terça-feira, 31 de março de 2020

Confiança do empresário atinge menor nível desde setembro de 2017


O Índice de Confiança Empresarial (ICE), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 6,5 pontos de fevereiro para março deste ano. Foi a maior queda desde a recessão de 2008/2009
Rio de Janeiro - Setores do comércio fechados durante o período de isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Rio de Janeiro - Setores do comércio fechados durante o período de isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
O Índice de Confiança Empresarial (ICE), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 6,5 pontos de fevereiro para março deste ano. Foi a maior queda desde a recessão de 2008/2009. Com o resultado, o indicador chegou a 89,5 pontos, em uma escala de zero a 200, o menor nível desde setembro de 2017 (88,5 pontos).
A média do primeiro trimestre deste ano fechou 1,1 ponto inferior à média do trimestre anterior. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 2,2 pontos e inverteu a tendência ascendente iniciada em agosto do ano passado.
Em março, o Índice da Situação Atual, que mede a confiança no momento presente, recuou 0,8 ponto e passou para 91,7. Já o Índice de Expectativas, que mede a opinião dos empresários sobre o futuro, caiu 14,9 pontos, a maior queda desde outubro de 2008, passando de 102,6, zona de neutralidade, para 87,7 pontos, área de pessimismo.
Segundo o pesquisador da FGV Rodolpho Tobler, a confiança do empresário brasileiro sofreu impacto significativo pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). Houve piora em todos os setores, especialmente no comércio (11,7 pontos) e nos serviços (11,6 pontos). A indústria caiu 3,9 pontos e a construção, 2 pontos.
Brasil 247 quer a sua ajuda para tomar decisões importantes. Participe da pesquisa


Taxa de desemprego avança para 11,6% no Brasil


O desemprego no Brasil atinge 12,3 milhões de pessoas diretamente. Cerca de 38 milhões de trabalhadores estão na informalidade, sem registro na carteira ou em qualquer outro documento equivalente
Carteira de Trabalho
Carteira de Trabalho (Foto: Agencia Brasil)

247 - A taxa de desemprego no Brasil subiu para 11,6% no trimestre que se encerrou no mês de fevereiro, segundo informação do IBGE desta terça-feira (31). 
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) revelam que 11,2% dos brasileiros estavam desempregados no trimestre anterior, designado para a comparação. A reportagem é do jornal O Globo.    
A informalidade atingiu 40,6%, correspondendo ao número de 38 milhões de brasileiros que têm alguma forma de trabalho sem registro na carteira ou por documentação equivalente. Os desempregados são 12,3 milhões de pessoas no país. 


Senado quer aumentar “coronavoucher” para R$ 1,5 mil

Sessão solene do Congresso Nacional destinada a inaugurar a 2ª Sessão Legislativa Ordinária da 56ª Legislatura.  Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Randolfe Rodrigues é o autor do projeto, que será votado em sessão deliberativa remota Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado



O plenário do Senado Federal votará nesta terça-feira (31/03) o Projeto de Lei 873/2020, da Renda Básica de Cidadania Emergencial, que prevê ampliar o chamado coronavoucher de até R$ 1,2 mil para até R$ 1,5 mil, além de incluir também pais chefes de família. A proposta tem validade de seis meses, prorrogáveis até o fim da pandemia do coronavírus.
De relatoria do senador Esperidião Amin (PP-SC), o substitutivo que será analisado virtualmente inclui na lista de beneficiários taxistas, motoristas de aplicativo de trânsito e pescadores artesanais. Se aprovado, seguirá para análise da Câmara dos Deputados.
Segundo o projeto, os beneficiários do programa Bolsa Família receberão um auxílio extraordinário de, no mínimo, R$ 300 mensais por pessoa. O valor máximo que pode ser recebido por família será de R$ 1,5 mil, que pode ser aumentado pelo Executivo federal.
Entre quem poderá receber o benefício estão todas as pessoas listadas no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) e seus dependentes, com renda familiar per capita inferior a três salários mínimos e que não sejam beneficiários do Bolsa Família.
Líderes do Senado entraram em um acordo na manhã desta segunda acerca do projeto, antes da votação do Projeto de Lei 1.066/2020, que aprovou o coronavoucher de R$ 600. Eles se reúnem novamente nesta terça, às 10h, para terminar de discutir o texto e definir a pauta do dia.
Parlamentares decidiram votar pelo coronavoucher sem alterações para dar celeridade ao pagamento do benefício. Por isso, aproveitaram o projeto 873/2020 para propor modificações ao texto que foi aprovado. Os novos pontos que ampliaram o grupo de vulneráveis foram pensados junto à sociedade civil.
Essa não foi a primeira vez que o Senado optou por apresentar uma proposta paralela à original para garantir urgência na execução da matéria. Na época da reforma da Previdência, senadores elaboraram a “PEC paralela”, que inclusive alterava o projeto aprovado.
“Pague o dinheiro, Bolsonaro”
Em coletiva de imprensa realizada nesta tarde, os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) cobraram do governo a sanção urgente do coronavoucher e medidas para colocá-la em prática. “Pague o dinheiro, Bolsonaro”, afirmaram. “O governo têm condições que pagar o benefício com a estrutura que já tem”, reforçaram.
Conheça mais detalhes da proposta:
Amplia o limite máximo de R$ 1,2 mil para R$ 1,5 mil;
Amplia o prazo de três prestações mensais prorrogáveis para seis prestações mensais prorrogáveis;
Retira o limite de rendimentos tributáveis de até R$ 28.559,70 em 2018 para receber o auxílio emergencial; e
Inclui na lista de beneficiários, profissionais como taxistas, motoristas de aplicativo e pescadores artesanais, entre outras possibilidades.
Fonte: Metrópoles


Bolsonaro se baseia em fake news para acusar governadores de inflarem dados sobre mortes por coronavírus


Em entrevista a um canal de TV, Jair Bolsonaro usa como argumento para “provar” que há exagero na divulgação de informações sobre mortes por coronavírus o caso do falecimento de um borracheiro em Pernambuco, óbito falsamente causado por coronavírus
(Foto: Reuters)

247 - Jair Bolsonaro endossou uma notícia falsa que circulou nas redes sociais no fim de semana, segundo a qual um borracheiro que teria morrido em um acidente de trabalho em Pernambuco e teve seu óbito registrado como causado pela covid-19.
O caso foi utilizado para fortalecer a tese defendida por Bolsonaro de que alguns estados estariam supernotificando as mortes causadas pela nova doença para justificar suas ações restritivas contra a pandemia.
"Já começam aparecer mortes por outras causas que estão colocando na conta do coronavírus. Eu vou dar um exemplo do que aconteceu no fim de semana em Pernambuco", disse Bolsonaro em entrevista, informa o jornalista Ricardo Della Coletta.


Ex-diretor da Band faz agressões racistas à jornalista Maju Coutinho: 'Só está lá por causa da cor'


O empresário e ex-diretor da Band Rodrigo Branco fez ataques racistas contra Thelminha, do 'BBB', e contra a jornalista e apresentadora do 'Jornal Hoje', Maju Coutinho
Rodigo Branco e Maju Coutinho
Rodrigo Branco e Maju Coutinho (Foto: Reprodução | TV Globo)

247 - Rodrigo Branco ex-diretor da Band e empresário, fez atauqes racistas contra à jornalista e apresentadora do 'Jornal Hoje', Maju Coutinho e Thelminha, do 'BBB'. As informações são da colunista Fábia Oliveira, do jornal O Dia.

Bolsonaro é um vilão internacional e a pedra no caminho do combate ao coronavírus no Brasil, aponta Estadão em editorial


Jornal paulista diz que agora ele só governa para seus fanáticos devotos e chega bem perto de abraçar o impeachment, ou seja, a remoção desta 'pedra no caminho'
Jair Bolsonaro durante coletiva de imprensa sobre o coronavírus
Jair Bolsonaro durante coletiva de imprensa sobre o coronavírus (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 – A irresponsabilidade de Jair Bolsonaro levou o jornal Estado de S. Paulo a praticamente abraçar seu impeachment, no editorial A pedra no caminho, publicado nesta terça-feira. "Bolsonaro, graças a seu comportamento irresponsável, começa a conquistar um lugar jamais ocupado por um presidente brasileiro – o de vilão internacional. Nem mesmo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, idolatrado por Bolsonaro, persistiu em sua costumeira arrogância diante do avanço dramático da epidemia, rendendo-se à necessidade de prorrogar o isolamento social, mesmo ante o colossal custo econômico dessa medida", aponta o texto.

segunda-feira, 30 de março de 2020

Facebook e Instagram seguem Twiter e excluem vídeo de Bolsonaro


"Removemos conteúdo no Facebook e Instagram que viole nossos Padrões da Comunidade, que não permitem desinformação que possa causar danos reais às pessoas", informou o Facebook em nota. Na postagem, ele defendia o fim do isolamento e recomendava a cura para o coronavírus
Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nobrega/PR)

247 - Seguindo o que fez o Twitter, o Facebook decidiu nesta segunda-feira (30) apagar um dos vídeos publicados por Jair Bolsonaro por promover desinformação frente à pandemia do coronavírus.
"Removemos conteúdo no Facebook e Instagram que viole nossos Padrões da Comunidade, que não permitem desinformação que possa causar danos reais às pessoas", informou o Facebook em nota.
Na gravação apagada, Bolsonaro dizia: "Eles querem trabalhar. é o que eu tenho falado desde o começo", em defesa do fim do isolamento recomendado pela Organização Mundial da Saúde em meio à pandemia do coronavírus.
Além de falar sobre o isolamento, Bolsonaro também falou sobre o hidroxicloroquina.
"Aquele remédio lá, hidroxicloroquina, está dando certo em tudo o que é lugar", disse ele. O medicamento não tem efeito comprovado cientificamente para o tratamento da doença e só é usado em casos graves e sob prescrição médica.
O Twitter apagou duas publicações da conta oficial de Bolsonaro neste domingo (29). No lugar das publicações, feitas na tarde de domingo, aparece a mensagem: "Este tweet não está mais disponível porque violou as regras do Twitter".


Bolsonaro diz que Moro é egoísta e não defende posições do governo sobre pandemia


Jair Bolsonaro disse estar se sentindo “desamparado juridicamente” e que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, “não está fazendo nada” para defender a posição do governo contra os governadores que impuseram medidas restritivas como forma de enfrentar a pandemia
Jair Bolsonaro e Sérgio Moro
Jair Bolsonaro e Sérgio Moro (Foto: Carolina Antunes/PR)

247 - O isolamento de Jair Bolsonaro vem se ampliando dentro de seu próprio governo e um dos alvos das reclamações o ex-juiz e atual ministro da Justiça Sérgio Moro. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, Bolsonaro teria dito a interlocutores que Moro é um sujeito “egoísta” e que não estaria atuando para defender suas posições em defesa da suspensão das medidas de isolamento impostas pelos governos estaduais. Nesta linha, Bolsonaro já havia ameaçado demitir o ministro da Saúde, Luiz Mandetta, que também defende o isolamento como medida de enfrentamento ao coronavírus.
Segundo a reportagem, Bolsonaro disse estar se sentindo “desamparado juridicamente” e que Moro “não está fazendo nada” para fazer valer a posição do governo contra os governadores. Nesta segunda-feira (30), Moro postou uma resposta tímida em sua conta no Twitter. “Prudência no momento é fundamental”, postou na rede social. 
A postagem de Moro foi publicada juntamente com um artigo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux em que este, em um apelo aos magistrados de todo o país, afirma que  agora “é hora de ouvir a Ciência”. 


Senado aprova pagamento de auxílio emergencial de R$ 600


Em meio à pandemia do coronavírus, o valor será pago por três meses a pessoas de baixa renda. A proposta pode atingir um teto de até R$ 1.200, a mães que sustentam sozinhas as suas famílias. #PagaLogoBolsonaro já está entre os temas mais comentados no Twitter

247 - O Senado aprovou nesta segunda-feira (30) o pagamento de um auxílio emergencial no valor de R$ 600, por três meses, a pessoas de baixa renda. A proposta pode atingir um teto de até R$ 1.200, para as mães que sustentam sozinhas as suas famílias.  
Ainda de acordo com a proposta aprovada, duas pessoas de uma mesma família poderão acumular benefícios: um do auxílio emergencial e um do Bolsa Família. O programa terá um custo entre R$ 40 e 45 bilhões por mês, ou seja, entre R$120 e 135 bilhões por 3 meses.

Para o senador Jean Paul Prates (PT-RN), a proposta aprovada hoje foi uma vitória da oposição na Câmara e no Senado, que conseguiu com muito diálogo melhorar a proposta do presidente Jair Bolsonaro, que previa um auxílio de apenas R$ 200 para os mais pobres atravessarem a crise do coronavírus.
“A pandemia está trazendo consequências duríssimas para uma economia que já vinha muito mal. Os impactos mais cruéis recaem sobre os trabalhadores e as famílias mais pobres. Todas as medidas que venham proteger e ajudar os mais vulneráveis nesse período de pandemia serão tratadas com a urgência devida pelo Congresso Nacional”, garantiu Jean Paul. 
O senador lembrou ainda que o Partido dos Trabalhadores apresentou, no início da pandemia do coronavírus, a proposta de garantia de renda de um salário mínimo a cerca de pelo menos 100 milhões de brasileiros, beneficiários de programas sociais e trabalhadores informais e de baixa renda.
Acesso 
Os requisitos para os trabalhadores informais, autônomos, desempregados e microempreendedores individuais (MEI) terem acesso ao auxílios são: ser maior de 18 anos; não ter emprego formal; não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família; e ter renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar de até três salários mínimos (R$ 3.135,00)
O trabalhador deverá ainda cumprir uma das condições: exercer atividade na condição de microempreendedor individual (MEI); ser trabalhador informal inscrito no CadÚnico; e ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).


MPPR divulga nota e reforça a necessidade de contenção e isolamento social

(Foto: Reprodução/MPPR)


Em nota pública divulgada na manhã desta segunda-feira, 30 de março, o Ministério Público do Paraná reiterou a necessidade de que sejam mantidas todas as medidas necessárias para a preservação da saúde e da vida em face da pandemia de Covid-19. Entre as medidas, destacam-se a contenção e o isolamento social, amplamente recomendadas pela Organização Mundial de Saúde e pela comunidade científica brasileira e internacional como as principais ações capazes de diminuir o impacto da doença, reduzindo o potencial de propagação e de mortes.
Na nota, o MP destaca ainda a necessidade, neste momento, da uniformidade de condutas necessárias para enfrentar perigo de tal magnitude, e que acompanha, em todo o Paraná, a edição de atos administrativos, principalmente os de caráter normativo, para que estejam devidamente fundamentados, com base em prévia manifestação da autoridade pública sanitária competente (municipal e/ou estadual), expressando as evidências epidemiológicas que os justifiquem.
Confira abaixo a íntegra da nota, assinada pelo procurador-geral de Justiça, Ivonei Sfoggia, pelo corregedor-geral do MPPR, Moacir Gonçalves Nogueira Neto, e pelo procurador de Justiça Marco Antonio Teixeira, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção à Saúde Pública:
Nota Pública
O Ministério Público do Estado do Paraná, atento aos seus deveres de defesa dos direitos sociais e individuais indisponíveis, entre os quais prevalecem a vida e a saúde, torna público, em face do novo coronavírus (Covid-19), a imprescindibilidade da contínua adoção de todas as medidas necessárias a preservar tão relevantes valores humanos, principalmente por meio da contenção social, isolamento e mesmo a quarentena, quando assim declarada nos termos da lei federal que a prevê.
A disseminação do vírus ameaça gravemente o indivíduo e a própria sociedade, numa forma jamais experimentada antes.
Isso torna imprescindível medidas incomuns em nosso meio. Exige a necessária coesão social e das instituições na uniformidade de condutas necessárias para enfrentar perigo de tal magnitude.
Nossa primeira defesa é exatamente a união de propósitos e sacrifícios voltados às providências restritivas de convívio público, o que é amplamente recomendado pela Organização Mundial de Saúde e pela maioria da comunidade científica da área da saúde no Brasil e no plano internacional, como a principal medida capaz de diminuir o impacto da doença, reduzindo o potencial de propagação e de mortes. Acima de posicionamentos pessoais, devem prevalecer as evidências científicas que fundamentam as políticas públicas.
Nesse cenário, o isolamento social – ressalvadas as atividades essenciais que, pela sua natureza, não comportam interrupção – , é iniciativa que a experiência internacional demonstra ser mais efetiva, no momento, para reduzir a taxa de transmissão do vírus. Ela é indispensável em defesa dos mais elevados valores que condizem com a própria existência humana.
Evitar a rápida disseminação da doença no Paraná exige optar pelo princípio da proteção máxima das pessoas, sem prejuízo da adoção, pelas autoridades públicas competentes, das cautelas de caráter econômico indispensáveis à preservação de empregos e renda, além dos recursos essenciais à garantia dos direitos individuais e à subsistência das parcelas mais vulneráveis da população.
Nesse contexto, em que deve prevalecer o respeito à vida e à saúde, o MPPR acompanha a edição de atos administrativos, principalmente os de caráter normativo, fiscalizando estejam devidamente fundamentados, com base em prévia manifestação da autoridade pública sanitária competente (municipal e/ou estadual), expressando as evidências epidemiológicas que os justifiquem.
A Instituição, no seu papel constitucional de resguardar a ordem jurídica e os valores superiores da sociedade, permanece em contínuo diálogo com as instituições públicas e privadas, no sentido de, em conjunto, identificar estratégias positivas em benefício dos paranaenses no enfrentamento do novo coronavírus.
O Ministério Público do Paraná tem clara a gravidade do momento e reafirma sua unidade institucional na defesa da vida e da saúde da população.
Curitiba, 30 de março de 2020
Ivonei Sfoggia
Procurador-Geral de Justiça
Moacir Gonçalves Nogueira Neto
Corregedor-Geral do MPPR
Marco Antônio Teixeira
Coordenador do Caop de Proteção à Saúde Pública
Fonte: Bem Paraná


Secretaria de Saúde confirma terceiro óbito e 160 casos de coronavírus no Paraná

(Foto: Marcello Casal Jr/ABr)


A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou mais um óbito por coronavírus. Um homem de 66 anos, morador de Cascavel no Oeste do Paraná, teve a confirmação de Covid-19 neste domingo (29) e morreu na manhã desta segunda-feira (30).
O paciente possuía comorbidades e havia viajado para os Emirados Árabes com retorno ao Brasil no dia 14/03. Teve os primeiros sintomas no dia 18/03 e foi hospitalizado dia 25/03 em uma unidade da rede privada.
Oito novos casos foram confirmados nos municípios de Curitiba (3), Almirante Tamandaré (2), Rio Branco do Sul (1), Campo Largo (1) e Matinhos (1). Os pacientes são seis homens e duas mulheres com idades entre 26 e 59 anos.
Um caso confirmado no município de Colombo foi transferido para Curitiba visto que o paciente reside na capital.
PARANÁ – Dados do boletim registram atualmente 160 casos confirmados – cinco não residem no Estado –, destes, três óbitos, 2.877 casos descartados e 484 em investigação.
Fonte: Bem Paraná

Bolsonaro avalia demitir ministro da Saúde: "tô de saco cheio do Mandetta"


Jair Bolsonaro, no entanto, teme que a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, implique em um rompimento definitivo com parte do empresariado e a parcela da opinião pública que representa. Isolamento político está cada vez mais evidente
Luiz Henrique Mandetta e Jair Bolsonaro
Luiz Henrique Mandetta e Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega/PR)

247 - Jair Bolsonaro tem dito aos auxiliares mais próximos que está "de saco cheio de Mandetta", em referência ao seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A informação é do blog do Tales Faria. De acordo com autoridades de Saúde, o Brasil registra 4,3 mil casos de coronavírus e 139 mortes.
O ocupante do Planalto teme que a demissão de Mandetta implique em um rompimento definitivo com parte do empresariado e a parcela da opinião pública que representa. 
Segundo a coluna, Bolsonaro já escolheu um substituto para Mandetta: o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, que é médico da Marinha. Mandetta já teria dito que não pedirá demissão. 
No meio do impasse nesta crise do coronavírus, Bolsonaro contraria as orientações do ministro, como o distanciamento social, o que ficou evidente neste domingo (29), quando saiu às ruas de Brasília (DF) para visitar lojas e confraternizar com a população. 

Caiado diz que se governo não garantir alimentação, vai haver desobediência civil e povo vai quebrar tudo


Ronaldo Caiado, governador de Goiás, afirma que 'urgência urgentíssima' é garantir alimentação e que se Jair Bolsonaro não agir rapidamente nesse sentido haverá desobediência civil e quebra-quebra
Ronaldo Caiado
Ronaldo Caiado (Foto: Isac Pereira da Nóbrega/PR)

247 - Para o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), ex-aliado de Jair Bolsonaro, o Brasil vive uma situação de "urgência urgentíssima" na qual o governo federal tem que tomar medidas o mais rapidamente possível para garantir a alimentação das pessoas. 
Caiado afirma que esta é a única forma para manter as pessoas em casa e garantir o isolamento social para enfrentamento ao coronavírus. 
Painel da Folha de S.Paulo informa que "Caiado afirma que, se nada for feito de forma imediata, vai haver desobediência civil e o povo vai quebrar tudo". 


Governadores vão reagir se Bolsonaro baixar decreto contra isolamento social


Em conflito com os demais poderes da República, os governadores estaduais, a maioria esmagadora da nação, os organismos internacionais e os governos de todo o mundo, Bolsonaro ameaçou neste domingo baixar um decreto para obrigar as pessoas a voltarem às ruas e às suas atividades normais, em uma situação de emergência de avanço da epidemia do coronavírus, que espalha a morte. Governadores dizem que vão reagir contra o eventual decreto do ocupante do Palácio do Planalto
Governadores reagem às ameaças de Bolsonaro
Governadores reagem às ameaças de Bolsonaro (Foto: SECOM | Reuters)

247 - Os governadores dos estados vão acionar a Justiça se Jair Bolsonaro baixar um decreto para liberar o funcionamento de setores da economia e quebrar o isolamento social, considerado a mais importante medida preventiva por médicos, a Organização Mundial da Saúde, órgão da ONU, e o próprio Ministério da Saúde.

Pela primeira vez, Twitter apaga postagens de Bolsonaro com fake news e contra orientações de saúde


O Twitter retirou, neste domingo (29), duas postagens feitas por Jair Bolsonaro. A plataforma entendeu que as publicações violavam as regras de uso. Os posts eram de vídeos do 'passeio' de Bolsonaro em uma região comercial de Brasília
Presidente Jair Bolsonaro ajusta máscara de proteção durante coletiva sobre medidas para evitar a disseminação do coronavírus
Presidente Jair Bolsonaro ajusta máscara de proteção durante coletiva sobre medidas para evitar a disseminação do coronavírus (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - O Twitter apagou duas publicações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro. ​A empresa entendeu que os tuítes violavam as regras da plataforma. 
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que "os posts eram de vídeos do tour que o presidente fez neste domingo em Brasília, contrariando seu próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que recomendou as pessoas a ficarem em casa como medida de enfrentamento ao coronavírus."
A matéria ainda afirma que "nas filmagens, Bolsonaro citava o uso de cloroquina e falava sobre o isolamento social. Foi a primeira vez que o Twitter apagou postagens do presidente do Brasil."
Em nota, a rede social informou: "O Twitter anunciou recentemente em todo o mundo a expansão de suas regras para abranger conteúdos que forem eventualmente contra informações de saúde pública orientadas por fontes oficiais e possam colocar as pessoas em maior risco de transmitir COVID-19. O detalhamento da ampliação da nossa abordagem está disponível em nosso blog".

Como os ricos espalharam o coronavírus pelo país


Voltando dos EUA e Europa quando a pandemia já era realidade, ricos brasileiros mantiveram sua agenda social em vez de fazerem quarentena e tornaram-se em boa medida responsáveis pela disseminação do coronavírus no país; duas celebrações e a viagem de Bolsonaro aos EUA são epicentros da crise no Brasil
(Foto: Reuters | Reprodução)

247 - “É VIP o circuito que conta a chegada do coronavírus ao Brasil por meio de viajantes a bordo de jatinhos ou em voos internacionais de primeira classe ou executiva. A disseminação da Covid-19 em terras brasileiras passa por eventos sociais em points do litoral baiano, como Trancoso e Itacaré, e no tradicional Country Club do Rio de Janeiro” - quem relata é a jornalista Eliane Trindade, da Folha de S.Paulo. A epidemia de coronavírus começou a se espalhar com a chegada de pessoas infectadas de outros países, especialmente da Europa e EUA.

Datafolha: eleitores de Bolsonaro e Haddad têm comportamento diferente na pandemia


Uma pesquisa feita pelo Datafolha apontou que, entre os eleitores de Jair Bolsonaro, 32% disseram que deixaram de sair de casa para trabalhar, percentual que aumenta para 42% entre os eleitores de Fernando Haddad
Os eleitores de Bolsonaro fazem carreata a favor de sair de casa; os de Haddad ficam em casa
Os eleitores de Bolsonaro fazem carreata a favor de sair de casa; os de Haddad ficam em casa (Foto: Roberto Parizotti | Rovena Rosa/Agência Brasil)

247 - Uma pesquisa feita pelo Datafolha apontou que, entre os eleitores de Jair Bolsonaro, 32% disseram que deixaram de sair de casa para trabalhar, percentual que aumenta para 42% entre os eleitores de Fernando Haddad. Na população em geral, esse número é de 37%. Segundo autoridades de Saúde, o Brasil tem 4,2 mil casos da doença e 136 mortes.
De acordo com o levantamento do instituto, 50% dos eleitores do ex-capitão afirmam que também deixam suas casa para ir à escola, à faculdade ou a algum, índice que sobe para 58% entre quem votou no ex-prefeito de São Paulo. O percentual é de 55% na população em geral.
Sobre o número de mortes no Brasil por causa do coronavírus, 43% dos bolsonaristas afirmam que serão muitas, ante 50% entre os eleitores de Haddad e 45% na população em geral.
Foram entrevistadas 1.558 pessoas de 18 a 20 de março. A pesquisa tem margem de erro de três pontos para mais ou para menos.

domingo, 29 de março de 2020

Mandetta ironiza empresários e fim da quarentena: "Não adianta fazer carreata"


Coletiva de imprensa demonstrou abismo entre ministro e Bolsonaro: "Vamos agir pela ciência"
"Daqui duas ou três semanas, os mesmos que fizeram uma carreata de apoio, serão os mesmos que estarão em casa", ironizou o ministro - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Em mais uma coletiva de imprensa, concedida neste sábado (28), Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde, confirmou a distância que existe entre a sua perspectiva sobre as consequências e soluções para conter a curva de ascensão dos casos de contaminados no Brasil, e a de seu chefe, o presidente Jair Bolsonaro.
Durante a coletiva, Mandetta anunciou que o Brasil chegou a 3.904 casos confirmados de pessoas que contraíram coronavírus e 114 óbitos, por consequência da doença. O ministro voltou a defender a quarentena no país, medida que Bolsonaro quer reverter em nome da economia.
“Se todo mundo sair andando por aí, vai faltar para o rico e para o pobre. Precisamos ter racionalidade e não nos mover por impulso”, explicou o ministro, que pediu que as medidas sejam tomadas “pela ciência e pela parte técnica, com planejamento.”


Impeachment pode ser pouco para Jair Bolsonaro, diz Bernardo Mello Franco


Jornalista afirma que ele pode até ser condenado por crime contra a Humanidade no Tribunal Penal Internacional de Haia
Bernardo Mello Franco e Jair Bolsonaro
Bernardo Mello Franco e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Carolina Antunes/PR)

247 – "Os desvarios de Jair Bolsonaro não cabem mais na esfera da política. Quando o presidente se torna uma ameaça à saúde pública, sabotando o esforço nacional contra a pandemia, seus atos devem ser submetidos aos tribunais", diz o jornalista Bernardo Mello Franco, em coluna publicada no jornal O Globo.
"Quando a epidemia passar, a abertura de um processo de impeachment pode ser pouco para enquadrar o presidente. Se sua cruzada contra a vida prosperar, ele se candidatará a uma denúncia ao Tribunal Penal Internacional, que julga crimes contra a Humanidade", diz Bernardo Mello Franco.

Desesperados com o descaso do Estado e passando fome, moradores das favelas começam a ir às ruas


À medida em que coronavírus avança no Brasil, a profunda desigualdade brasileira - tema antes ignorado pela grande imprensa - passa para o topo das preocupações. Moradores das favelas, desesperados com o descaso do Estado, começam a passar fome e ir às ruas
(Foto: Divulgação)

247 - Especialistas aguradam uma explosão de casos de coronavírus nas periferias e favelas brasileiras, com base nas topografias locais, nos hábitos culturais e nas aglomerações naturais das pequenas casas improvisadas. 

Mandetta ataca imprensa para agradar Bolsonaro e apanha da Globo


“O ministro da saúde encontrou uma outra maneira de agradar o presidente: criticou o trabalho da imprensa, afirmando que os meios de comunicação são sórdidos, porque na visão dele só vendem se a matéria for ruim", afirma editorial da Rede Globo lido pela jornalista Ana Paula Araújo durante o Jornal Nacional
Jornalista Ana Paula Araújo e ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta
Jornalista Ana Paula Araújo e ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (Foto: Reprodução | ABr)

247 - A Rede Globo rebateu na noite deste sábado (28), as declarações do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que chamou os “meios de comunicação de sórdidos”, em uma crítica a cobertura da mídia sobre a pandemia.