A
investigação do STF sobre fake news está avançada na identificação de
assessores e empresários que financiam e articulam o esquema criminoso. Um dos
pivôs é Carlos Bolsonaro
(Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE) |
247 - Aliados de Jair Bolsonaro temem que o Supremo
Tribunal Federal (STF) determine a prisão de um de seus filhos, o vereador
Carlos Bolsonaro (RJ), considerado um dos pivôs de um esquema criminosos de
disseminação de fake news na internet. O inquérito sigiloso foi aberto no ano
passado e tem como relator o ministro Alexandre de Moraes.
A investigação
está bem avançada em identificar assessores e empresários por trás do
financiamento do esquema. De acordo com o BR Político,
antes que as apurações cheguem à família Bolsonaro, deputados e membros de
movimentos de mobilização de atos de rua devem ser chamados a depor, ter
conduções coercitivas, além de buscas e apreensão aprovadas ou prisões
preventivas decretadas.
O avanço das investigações aumenta ainda
mais a pressão em cima de Bolsonaro. O decano do
STF, Celso de Mello, pediu que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), se manifeste sobre o porquê de não dar seguimento aos pedidos de
impeachment.
O ministro também deve dar os primeiros
andamentos ao inquérito aberto a partir das declarações de Sérgio Moro. Em
coletiva de imprensa, na sexta-feira (24), o ex-juiz apontou crimes de
responsabilidade em Bolsonaro. "O presidente me relatou
que queria ter uma indicação pessoal dele para ter informações pessoais. E isso
não é função da PF", acrescentou.
A crise política aumentou no governo,
depois que Moro pediu demissão devido à exoneração de Maurício Valeixo da
Diretoria-Geral da PF determinada por Bolsonaro.
De acordo com pesquisa
Atlas Político, 54% dos brasileiros já apoiam o impeachment de
Bolsonaro.
Também vale ressaltar que o ministro
Gilmar Mendes deve negar liminar ao pedido do deputado federal Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP) para que seja impedida a prorrogação da CPMI das Fake News.
As fake news ganharam mais destaque no
noticiário em 2018, quando houve uma campanha ilegal contra o então
presidenciável Fernando Haddad (PT) financiada por empresas e que se
baseava na divulgação de fake-news (notícias falsas) no WhatsApp para
prejudicá-lo, conforme denunciou uma reportagem do
jornal Folha de S. Paulo. A matéria apontou, ainda, que cada contrato chega a
R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan.