domingo, 12 de abril de 2020

Mais de metade dos brasileiros já tiveram renda afetada por crise do coronavírus, diz estudo


O estudo mostra que os principais trabalhadores afetados têm mais de 50 anos (52%), com ensino superior completo (48%) e que residem no Sudeste (38%)
Quarentena em São Paulo em meio à crise do coronavírus
Quarentena em São Paulo em meio à crise do coronavírus (Foto: Roberto Parizotti)

247 - Com um pouco menos de um mês de isolamento social, 51% das pessoas afirmam ter perdido renda, informa pesquisa do Instituto Locomotiva, divulgada pelo Estado de S. Paulo. O estudo mostra que os principais trabalhadores afetados têm mais de 50 anos (52%), com ensino superior completo (48%) e que residem no Sudeste (38%).
Além disso, o presidente do Instituto, Renato Meirelles, ainda diz que “dois em cada três profissionais acreditam que seus empregos serão muito prejudicados no Brasil, apesar de 73% das pessoas defenderem o isolamento social como forma de frear o avanço da doença”.
A pesquisa entrevistou por telefone cerca de mil pessoas em 72 cidades do País. A margem de erro é de 3,2% pra cima e para baixo.


Barroso já fala em adiamento das eleições


O ministro Luis Roberto Barroso, que assume a presidência do TSE em maio, fala em adiamento por apenas algumas semanas, por enquanto
Ministro Roberto Barroso durante sessão da 1ª turma do STF.
Ministro Roberto Barroso durante sessão da 1ª turma do STF. (Foto: Nelson Jr./SCO/STF 11/02/2020)

247 – O ministro Luís Roberto Barroso, que será presidente do Tribunal Superior Eleitoral em maio, admitiu pela primeira vez a possibilidade de adiamento das eleições para prefeitos e vereadores. "A gente não deve fechar os olhos à realidade. Se chegarmos em junho sem um decréscimo substancial da pandemia, é possível ter que fazer esse adiamento, que não deve ser por um período mais prolongado do que o absolutamente necessário para fazerem eleições com segurança. Gostaria de trabalhar com a ideia de que não seja necessário adiar e que, se necessário, que estejamos falando de algumas semanas e nada mais do que isso", afirmou, em entrevista à Folha de S. Paulo.
Barroso também contestou os ataques de Jair Bolsonaro às urnas eletrônicas. "O sistema de urnas eletrônicas funciona primorosamente bem, mas depende de testes de segurança ao longo do período. Temos como marco junho para fazermos os testes e correções. Já temos o número de urnas suficiente para fazermos as eleições. A despeito disso, periodicamente se substitui uma parte das urnas que vão ficando antigas. Se isso não for possível, apenas teremos que aumentar o número de eleitores por urna", apontou.

Pacientes curados por coronavírus foram infectados pela segunda vez


Resultado gera preocupação sobre permanência ativa do vírus no corpo humano e a criação de imunidade suficiente para prevenir contra um novo surto
Pacientes curados por coronavírus foram infectados pela segunda vez
Pacientes curados por coronavírus foram infectados pela segunda vez (Foto: Reuters)

247 - A Coreia do Sul informou na sexta-feira, 10, que 91 pacientes curados testaram positivo para o coronavírus pela segunda vez, informa o jornal britânico The Telegraph. O resultado gerou uma preocupação internacional, uma vez que diversos países esperam que as populações infectadas criaram imunidade suficiente para prevenir contra um novo surto da pandemia. Além disso, muitos crêem que o vírus possa continuar ativo por mais tempo do que era pensado anteriormente.
As autoridades coreanas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia anunciou que mandou uma equipe para a cidade de Daegu, centro da pandemia no país, para investigar sobre a questão. Alguns dos pacientes reinfectados não mostraram sintomas, enquanto outros sofreram com febres e problemas respiratórios.
Com a testagem massiva da população, novos casos estão sendo mais fáceis de diagnosticar e, portanto, de controlar a propagação da doença. O país que foi um dos primeiros atingidos, diante de sua proximidade com a China, tem duas vezes menos casos que o Brasil e registra menos de 10 mortes por dia, com centenas de recuperados. Atualmente os dados oficiais indicam 10,5 mil infectados no país, dos quais 7,5 mil já foram recuperados.


Falta de ação de Guedes e Bolsonaro diante da pandemia pode dobrar desemprego no Brasil


É o que aponta estudo do Ibre/FGV, que também desenha um cenário com queda de 15% na renda dos trabalhadores
(Foto: Marcos Corrêa/PR | USP Imagens)

247 – A incapacidade de reação de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro diante da pandemia do covid-19 pode ser catastrófica, segundo aponta estudo do Ibre/FGV, divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo. "A crise do coronavírus deixará até 12,6 milhões desempregados e provocará contração recorde de quase 15% na renda dos trabalhadores, caso o governo não amplie os instrumentos de transferência de renda à população e de ajuda a empresas para que mantenham empregos", aponta a reportagem.
"Os números constam de um estudo dos pesquisadores do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) Silvia Matos, Luana Miranda, Livio Ribeiro, Vilma Pinto, Paulo Peruchetti e Tiago Martins. Mesmo com as medidas já anunciadas para garantir renda extra a trabalhadores formais e informais, que somam R$ 170 bilhões, a massa salarial deve cair 5,2%, retração recorde da série iniciada em 2003. Sem essas medidas, a queda seria de 10,3%. No cenário considerado mais factível pelos pesquisadores, há retração de 3,4% no PIB (Produto Interno Bruto) e de 6,7% nas horas trabalhadas e na população ocupada —com a perda de cerca de 6 milhões de empregos. O desemprego terminaria o ano no patamar recorde de 17,8%", relatam ainda os jornalistas.

Prefeitura comprará 150 mil máscaras de tecido


Prefeito Junior da Femac anuncia que acessório de proteção será distribuído para a população nos próximos dias
(Foto: PMA)

No mesmo dia em que assinou o decreto 150/2020 autorizando a reabertura do comércio, a partir desta segunda-feira, dia 13 de abril, o prefeito Junior da Femac também anunciou a compra de 150 mil máscaras de tecido para distribuir à população de Apucarana.
Segundo ele, nesta nova fase de enfrentamento da pandemia do coronavírus prevê o uso da máscara para as pessoas que saírem de sua casa ou apartamento. O acessório de proteção para a boca e nariz será obrigatório para embarque nos ônibus do transporte coletivo urbano e táxis. As máscaras também serão obrigatórias para os funcionários do comércio.
“Vamos priorizar a compra de máscaras das empresas apucaranenses, incluindo também as artesanais de micro-empreendedores”, informa o prefeito Junior da Femac, acrescentando que também serão contempladas mulheres da economia solidária que já estão trabalhando na produção de máscaras.
Os primeiros lotes devem ser recebidos pela prefeitura em dois a três dias, e a logística de distribuição está sendo planejada pelas secretarias de saúde, assistência social, mulher e família, educação, e indústria e comércio. “Neste enfrentamento da pandemia já distribuímos lotes de álcool gel, sabonete líquido e agora vamos entregar também máscaras de proteção, tudo como forma de conscientizar as pessoas e ajudar a reduzir o contágio do vírus”, lembra o prefeito, acrescentando ainda que 1.000 testes rápidos do convid-19 também foram comprados para uso no Pronto Atendimento do Coronavírus.


sábado, 11 de abril de 2020

Comércio reabre nesta segunda em Apucarana


Acordo firmado entre a prefeitura com a Acia e o Sivana prevê o funcionamento no horário compreendido entre às 10 e 16 horas 
(Foto: PMA)

Ao assinar na tarde deste sábado o novo decreto que permite a reabertura do comércio em Apucarana, o prefeito Junior da Femac, disse que está seguindo o boletim epidemiológico Nº 07 do Governo Federal. O novo decreto municipal, que está sendo publicado neste domingo no órgão oficial do Município (jornal Tribuna do Norte) e, ao mesmo tempo no site www.apucarana.pr.gov.br prevê uma série de critérios a serem observados.
A partir de agora passa a ser necessário o uso de máscaras para todas as pessoas que não estiverem em seus domicílios. Ao mesmo tempo, o acessório passa a ser obrigatório após embarque em veículos do transporte coletivo urbano e em táxis. Os públicos prioritários continuam sendo as pessoas com 60 anos ou mais, os portadores de doenças crônicas, gestantes ou lactantes que precisam continuar em casa.
“Quanto ao comércio, conforme acordo firmado com a Acia e o Sivana, serão empreendidos todos os esforços possíveis para a manutenção dos empregos”, destaca o prefeito Junior da Femac. Ele acrescenta que está inserido no acordo, a manutenção dos funcionários do grupo de risco em casa (tele-trabalho), e de mães com filhos nas escolas e CMEIs que, comprovadamente, não têm com quem deixar as crianças.
Ele explica que o segmento não essencial do comércio poderá reabrir suas portas a partir desta segunda-feira, dia 13 de abril, no horário compreendido entre as 10 e 16 horas. Já aos sábados o horário estabelecido será das 9 às 13 horas. “Isso se faz necessário para evitar o acúmulo de trabalhadores nos veículos do transporte coletivo urbano”, justifica Junior. Ele assinala que os segmentos do comércio enquadrados como essenciais seguem atendendo em seu horário normal de funcionamento.
Ao anunciar a reabertura do comércio, o prefeito alertou que a medida poderá ser suspensa a qualquer momento, dependendo do número de casos de coronavírus e de óbitos em Apucarana. “Também poderá ser revista a decisão por orientação do Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, ou do Governo do Estado, via Secretaria de Estado da Saúde”, pondera Junior da Femac.
Outra condição que pode determinar novamente o fechamento do comércio – de acordo com o decreto – seria a extrapolação da capacidade de leitos de UTI e de tratamento clínico, acima do patamar de 50% da estrutura instalada no Município. E ainda a não observância das regras da saúde pública descritas no referido decreto. “A não observância da manutenção dos empregos também pode implicar na suspensão da medida”, diz o prefeito.
Com relação especificamente aos cafés, restaurantes, pizzarias e pastelarias o decreto permite o funcionamento, mas impõe condições. O fechamento está fixado até às 22 horas, com 30% de ocupação da capacidade física, respeitando um distanciamento de 1,5 metros, ficando proibidas mesas e cadeiras nas calçadas. Bares e tabacarias seguem fechados.


Bolsonaro volta a pressionar pelo fim da quarentena, em nome da economia


Jair Bolsonaro voltou a defender o fim do isolamento social para agradar o setor econômico, mesmo após o país atingir 1 mil mortes por coronavírus. Ele compartilhou um vídeo em suas redes, de duas semanas atrás, em que pede "volta à normalidade”
Jair Bolsonaro
(Jair Bolsonaro (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

247 - Jair Bolsonaro voltou a defender o fim do isolamento social, mesmo após o país atingir 1 mil mortes por coronavírus e o sistema de saúde público já beirar o colapso em alguns Estados. 
Ele compartilhou um vídeo em suas redes neste sábado (11), de duas semanas atrás, em que pede "volta à normalidade”. 

Grupo de parlamentares do PT abre dissidência e divulga manifesto pelo "Fora Bolsonaro"


"Diante de tantos crimes e violências, é legitimo o direito de colocar abaixo um governo que pode levar à morte, por doença ou miséria, milhões de brasileiros e brasileiras", diz o deputado Rogério Correia (PT-MG), um dos signatários do documento
Rogério Correia (PT-MG) / Jair Bolsonaro (sem partido)
Rogério Correia (PT-MG) / Jair Bolsonaro (sem partido) (Foto: ABr)

247 – Com a atual má-gestão de Jair Bolsonaro frente à epidemia de coronavírus no país, um grupo de parlamentares e dirigentes do Partido dos Trabalhadores divulgou um manifesto, cuja palavra de ordem é “Fora Bolsonaro!” – o que contraria a direção nacional do partido.

Paraná registra mais 35 novos casos de coronavírus e mais uma morte; já são 27 óbitos


A Secretaria de Estado da Saúde confirmou neste sábado (11) mais 35 casos de coronavírus e uma morte pela covid-19. Agora o Paraná tem 688 e 27 óbitos.
(Foto: Agência Brasil)

O falecimento foi de um homem de 77 anos, residente em Cascavel, que estava internado desde o dia 3 de abril e que teve a confirmação para Covid-19 no dia 04 de abril. Ele possuía comorbidades e veio a óbito nesta sexta-feira (10).
Os 35 novos casos foram registrados em Curitiba (28), Pinhais (1), Cascavel (1), Goioerê (1), Peabiru (1), Londrina (1), Santa Fé (1) e Arapongas (1).
Após investigações realizadas pelo município de Campo Largo, dois casos confirmados por laboratório privado foram descartados e excluídos dos dados da cidade.
DADOS
Dos 688 casos confirmados, 12 pacientes não residem no Estado. E dos 27 óbitos, um não residia no Estado. O Paraná soma atualmente 5.908 casos descartados e 568 em investigação.
Há 126 pacientes internados, 72 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 54 em leitos clínicos. O número de pacientes já liberados do tratamento será atualizado no início da próxima semana.
Fonte: Bem Paraná

The Economist: “imprudência de Bolsonaro com coronavírus voltará para assombrá-lo”


Revista britânica avalia que discurso do presidente sobre coronavírus faz com que ele fique cada vez mais isolado e enfraquecido no governo
(Foto: Reprodução)

Revista Fórum - A revista britânica neoliberal The Economist voltou a atacar o presidente Jair Bolsonaro neste sábado (11). A publicação mais uma vez criticou a “imprudência” do presidente brasileiro com relação ao coronavírus e disse que, como consequência, o ex-capitão será cada vez mais isolado e enfraquecido
“O enfraquecimento de Jair Bolsonaro dos esforços de seu próprio governo para conter o vírus pode marcar o início do fim de sua presidência”, diz trecho da reportagem.
Leia mais na Fórum.



Lula, Dilma, Fernandéz e 8 ex-presidentes em reunião sobre coronavírus: "saúde em primeiro lugar"


Lula participou pela primeira vez de reunião (virtual) do Grupo de Puebla. Ele, Dilma, o presidente argentino Alberto Fernandéz ex-presidentes como Rafael Correa, (Equador), Fernando Lugo (Paraguai), Evo Morales (Bolívia) indicam: prioridade na crise do coronavírus é salvar vidas
Lula, Dilma, Fernandéz e mais 8 ex-presidentes em reunião sobre coronavírus: "saúde em primeiro lugar"
Lula, Dilma, Fernandéz e mais 8 ex-presidentes em reunião sobre coronavírus: "saúde em primeiro lugar" (Foto: Divulgação)

247 com Fórum - O ex-presidente Lula e a ex-presidenta Dilma Rousseff participaram de uma reunião virtual do Grupo de Puebla nesta sexta-feira (10) que contou com a presença de cerca de 40 lideranças políticas e sociais da América Latina, incluindo o presidente da Argentina, Alberto Fernández, e outros 8 ex-presidentes.
O presidente argentino resumiu, nas ações de seu governo, o espírito da reunião: "Entre a economia e a saúde das pessoas, escolhi a saúde".
Participaram do encontro 40 líderes políticos da América Latina e mais o ex-presidente espanhol José Luis Zapatero. No total, contando Lula e Dilma, estavam 10 ex-presidentes: Evo Morales, da Bolívia, Rafael Correa, do Equador, Fernando Lugo, do Paraguai, Ernesto Samper, da Colômbia, Martin Torrijos, do Panamá, Leonel Fernández, da República Dominicana, Luis Guillhermo Solis, da Costa Rica -e José Luis Zapatero, da Espanha.
Lula, que encerrou a conversa e emocionou os presentes, disse que os governantes devem “tomar decisões valentes” em um momento como esse, de pandemia do novo coronavírus.
‌‌‌“Nós que fomos governantes temos que ter clareza da universalidade das políticas públicas que o estado tem que oferecer ao seu povo”, declarou. “Somente o Estado pode garantir os direitos sociais de todo e qualquer cidadão”, completou.
Foi a primeira participação do ex-presidente em um fórum do Grupo de Puebla. ‌
Fernández, que foi o único presidente em exercício a participar da conversa, disse que “ninguém se salva sozinho” e afirmou que a saúde deve estar em primeiro lugar nesse momento. “Entre a economia e a saúde das pessoas, escolhi a saúde. Uma economia que cai 11% pode subir novamente. Um homem ou uma mulher que morre, não”, afirmou. A declaração confronta diretamente o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.
‌Na conversa, os líderes regionais pregaram também o perdão da dívida dos países da América Latina com organismos de crédito internacional diante da necessidade do investimento público para superar a pandemia do novo coronavírus.
‌‌“É importante que as organizações internacionais perdoem dívidas. A vida não pode ser uma mercadoria, a saúde não pode ser um negócio. A economia é importante, mas a primeira vida deve ser salva”, disse o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales. Morales foi deposto por um golpe de Estado no final de 2019.


"Bolsonaro despreza a vida humana e não serve para ser presidente", aponta Miriam Leitão


Jornalista da Globo, que liderou a campanha pelo golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff, hoje lamenta o resultado da ascensão do fascismo no Brasil
(Foto: Reprodução | PR)

247 – A jornalista Miriam Leitão, que exerceu papel de liderança no golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff, com a tese de que ela deveria cair por "pedaladas fiscais", hoje lamenta o resultado deste processo, que foi a ascensão de Jair Bolsonaro, personagem que, segundo ela, despreza a vida e não serve para ser presidente.
"Quando o Brasil atravessou ontem a fronteira dos mil mortos por Covid-19 o presidente Jair Bolsonaro saiu para passear novamente. Foi a uma padaria, a uma farmácia, passou pelo Hospital das Forças Armadas onde, disse aos jornalistas, foi fazer teste de gravidez. Ele é coerente. Tem tratado a pandemia com a displicência de sempre. Seus atos e palavras nos últimos trinta dias mostram a constância da mensagem contra o isolamento social e as recomendações das autoridades de saúde", disse Miriam em sua coluna.
"Bolsonaro mostrou nesse um mês — do dia 10 de março ao dia 10 de abril — várias vezes, desprezo pela vida humana", diz ainda a jornalista. "Nesse mês em que o Brasil entrou em espiral de infectados e mortos e se assusta com a dimensão ainda desconhecida da pandemia, tudo o que o presidente da República fez foi brigar com governadores, minar seu ministro, ficar de picuinhas, receitar remédio duvidoso. Na crise, Bolsonaro provou que não sabe exercer o cargo de presidente da República", conclui.


“O bolsonarismo vive seu pior momento nas redes sociais ”, diz pesquisador da FGV


Vinícius Wu disse à TV 247 que o núcleo apoiador de Jair Bolsonaro nas redes está isolado em meio ao debate sobre o coronavírus. “A preocupação da sociedade brasileira com a pandemia tem sido um elemento bastante importante no sentido do isolamento desse campo”, explicou. Assista
Vinícius Wu e Jair Bolsonaro
Vinícius Wu e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Isac Nóbrega/PR)

247 - O pesquisador da Sala de Democracia Digital da FGV Vinícius Wu conversou com a TV 247 sobre o isolamento de apoiadores de Jair Bolsonaro nas redes sociais em torno do debate sobre o novo coronavírus. Segundo Wu, há um novo bloco dominante surgindo nas redes em favor do isolamento social e das orientações da OMS, deixando de lado os bolsonaristas.
O campo ligado ao Bolsonaro nas redes digitais é responsável por 10% das interações nos debates sobre o coronavírus, em média. Em outros momentos, este grupo já chegou a representar 20%, 30% ou mais, de acordo com o pesquisador. “Em média, nos debates sobre a pandemia, o núcleo duro do bolsonarismo tem ficado com 10% ou 8% das interações nas mídias digitais, no melhor momento que eles tiveram, alcançaram em torno de 14% das interações. Todo o resto se tornou um grande bloco, felizmente, em favor da ciência, em favor da racionalidade do debate público. A preocupação da sociedade brasileira com a pandemia tem sido um elemento bastante importante no sentido do isolamento desse campo negacionista no debate público”.
A ala ligada aos ideais de Jair Bolsonaro nunca esteve isolada desta forma nas redes digitais, disse Wu. “Esse campo mais alinhado à posição do presidente da República, essa posição mais negacionista, nunca esteve tão isolado nos debates públicos nas mídias digitais. O bolsonarismo vive seu pior momento nas mídias digitais desde as eleições de 2018”.


sexta-feira, 10 de abril de 2020

Prefeitura de Arapongas publica decreto de retorno gradual das atividades do comércio, a partir desta segunda-feira, 13

A íntegra do novo decreto está disponível no site da Prefeitura de Arapongas


A Prefeitura de Arapongas publicou no final da tarde desta sexta-feira, (10), o decreto Nº 208/20, DE 10 DE ABRIL DE 2020, assinado pelo prefeito Sérgio Onofre, que dispõe sobre retorno gradual das atividades comerciais do município, que haviam sido suspensas ou restritas por meio dos Decretos Municipais publicados para o enfrentamento da emergência em saúde pública decorrente do COVID-19. Entre outras medidas, o novo decreto prevê o retorno gradual da abertura do comércio, a partir da próxima segunda-feira (13), porém, com restrições que devem ser cumpridas.
Contudo, o mesmo decreto inclui também que fica mantida a suspensão, até o dia 17 de abril de 2020, visando melhor estudo e definição de regras sanitárias, das seguintes atividades: cinemas e demais locais de eventos; pubs, casas noturnas, tabacarias, boates, salões de festas e similares; clubes, associações recreativas e congêneres; áreas comuns, salão de festas, playgrounds, piscinas e academias de condomínios; feiras livres, parques públicos e similares;  Academias, centros de ginástica, ballet, dança e similares, em que haja troca de instrumentos ou contato físico entre os usuários.
Confira:
 -  A partir da data de 13 de abril de 2020 passam a vigorar as seguintes regras relacionadas ao enfrentamento do COVID-19:
- Ficam mantidas as práticas de distanciamento social,recomendadas, como forma de evitar a transmissão comunitária do COVID-19 e manter o achatamento da curva de proliferação do vírus no Município de Arapongas, observadas as seguintes determinações.
- Devem observar ao máximo o distanciamento social sem frequentar o comércio local, as seguintes pessoas: com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos;  crianças (com idade de 0 a 12 anos); Cardiopatas graves ou descompensados (insuficiência cardíaca, infartados, revascularizados); - Portadores de arritmias, Hipertensão arterial sistêmica descompensada); Pneumopatas graves ou descompensados (dependentes de oxigênio, portadores de asma moderada/grave, DPOC); - Imunodeprimidos; - Doentes renais crônicas em estágio avançado (graus 3, 4 e 5); Diabéticos, conforme juízo clínico; e, Gestantes de alto risco.
- Fica estabelecido o uso massivo de máscaras, para evitar a transmissão comunitária da COVID-19. § 1º. Será obrigatório o uso de máscaras aos usuários/consumidores: I - para embarque no transporte público coletivo e acesso ao terminal; II - para uso de táxi ou transporte compartilhado de passageiros; III- para acesso aos estabelecimentos considerados como essenciais (supermercados, mercados, farmácias, entre outros, já autorizada à abertura nos decretos anteriores); IV - para acesso aos estabelecimentos comerciais, somado a outras regras deste Decreto; V - para o desempenho das atividades em repartições públicas e privadas. § 2º. Poderão ser usadas máscaras de pano, confeccionadas manualmente, conforme Nota Informativa do Ministério da Saúde em anexo.
- Podem permanecer em atividade (abertos) as empresas de serviços essenciais, listadas no Decreto Municipal nº. 173/2020 e no Decreto Estadual nº. 4.317/2020. § 1º. É responsabilidade das empresas: I - fornecer máscaras e álcool em gel ou álcool 70% (setenta por cento) para todos os funcionários; II - disponibilizar álcool em gel ou álcool 70% (setenta por cento) para todos os clientes ao acessarem as lojas e os guichês/caixas; III - controlar a lotação: a) de 1 (uma) pessoa a cada 3 (três) metros quadrados de área livre do estabelecimento, considerado o número de funcionários e clientes; b) organizar filas com distanciamento de 2 (dois) metros entre as pessoas; c) controlar o acesso de entrada e preferencialmente realizar a testagem de temperatura (por meio de aparelho sem contato), recomendando-se o não atendimento de pessoas cuja temperatura esteja acima de 37,7 graus Celsius; d) controlar o acesso de apenas 1 (um) representante por família nos estabelecimentos de grande fluxo, tais como mercados, supermercados, mercearias, padarias, açougues e farmácias; e) manter a quantidade máxima de 10 (dez) pessoas por guichê/caixa em funcionamento em locais de grande fluxo, tais como mercados, supermercados, atacados, mercearias, padarias, açougues e farmácias. IV - manter a higienização interna e externa dos estabelecimentos com limpeza permanente, inclusive com produtos destinados ao combate de vírus e bactérias, como, por exemplo, álcool 70%, hipoclorito, etc; adotar, sempre que possível, práticas de vendas por agendamento e/ou aplicativos para entregas a domicílio (delivery). VI– adotar o monitoramento diário de sinais e sintomas dos colaboradores/empregados; VII– não atender consumidores desprovidos de máscara.
 - Os demais estabelecimentos comerciais poderão retornar suas atividades de atendimento ao público, a partir do dia 13 de abril de 2020, com as seguintes regras: I - fornecer máscaras para funcionários e álcool em gel ou álcool 70% (setenta por cento); II - fornecer álcool em gel ou álcool 70% (setenta por cento) para clientes (ao entrar no estabelecimento e nos caixas); III - controlar a lotação de 1 (uma) pessoa a cada 3 (três) metros quadrados de área livre, considerando o número de funcionários e clientes; IV– manter os sanitários constantemente higienizados e dispor de sabonete líquido, papel toalha e lixeiras. V – definir escalas para os funcionários, quando possível, a fim de diminuir o fluxo de pessoas internamente; VI - preferencialmente realizar a testagem de temperatura (por meio de aparelho sem contato), recomendando-se o não atendimento de pessoas cuja temperatura esteja acima de 37,7 graus Celsius; VII– adotar o monitoramento diário de sinais e sintomas dos colaboradores/empregados; VIII–não atender consumidores desprovidos de máscara. § 1º O não cumprimento das medidas acima ensejarão no fechamento compulsório do estabelecimento. § 2º Fica permitido ao comércio em geral, varejista e atacadista a operar pelo sistema de entrega a domicilio (delivery) ou drive thru (retirada rápida), inclusive deve ser preferencialmente adotado.
- As indústrias deverão adotar as seguintes regras, no prazo de 7 (sete) dias a contar da publicação deste decreto, além de outras determinadas pela Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde: I - fornecer máscaras e álcool em gel ou álcool 70% (setenta por cento) para seus colaboradores; II – manter os sanitários constantemente higienizados e dispor de sabonete líquido, papel toalha e lixeiras; III – definir escalas de trabalho para seus colaboradores, quando possível; IV – monitorar diariamente sinais e sintomas dos colaboradores/empregados.
- Fica estabelecido que as instituições bancárias devam se limitar aos serviços de autoatendimento, devendo os referidos estabelecimentos manter a higienização permanente de todos os terminais.  Os bancos, excepcionalmente, poderão manter atendimento presencial de usuários que estejam sem cartão e/ou senha, especificamente para pagamentos de benefícios sociais e assistenciais, observando: a) lotação máxima de 1 (uma) pessoa a cada 3 (três) metros quadrados de área livre; b) organizar filas com distanciamento de 2 (dois) metros entre as pessoas, inclusive externamente.
-  Restaurantes, lanchonetes, bares e conveniências, poderão atender ao público, a partir do dia 13 de abril de 2020, de segunda a sexta-feira, no máximo até às 20h (vinte horas), cumprindo obrigatoriamente com os seguintes requisitos, sob pena de fechamento compulsório: lotação de 30% (trinta por cento) da capacidade do local definida no alvará de funcionamento; reduzir número de mesas e manter distanciamento mínimo de 3 (três) metros entre cada mesa; suspender a utilização do sistema de buffet (self service), adotando práticas de servir aos clientes sem estes terem acesso aos utensílios de uso coletivo e filas;  fornecer máscaras e álcool em gel ou álcool 70% (setenta por cento) para todos os funcionários; determinar o uso pelos funcionários de tocas e máscaras no manuseio de alimentos e utensílios;  fornecer álcool em gel ou álcool 70% (setenta por cento) para todos os usuários na entrada e caixas;  higienizar copos, pratos e talheres da maneira correta, inclusive com a utilização de álcool 70% (setenta por cento), dando preferência ao uso de itens descartáveis; os empregados que manipularem itens sujos, como restos de alimentos sempre deverão fazer uso de luvas; dispor de detergentes e papel toalha nas pias; higienizar os sanitários constantemente e dispor de sabonete líquido, papel toalha e lixeiras;  higienizar corrimões, mesas, cadeiras, bem como locais de uso comum; preferencialmente trabalhar com entregas a domicílio (delivery) e retirada no balcão (drive thru);  obrigatoriamente devem adotar o monitoramento diário de sinais e sintomas dos colaboradores/empregados.  os estabelecimentos que possuem provadores (por exemplo roupas e calçados), deverão proceder à higienização dos itens a cada prova, mediante vaporização, entre outras formas. Parágrafo único. Não se aplica a limitação de dias e horário previstos no caput deste artigo para atendimento de serviços de entrega (delivery), atividades de e-commerce e drive thru (retirada rápida).
 - A realização de missas, cultos e atividades religiosas deverão observar as seguintes regras: lotação máxima de 20% da capacidade do local definida no alvará de funcionamento; manter a higienização com álcool 70% ou produto compatível nos bancos e/ou assentos;  demarcação e orientações para manter distâncias de ao menos 2,5 metros entre as fileiras de bancos ou assentos; demarcação de 1,5 metros de distância nos bancos e/ou assentos entre as pessoas;  utilização de máscaras por todos os colaboradores das instituições religiosas e recomendação aos frequentadores no mesmo sentido.
A íntegra do decreto pode ser consultada no Diário Oficial do Município, através do link: https://www.arapongas.pr.gov.br/editais/2020/abr/10.04_assinado.pdf


Brasil tem 1.057 mortes por Covid-19 e casos chegam a 19.638


Segundo o boletim desta sexta-feira, São Paulo segue sendo o estado com maior número de casos confirmados e mortos no país: 8.216 e 540, respectivamente. Em seguida, o Rio de Janeiro aparece com 2.464 casos e 147 mortos
Médicos atendem paciente com coronavírus
Médicos atendem paciente com coronavírus (Foto: China Daily/Reuters)

SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira que o número de casos confirmados do novo coronavírus no país subiu para 19.638 e que o número de mortos atingiu 1.057.
O número de mortos atribuído pelo ministério ao vírus cresceu em 116 nesta sexta-feira em relação ao informado na véspera, confirmando tendência verificada desde terça-feira de mais de 100 óbitos registrados por dia. O número de novas infecções confirmadas subiram em 1.781, abaixo das 1.930 de quinta-feira e das 2.210 de quarta-feira.
Até quinta-feira, o Brasil havia realizado quase 63 mil testes de detecção do novo coronavírus e tinha cerca de 127 mil casos pendentes de verificação, segundo dados do ministério, que rebateu críticas ao procedimento de testagem e disse que o trabalho é satisfatório na comparação com os demais países.
O ministério informou na ocasião que o Brasil já tinha recebido até quinta-feira 905 mil testes entre rápidos e os de RT-PCR, de um total esperado de mais de 9 milhões a serem entregues até julho. No total, a meta do ministério é obter 22,9 milhões de testes.
Segundo o boletim desta sexta-feira, São Paulo segue sendo o estado com maior número de casos confirmados e mortos no país: 8.216 e 540, respectivamente. Em seguida, o Rio de Janeiro aparece com 2.464 casos e 147 mortos. O Ceará é o terceiro Estado mais afetado, com 1.478 infecções confirmadas e 58 mortos.


Justiça proíbe teles de cortar serviços de consumidores inadimplentes


Multa diária de R$ 50 mil por consumidor. Medida vale enquanto durar a pandemia
Consumidores que tiveram os serviços cortados por falta de pagamento devem ser
reconectados em até 24 horas

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) comunicou na 5ª feira (9.abr.2020) às teles que cortes de serviços de telefonia de clientes inadimplentes estão proibidos por decisão judicial. As empresas devem ainda reconectar os consumidores que tiveram serviços cortados por falta de pagamento.
O ofício foi enviado às operadoras de telefonia depois de decisão da juíza Natalia Luchini, da 12.ª Vara Cível Federal de São Paulo. A medida vale para todo o país enquanto durar o estado de calamidade por causa da pandemia de covid-19.
A agência afirma que apresentou argumentos contrários e recorreu da decisão judicial. No entanto, a liminar foi confirmada pela magistrada. Ela ainda aumentou a multa por dia de descumprimento e por consumidor de R$ 10.000 para R$ 50.000.
Leia a íntegra do comunicado da Anatel:
“A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em cumprimento às decisões judiciais dos dias 2 e 7 de abril de 2020, do juízo da 12ª Vara Cível Federal de São Paulo, comunicou todas as prestadoras (concessionárias e autorizadas) de telefonia fixa e móvel do teor das referidas decisões judiciais, para que se abstenham de suspender ou interromper o fornecimento dos serviços de telefonia fixa e móvel ao longo do período de emergência de saúde relativa ao coronavírus (Covid-19), bem como para que restabeleçam tais serviços no prazo de 24 horas para os consumidores que tiverem sofrido corte por inadimplência. As referidas decisões estão no âmbito da Ação Civil Pública nº 5004662-32.2020.4.03.6100.”
Fonte: Poder 360


Coronavírus: varejo perde até 80% com pandemia; crise também afeta indústria


Colunista da Folha de S. Paulo, Vinicius Torres Freire também informa que o valor das compras com cartão caiu 44% na semana passada, na comparação com dias equivalentes de fevereiro
(Foto: Tania Regô/Agência Brasil)

247 - Com a crise causa pela pandemia do coronavírus, obrigando muitos pessoas a ficar em isolamento social em casa, o varejo chegou a perder 80% das vendas e o valor das compras com cartão caiu 44% na semana passada, na comparação com dias equivalentes de fevereiro. 
As informações são da  coluna na Folha de S. Paulo do jornalista e mestre em administração pública pela Universidade Havard, Vinícius Torres Freire.
A queda de 44% nas vendas com cartões afeta o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, uma vez que o valor dessas vendas equivale a cerca de 40% do “consumo das famílias”, que por sua vez equivale a uns 25% do PIB.
Queda no varejo
A coluna também apresenta outros dados econômicos: “o consumo de energia elétrica caiu 8% de 18 de março a 3 de abril, na comparação com os dias de 1º a 17 de março. Na sexta-feira, 3 de abril, caiu 14% (na comparação com a média das sextas-feiras de março até dia 17, pré-isolamento)”. (Folha de S. Paulo - 09/04/2020)
“No varejo de vestuário, a queda nas vendas está em quase 83% nesta semana (ainda na comparação com fevereiro). Nos restaurantes, de 72%. Nos serviços, em geral, 73,3%. Móveis, eletrodomésticos e lojas de departamento, 58,4%.” (Idem)
“O varejo de bens não-duráveis, que inclui mercados e supermercados, sobe nesta semana, 4,7% (Páscoa?), mas caía 7,8% na semana passada.” (Idem)
“A empresa mais comum no Brasil é a loja de roupas e acessórios: mais 1,1 milhão de firmas.  A seguir, vêm os negócios de cabeleireiros, manicures e pedicures, com 808 mil empresas. Somados, os grupos restaurantes e lanchonetes e similares são 812 mil empresas.” (Idem)
A crise afeta a indústria
Segundo o colunista, as montadoras de veículos também estão sendo afetadas. A informação é de que na sexta-feira passada, 3 de abril, o consumo de energia nestas indústrias caíra 75% em relação às sextas do mês de março antes do isolamento.
“Na indústria têxtil, queda de 52%. Nos manufaturados, 39%. Serviços, também menos 39%”, informa a matéria.


Revista The Economist diz que Bolsonaro apresenta sinais de insanidade


Publicação britânica critica a irresponsabilidade de Jair Bolsonaro que, ontem, quebrou o isolamento social e foi a uma padaria
(Foto: Reprodução | Reuters)

247 – Jair Bolsonaro apresenta sinais de insanidade mental, aponta a revista britânica The Economist, em reportagem publicada neste fim de semana. "Bolsonaro associou a retórica desafiadora à sabotagem ativa da saúde pública", diz a revista. "Os governadores dos estados mais importantes do Brasil foram adiante e impuseram bloqueios usando seus próprios poderes. Bolsonaro incentivou os brasileiros a ignorá-los. Um homem que teme a traição e tem uma necessidade perpétua de provocar, ele foi recebido com abraços e selfies em apoio a uma manifestação sua contra o Congresso em 15 de março", lembra ainda a Economist.
"Mesmo para seus próprios padrões, a violação de Bolsonaro de seu dever principal de proteger vidas foi longe demais. Grande parte do governo o trata como um parente difícil que mostra sinais de insanidade", diz a revista. "Bolsonaro é apoiado por um pequeno círculo de fanáticos ideológicos que incluem seus três filhos, pela fé de muitos protestantes evangélicos e pela falta de informações sobre a covid-19 entre alguns brasileiros. Os dois últimos fatores podem mudar à medida que o vírus atinge seu pico fatal nos próximos meses."