sábado, 25 de abril de 2020

Governo venezuelano aprova créditos para aumentar produção agrícola durante pandemia


Apesar do bloqueio econômico, o presidente Nicolás Maduro anunciou crédito de cerca de R$ 123 milhões para agricultores
Todas as quartas-feiras, o presidente transmite resultados da agroindústria e anuncia novas medidas pelo canal de televisão estatal. - VTV
Com uma série de programas sociais, a Venezuela tenta reativar a indústria e garantir a produção de alimentos em nível nacional. Todas as semanas são realizadas as "Quarta-feiras de Economia Produtiva", dias em que o Executivo nacional se encontra com diversos setores da agroindústria do país. Segundo dados oficiais, a produção não petroleira equivale a cerca de 85% da atividade econômica nacional.
Na última quarta-feira, (22), o presidente Nicolás Maduro anunciou um crédito de 650 mil petros, aproximadamente R$ 123 milhões, para impulsionar o cultivo de 1,12 milhão de hectares, sendo 220 mil hectares para arroz e 900 mil para milho.
Em uma transmissão televisiva conjunta com os governadores dos estados de Portuguesa, Yaracuy, Cojedes, Guárico e Lara também foi anunciada a doação de 80 tratores como parte do Plano Cultivo 2020. Com os novos veículos, os agricultores da zona estão encarregados de produzir alimentos em 70 mil hectares. 
Oitenta tratores foram entregues pelo governo nacional a agricultores do estado de Lara como parte do Plano Cultivo 2020 / Últimas Notícias

"A Venezuela tem tudo para produzir alimento, para a indústria e quanto mais nos assediam, com perseguições financeiras e agora com a pandemia, isso nos dá mais força interior para levar o país adiante", afirmou o chefe de Estado durante transmissão em cadeia nacional.
Além disso,  os ministros de Alimentação e de Trabalho deram início a "rotas industriais contra a covid-19", viagens de funcionários públicos que fiscalizam a produção em diferentes polos.
Já a empresa de propriedade social AgroPatria, que fornece sementes, fertilizantes e agroquímicos ampliou até 8 de maio o período de desconto de 40% nos seus produtos, como parte do plano Semear 2020-2021. Durante a pandemia, a empresa adotou a mesma lógica de funcionamento do programa Yo Compro en Casa (Eu Compro em Casa), o que permite que os insumos agrícolas sejam encomendados por e-mail ou telefone. 
Aos programas nacionais se unem as iniciativas locais. No estado de Aragua, com suporte técnico do Estado, os agricultores do município de Urdaneta produzem cerca de 30 toneladas de cebola e até 80 toneladas de tomate por hectare cultivado. Dessa forma, na fronteira com os estados de Aragua e Guárico, região andina venezuelana, foram plantados 385 mil hectares de hortaliças.
5500 pequenos produtores do estado Guárico serão beneficiados com sementes, fertilizantes e agroquímicos pelo Plano Plantação Camponesa - ciclo de inverno 2020. / Últimas Notícias

No norte, em Maracaibo, capital do estado de Zulia, além de começar a implementar o plano Yo Compro En Casa para produtos da cesta básica alimentar que sejam não perecíveis, o governo local iniciou a Fundação de Mercados Populares e deu início a feiras de hortaliças. 
O consumidor pode escolher entre combos de 1,7 kg, 2,5 kg e 3,4 kg de batata, beterraba, cenoura, cebola, cebolinha e alho poró, pagando entre 130 mil bolívares a 280 mil bolívares (cerca de R$ 5 e R$ 12). 
Edição: Vivian Fernandes
Fonte: Brasil de Fato

Nova iluminação surpreende moradores e comerciantes do Jardim Colonial


Com investimento de R$2,6 milhões, com verba específica oriunda da Contribuição de custeio da iluminação pública (Cosip), os serviços fazem parte de um processo licitatório iniciado no ano passado 
(Foto: PMA)
O Jardim Colonial começou a conhecer nesta semana os benefícios de uma iluminação pública de qualidade. Parte integrante de um novo pacote de investimentos autorizado pelo prefeito Júnior da Femac, o bairro da zona leste de Apucarana recebe desde a quarta-feira (22/04) serviço de substituição de luminárias antigas vapor de sódio e de mercúrio, por novas de vapor metálico.
Os trabalhos são promovidos por uma empresa terceirizada contratada via licitação pela prefeitura através do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan). Morador há 30 anos da Rua Guaianazes, Valdomiro Jesus Paixão disse ter ficado surpreso positivamente com a mudança. “Agora podemos sair de casa mais tranquilos. A rua ficou muito mais clara, a gente vê longe. O serviço foi muito bem feito e, além de deixar o bairro mais bonito e seguro, trouxe tranquilidade a todos nós”, reforçou Paixão. Ele também destacou o sistema antivandalismo. “Perdi as contas de quantas vezes a lâmpada de frente de casa foi quebrada por pedrada e, pelo que fiquei sabendo, essa nova luminária é muito resistente, o que também é muito bom”, disse.
O também morador José Litro da Fonseca, conta que no primeiro dia da nova iluminação chegou a reunir a família na rua para apreciar o investimento público. “Ficou ótimo, espetacular. Já tínhamos iluminação, mas agora dá para ver a diferença, ficou muito mais iluminado. A luz pega o meu quintal inteiro e toda a rua, que em tempos de violência é muito importante. Dá para cuidar da nossa casa e ainda olhar a do vizinho quando ele sai, pois percebemos de longe se tem estranho rondando. Agradecemos ao prefeito por incluir nosso bairro para receber essas melhorias”, disse Fonseca, que reside há 23 anos na comunidade.
O proprietário do Mercadinho Colonial, Valdemar Barbosa da Silva, revelou que no dia em que as equipes estavam trocando as luminárias procurou saber se ficaria melhor. “Quando vi o resultado, no período da noite, fiquei impressionado. Não acreditava que ia ficar tão bom quanto ficou. Neste período do ano, que escurece mais cedo, posso trabalhar até as 19h30 com mais segurança. Tinha dia que fechava mais cedo devido à escuridão”, revelou o comerciante que atua no bairro há 21 anos.
Com investimento na ordem de R$2,6 milhões com verba específica oriunda da Contribuição de custeio da iluminação pública (Cosip), os serviços realizados no Jardim Colonial fazem parte de um processo licitatório iniciado ainda no ano passado, antes da pandemia do novo coronavírus, e prevê a troca de 4.133 luminárias ultrapassadas de vapor de mercúrio e de vapor de sódio, por novas vapor metálico e de tecnologia LED, em diversos bairros e área central de Apucarana.
O prefeito Júnior da Femac faz questão de frisar que a prioridade máxima no município neste momento é o enfrentamento do novo coronavírus (Covid-19). “Neste caso, é importante que a sociedade saiba que se trata de um recurso “carimbado”, considerando que ele é arrecadado pela prefeitura por meio da fatura da Copel e só pode ser utilizado para este fim”, explica o prefeito.
Além do Jardim Colonial, a primeira fase do pacote de obras vai atender a outros sete bairros da região leste da cidade, sendo os jardins Aviação e Santos Dumont, residenciais Sumatra 1, 2 e 3, Residencial Jaçanã e Jardim Santiago, onde serão substituídas 750 luminárias antigas vapor de mercúrio de 80 watts e vapor de sódio de 70 watts por novas de vapor metálico de 100 e 150 watts. O ganho em eficiência com as novas luminárias é enaltecido pelo diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), engenheiro eletricista Lafayete dos Santos Luz. “A partir de 2013, a gestão Beto Preto tem promovido gradativa modernização de todo o parque de iluminação pública de Apucarana, que conta com cerca de 18 mil luminárias. O que outros bairros já receberam em 2016, envolvendo a troca de outras 5 mil luminárias, estes novos bairros começam a vivenciar a partir de agora, pois estão recebendo uma iluminação robusta, eficiente em luminosidade e durabilidade”, relata Luz.
Realizados por uma empresa especializada contratada pelo município via licitação, os equipamentos adquiridos são os mais modernos disponíveis no mercado, possuindo como diferencial um sistema de proteção antivandalismo (pedradas). “São materiais de padrão internacional, bastante utilizados em cidades da Europa, como por exemplo, Genebra, na Suíça”, relata Luz. De acordo com ele, o início dos trabalhos pela região leste é simbólico. “Revela mais uma vez uma das principais bandeiras da gestão Beto Preto e Júnior da Femac, que é atender a cidade dos bairros para o centro”, pontua.
Das 4.133 luminárias que serão trocadas, 3 mil lâmpadas serão de vapor metálico, sendo 2,2 mil de 100 watts e 800 unidades de 150 watts. As demais 1.133 luminárias serão de LED e vão atender vias de maior fluxo. A vencedora da licitação foi a empresa M.S. Iluminação e Eletricidade Ltda, de Apucarana, que tem 270 dias para executar os serviços.


Prefeitura organiza distribuição de máscaras para a população


Distribuição que começa na segunda-feira será feita nos bairros com auxílio do 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado (30º BIMec) e, para os moradores da área central, pela equipe da Secretaria Municipal de Esportes através de um “drive-thru” instalado no Lagoão
(Foto: PMA)
Apucarana recebeu nesta sexta-feira (24/04) um lote com 104.450 máscaras de tecido laváveis, de um total de 150 mil unidades adquiridas pela prefeitura, que começam a serem distribuídas gratuitamente à população a partir desta segunda-feira (27/04) dentro da estratégia de combate à disseminação do novo coronavírus (Covid-19).
Coordenadas pelo secretário Municipal de Gestão Pública, Nicolai Cernescu Júnior, as equipes iniciaram de imediato a organização da logística de distribuição que será feita nos bairros com auxílio de 186 soldados do 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado (30º BIMec) e, para os moradores da área central, pela equipe da Secretaria Municipal de Esportes através de um “drive-thru” instalado no Complexo Esportivo José Antônio Basso (Lagoão) e que vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas.
O prefeito Júnior da Femac salienta que os equipamentos de proteção individual foram fabricados em Apucarana e o objetivo é que cada habitante receba uma máscara. “Contamos com o bom senso de todos. Os soldados do Exército estarão percorrendo casa por casa em nossos bairros, então, se você tem cinco pessoas pegue cinco máscaras, nenhuma a mais ou a menos, para que todos possam ser atendidos em nossa cidade”, ponderou o prefeito Júnior da Femac.
Se por algum motivo a pessoa não estiver em casa e não conseguir pegar a máscara quando o Exército passar, o planejamento envolve disponibilização de máscaras em igrejas (católicas e evangélicas) e escolas municipais para garantir que todos recebam o equipamento de proteção individual. “Agradeço a toda nossa equipe envolvida nesta operação e ao tenente-coronel Alexandre Colombo, comandante do 30º BIMec. Obrigado por atender ao nosso pedido e se prontificar em ajudar. O 30º é um grande orgulho de Apucarana”, destacou o prefeito Júnior da Femac.
A máscara de proteção contra o novo coronavírus (Covid-19) é tem obrigatório em Apucarana, medida que foi estabelecida pelo decreto 150/2020. Sem o equipamento de proteção individual, a pessoa não pode embarcar no transporte público coletivo e ter acesso ao terminal urbano, utilizar o serviço de táxi ou transporte compartilhado de passageiros, nem mesmo ter acesso e permanência em qualquer estabelecimento comercial ou repartição pública da cidade.
No início da pandemia a administração municipal já havia comprado 100 mil máscaras descartáveis destinadas para nossas equipes de saúde, assistência social, órgãos de segurança e Hospital da Providência.


sexta-feira, 24 de abril de 2020

Jurista recomenda a Bolsonaro que alegue insanidade


Batalha contra Bolsonaro no campo moral é perdida, diz pesquisador ...

Coautor do pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT), o jurista Miguel Reale Jr. avalia que as afirmações feitas nesta sexta (24) pelo ministro Sergio Moro de que o presidente Jair Bolsonaro queria interferir na Polícia Federal e ter acesso a informações confidenciais é “a consagração” para o impedimento de Bolsonaro.
“Ele demonstrou uma conduta de falta de decoro ao longo do tempo”, afirma Reale Jr., citando as idas do presidente a manifestações que pedem a volta do AI-5, sua desobediência às recomendações da Organização Mundial da Saúde para prevenção da Covid-19 e as ofensas a jornalistas e “as bananas que ele mostra”.
“Já tem base para pedido de impeachment há algum tempo. Essa é a penas a consagração”, diz ele, referindo-se às afirmações de Moro. “É uma afronta ao poder Judiciário, porque a Policia Federal é uma policia judiciária.”
Para ele, Bolsonaro age “como um bêbado, que a cada dia vai dando um sinal de bebedeira até o momento em que ele cai no meio do salão. Hoje ele caiu.”
“Eu diria que se eu fosse o advogado do Bolsonaro, a única saída é arguir que ele é insano. Inimputável. E pedir exame de sanidade.” ​
Fonte: blog da Cidadania

Sergio Moro rebate declaração de Bolsonaro sobre indicação ao STF


"Se fosse esse o meu objetivo, teria concordado ontem com a substituição do Diretor Geral da PF", escreveu Moro.

Sergio Moro rebate declaração de Bolsonaro sobre indicação ao STF
Reprodução / Instagram

Logo após o final do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro sobre a saída de Sergio Moro, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública usou o Twitter para rebater uma declaração dada. Segundo Bolsonaro, Moro teria condicionado a saída de Maurício Valeixo à sua ida ao Supremo Tribunal Federal. 
"A permanência do Diretor Geral da PF, Maurício Valeixo, nunca foi utilizada como moeda de troca para minha nomeação para o STF. Aliás, se fosse esse o meu objetivo, teria concordado ontem com a substituição do Diretor Geral da PF", escreveu Moro. 

Fonte: Notícias ao Minuto

Bolsonaro pediu a Moro que blindasse Carlos Bolsonaro, pivô do gabinete do ódio


O estopim da demissão de Sérgio Moro teria sido a exigência do próprio Jair Bolsonaro de que a Polícia Federal e Moro segurassem a investigação que aponta para a participação de Carlos Bolsonaro nos ataques virtuais a autoridades como ministros do STF
Sérgio Moro, Carlos Bolsonaro e Jair Bolsonaro
Sérgio Moro, Carlos Bolsonaro e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | Reprodução)

247 - Outro motivo além da demissão do diretor-geral da Polícia Federal, Mauricio Valeixo, desencadeou o pedido de demissão de Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública. 
Teria sido a exigência do próprio Jair Bolsonaro de que a Polícia Federal e Moro segurassem a investigação que aponta para a participação do vereador Carlos Bolsonaro em um esquema de ataques virtuais a autoridades como ministros do Supremo Tribunal Federal e propagação de fake news.
"Nos últimos dias, Bolsonaro recebeu informações de que o inquérito sigiloso que apura fake news e ofensas contra autoridades, tocado pelo ministro Alexandre de Moraes no STF, obteve indícios contundentes  do envolvimento do vereador Carlos, o filho Zero Dois e apontado como criador do chamado gabinete do ódio — um grupo que usaria as dependências do Palácio do Planalto para promover campanhas virtuais contra adversários do governo. Mais que isso: os investigadores colheram elementos sugerindo que essas são financiadas por empresários ligados ao presidente", diz a revista Veja
Ao anunciar seu pedido de demissão, o ministro denunciou a interferência do presidente da República na Polícia Federal. Bolsonaro, segundo ele, queria colocar uma pessoa de confiança para ter acesso a informações e relatórios de inteligências de investigações em andamento.


Moro aponta crime de responsabilidade de Bolsonaro: “queria alguém na PF para passar informações sigilosas”


Sergio Moro caiu atirando e abriu caminho para o impeachment de Jair Bolsonaro ao apontar que ele cometeu mais um crime de responsabilidade: o de trocar o diretor da PF para ter alguém que o avisasse sobre as investigações de crimes ligados à sua família
Jair Bolsonaro e Sérgio Moro
Jair Bolsonaro e Sérgio Moro (Foto: Carolina Antunes/PR)

247 - Em pronunciamento à imprensa na manhã desta sexta-feira 24, no qual anunciou sua saída do Ministério da Justiça e do governo, Sergio Moro apontou mais um crime de responsabilidade de Jair Bolsonaro, fortalecendo a abertura do caminho para seu impeachment. Segundo Moro, Bolsonaro quis trocar o comando da Polícia Federal para obter informações sigilosas de investigações ligadas à sua família.
“O presidente me relatou que queria ter uma indicação pessoal dele para ter informações pessoais. E isso não é função da PF”, denunciou Moro. “Isso não é função do presidente, ficar se comunicando com Brasília para obter informações que são sigilosas. Esse é um valor fundamental que temos que preservar dentro de um Estado democrático de Direito”, avaliou, citando novamente o nome da ex-presidente Dilma Rousseff, sobre quem reconheceu ter dado autonomia à PF durante a Lava Jato.
"Falei ao presidente que seria uma interferência politica" a troca de Valeixo. "Ele disse que seria mesmo", relatou.
“Temos que garantir a autonomia da Polícia Federal contra interferências políticas”, defendeu Moro. “Ele havia me garantido autonomia”, lembrou, sobre Bolsonaro. Moro disse ainda que “poderia ser alterado o diretor da Polícia Federal desde que houvesse uma causa consistente", o que não era o caso. "Então realmente é algo que eu não posso concordar”, reforçou. 
Antes, Moro explicou que não era verdadeira a versão de que Maurício Valeixo, demitido da diretoria da PF, teria pedido para sair. “Há informações de que o Valeixo gostaria de sair, mas isso não é totalmente verdadeiro. O ápice da carreira de qualquer delegado é o comando da Polícia Federal. Depois de tantas pressões para que ele saísse, ele até manifestou a mim que seria melhor sair”, detalhou.
“Vou começar a empacotar minhas coisas e dar sequência à minha carta de demissão”, concluiu, sendo fortemente aplaudido pelos jornalistas.


Aras pede ao STF para investigar acusações de Moro contra Bolsonaro


O Procurador-Geral da República pediu que o STF abra inquérito para apurar crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação e obstrução de justiça possivelmente cometidos por Bolsonaro e delatados pelo ex-ministro Moro nesta sexta-feira
Augusto Aras e Jair Bolsonaro
Augusto Aras e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação)

247 - O Procurador-Geral da REpública, Augusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que abra inquérito para investigar supostos crimes cometidos por Jair Bolsonaro e delatados pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro nesta sexta-feira (24).
A PGR aponta crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de justiça, corrupção passiva privilegiada, denunciação caluniosa e crime contra a honra.
A decisão de abertura do inquérito precisa de aval do Supremo, que é dado pelo ministro relator ainda não definido.
“A dimensão dos episódios narrados revela a declaração de Ministro de Estado de atos que revelariam a prática de ilícitos, imputando a sua prática ao Presidente da República, o que, de outra sorte, poderia caracterizar igualmente o crime de denunciação caluniosa”, alega Aras.
“Indica-se, como diligência inicial, a oitiva de Sergio Fernando Moro, a fim de que apresente manifestação detalhada sobre os termos do pronunciamento, com a exibição de documentação idônea que eventualmente possua acerca dos eventos em questão", acrescenta.


Moro tem provas documentais para derrubar Bolsonaro


Interlocutores do ex-ministro da Justiça relataram que Sérgio Moro e Jair Bolsonaro tiveram inúmeras conversas pessoais e de governo pelo WhatsApp, que podem comprovar as acusações feitas pelo ex-juiz
Sérgio Moro e Jair Bolsonaro
Sérgio Moro e Jair Bolsonaro (Foto: Anderson Riedel/PR | Marcos Corrêa/PR)

247 - As acusações de Sérgio Moro contra Jair Bolsonaro estão respaldadas em provas documentais. 
Segundo os jornalistas Andreza Matais e Fausto Macedo, do Estado de S. Paulo, interlocutores do ex-ministro relataram ao Estado que Moro e Bolsonaro tiveram inúmeras conversas, pessoais e de governo, especialmente pelo WhatsApp, canal usado pelo presidente para dar ordens aos subordinados.
"Essas fontes observaram que Moro tem uma experiência de 22 anos na função de juiz criminal e sabe, como poucos, que não se acusa alguém sem provas concretas. Pelo menos sete crimes que Bolsonaro teria cometido foram apontados pelo ex-ministro no pronunciamento que fez nesta sexta-feira. Moro surpreendeu até sua equipe ao revelar com detalhes que o presidente manifestou interesse em interferir na autonomia da Polícia Federal. Ordens que ele nunca repassou. Bolsonaro nunca teve uma conversa a sós com o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo", afirmam os jornalistas. 


Bolsonaro diz que Moro tentou usar PF para chantageá-lo por uma vaga no STF


"Você pode indicar o Valeixo em novembro, depois que o senhor me indicar para o Supremo Tribunal Federal", disse Sérgio Moro, segundo Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro e Sérgio Moro
Jair Bolsonaro e Sérgio Moro (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Alessandro Dantas)

247 - Em pronunciamento ao vivo nesta sexta-feira, 24, Jair Bolsonaro rebateu denúncias contra o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. 
Bolsonaro disse que Moro condicionou a substituição do ex-diretor-geral da Polícia Federal Mauricio Valeixo à indicação do ex-juiz da Lava Jato para o Supremo Tribunal Federal. 
"Você pode indicar o Valeixo em novembro, depois que o senhor me indicar para o Supremo Tribunal Federal", disse Moro, segundo Bolsonaro. 
Em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira 17, horas depois de Sergio Moro ter anunciado sua saída do governo, Jair Bolsonaro partiu para cima do ex-ministro da Justiça e disse que não interferiu na Polícia Federal, como acusou o ex-juiz.
 “Eu não tenho que pedir autorização” para trocar comando da PF, declarou.
 Assista ao vivo:

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Sergio Moro, o juiz da Lava Jato, anuncia sua demissão do governo


O ministro avisou o presidente que não ficaria no governo com a saída do diretor-geral, escolhido por Moro para comandar a PF

Sergio Moro, o juiz da Lava Jato, anuncia sua demissão do governo
REUTERS

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro da Justiça, Sergio Moro, entregou o cargo nesta sexta-feira (24) e deixou o governo após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, ter sido publicada nesta madrugada no Diário Oficial da União. Ele anunciou a saída do governo a assessores mais próximos.
Conforme a Folha revelou, Moro pediu demissão a Jair Bolsonaro na manhã desta quinta (23) quando foi informado pelo presidente da decisão de trocar Valeixo. O ministro avisou o presidente que não ficaria no governo com a saída do diretor-geral, escolhido por Moro para comandar a PF.
A exoneração foi publicada como "a pedido" de Valdeixo no Diário Oficial, com as assinaturas eletrônicas de Bolsonaro e Moro.
Segundo a Folha apurou, porém, o ministro não assinou a medida formalmente nem foi avisado oficialmente pelo Planalto de sua publicação.Seu nome foi incluído no ato de exoneração pelo fato de o diretor da PF ser subordinado a ele. É uma formalidade do Planalto. Na avaliação de aliados de Moro, Bolsonaro atropelou de vez o ministro ao ter publicado a demissão de Valeixo durante as discussões que ainda ocorriam nos bastidores sobre a troca na PF e sua permanência no cargo de ministro.
Diante desse cenário, sua permanência no governo ficou insustentável e Moro decidiu deixar o governo.Moro topou largar a carreira de juiz federal, que lhe deu fama de herói pela condução da Lava Jato, para virar ministro. Ele disse ter aceitado o convite de Bolsonaro, entre outras coisas, por estar "cansado de tomar bola nas costas".Tomou posse com o discurso de que teria total autonomia e com status de superministro. Desde que assumiu, porém, acumula recuos e derrotas.Moro se firmou como o ministro mais popular do governo Bolsonaro, com aprovação superior à do próprio presidente, segundo o Datafolha.
Pesquisa realizada no início de dezembro de 2019 mostrou que 53% da população avalia como ótima/boa a gestão do ex-juiz no Ministério da Justiça. Outros 23% a consideram regular, e 21% ruim/péssima. Bolsonaro tinha números mais modestos, com 30% de ótimo/bom, 32% de regular e 36% de ruim/péssimo.
EM ATUALIZAÇÃO
Fonte: Noticias ao Minuto

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Brasil tem 407 mortes registradas em 24 horas por Coronavírus no dia 23/04



O Ministério da Saúde divulgou o balanço desta quinta-feira (23) da pandemia de Coronavírus no Brasil e os números são preocupantes.
Os principais dados são:
·    3.313 mortes, com 407 óbitos registrados nas últimas 24 horas
·  49.492 casos confirmados
·    1.172 mortes confirmadas nos últimos sete dias.
·   São Paulo tem 16.740 casos e 1.345 mortes.
Também segundo os dados do Ministério da Saúde, 25,3 mil pessoas conseguiram se recuperar da doença no Brasil.
Prefeitura abrirá 13 mil valas em cemitérios de São Paulo e aumentará capacidade para enterros
A prefeitura de São Paulo vai abrir 13 mil valas em cemitérios administrados pelo município e elevará em um terço a capacidade de realizar enterros em meio a pandemia de coronavírus, anunciou nesta quinta-feira o prefeito Bruno Covas (PSDB).
Ele disse que entre as ações, parte de um plano de contingência para o serviço funerário paulistano, também está a contratação de 8 câmaras refrigeradas para armazenar até mil cadáveres e o acréscimo de 36 novos carros funerários, mais que dobrando a frota atual de 32 veículos.
“O pior ainda está por vir”, disse Covas ao se referir à epidemia de Covid-19, doença respiratória provocada pelo novo coronavírus, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo, ao lado do governador João Doria (PSDB).
“A nossa preocupação é de estarmos preparados para organizar e minimizar a dor das famílias para que elas possam dar um sepultamento digno aos entes que vão ser perdidos. Por isso elaboramos um plano de contingência para que a gente possa ter um funcionamento adequado do serviço funerário aqui em São Paulo”, afirmou.
O prefeito disse que o município aumentará a capacidade de sepultamentos, atualmente em 240 enterros por dia, para 400, além de adquirir equipamentos de proteção individual para os agentes sepultadores da cidade e de flexibilizar o monopólio que a prefeitura detém sobre o serviço funerário.
“Estamos abrindo 13 mil novas valas, inclusive com apoio e utilização de quatro mini-retroescavadeiras, e se necessário vamos ter capacidade para poder trabalhar 24 horas por dia aqui na cidade de São Paulo”, disse.
“Amanhã publico um decreto flexibilizando o monopólio do serviço funerário na cidade de São Paulo para que todos os velórios e sepultamentos que acontecem nos cemitérios privados possam acontecer sem passar pelo serviço funerário da prefeitura”, acrescentou.
Covas também divulgou uma peça publicitária feita pela prefeitura que defende a necessidade da quarentena e do isolamento social para conter o avanço da doença, ao mostrar a situação a que chegou a cidade de Guayaquil, no Equador, onde o sistema funerário e de saúde entraram em colapso e cadáveres acabaram ficando pelas ruas.
Indagado se as medidas anunciadas nesta quinta apontam o número de mortos pelo Covid-19 que a prefeitura espera para a cidade de São Paulo, o prefeito respondeu: “A gente tem que estar preparado para os piores cenários.”
Com informações de agências.




Generais Ramos e Braga Netto tentam convencer Moro a ficar no governo


Diante da iminente troca no comando da Polícia Federal por Jair Bolsonaro, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, pediu demissão do cargo, de acordo com informações da Folha de S. Paulo
Luiz Eduardo Ramos, Sérgio Moro e Braga Netto
Luiz Eduardo Ramos, Sérgio Moro e Braga Netto (Foto: ABr)

247 - O ministro da Casa Civil, Braga Netto, e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, têm agora a missão de convencer o ministro da Justiça, Sérgio Moro, a não sair do cargo.
Diante da iminente troca no comando da Polícia Federal, atualmente de Maurício Valeixo, por Jair Bolsonaro, Moro teria pedido demissão, segundo informações de Leandro Colon, da Folha de S. Paulo.
De acordo com aliados de Moro, se Valeixo sair, o ministro sai junto. O diretor-geral da PF é homem de confiança do ex-juiz da Lava Jato.


Joice Hasselmann diz que Bolsonaro “amarelou” sobre troca de comando da PF e que "Moro é mais forte"


A deputada federal Joice Hasselmann afirma que Bolsonaro amarelou ao tentar tirar o comando geral da Polícia Federal das mãos de Maurício Valeixo, agradando desta forma Sergio Moro e evitando a demissão do ministro
Joice, sobre pronunciamento de Bolsonaro: 'irresponsável, inconsequente e insensível'
Joice, sobre pronunciamento de Bolsonaro: 'irresponsável, inconsequente e insensível' (Foto: Valter Campanato/Agencia Brasil)

247- A deputada federal Joice Hasselmann usou sua conta no Twitter para afirmar que Bolsonaro "amarelou" ao tentar tirar  o comando geral da Polícia Federal das mãos de Maurício Valeixo, agradando desta forma Sergio Moro e evitando a demissão do ministro. 
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, condicionou sua permanência no cargo à escolha do substituto de Maurício Valeixo, atual diretor-geral da Polícia Federal, de acordo com O Antagonista.
Na tarde desta quinta-feira (23), foi veiculada por Leandro Colon, da Folha de S. Paulo, que Moro teria pedido demissão em decorrência do anúncio de que Jair Bolsonaro demitiria Valeixo.
 


Moro diz que fica no cargo se puder escolher substituto de Valeixo


O ministro da Justiça, Sérgio Moro, condicionou sua permanência no cargo à escolha do novo diretor-geral da Polícia Federal, hoje comandada por Maurício Valeixo. Novos nomes já são ventilados
Sérgio Moro
Sérgio Moro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - O ministro da Justiça, Sérgio Moro, condicionou sua permanência no cargo à escolha do substituto de Maurício Valeixo, atual diretor-geral da Polícia Federal, de acordo com O Antagonista.
Na tarde desta quinta-feira (23), foi veiculada por Leandro Colon, da Folha de S. Paulo, que Moro teria pedido demissão em decorrência do anúncio de que Jair Bolsonaro demitiria Valeixo.
Novos nomes para o comando da PF já são ventilados: o secretário de Segurança Pública, do Distrito Federal, Anderson Torres; o diretor da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagen; e o diretor do Departamento Penitenciário (Depen), Fabiano Bordignon.


Merval: Bolsonaro quer demitir Valeixo porque investigações sobre fake news se aproximam de Carlos Bolsonaro


Por conta da iminente demissão do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, ameaça se retirar do cargo "por sentir que perderá o poder que tem, e sobretudo o poder que acham que tem", segundo Merval Pereira
Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro e Maurício Valeixo
Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro e Maurício Valeixo (Foto: Divulgação | ABr)

247 - Jair Bolsonaro "chegou ao máximo da irritação" com o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, de acordo com o colunista Merval Pereira, do Globo.
A "irritação" se deve ao fato de que Valeixo manteve no novo inquérito aberto pelo Procurador-Geral da República, Augusto Aras, para investigar atos contra a democracia no último domingo (19), a mesma equipe que investiga fake news que atacam membros do STF. Esta última investigação aponta para o envolvimento do "gabinete do ódio” e de Carlos Bolsonaro no caso.
Para Merval, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, ameaça se demitir "por sentir que perderá o poder que tem, e sobretudo o poder que acham que tem". Ele ainda diz que Moro, se sair, só tem uma única opção: "sair atirando, para manter sua popularidade".


Moro pede demissão após anúncio de troca na PF por Bolsonaro


Jair Bolsonaro comunicou o ministro da Justiça nesta quinta-feira (23) sobre sua intenção de trocar a diretoria-geral da Polícia Federal, hoje comandada por Maurício Valeixo. Moro disse que sairá caso haja a mudança
Jair Bolsonaro e Sérgio Moro
Jair Bolsonaro e Sérgio Moro (Foto: Adriano Machado/Reuters)
 247 - O ministro da Justiça, Sergio Moro, ameaçou se demitir do governo após ser comunicado por Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (23) que haverá uma troca nos próximos dias da diretoria-geral da Polícia Federal, hoje comandada por Maurício Valeixo.
A informação é de reportagem de Leandro Colon, da Folha de S.Paulo. Segundo ele, Bolsonaro tenta agora reverter o pedido de demissão do ex-juiz da Lava Jato. Valeixo é ligado a Moro, foi escolhido por ele para o cargo e um nome importante da operação em Curitiba.
Na Globonews, a jornalista Delis Ortis disse que o ministro não chegou a pedir demissão. O encontro de Moro com Bolsonaro, segundo ela, foi para o presidente comunicar que pretende substituir Valeixo. Sem Valeixo, Moro deixou claro que não gostaria de ver uma nomeação política.
Não é a primeira vez que Bolsonaro ameaça trocar o comando da PF, sobre a qual quer ter o domínio, em meio a investigações que envolvem sua família.