatório médico, datado de 18.03.2020 – id 31571155), não atende, de forma integral, à determinação judicial, renove-se a intimação da União, nos termos do id 31436976, para que, em 48 (quarenta e oito) horas, dê efetivo cumprimento quanto ao decidido, fornecendo os laudos de todos os exames aos quais foi submetido o Exmo. Sr. Presidente da República para a detecção da COVID-19, sob pena de fixação de multa de R$5.000,00 por dia de omissão injustificada”, determinou a juíza.
Jair Bolsonaro se negou a cumprir decisão judicial que determinou que ele apresentasse resultados dos exames para o coronavírus. A confirmação foi feita nesta quinta-feira, (30) pela Advocacia-Geral da União (AGU), que apresentou à Justiça Federal de São Paulo apenas a informação de que Bolsonaro testou negativo para covid-19.

Teich admite que Brasil pode ter mais de mil mortes por dia e diz que regras para fim da quarentena estão prontas


"O número de 1.000, se estivermos num movimento, num crescimento significativo da pandemia, é um número que é possível acontecer", disse o ministro da Saúde, ao mesmo tempo que anunciou o afrouxamento do isolamento social: “o mundo inteiro está fazendo isso”
Nelson Teich
Nelson Teich (Foto: Agência Brasil)

247 - O ministro da Saúde, Nelson Teich, admitiu em coletiva de imprensa nesta quinta-feira 30 que o número de vítimas fatais em razão da Covid-19 no Brasil pode ultrapassar de mil por dia.
No entanto, segundo ele, isso ocorrerá não por conta da quebra crescente do isolamento verificada em vários estados e defendida por Jair Bolsonaro, mas pelo movimento de aumento do número de óbitos.
"Em relação a um possível número de mortes, hoje a gente está perto de 500 mortes, 400. O número de 1.000, se estivermos num movimento, num crescimento significativo da pandemia, é um número que é possível acontecer. Não quer dizer que vai acontecer. A gente tem que acompanhar a cada dia para ver o que está acontecendo para tomar as decisões", disse Teich.
De acordo com balanço desta quinta-feira do Ministério da Saúde, o país registra 5.901 mortes em razão da doença no país, sendo 435 mortes nas últimas 24 horas.
Ao mesmo tempo, o ministro informou que as diretrizes para o afrouxamento da quarentena estão prontas, e o governo só avalia a melhor forma de anunciar. “Isso já foi feito, a questão agora é como veicular para que não se torne motivo de discórdia”, disse.
Segundo ele, não se trata de nada inovador, apenas segue o que outros países já estão fazendo, sem citar, no entanto, quais países, para efeitos de comparação com o Brasil sobre o andamento da pandemia. “Ninguém vai chegar aqui com uma coisa milagrosa, que nunca se viu antes. O mundo inteiro está fazendo isso. Várias cidades, que nem estão com a curva caindo, estão adotando a flexibilidade”, afirmou.
O número de mortos por dia, de acordo com ele, não é parâmetro para definir essa política. “O número de mortes adicional é muito triste. Mas não é porque eu tenho essa alteração do número de mortes que uma apolítica vai mudar. Então não adianta ficar escalando quantos morrem a mais todo dia, a política não é em função disso, é em função do grau de crescimento e da heterogeneidade que o país tem”, disse.


Bolsonaro descumpre ordem judicial, não entrega teste de coronavírus e você pagará a multa


Como Jair Bolsonaro se nega a entregar o teste de coronavírus, a União terá que pagar uma multa diária de R$ 5 mil, ou seja, sairá do bolso de todos os brasileiros. À Justiça, a AGU enviou laudo médico dizendo que Bolsonaro teve resultado negativo para dois testes
(Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - Jair Bolsonaro se negou a cumprir decisão judicial que determinou que ele apresentasse resultados dos exames para o coronavírus. A confirmação foi feita nesta quinta-feira, (30) pela Advocacia-Geral da União (AGU), que apresentou à Justiça Federal de São Paulo apenas a informação de que Bolsonaro testou negativo para covid-19. 
Em nota, a AGU disse que apresentou “relatório médico emitido em 18 de março de 2020 pela Coordenação de Saúde da Presidência da República, no qual é atestado que o presidente da República é monitorado pela respectiva equipe médica, encontrando-se assintomático, tendo, inclusive, realizado exame para detecção da covid-19, nos dias 12 e 17 de março, com o referido exame dando não reagente (negativo)”.
A Justiça, entretanto, quando pediu informações para a AGU, havia determinado a apresentação do exame. A juíza Ana Lúcia Petri Betto, da 14ª Vara Cível Federal de São Paulo, acatou pedido do jornal O Estado de S. Paulo e determinou que o veículo de comunicação tenha acesso aos testes de Covid-19 a que presidente Jair Bolsonaro se submeteu.
A magistrada estipulou um prazo de 48h para que a União forneça os "laudos de todos os exames" feitos pelo presidente da República para identificar a infecção pelo novo coronavírus. A magistrada também citou precedentes do Supremo Tribunal Federal e lembrou que "os mandantes do poder têm o direito de serem informados quanto ao real estado de saúde do representante eleito". 
Por fim, a juíza fixou multa de R$ 5 mil por cada dia de omissão injustificada no cumprimento da decisão.


Aécio Neves é denunciado pela PGR por propinas de R$ 65 milhões de construtoras


Símbolo maior da impunidade no Brasil, deputado é alvo de acusação de ter recebido R$ 65 milhões em propinas, sendo R$ 30 milhões da Odebrecht e R$ 35 milhões da Andrade Gutierrez
Aécio Neves diz que Congresso discute adiar eleições municipais para 2022
Aécio Neves diz que Congresso discute adiar eleições municipais para 2022 (Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS)

247 - O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (30), pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. 
A acusação é de Aécio ter recebido R$ 65 milhões em propinas, sendo R$ 30 milhões da Odebrecht e R$ 35 milhões da Andrade Gutierrez.
Em troca, o tucano teria beneficiado as companhias em obras de infraestrutura como o projeto do Rio Madeira e as usinas hidrelétricas de Santos Antônio e Jirau.
De acordo com a acusação, entre os envolvidos no esquema, estão Dimas Toledo, ex-diretor de Furnas, e o empresário Alexandre Accioly, que também foram denunciados pela PGR.
A acusação é baseada nas delações premiadas de executivos da Odebrecht. 
“As provas coligidas na investigação demonstraram a existencia de um pernicioso e perene esquema de troca de favores, cujo epicentro é Aécio Neves, configurando um sistema institucionalizado de corrupção”, escreve a subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo.
Aécio já é réu em outro caso em que é acusado de receber 2 milhões de reais em propina da JBS.


Brasil é o 2º país em novos casos e 3º em novas mortes por covid-19

(Foto: Sesa)


Os 7.218 casos de covid-19 nas últimas 24 horas no Brasil fizeram com que o País ficasse de novo na segunda posição entre os países que mais registraram novos casos de covid-19 no mundo, repetindo o feito desta quarta-feira e ficando atrás somente dos Estados Unidos, que somaram 26.512 contaminações pelo coronavírus entre ontem esta quinta-feira, 30.
Em relação às mortes nas últimas 24 horas, as 435 vítimas fatais da covid-19 no Brasil colocaram o País na terceira posição das nações com mais óbitos pela doença no período, atrás também dos Estados Unidos (2.552 mortes) e do Reino Unido (674 mortes).
As novas 7.218 contaminações também são o novo recorde de infecções em um período de 24 horas registrado no Brasil.
Desde o começo do surto do coronavírus, 85.380 pessoas foram infectadas e 5.901 morreram no Brasil por causa da covid-19. Ontem, o País já havia superado a China no número total de óbitos e hoje superou a nação asiática, primeiro epicentro do coronavírus, também no número total de contaminados. A China registra até o momento 83.944 casos de covid-19 e 4.637 vítimas fatais, segundo compilação feita pela Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.
Globalmente, ainda de acordo com a universidade americana, 3.255.454 pessoas foram contaminadas e 231.415 morreram em decorrência da pandemia.
Fonte: Bem Paraná com Gregory Prudenciano do Estadão Conteúdo


Paraná já soma mais de 1,4 mil casos de Covid-19. Número de óbitos chega a 86

(Foto: Bernardo Portella/Fiocruz)


A Sesa divulgou o informe sobre pacientes do novo coronarvírus, no total são 1407 confirmações e 86 óbitos residentes do Estado. 915 já são considerados recuperados e estão liberados do isolamento.
A Secretaria de Saúde do Paraná divulgou um novo informe sobre a situação da Covid-19 no estado.  Até a quinta-feira (30), 1407 pessoas tiveram confirmado o diagnóstico para o novo coronavírus. Destas, 915 já foram liberadas do isolamento e são, portanto, consideradas recuperadas. Outras 86 pessoas morreram em consequência da Covid-19.
Do total de óbitos de residentes no Estado, as quatro pessoas que morreram nas últimas 24 horas três residiam em Curitiba (dois homens com idade de 80 e 77 anos e uma mulher de 87 anos) e um homem em Foz do Iguaçu (com idade de 42 anos).
MUNICÍPIOS - 131 municípios paranaenses registram casos confirmados. As novas 77 confirmações estão em: Amaporã (1), Apucarana (1), Araucária (1), Cambé (1), Campina Grande do Sul (1), Campo Mourão (1), Cascavel (3), Cianorte (1), Colombo (1), Cruzeiro do Sul (1), Curitiba (11), Fazenda Rio Grande (4), Foz do Iguaçu (3), Guarapuava (2), Guaratuba (1), Ivaí (1), Mandaguaçu (1), Mandirituba (1), Maringá (1), Mirador (2), Morretes (1), Nova Londrina (1), Paranavaí (3), Piraquara (1), Ponta Grossa (1), Santa Isabel do Ivaí (2), Santa Isabel do Ivaí (1), São João do Caiuá (6), Telêmaco Borba (6), Três Barras do Paraná (1) e Umuarama (2).
FORA DO PARANÁ – São 16 confirmações de Codiv-19 e dois óbitos pela doença de residentes de outros estados.
AJUSTES:
Um caso confirmado na data de 18/4 de Boa Vista da Aparecida foi excluído a pedido do município.
Um caso confirmado na data de 22/4 de Cascavel foi transferido para São José dos Pinhais
Um caso confirmado na data de 24/4 de Curitiba foi transferido para Pinhais
Um caso confirmado na data de 21/4 de Querência do Norte foi transferido para Planaltina do Paraná
Um caso confirmado na data de 18/4 de Boa Vista da Aparecida foi excluído a pedido do município.

Confira o informe completo clicando aqui.