O
ministro avisou o presidente que não ficaria no governo com a saída do
diretor-geral, escolhido por Moro para comandar a PF
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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro da Justiça, Sergio
Moro, entregou o cargo nesta sexta-feira (24) e deixou o governo após a
exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, ter sido
publicada nesta madrugada no Diário Oficial da União. Ele anunciou a saída do
governo a assessores mais próximos.
Conforme
a Folha revelou, Moro pediu demissão a Jair Bolsonaro na manhã desta quinta
(23) quando foi informado pelo presidente da decisão de trocar Valeixo. O
ministro avisou o presidente que não ficaria no governo com a saída do
diretor-geral, escolhido por Moro para comandar a PF.
A
exoneração foi publicada como "a pedido" de Valdeixo no Diário
Oficial, com as assinaturas eletrônicas de Bolsonaro e Moro.
Segundo a
Folha apurou, porém, o ministro não assinou a medida formalmente nem foi
avisado oficialmente pelo Planalto de sua publicação.Seu nome foi incluído no
ato de exoneração pelo fato de o diretor da PF ser subordinado a ele. É uma
formalidade do Planalto. Na avaliação de aliados de Moro, Bolsonaro atropelou
de vez o ministro ao ter publicado a demissão de Valeixo durante as discussões
que ainda ocorriam nos bastidores sobre a troca na PF e sua permanência no
cargo de ministro.
Diante
desse cenário, sua permanência no governo ficou insustentável e Moro decidiu
deixar o governo.Moro topou largar a carreira de juiz federal, que lhe deu fama
de herói pela condução da Lava Jato, para virar ministro. Ele disse ter
aceitado o convite de Bolsonaro, entre outras coisas, por estar "cansado
de tomar bola nas costas".Tomou posse com o discurso de que teria total autonomia
e com status de superministro. Desde que assumiu, porém, acumula recuos e
derrotas.Moro se firmou como o ministro mais popular do governo Bolsonaro, com
aprovação superior à do próprio presidente, segundo o Datafolha.
Pesquisa
realizada no início de dezembro de 2019 mostrou que 53% da população avalia
como ótima/boa a gestão do ex-juiz no Ministério da Justiça. Outros 23% a
consideram regular, e 21% ruim/péssima. Bolsonaro tinha números mais modestos,
com 30% de ótimo/bom, 32% de regular e 36% de ruim/péssimo.
EM
ATUALIZAÇÃO
Fonte:
Noticias ao Minuto