terça-feira, 21 de abril de 2020

Joice Hasselmann diz que Eduardo Bolsonaro é criminoso, vagabundo e ainda será preso


Deputada que fez campanha para Jair Bolsonaro se revoltou na noite de ontem, ao novamente se tornar alvo do "gabinete do ódio”
Eduardo Bolsonaro e Joice Hasselmann
Eduardo Bolsonaro e Joice Hasselmann (Foto: Michel Jesus/ Câmara dos Deputados | Lula Marques)

247 – A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), que ajudou a eleger Jair Bolsonaro com fake news e discurso de ódio, se revoltou na noite de ontem ao novamente ser alvo do gabinete de ódio comandando pelo clã Bolsonaro. "Eduardo BOLSONARO é criminoso, integrante de uma quadrilha de fakenews e Juntou-se a um bando faminto q só quer morder $ público para espalhar calúnias. Envolveu minha família nas mentiras. Será processado e se houver alguma justiça nesse país ainda será preso. É um VAGABUNDO", postou ela em seu twitter.
"Hj eu e meu marido fomos atacados com mentiras por canalhas que, por falta de argumentos, partem para o jogo sórdido das falácias, como é característico dessa gente mau-caráter. Terão que responder na justiça pela covardia. Nenhum ato repudioso como o dessa gente passará impune!", escreveu ainda a deputada.


Globo aponta crime de Bolsonaro, mas se mantém bolsonarista


"Bolsonaro tem sido um fator de desestabilização", diz editorial do jornal da família Marinho. "Em suas idas e vindas, presidente ataca as instituições e recua, mas com isso aumenta as tensões no país"
(Foto: PR | Reprodução)

247 – O jornal O Globo, que também apoiou o golpe de 2016, reconhece que Jair Bolsonaro tem cometido crimes, mas se nega a abraçar o processo de impeachment. "Pode ser conveniente ao político Jair Bolsonaro avançar e recuar no seu radicalismo, mas não atende às exigências do cargo de presidente da República. A fórmula do ex-capitão de aumentar a carga ideológica do seu discurso de extrema direita para conclamar as claques que o apoiam quando se sente fragilizado, para depois voltar atrás, aumenta tensões já criadas pela maior crise da história ainda em sua fase inicial, também degrada a atmosfera política e atrapalha o próprio governo em ações para reduzir o número de mortes na epidemia da Covid-19 e conter ao máximo os estragos que a recessão já provoca no emprego e na área social. Bolsonaro presta um desserviço à nação e a ele", aponta o editorial desta terça-feira.
"Em nota divulgada ontem no final da tarde, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, registrou que as Forças Armadas são 'sempre obedientes à Constituição', e que elas se encontram em adaptação para combater o inimigo comum a todos, 'o coronavírus e suas consequências sociais'. Precisa ser interpretada corretamente por bolsonaristas", finaliza o editorial dos Marinho, reforçando a aposta de que as "instituições" controlarão o projeto de ditador.


Estadão reconhece que Bolsonaro sempre foi golpista e diz que quem seguir com ele será desmoralizado


Na eleição de 2018, o jornal da família Mesquita afirmou que seria uma "escolha muito difícil" optar entre o professor Fernando Haddad e o golpista Jair Bolsonaro
(Foto: Marcos Correa - PR)

247 – O jornal Estado de S. Paulo, que em 2018, às vésperas do segundo turno, disse ser muito difícil escolher entre o professor universitário Fernando Haddad e Jair Bolsonaro, hoje reconhece, em editorial, que Bolsonaro é e sempre foi golpista. 
"O presidente Jair Bolsonaro assumiu de vez que é candidato a caudilho", aponta o texto. "Não é possível dizer que Bolsonaro desta vez passou dos limites, pois, a rigor, ele já os havia ultrapassado quando, ainda militar, se insubordinou ou então, quando deputado, violentou o decoro parlamentar seguidas vezes. No primeiro caso, recebeu uma punição branda; no segundo, nem isso. Ou seja, a pusilanimidade das instituições ao lidar com Bolsonaro deu-lhe a segurança de que, para ele, não há limites, salvo os ditados por seu projeto autoritário de poder", revela o texto.
"É reconfortante, no entanto, observar que, desta vez, integrantes de todas as instituições da República se manifestaram com firmeza contra mais essa afronta de Bolsonaro e de seus seguidores à democracia", prossegue o editorialista, indicando que o jornal não abraçará o impeachment. "Mas a guerra de Bolsonaro, já está claro, é contra as instituições da República e contra a maioria absoluta dos brasileiros, afrontados por um presidente que só se importa com o poder. Quem estiver na trincheira com Bolsonaro, seja no governo, seja em movimentos golpistas, vai se desmoralizar junto com ele."


Folha avalia que Bolsonaro é um "golpista que mia", que será controlado


Jornal da família Frias não abraça o impeachment de Jair Bolsonaro e aposta na tese de que ele será contido pelas instituições, embora tenha cometido crimes e ameace a democracia

247 – O jornal Folha de S. Paulo, que apoiou o golpe de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff, reconhece que Jair Bolsonaro tem cometido crimes na condição de presidente, mas não defende seu afastamento. "Jair Bolsonaro agrediu a Constituição quando discursou no domingo (19) em favor à manifestação que defendia a volta da ditadura. Não foi a primeira vez em que o presidente se reuniu com o 'gabinete do ódio' para escancarar na sequência suas aptidões ditatoriais", aponta editorial desta terça-feira, que se refere a ele como "golpista de carreata".
"Seu discurso encontra eco apenas em uma minoria fanática que pode clamar por AI-5 como mera palavra de ordem, sem noção de seu tétrico significado. Com todas as suas imperfeições, a política e os contrapesos da democracia vão dando as melhores respostas à crise", aponta ainda o texto. "Que as instituições —e a Constituição— façam do rugido golpista um miado sem consequências."


Prefeitura conclui nova Iluminação do Parque Biguaçu


Área de lazer ganhou trezentas luminárias, sendo setenta delas de tecnologia LED 
(Foto: PMA)
A empreiteira MCA Consultoria, vencedora do processo de concorrência pública, acaba de entregar o novo projeto de iluminação do Parque Biguaçu e do seu entorno. “A prefeitura investiu R$ 530 mil na ampliação e modernização do sistema iluminação, com instalação de entradas de energia, tubulações, cabos, lâmpadas e reatores em 230 postes na parte interna, além de mais luminárias de LED em 70 postes no entorno do parque”, informa o prefeito Junior da Femac.
Os moradores da região já comemoram a qualidade da iluminação nas ruas João Luiz Orlando e Paulo Setubal, entre as ruas Bandeirantes e Nações Unidas. “A iluminação nesta região do Jardim são Pedro era bastante deficitária. E, agora, as famílias já podem até fazer caminhadas na nova pista do parque, que tem luminárias próprias e são reforçadas pela iluminação de LED nas ruas”, assinala Junior da Femac.
O engenheiro Marcelo de Castro Abdala, da MCA Consultoria, assegura que a qualidade de luminosidade do parque e seu entorno é de alto padrão em tecnologia. “As luminárias de LED têm garantia de 90 mil horas, o que representa uma durabilidade superior a 8 anos”, assinala.
O engenheiro eletricista Lafayete Luz, diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), diz que na área de iluminação o Parque Biguaçu e os moradores da região foram contemplados com um sistema de alta qualidade, garantindo mais luminosidade e segurança.
Ao anunciar a conclusão das obras de revitalização do Parque Biguaçu o prefeito faz questão de frisar que, atualmente, o foco prioritário da gestão é o enfrentamento da pandemia do coronavírus. “Mas, com relação à essa obra, é preciso esclarecer que a licitação aconteceu no ano passado e que havia recursos próprios oriundos da COSIP (Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública)”, esclareceu.
Todo o paisagismo, plantio de grama, passarelas internas, pista de caminhada em concreto alisado, acessos, área de estacionamento, novo parque infantil (em madeira plástica), rampas de acessibilidade, lixeiras, bancos, mesas e reforma de quiosques estão prontos.
RECUPERAÇÃO DO CANAL – Falta agora uma pequena parte da recuperação do canal do Córrego Biguaçu, que está sendo concluída pela empreiteira Romo Pavimentadora Ltda. O trabalho mantém as características originais do canal, eliminando muitos pontos de erosão e outros em que as raízes das árvores danificaram parte da estrutura.
Nas laterais do canal está sendo feita a recomposição das pedras, enquanto o leito está sendo revestido de concreto nos locais danificados. Também está prevista a instalação de um guarda-corpo (gradil) nos cerca de 600 metros do canal que corta o parque, para garantir maior segurança às pessoas.
O trabalho, executado em pedra argamassada e dentro das características originais da obra, acontece em três trechos: da rua José Cardoso Sobrinho até a rua Ítalo Ado Fontanini; o segundo da Rua Ítalo Ado Fontanini até rua Nações Unidas e, o trecho três, da Rua Nações Unidas até a Rua Humberto Contato. O investimento é da ordem de R$300 mil.
“A revitalização desta área era uma reivindicação muito antiga da população, em especial dos moradores mais próximos, que frequentam o espaço com maior frequência”, assinala Júnior da Femac.
Conforme argumenta ele, trata-se de uma grande área verde, próxima do centro da cidade, que foi transformada em parque há 40 anos, na gestão do ex-prefeito Voldimir Mirão Maistrovicz. “Assim como foi feito em outras áreas de lazer, nós já tínhamos um planejamento para intervenção no Biguaçu, com recursos economizados na gestão Beto Preto”, afirma o prefeito, assinalando que o Biguaçu abriga ainda o Parque São Francisco e o Parque da Bíblia, além de canchas de bocha e malha.


segunda-feira, 20 de abril de 2020

O ministro do STJ nega recurso de Flávio Bolsonaro e crava: ‘fortes indícios de materialidade e autoria de crimes'


O ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) afirmou que a quebra de sigilo fiscal e bancário de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi autorizada “em decisões judiciais devidamente fundamentadas”. Ele negou o recurso do senador, filho do presidente.
Flávio Bolsonaro
Flávio Bolsonaro (Foto: Alessandro Dantas)

247 - O ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o recurso do senador Flávio Bolsonaro para arquivar o inquérito que corre contra ele na Justiça. Fischer destacou que a investigação contra  senador se dá “no amparo de fortes indícios de materialidade e autoria de crimes”. 
Felix Fischer ainda relata: “ao contrário do que o recorrente informa, que a investigação tenha acontecido em face de pessoa politicamente exposta, com vazamento de seus dados fiscais e bancários por cerca de 10 anos, fato é que, conforme consignado nos presentes autos, a quebra de sigilo foi autorizada em duas decisões judiciais devidamente fundamentadas (no amparo em fortes indícios de materialidade e autoria de crimes; na suposta formação de grande associação criminosa, com alto grau de permanência e estabilidade na Alerj; e, como se não bastasse, na imprescindibilidade da medida).”
A reportagem do jornal O Globo destaca que “o pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro foi feito no início de março deste ano. Os advogados do senador tinham feito um recurso à Corte depois que seus pedidos junto a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio tinham sido negados.”
A matéria ainda informa que “o recurso na Corte representava a 9ª vez que a defesa de Flávio tentou paralisar as investigações, que apuram peculato e lavagem de dinheiro em seu gabinete na Alerj, desde janeiro do ano passado. O senador argumenta que ocorreu quebra de sigilo fiscal e bancário na comunicação feita pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre suas movimentações atípicas.”


Ministério da Saúde erra dados sobre mortes, mas casos do coronavírus passam dos 40 mil

Ministério da Saúde erra dados sobre mortes, mas casos do coronavírus passam dos 40 mil no Brasil
Alan Santos/PR


Em um de seus primeiros boletins, a equipe de Nelson Teich no Ministério da Saúde errou nesta segunda-feira (20) o número de mortes pelo coronavírus no Brasil. Segundo a pasta “um erro de digitação” colocou 383 mortes ao invés de 113 óbitos.
Com isso, as mortes pela Covid-19 no Brasil chegaram a 2.572 ocorrências. Já os casos confirmados pelo coronavírus cresceram em 1.927 e ultrapassaram a marca de 40 mil registros, com 40.581 pessoas contaminadas.
Vale lembrar que os boletins de segunda e terça-feira podem apresentar instabilidade nos relatórios devido a demora do repasse dos dados estaduais devido ao final de semana.
A taxa de letalidade no Brasil segue acima dos 6% e está cotada em 6,7%, sendo que todos os estados do país registraram ao menos uma morte pelo coronavírus.
Até o momento os estados de São Paulo (1.037), Rio de Janeiro (422), Pernambuco (234), Ceará (198) e Amazonas (185) lideram o ranking dos óbitos por coronavírus no Brasil.

CASOS DA COVID-19 POR ESTADO NO BRASIL

 Ministério da Saúde erra dados sobre mortes, mas casos do coronavírus passam dos 40 mil

Fonte: Paranaportal

Bolsonaro defende fim da quarentena no dia em que o Brasil registra 383 mortes

Número de óbitos registrados nas últimas 24 horas foi recorde diário brasileiro, levando o total de mortes por Covid-19 a 2.845. Nesta mesma segunda-feira 20, Jair Bolsonaro defendeu que o isolamento seja encerrado ainda nesta semana
(Foto: Isac Nóbrega/PR | Guilherme Gandolfi)

247 - O Brasil registrou nas últimas 24 horas 383 mortes de pessoas infectadas pelo coronavírus, informou nesta segunda-feira 20 o Ministério da Saúde. O número de óbitos pela Covid-19 é o maior registrado até hoje em um dia no País e levou o total a 2.845.
No mesmo dia, horas antes da divulgação dos dados, Jair Bolsonaro defendeu ainda para esta semana o fim da quarentena praticada para tentar reduzir a disseminação do vírus na população, além de novamente participar de aglomerações, como fez no fim de semana.
“Eu espero que essa seja a última semana dessa quarentena, dessa maneira de combater o vírus. A massa não tem como ficar em casa que a geladeira tá vazia”, disse em frente ao Palácio do Planalto. Ele também voltou a dizer com naturalidade, mas sem evidências ou estudos, que 70% a 80% da população brasileira será infectada pelo coronavírus. 
Neste domingo 19, numa afronta à decisão do STF que deu autonomia a governadores e prefeitos para determinarem suas regras de isolamento, ele afirmou, em uma live no Facebook que “no que depender” dele, vai “começar a flexibilizar”.


Para Alvaro Dias, atitude de Bolsonaro com manifestantes foi grave


Para Alvaro Dias, atitude de Bolsonaro com manifestantes foi grave

O senador paranaense Álvaro Dias, líder do Podemos no Senado Federal, criticou em entrevista jornal O Estado de S. Paulo as manifestações desse domingo (19)  contra o Congresso Nacional e pró-ditadura militar. “Fica difícil aceitar essa transferência de responsabilidade para o Congresso do fracasso do governo federal”, diz.
Ele ainda classificou como grave a presença do presidente da República nessas manifestações. “A atitude de Bolsonaro (com manifestantes) foi grave. É um estímulo à desobediência”. Para ele, o presidente age como se estivesse em um “parque de diversões”.
Como se sabe, no início da tarde de domingo, Bolsonaro discursou em uma manifestação em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília. O protesto contava com ataques ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e pedidos de intervenção militar.
Fonte: Contraponto

Globo diz que Bolsonaro cruzou a linha ao anunciar que pretende implantar uma nova ditadura no Brasil


Jornal da família Marinho, que apoiou a ditadura de 1964 e o golpe de 2016, agora descobre o monstro que ajudou a criar, mas ainda não aderiu explicitamente ao Fora Bolsonaro
(Foto: PR | Reprodução)

247 – "O presidente Bolsonaro tem feito jus à biografia de um político radical que construiu a carreira na bancada do baixo clero na Câmara sem nunca ter se preocupado em se distanciar do lado mais escuro da ditadura militar. Eleito legitimamente presidente da República, Jair Bolsonaro tem sido coerente com seu passado e, à medida que se sente legalmente tolhido a praticar um enfrentamento sem base científica da epidemia da Covid-19, radicaliza, tendo chegado a um ponto perigoso ontem, ao participar de manifestação em Brasília em que se pregou golpe militar", aponta o jornal O Globo, da família Marinho, em editorial publicado nesta segunda-feira.

domingo, 19 de abril de 2020

PT acusa governo de negligência e cobra medidas judiciais no STF


Gleisi ingressou com ação na Suprema Corte para exigir do governo informações sobre a real dimensão da pandemia no país, questionando a política sanitária adotada por Bolsonaro. Brasil é o país que menos testa dentre as 15 nações mais atingidas pela doença
Hospital de campanha em Manaus com pacientes do Covid-19

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR) entrou neste sábado (18), com ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) no Supremo Tribunal Federal, pedindo que a corte declare inconstitucionais os atos omissivos e aqueles praticados pelo governo Bolsonaro. O PT quer que o STF determine a adoção de medidas para afastar a negligência das autoridades públicas federais. A legenda exige a divulgação dos dados referentes à pandemia do Covid-19, cobra a suspensão da propaganda de medicamentos ainda não cientificamente testados para o tratamento da doença, bem como proibir o governo de adotar medidas que estimulam o fim do distanciamento e do isolamento social.
O PT pediu ao STF a concessão de medida cautelar para que seja determinado ao governo que informe as medidas adotadas até o momento para disponibilizar testes para estados e municípios. Gleisi diz que é obrigação do governo indicar o número de testes disponibilizados e a projeção daqueles ainda a serem distribuídos. “Até agora não há informações confiáveis nem sobre o número de testes para o Covid-19 realizados até o momento no território nacional, o perfil das pessoas submetidas aos testes – profissão, idade, raça, cor, sexo, renda – e sequer a localização geográfica”, argumenta.
Ela pediu ao STF que determine ao governo a adoção de providências para que seja elevada a testagem no país, abandonando-se a prática de exames apenas nos pacientes graves, e partir para testagem em massa, com critérios claros, objetivos e públicos. “Estamos vivendo claramente uma crise de informações, porque está claro que há subnotificações e o governo ignora a realidade”, diz a parlamentar. “Precisamos saber o número de internações por síndrome respiratória aguda grave – pelo SUS e rede privada – e as projeções dos números de casos de contágio e óbitos não notificados”, argumenta.
O PT ainda solicitou ao STF que obrigue o governo a estabelecer uma base de dados nacional sobre a situação do contágio e morbidades relativas ao Covid-19 em todo o território nacional. Na ação, a legenda cobra que seja dada publicidade aos dados sobre o perfil das pessoas contagiadas – em tratamento, alta, isolamento ou que vieram à óbito – e os casos suspeitos de contágio e óbitos notificados, mas pendentes de resultado de exames. O governo deve informar profissão, idade, raça, cor, sexo, renda, e localização geográfica e demonstrar a metodologia e os critérios técnicos estatísticos adotados para formação da base de dados.

Política atual traz risco à saúde pública

O Supremo vai avaliar ainda outro pedido incluído na ação para que o governo se abstenha de realizar, por meio de seus canais oficiais e manifestações de qualquer espécie das autoridades, a divulgação de informações que possam comprometer o engajamento da população nas medidas de isolamento social e manutenção do funcionamento apenas de serviços essenciais para conter o contágio. “Bolsonaro é o primeiro a promover a ideia do fim do confinamento e estimular aglomerações e a suspensão do isolamento social, contrariando as recomendações da Organização Mundial de Saúde”, critica Gleisi Hoffmann.
O partido quer ainda a revogação do Boletim Epidemiológico 7, do Ministério da Saúde, veiculado em 6 de abril, para  que  estados e municípios não sejam induzidos a adotar medidas de flexibilização do distanciamento social sem o devido embasamento científico. Na ação, Gleisi sugere que o STF obrigue o governo a justificar – com informações científicas, como orienta a OMS –, as medidas, políticas e recomendações de flexibilização do isolamento social. “O ministério precisa apontar os dados acerca da projeção do número total de infectados, considerada a subnotificação, e não do número de casos confirmados”, aponta.
Por fim, o partido espera que o Supremo obrigue o governo a editar um comunicado oficial para retificação das indicações e atos públicos de promoção do uso de medicamentos, como a cloroquina, cuja eficácia para tratamento do coronavírus não tenha sido comprovada cientificamente. “As pessoas precisam ter conhecimento sobre o que dizem especialistas e cientistas quanto ao potencial lesivo dos efeitos colaterais e da ausência de eficácia comprovada de tais medicamentos”, justifica.
A íntegra da ação do PT no STF.


Apucarana registra 1ª morte por Covid-19

Imagem Ilustrativa
Foto Ilustrativa


Apucarana registrou a primeira morte por Covid-19 no município. A informação foi confirmada na manhã deste domingo (19), pela 16ª Regional de Saúde (RS).
A vítima é um homem de 51 anos que estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Hospital da Providência, e que faleceu nesta madrugada.
O TNOnline também apura a informação de outro apucaranense com Covid-19 que teria falecido por volta das 23h30 de sábado (18). Ele estava internado no Hospital Norte do Paraná (Honpar), em Arapongas, contudo a morte não foi confirmada pelas autoridades de saúde. 
Fonte: TN Online

Janaína Paschoal diz que Bolsonaro é burro e que "não dá para votar nele em 2022"


"Muita gente vê assim, sei lá, algo de muito sábio. Eu não consigo ver. Para mim, é uma grande burrice. Porque ele poderia estar liderando esse momento, até para coordenar a reabertura em alguns locais", diz a deputada que fez o parecer usado no golpe de 2016
(Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | José Cruz/Agência Brasil)

247 – A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP), autora do parecer comprado por R$ 45 mil para ser usado no golpe de estado de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff, agora diz que Jair Bolsonaro é burro e que será impossível votar nele em 2022. “Muita gente diz para mim: ‘Janaina, você tem que entender que ele está fazendo isso para chegar não sei onde’. Muita gente vê assim, sei lá, algo de muito sábio [nas atitudes do presidente]. Eu não consigo ver. Para mim, é uma grande burrice. Porque ele poderia estar liderando esse momento, até para coordenar a reabertura em alguns locais. Reabrir alguns locais não é ruim: a gente pode avaliar a evolução dos números, pode comparar onde está tudo fechado. É uma experiência nova para o mundo todo. Todos nós estamos inseguros sobre quais passos dar”, disse ele, em entrevista ao site Antagonista.
“Agora, quando ele adota uma postura de birra – porque, para mim, ele faz birra –, ele perde todo esse potencial de liderança. É nesse sentido que eu não consigo ver estratégia. Eu não consigo ver inteligência. E a falta de estratégia e inteligência é tal que não dá para votar nele em 2022. Porque ninguém aguenta mais esse inferno. Cada hora é uma confusão que ele cria, que os filhos criam, que aquele núcleo cria. O país, para evoluir, precisa de um pouco de tranquilidade”, concluiu a deputada, que também falou na possibilidade de as forças armadas se levantarem contra ele.
“Leia lá: qualquer dos poderes pode acionar as Forças Armadas, não só o Executivo. O que eu quis dizer foi que, na medida em que ele está criando o caos, podem acioná-las contra ele. Os bolsonaristas só leem a primeira metade do dispositivo”, complementou Janaina, após a entrevista.


Faixa etária dos 31 aos 40 anos é a mais atingida pelo novo coronavírus no Paraná

(Foto: Arquivo/ABr)


A faixa etária de 31 a 40 anos é a mais atingida pelo novo coronavírus no Paraná, segundo gráfico apresentado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Esse grupo representa 22,5% dos infectados no Estado. Isso não quer dizer que seja o grupo mais vulnerável para ocorrências graves. Até o sábado (18) o Paraná tinha 945 casos confirmados de Covid-19.
O segundo grupo que mais aparece nas estatísticas é o de 51 a 60 anos, que representam 17,9% dos casos, seguido de perto da faixa etária dos 41 aos 50 anos (17,8%). Dos 21 a 30 anos são 15,8% do total, e de 61 a 70, 12,5% de todos os casos. 
Dos 71 a 80 anos são 6,4% dos casos, e acima dos 80 anos 4%. Os demais grupos somam pouco mais de 3%.
No sábado a Sesa divulgou boletim atualizado dos casos. O total  no Paraná chegou a 945 residentes com a doença. No sábado mais cinco pacientes confirmados com Covid-19 foram a óbito, somam-se 47 no total. Entre os pacientes que morreram, três foram homens e duas mulheres, todos estavam internados, com idade entre 50 e 76 anos. Os municípios de residência são: Bandeirantes, Cascavel, Curitiba, Londrina e Paranavaí.
Fonte: Bem Paraná


sábado, 18 de abril de 2020

Corte de relações entre Maia e Paulo Guedes aprofunda crise política em meio à pandemia do coronavírus


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, deixaram de se falar em meio à pandemia do coronavírus, acrescentando fatores de crise política no país
Paulo Guedes e Rodrigo Maia
Paulo Guedes e Rodrigo Maia (Foto: Luiz Macedo/Ag. Brasil)

247 - Os desentendimentos entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, já vinham se manifestando há semanas. Mas eles ainda mantinham canais de conversa abertos. Adora, não se falam mais nem sequer pelo telefone.  
Embora concordando com a essência da Reforma da Previdência, Maia e Guedes começaram a brigar quando o presidente da Câmara tomou para si o protagonismo da aprovação.  
No episódio da votação do Orçamento impositivo, ambos voltaram a se estranhar. Agora, em plena crise do coronavírus as relações foram cortadas com a tramitação das medidas de socorro aos estados. 
Segundo o Painel da Folha de S.Paulo, o projeto de ajuda aos estados foi a gota d'água no corte de relações, pois Jair Bolsonaro, subsidiado por Guedes, viu-se alijado da política, vendo Maia oferecer benesses em nome da União aos estados.
Aliados de Maia dizem que Paulo Guedes está ressentido com o roubo da cena em temas econômicos por parte do presidente da Câmara, com o agravante de que o governo Bolsonaro não quer gastar um centavo para ajudar o governador de São Paulo, João Doria, na luta contra o coronavírus. No momento, Doria é considerado o principal adversário de Bolsonaro na eleição presidencial de 2002. 
A temperatura se elevou tanto na briga entre Guedes e Maia, que o ministro acusa o presidente da Câmara de tentar um assalto aos cofres da União. Guedes cogita proibir sua equipe de enviar informações a Maia.


CPI das Fake News identifica bolsonaristas em rede de ataques a políticos e instituições


Além de ataques a políticos de partidos de oposição, como o PSOL, as páginas fazem ataques ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF)
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News (Foto: Edilson Rodriques/Agência Senado)

247 - A CPI das Fake News identificou os responsáveis de dois perfis suspeitos de fazerem parte de uma rede de ataques virtuais contra políticos na internet. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, os perfis “PresidenteBolsonaroBR – Mito do Brasil” e “Conservador Liberal”, com mais de 100 mil seguidores cada, pertencem a Mariana Aparecida Rosa de Campos, de 39 anos, moradora de Osasco (SP), e a Webert Florêncio, de 25 anos, morador de Ipatinga (MG), um militante de direita, evangélico e estudante de Medicina.
De acordo com a reportagem, Florêncio é apoiador de Jair Bolsonaro desde 2016 e já integrou grupos ligados à extrema direita, como o “Direita Minas. Em 2014, ele fez campanha pela eleição de Aécio Neves (PSDB). Ele não é filiado a partidos políticos, segundo dados da Justiça Eleitoral. 
Além do Instagram, Florêncio também seria responsável por administrar ao menos três páginas no Facebook que alcançam cerca de 208 mil pessoas. Além de ataques a políticos de partidos de oposição, como o PSOL, as páginas fazem ataques ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF). 
Já a conta “Mito do Brasil”, com mais de 165 mil seguidores, está ligada a um telefone e e-mail em nome de Mariana Aparecida Rosa de Campos, de 39 anos, moradora de Osasco (SP), busca retratar o cotidiano de Bolsonaro e sua família. Segundo o TSE, ela não está filiada a partidos políticos. 

Ataques de Bolsonaro a Maia abrem janela para o impeachment


Avaliação é do cientista político Guilherme Carvalhido. No entanto, ele afirma que um processo de afastamento dependerá de maior apoio nas ruas
Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro
Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro (Foto: Câmara dos Deputados | PR)

Sputnik – As brigas do presidente com Congresso podem levar a "fortalecimento" da ideia de impeachment de Jair Bolsonaro, mas processo depende muito das "ruas", disse à Sputnik Brasil cientista político Guilherme Carvalhido.
Segundo ele, as desavenças e críticas mútuas entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ocorrem "desde o início de seu governo", mas após a demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde se tornaram ainda mais "evidentes". 

Lula alerta: povo só ficará no isolamento se receber dinheiro do governo


“Não haverá solução se o Brasil não colocar dinheiro novo para alargar a base monetária, para cuidar das pessoas que precisam ficar em casa, para fazer novos investimentos”, disse ele
(Foto: Ricardo Stuckert)

Do Brasil de Fato – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha defenderam, nesta sexta-feira (17), que é fundamental que o governo coloque mais dinheiro para girar entre a população a fim de enfrentar a pandemia do novo coronavírus. Eles participaram do programa "Café com MST", transmitido nas redes sociais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
"A única possibilidade de uma parcela da sociedade ficar no isolamento é receber dinheiro. Não é secundário e é responsabilidade do Estado", disse Lula. “Não haverá solução se o Brasil não colocar dinheiro novo para alargar a base monetária, para cuidar das pessoas que precisam ficar em casa, para fazer novos investimentos”, defendeu.
O ex-presidente criticou a fala de Jair Bolsonaro da quinta-feira (17), justificando a demissão de Luiz Henrique Mandetta do cargo de ministro da Saúde pela “questão do emprego”.
“Se ele tivesse preocupado com o emprego, ele não tinha mandado tantas medidas provisórias prejudicando o trabalhador como ele mandou. Ele fala do emprego como se tivessem milhões de empregos oferecidos, quando o Brasil já tem praticamente 50% da sua força de trabalho, hoje, na informalidade e que tem poucas oportunidades de emprego”.
Lula ressaltou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) no combate à pandemia. “Se não fosse o SUS, se dependesse da iniciativa privada, o Brasil estaria morrendo. Porque o SUS é a garantia que nós temos de que as pessoas vão ser tratadas com respeito”.


Responsável, Alberto Fernández tem aprovação mais de duas vezes superior à de Bolsonaro


O presidente da Argentina alcança amplo apoio da população, que aprova a maneira como se conduz na crise do coronavírus: 88% dos argentinos consideram positivo o seu desempenho. Percentual semelhante (81%) é obtido pela decisão do estadista de prorrogar a quarentena. A avaliação geral de Alberto Fernández é alta, com 79% de ótimo e bom. Um contraste com Jair Bolsonaro, cuja taxa de aprovação é de 36%
Alberto Fernández e Jair Bolsonaro
Alberto Fernández e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Reuters)

247 - Quase um mês após o início da quarentena, as medidas do governo Alberto Fernández para enfrentar a pandemia do coronavírus continuam obtendo amplo apoio da população. Segundo pesquisa do Opina Argentina, 88% dos argentinos consideram que o governo de Alberto Fernandes está enfrentando corretamente o coronavírus. 
O isolamento isolamento social preventivo e obrigatório anunciado recentemente por Fernández é apoiado por 81%. 
Nesse sentido, 72% dos entrevistados se manifestaram também a favor dos governantes nos níveis federal e provincial, que priorizam o enfrentamento da pandemia sobre a economia.  
A avaliação geral do presidente Alberto Fernández é alta, com 79% de ótimo e bom. 
O governo nacional fez anúncios para estimular a economia e as opiniões sobre o assunto são favoráveis, embora em valores inferiores aos apoios refletidos nas medidas sanitárias. 46% afirmam que estão corretos. 
Alberto Fernández está muito melhor situado perante sua população do que Bolsonaro no Brasil. A parcela dos que reprovam o desempenho de Bolsonaro em relação à epidemia é de 39%, segundo pesquisa Datafolha do início de abril. A taxa de aprovação de Bolsonaro é de 33%. 
Até agora, a Argentina tem 2.758 casos de coronavírus, com 129 mortes. O Brasil registra 33.682 casos confirmados de coronavírus e 2.141 mortes.
Confira a pesquisa completa