"Por
minha vontade, nada seria modificado porque as eleições são um rito vital para
a democracia. Portanto, o ideal seria nós podermos realizar as eleições. Porém,
há um risco real, e, a esta altura, indisfarçável, de que se possa vir a ter
que adiá-las”, disse ele
Ministro Roberto Barroso durante sessão da 1ª turma do STF. (Foto: Nelson Jr./SCO/STF 11/02/2020) |
Sputnik – O ministro do STF
Luís Roberto Barroso disse nesta sexta-feira (1º) que a realização das eleições
municipais no Brasil neste ano corre "risco real" devido à pandemia
do coronavírus.
No final de maio, o juiz irá substituir
Rosa Weber na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em evento
virtual ao vivo transmitido pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB),
o ministro do Superior Tribunal Federal (STF) afirmou que, por sua
"vontade", "nada seria modificado", mas que o pleito pode
ser adiado.
"Por minha vontade, nada seria
modificado porque as eleições são um rito vital para a democracia. Portanto, o
ideal seria nós podermos realizar as eleições. Porém, há um risco real, e, a
esta altura, indisfarçável, de que se possa vir a ter que adiá-las”, disse
Barroso, segundo publicado pelo portal G1.
O primeiro turno das eleições, que elegerá
prefeitos e vereadores, está marcado para 4 de outubro, enquanto o segundo
turno, quando houver, está previsto para 25 de outubro. Para que a data da
votação mude é preciso aprovação do Congresso.
'Máximo até
dezembro'
Segundo Barroso, caso tenha que ser
adiado, o pleito teria que ocorrer "em poucas semanas, no máximo até de
dezembro, para não haver risco de se ter que prorrogar mandatos".
O futuro presidente do TSE disse que é
contra a ideia de realizar a eleição municipal somente em 2022, junto com o
pleito nacional. A hipótese prorrogaria por dois anos os mandatos dos atuais
prefeitos e vereadores.
"Sou totalmente contra essa
possibilidade. A democracia é feita de eleições periódicas e alternância no
poder", afirmou. Além disso, argumentou que "o excesso de nomes para
votação também comprometeria a qualidade do voto, para se fazer uma escolha
consciente".