segunda-feira, 30 de março de 2020

Facebook e Instagram seguem Twiter e excluem vídeo de Bolsonaro


"Removemos conteúdo no Facebook e Instagram que viole nossos Padrões da Comunidade, que não permitem desinformação que possa causar danos reais às pessoas", informou o Facebook em nota. Na postagem, ele defendia o fim do isolamento e recomendava a cura para o coronavírus
Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nobrega/PR)

247 - Seguindo o que fez o Twitter, o Facebook decidiu nesta segunda-feira (30) apagar um dos vídeos publicados por Jair Bolsonaro por promover desinformação frente à pandemia do coronavírus.
"Removemos conteúdo no Facebook e Instagram que viole nossos Padrões da Comunidade, que não permitem desinformação que possa causar danos reais às pessoas", informou o Facebook em nota.
Na gravação apagada, Bolsonaro dizia: "Eles querem trabalhar. é o que eu tenho falado desde o começo", em defesa do fim do isolamento recomendado pela Organização Mundial da Saúde em meio à pandemia do coronavírus.
Além de falar sobre o isolamento, Bolsonaro também falou sobre o hidroxicloroquina.
"Aquele remédio lá, hidroxicloroquina, está dando certo em tudo o que é lugar", disse ele. O medicamento não tem efeito comprovado cientificamente para o tratamento da doença e só é usado em casos graves e sob prescrição médica.
O Twitter apagou duas publicações da conta oficial de Bolsonaro neste domingo (29). No lugar das publicações, feitas na tarde de domingo, aparece a mensagem: "Este tweet não está mais disponível porque violou as regras do Twitter".


Bolsonaro diz que Moro é egoísta e não defende posições do governo sobre pandemia


Jair Bolsonaro disse estar se sentindo “desamparado juridicamente” e que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, “não está fazendo nada” para defender a posição do governo contra os governadores que impuseram medidas restritivas como forma de enfrentar a pandemia
Jair Bolsonaro e Sérgio Moro
Jair Bolsonaro e Sérgio Moro (Foto: Carolina Antunes/PR)

247 - O isolamento de Jair Bolsonaro vem se ampliando dentro de seu próprio governo e um dos alvos das reclamações o ex-juiz e atual ministro da Justiça Sérgio Moro. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, Bolsonaro teria dito a interlocutores que Moro é um sujeito “egoísta” e que não estaria atuando para defender suas posições em defesa da suspensão das medidas de isolamento impostas pelos governos estaduais. Nesta linha, Bolsonaro já havia ameaçado demitir o ministro da Saúde, Luiz Mandetta, que também defende o isolamento como medida de enfrentamento ao coronavírus.
Segundo a reportagem, Bolsonaro disse estar se sentindo “desamparado juridicamente” e que Moro “não está fazendo nada” para fazer valer a posição do governo contra os governadores. Nesta segunda-feira (30), Moro postou uma resposta tímida em sua conta no Twitter. “Prudência no momento é fundamental”, postou na rede social. 
A postagem de Moro foi publicada juntamente com um artigo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux em que este, em um apelo aos magistrados de todo o país, afirma que  agora “é hora de ouvir a Ciência”. 


Senado aprova pagamento de auxílio emergencial de R$ 600


Em meio à pandemia do coronavírus, o valor será pago por três meses a pessoas de baixa renda. A proposta pode atingir um teto de até R$ 1.200, a mães que sustentam sozinhas as suas famílias. #PagaLogoBolsonaro já está entre os temas mais comentados no Twitter

247 - O Senado aprovou nesta segunda-feira (30) o pagamento de um auxílio emergencial no valor de R$ 600, por três meses, a pessoas de baixa renda. A proposta pode atingir um teto de até R$ 1.200, para as mães que sustentam sozinhas as suas famílias.  
Ainda de acordo com a proposta aprovada, duas pessoas de uma mesma família poderão acumular benefícios: um do auxílio emergencial e um do Bolsa Família. O programa terá um custo entre R$ 40 e 45 bilhões por mês, ou seja, entre R$120 e 135 bilhões por 3 meses.

Para o senador Jean Paul Prates (PT-RN), a proposta aprovada hoje foi uma vitória da oposição na Câmara e no Senado, que conseguiu com muito diálogo melhorar a proposta do presidente Jair Bolsonaro, que previa um auxílio de apenas R$ 200 para os mais pobres atravessarem a crise do coronavírus.
“A pandemia está trazendo consequências duríssimas para uma economia que já vinha muito mal. Os impactos mais cruéis recaem sobre os trabalhadores e as famílias mais pobres. Todas as medidas que venham proteger e ajudar os mais vulneráveis nesse período de pandemia serão tratadas com a urgência devida pelo Congresso Nacional”, garantiu Jean Paul. 
O senador lembrou ainda que o Partido dos Trabalhadores apresentou, no início da pandemia do coronavírus, a proposta de garantia de renda de um salário mínimo a cerca de pelo menos 100 milhões de brasileiros, beneficiários de programas sociais e trabalhadores informais e de baixa renda.
Acesso 
Os requisitos para os trabalhadores informais, autônomos, desempregados e microempreendedores individuais (MEI) terem acesso ao auxílios são: ser maior de 18 anos; não ter emprego formal; não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família; e ter renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar de até três salários mínimos (R$ 3.135,00)
O trabalhador deverá ainda cumprir uma das condições: exercer atividade na condição de microempreendedor individual (MEI); ser trabalhador informal inscrito no CadÚnico; e ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).


MPPR divulga nota e reforça a necessidade de contenção e isolamento social

(Foto: Reprodução/MPPR)


Em nota pública divulgada na manhã desta segunda-feira, 30 de março, o Ministério Público do Paraná reiterou a necessidade de que sejam mantidas todas as medidas necessárias para a preservação da saúde e da vida em face da pandemia de Covid-19. Entre as medidas, destacam-se a contenção e o isolamento social, amplamente recomendadas pela Organização Mundial de Saúde e pela comunidade científica brasileira e internacional como as principais ações capazes de diminuir o impacto da doença, reduzindo o potencial de propagação e de mortes.
Na nota, o MP destaca ainda a necessidade, neste momento, da uniformidade de condutas necessárias para enfrentar perigo de tal magnitude, e que acompanha, em todo o Paraná, a edição de atos administrativos, principalmente os de caráter normativo, para que estejam devidamente fundamentados, com base em prévia manifestação da autoridade pública sanitária competente (municipal e/ou estadual), expressando as evidências epidemiológicas que os justifiquem.
Confira abaixo a íntegra da nota, assinada pelo procurador-geral de Justiça, Ivonei Sfoggia, pelo corregedor-geral do MPPR, Moacir Gonçalves Nogueira Neto, e pelo procurador de Justiça Marco Antonio Teixeira, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção à Saúde Pública:
Nota Pública
O Ministério Público do Estado do Paraná, atento aos seus deveres de defesa dos direitos sociais e individuais indisponíveis, entre os quais prevalecem a vida e a saúde, torna público, em face do novo coronavírus (Covid-19), a imprescindibilidade da contínua adoção de todas as medidas necessárias a preservar tão relevantes valores humanos, principalmente por meio da contenção social, isolamento e mesmo a quarentena, quando assim declarada nos termos da lei federal que a prevê.
A disseminação do vírus ameaça gravemente o indivíduo e a própria sociedade, numa forma jamais experimentada antes.
Isso torna imprescindível medidas incomuns em nosso meio. Exige a necessária coesão social e das instituições na uniformidade de condutas necessárias para enfrentar perigo de tal magnitude.
Nossa primeira defesa é exatamente a união de propósitos e sacrifícios voltados às providências restritivas de convívio público, o que é amplamente recomendado pela Organização Mundial de Saúde e pela maioria da comunidade científica da área da saúde no Brasil e no plano internacional, como a principal medida capaz de diminuir o impacto da doença, reduzindo o potencial de propagação e de mortes. Acima de posicionamentos pessoais, devem prevalecer as evidências científicas que fundamentam as políticas públicas.
Nesse cenário, o isolamento social – ressalvadas as atividades essenciais que, pela sua natureza, não comportam interrupção – , é iniciativa que a experiência internacional demonstra ser mais efetiva, no momento, para reduzir a taxa de transmissão do vírus. Ela é indispensável em defesa dos mais elevados valores que condizem com a própria existência humana.
Evitar a rápida disseminação da doença no Paraná exige optar pelo princípio da proteção máxima das pessoas, sem prejuízo da adoção, pelas autoridades públicas competentes, das cautelas de caráter econômico indispensáveis à preservação de empregos e renda, além dos recursos essenciais à garantia dos direitos individuais e à subsistência das parcelas mais vulneráveis da população.
Nesse contexto, em que deve prevalecer o respeito à vida e à saúde, o MPPR acompanha a edição de atos administrativos, principalmente os de caráter normativo, fiscalizando estejam devidamente fundamentados, com base em prévia manifestação da autoridade pública sanitária competente (municipal e/ou estadual), expressando as evidências epidemiológicas que os justifiquem.
A Instituição, no seu papel constitucional de resguardar a ordem jurídica e os valores superiores da sociedade, permanece em contínuo diálogo com as instituições públicas e privadas, no sentido de, em conjunto, identificar estratégias positivas em benefício dos paranaenses no enfrentamento do novo coronavírus.
O Ministério Público do Paraná tem clara a gravidade do momento e reafirma sua unidade institucional na defesa da vida e da saúde da população.
Curitiba, 30 de março de 2020
Ivonei Sfoggia
Procurador-Geral de Justiça
Moacir Gonçalves Nogueira Neto
Corregedor-Geral do MPPR
Marco Antônio Teixeira
Coordenador do Caop de Proteção à Saúde Pública
Fonte: Bem Paraná


Secretaria de Saúde confirma terceiro óbito e 160 casos de coronavírus no Paraná

(Foto: Marcello Casal Jr/ABr)


A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou mais um óbito por coronavírus. Um homem de 66 anos, morador de Cascavel no Oeste do Paraná, teve a confirmação de Covid-19 neste domingo (29) e morreu na manhã desta segunda-feira (30).
O paciente possuía comorbidades e havia viajado para os Emirados Árabes com retorno ao Brasil no dia 14/03. Teve os primeiros sintomas no dia 18/03 e foi hospitalizado dia 25/03 em uma unidade da rede privada.
Oito novos casos foram confirmados nos municípios de Curitiba (3), Almirante Tamandaré (2), Rio Branco do Sul (1), Campo Largo (1) e Matinhos (1). Os pacientes são seis homens e duas mulheres com idades entre 26 e 59 anos.
Um caso confirmado no município de Colombo foi transferido para Curitiba visto que o paciente reside na capital.
PARANÁ – Dados do boletim registram atualmente 160 casos confirmados – cinco não residem no Estado –, destes, três óbitos, 2.877 casos descartados e 484 em investigação.
Fonte: Bem Paraná

Bolsonaro avalia demitir ministro da Saúde: "tô de saco cheio do Mandetta"


Jair Bolsonaro, no entanto, teme que a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, implique em um rompimento definitivo com parte do empresariado e a parcela da opinião pública que representa. Isolamento político está cada vez mais evidente
Luiz Henrique Mandetta e Jair Bolsonaro
Luiz Henrique Mandetta e Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega/PR)

247 - Jair Bolsonaro tem dito aos auxiliares mais próximos que está "de saco cheio de Mandetta", em referência ao seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A informação é do blog do Tales Faria. De acordo com autoridades de Saúde, o Brasil registra 4,3 mil casos de coronavírus e 139 mortes.
O ocupante do Planalto teme que a demissão de Mandetta implique em um rompimento definitivo com parte do empresariado e a parcela da opinião pública que representa. 
Segundo a coluna, Bolsonaro já escolheu um substituto para Mandetta: o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, que é médico da Marinha. Mandetta já teria dito que não pedirá demissão. 
No meio do impasse nesta crise do coronavírus, Bolsonaro contraria as orientações do ministro, como o distanciamento social, o que ficou evidente neste domingo (29), quando saiu às ruas de Brasília (DF) para visitar lojas e confraternizar com a população. 

Caiado diz que se governo não garantir alimentação, vai haver desobediência civil e povo vai quebrar tudo


Ronaldo Caiado, governador de Goiás, afirma que 'urgência urgentíssima' é garantir alimentação e que se Jair Bolsonaro não agir rapidamente nesse sentido haverá desobediência civil e quebra-quebra
Ronaldo Caiado
Ronaldo Caiado (Foto: Isac Pereira da Nóbrega/PR)

247 - Para o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), ex-aliado de Jair Bolsonaro, o Brasil vive uma situação de "urgência urgentíssima" na qual o governo federal tem que tomar medidas o mais rapidamente possível para garantir a alimentação das pessoas. 
Caiado afirma que esta é a única forma para manter as pessoas em casa e garantir o isolamento social para enfrentamento ao coronavírus. 
Painel da Folha de S.Paulo informa que "Caiado afirma que, se nada for feito de forma imediata, vai haver desobediência civil e o povo vai quebrar tudo". 


Governadores vão reagir se Bolsonaro baixar decreto contra isolamento social


Em conflito com os demais poderes da República, os governadores estaduais, a maioria esmagadora da nação, os organismos internacionais e os governos de todo o mundo, Bolsonaro ameaçou neste domingo baixar um decreto para obrigar as pessoas a voltarem às ruas e às suas atividades normais, em uma situação de emergência de avanço da epidemia do coronavírus, que espalha a morte. Governadores dizem que vão reagir contra o eventual decreto do ocupante do Palácio do Planalto
Governadores reagem às ameaças de Bolsonaro
Governadores reagem às ameaças de Bolsonaro (Foto: SECOM | Reuters)

247 - Os governadores dos estados vão acionar a Justiça se Jair Bolsonaro baixar um decreto para liberar o funcionamento de setores da economia e quebrar o isolamento social, considerado a mais importante medida preventiva por médicos, a Organização Mundial da Saúde, órgão da ONU, e o próprio Ministério da Saúde.

Pela primeira vez, Twitter apaga postagens de Bolsonaro com fake news e contra orientações de saúde


O Twitter retirou, neste domingo (29), duas postagens feitas por Jair Bolsonaro. A plataforma entendeu que as publicações violavam as regras de uso. Os posts eram de vídeos do 'passeio' de Bolsonaro em uma região comercial de Brasília
Presidente Jair Bolsonaro ajusta máscara de proteção durante coletiva sobre medidas para evitar a disseminação do coronavírus
Presidente Jair Bolsonaro ajusta máscara de proteção durante coletiva sobre medidas para evitar a disseminação do coronavírus (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - O Twitter apagou duas publicações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro. ​A empresa entendeu que os tuítes violavam as regras da plataforma. 
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que "os posts eram de vídeos do tour que o presidente fez neste domingo em Brasília, contrariando seu próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que recomendou as pessoas a ficarem em casa como medida de enfrentamento ao coronavírus."
A matéria ainda afirma que "nas filmagens, Bolsonaro citava o uso de cloroquina e falava sobre o isolamento social. Foi a primeira vez que o Twitter apagou postagens do presidente do Brasil."
Em nota, a rede social informou: "O Twitter anunciou recentemente em todo o mundo a expansão de suas regras para abranger conteúdos que forem eventualmente contra informações de saúde pública orientadas por fontes oficiais e possam colocar as pessoas em maior risco de transmitir COVID-19. O detalhamento da ampliação da nossa abordagem está disponível em nosso blog".

Como os ricos espalharam o coronavírus pelo país


Voltando dos EUA e Europa quando a pandemia já era realidade, ricos brasileiros mantiveram sua agenda social em vez de fazerem quarentena e tornaram-se em boa medida responsáveis pela disseminação do coronavírus no país; duas celebrações e a viagem de Bolsonaro aos EUA são epicentros da crise no Brasil
(Foto: Reuters | Reprodução)

247 - “É VIP o circuito que conta a chegada do coronavírus ao Brasil por meio de viajantes a bordo de jatinhos ou em voos internacionais de primeira classe ou executiva. A disseminação da Covid-19 em terras brasileiras passa por eventos sociais em points do litoral baiano, como Trancoso e Itacaré, e no tradicional Country Club do Rio de Janeiro” - quem relata é a jornalista Eliane Trindade, da Folha de S.Paulo. A epidemia de coronavírus começou a se espalhar com a chegada de pessoas infectadas de outros países, especialmente da Europa e EUA.

Datafolha: eleitores de Bolsonaro e Haddad têm comportamento diferente na pandemia


Uma pesquisa feita pelo Datafolha apontou que, entre os eleitores de Jair Bolsonaro, 32% disseram que deixaram de sair de casa para trabalhar, percentual que aumenta para 42% entre os eleitores de Fernando Haddad
Os eleitores de Bolsonaro fazem carreata a favor de sair de casa; os de Haddad ficam em casa
Os eleitores de Bolsonaro fazem carreata a favor de sair de casa; os de Haddad ficam em casa (Foto: Roberto Parizotti | Rovena Rosa/Agência Brasil)

247 - Uma pesquisa feita pelo Datafolha apontou que, entre os eleitores de Jair Bolsonaro, 32% disseram que deixaram de sair de casa para trabalhar, percentual que aumenta para 42% entre os eleitores de Fernando Haddad. Na população em geral, esse número é de 37%. Segundo autoridades de Saúde, o Brasil tem 4,2 mil casos da doença e 136 mortes.
De acordo com o levantamento do instituto, 50% dos eleitores do ex-capitão afirmam que também deixam suas casa para ir à escola, à faculdade ou a algum, índice que sobe para 58% entre quem votou no ex-prefeito de São Paulo. O percentual é de 55% na população em geral.
Sobre o número de mortes no Brasil por causa do coronavírus, 43% dos bolsonaristas afirmam que serão muitas, ante 50% entre os eleitores de Haddad e 45% na população em geral.
Foram entrevistadas 1.558 pessoas de 18 a 20 de março. A pesquisa tem margem de erro de três pontos para mais ou para menos.

domingo, 29 de março de 2020

Mandetta ironiza empresários e fim da quarentena: "Não adianta fazer carreata"


Coletiva de imprensa demonstrou abismo entre ministro e Bolsonaro: "Vamos agir pela ciência"
"Daqui duas ou três semanas, os mesmos que fizeram uma carreata de apoio, serão os mesmos que estarão em casa", ironizou o ministro - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Em mais uma coletiva de imprensa, concedida neste sábado (28), Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde, confirmou a distância que existe entre a sua perspectiva sobre as consequências e soluções para conter a curva de ascensão dos casos de contaminados no Brasil, e a de seu chefe, o presidente Jair Bolsonaro.
Durante a coletiva, Mandetta anunciou que o Brasil chegou a 3.904 casos confirmados de pessoas que contraíram coronavírus e 114 óbitos, por consequência da doença. O ministro voltou a defender a quarentena no país, medida que Bolsonaro quer reverter em nome da economia.
“Se todo mundo sair andando por aí, vai faltar para o rico e para o pobre. Precisamos ter racionalidade e não nos mover por impulso”, explicou o ministro, que pediu que as medidas sejam tomadas “pela ciência e pela parte técnica, com planejamento.”


Impeachment pode ser pouco para Jair Bolsonaro, diz Bernardo Mello Franco


Jornalista afirma que ele pode até ser condenado por crime contra a Humanidade no Tribunal Penal Internacional de Haia
Bernardo Mello Franco e Jair Bolsonaro
Bernardo Mello Franco e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Carolina Antunes/PR)

247 – "Os desvarios de Jair Bolsonaro não cabem mais na esfera da política. Quando o presidente se torna uma ameaça à saúde pública, sabotando o esforço nacional contra a pandemia, seus atos devem ser submetidos aos tribunais", diz o jornalista Bernardo Mello Franco, em coluna publicada no jornal O Globo.
"Quando a epidemia passar, a abertura de um processo de impeachment pode ser pouco para enquadrar o presidente. Se sua cruzada contra a vida prosperar, ele se candidatará a uma denúncia ao Tribunal Penal Internacional, que julga crimes contra a Humanidade", diz Bernardo Mello Franco.

Desesperados com o descaso do Estado e passando fome, moradores das favelas começam a ir às ruas


À medida em que coronavírus avança no Brasil, a profunda desigualdade brasileira - tema antes ignorado pela grande imprensa - passa para o topo das preocupações. Moradores das favelas, desesperados com o descaso do Estado, começam a passar fome e ir às ruas
(Foto: Divulgação)

247 - Especialistas aguradam uma explosão de casos de coronavírus nas periferias e favelas brasileiras, com base nas topografias locais, nos hábitos culturais e nas aglomerações naturais das pequenas casas improvisadas. 

Mandetta ataca imprensa para agradar Bolsonaro e apanha da Globo


“O ministro da saúde encontrou uma outra maneira de agradar o presidente: criticou o trabalho da imprensa, afirmando que os meios de comunicação são sórdidos, porque na visão dele só vendem se a matéria for ruim", afirma editorial da Rede Globo lido pela jornalista Ana Paula Araújo durante o Jornal Nacional
Jornalista Ana Paula Araújo e ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta
Jornalista Ana Paula Araújo e ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (Foto: Reprodução | ABr)

247 - A Rede Globo rebateu na noite deste sábado (28), as declarações do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que chamou os “meios de comunicação de sórdidos”, em uma crítica a cobertura da mídia sobre a pandemia.

Governador do Paraná deve prorrogar isolamento social por pelo menos mais 10 dias

(Foto: Rodrigo Félix/AEN)


Um videoconferência reuniu na manhã deste sábado (28) o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, e prefeitos de dez cidades do Estado, entre eles o prefeito de Curitiba Rafael Greca. A reunião teve como objetivo alinhar um planejamento estratégico entre governo e municípios para enfrentar o avanço do novo coronavírus. “Precisamos pensar em conjunto, trocar experiências e unificar ações para que erremos o menos possível. A pandemia não é uma corrida de cem metros. É uma maratona, que em 15 dias não se resolve. Vamos enfrentar essa situação até junho, julho e por isso é preciso criar um modelo de gestão de crise”, disse Ratinho Júnior. O governador iria se reunir com mais prefeitos durante esse sábado (28) e também no domingo (29) por videoconferência para alinhar o discurso e ouvir as propostas. Segundo informações extraoficiais, o governador deve anunciar neste domingo (29) que as medidas de isolamento, com fechamento do comércio, shoppings e suspensão de aulas, vão continuar por pelo menos mais 10 dias no Paraná. Lembrando que os decretos do governo já prevêem as medidas por tempo indeterminado, enquanto durar pandemia de Covid-19. Por Josiane Ritz no Bem Paraná

sábado, 28 de março de 2020

Justiça suspende campanha da morte de Bolsonaro


A Justiça Federal suspendeu a campanha de Jair Bolsonaro, intitulada 'O Brasil não pode parar', ou qualquer outra "que sugira à população brasileira comportamentos que não estejam estritamente embasados em diretrizes técnicas, emitidas pelo Ministério da Saúde"
Jair Bolsonaro; campanha do governo contra o isolamento social
Jair Bolsonaro; campanha do governo contra o isolamento social (Foto: Reuters | Reprodução)

247 - Por determinação da Justiça Federal do Rio de Janeiro, o governo federal deve suspender a veiculação da campanha publicitária "O Brasil não pode parar", que defende o fim do isolamento social determinado por governadores de diversos estados.

Fake news sobre coronavírus viram casos de polícia e da Justiça no Paraná. Veja como denunciar

(Foto: Divulgação)


Espalhar 'fake news' sobre o coronavírus pode render processo na Justiça, multa e até cadeia. Algumas decisões neste sentido já foram tomadas no Paraná. E tanto Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber), da Polícia Civil do Paraná, quanto o Ministério Público do Paraná (MPPR) e a Controladoria Geral do Estado estão prontos para receber denúncias, além das procuradorias dos municípios que também podem acionar aqueles que divulgam fake news. A infração se enquadra no artigo 41 da Lei das Contravenções Penais: “provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto”, com pena prevista de prisão simples de 15 dias a seis meses ou multa. Por Josiane Ritz do Bem Paraná

Saiba como é feito o exame para detectar o novo coronavírus



Saber quem está ou não com a doença Covid-19 é fundamental para prestar o atendimento adequado ao paciente, dar segurança para os profissionais de saúde e demais pessoas internadas por outras razões e, ainda, saber quem deve fazer isolamento domiciliar. Cerca de 3 mil testes para detectar o novo coronavírus já foram realizados no Laboratório Central do Estado (Lacen-PR) – o laboratório referenciado pelo Ministério da Saúde no Paraná. O volume de exames ocorreu de 12 de março até esta sexta-feira (27).
O Lacen-PR é o responsável por exames que integram a rotina para a vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental no Paraná, para auxiliar a atuação da Epidemiologia e Controle de Doenças em todo o território paranaense.


Por isso, o laboratório está atuando de maneira intensiva neste período de pandemia. Os funcionários, entre bioquímicos, assistentes e estagiários, trabalham em escala para cobrir o expediente ampliado, entre 8 horas e 23 horas. Nos próximos dias, mais servidores iniciarão atividades para auxiliar nos exames.

Diariamente, o laboratório recebe amostras de exames de vírus variados, entre estes estão aquelas para identificar o coronavírus. Para fazer o exame as amostras passam por várias etapas desde que chegam no Lacen. A partir da entrada o resultado referente à Covid-19 sai em até 72 horas

TRIAGEM Nesta etapa acontecem as conferências de dados da amostra, verificação do cadastro do paciente no sistema que gerencia a atividade laboratorial e se o material está adequado para exame. “É um trabalho minucioso e que exige muita concentração. As pessoas que atuam aqui são cruciais para todo o trajeto correto da amostra. É necessário foco para não perder qualquer detalhe porque isso reflete em todo o fluxo pelo qual a amostra vai passar”, explica a diretora técnica do Lacen, Irina Riediger.

Após a verificação, as amostras são acondicionadas em recipientes adequados para circularem no ambiente laboratorial e etiquetadas com códigos internos do Lacen.

A segunda etapa é a entrada das amostras no laboratório especificamente: a extração do RNA. É o processo que seleciona o material que será examinado. São necessários diferentes procedimentos que envolvem colocação de reagente e agitação em cada amostra para que ela esteja preparada para a extração do RNA e colocada em uma bandeja de poços (com furinhos) uma quantidade mínima de amostra para o exame.

“A extração de RNA é separar o que precisamos de cada amostra para fazer os testes. Nós aqui temos máquinas que fazem isso com uma velocidade muito grande, mas em outros laboratórios é feito manualmente, o que resulta em muito tempo dedicado somente nessa etapa”, explica a diretora técnica.

Entre as 27 unidades federadas do País, apenas Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro (Fiocruz), Distrito Federal, Minas Gerais (Funed), Espírito Santo e Santa Catarina possuem esse tipo de equipamento.

“Podemos dizer que um técnico bem treinado levaria uma hora e 15 minutos para fazer a extração de 24 amostras. Aqui no Lacen nós fazemos a extração de 96 amostras em aproximadamente 2 horas e 30 minutos” explica Irina. “Mas além da agilidade, a segurança no que se refere à quantidade necessária de material para que a amostra esteja preparada para o exame é o que mais nos importa”.

A realização efetiva do exame ocorre na terceira etapa do processo dentro do Lacen – é a leitura do genoma da célula do vírus, chamado exame PCR em tempo real. Mas antes é preciso preparar o reagente para que as máquinas consigam fazer a ‘leitura’ no material.

O RNA extraído segue para outro equipamento que mistura uma quantidade muito pequena de amostra e o reagente específico para o vírus a ser testado. Na sequência, a bandeja com o preparo é colocada no equipamento que identifica, numa leitura bastante rápida, o que se apresenta naquela amostra por meio da análise pela biologia molecular, que está em líquido. A máquina, chamada termociclador, funciona com alteração de temperatura.

Todos os resultados são exibidos em um painel via sistema de informação. São gráficos com linhas em diferentes cores que indicam em quais amostras foram encontrados vírus, ou ‘cepas’ de vírus.

Os bioquímicos então avaliam resultado por resultado e validam via sistema. Só assim os laudos são assinados eletronicamente e liberados via Sistema Gal, e a informação é consultada pela unidade que solicitou o exame.

O secretário estadual da Saúde Beto Preto diz que o Lacen é fundamental para a todo o Estado. Ele destaca que a automatização de todo o processo reflete em ganho de tempo e segurança. “Por isso, trabalhamos com maior confiança nos resultados do Lacen. Temos equipamentos de ponta, gente trabalhando com o conhecimento atualizadíssimo e a boa vontade para fazer o seu melhor no trabalho. Entendemos que estamos trabalhando com vidas, com pessoas, não somente com vidros, dados e números.”

PESQUISA DE VÍRUS RESPIRATÓRIOS – No caso de suspeita da Covid-19, cada uma das amostras é submetida a vários testes. Até 21 de março eram feitos testes de 20 vírus. Se o resultado fosse negativo para todos, na sequência era executado o exame para o novo coronavírus. Para otimizar o processo foi decidido restringir a quantidade de vírus na pesquisa, considerando os que estão em circulação no Paraná. Por isso, a partir desta quarta-feira (25), a pesquisa envolve os seis vírus que mais circulam, comparando dados e informações de anos anteriores, mais o teste para a identificação do novo coronavírus.

LABORATÓRIOS HABILITADOS - A Secretaria de Estado da Saúde já cadastrou quatro laboratórios privados para colaborar com o Lacen na validação dos testes de pessoas suspeitas de contrair o novo coronavírus (Covid-19): Genoprimer e Unimed, em Curitiba (PR); Sabin, em Brasília (DF); e Dasa, em São Paulo (SP).

Para obter a melhor amostra possível e chegar a resultados mais apurados, o Lacen fornece material para coleta aos outros laboratórios, de modo a padronizar os serviços.

REFERÊNCIA – Além de ser o laboratório referenciado pelo Ministério da Saúde no Paraná, o Lacen é também o responsável por exames para exames diferenciados de brucelose, varicela e estreptococo de amostras vindas do Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

MAPEAMENTO DA CIRCULAÇÃO VIRAL –
 O Lacen faz a pesquisa de vírus respiratórios para o trabalho de controle epidemiológico que monitora quais vírus estão circulando no Estado, por meio de unidades sentinelas. As unidades sentinelas funcionam geralmente junto às UPAS e cada uma colhe até cinco amostras semanais de pacientes que buscam atendimento com sintomas leves da doença. Já as unidades de vigilância de síndromes respiratórias agudas graves (SRAG), monitoram os pacientes hospitalizados, internados em UTIS, e coletam amostras de todos os casos internados por SRAG.


Estados e municípios cobram do Ministério da Saúde compra de respiradores


Com dificuldade para encontrar respiradores, Estados e municípios pedem para o governo federal ir ao mercado e centralizar a aquisição do produto essencial para o tratamento de casos graves da covid-19.
A pasta abriu na quinta-feira, 26, edital para compra dos primeiros 15 mil produtos deste tipo, mas fornecedores já avisaram que não têm estoque para entrega imediata. Do Bem Paraná com Estadão conteúdo


Nas redes, popularidade de Bolsonaro cai e de governadores cresce em meio à crise do coronavírus


Dados mostram que Jair Bolsonaro tem perdido a popularidade nas redes com seu discurso contra o isolamento no combate ao coronavírus, enquanto que governadores que tomaram medidas cresceram
Flávio Dino, João Doria e Wilson Witzel
Flávio Dino, João Doria e Wilson Witzel (Foto: Gov. MA | Gov. SP | Eliane Carvalho/Gov. RJ)

247 - O campanha de Jair Bolsonaro contra o isolamento e a inércia de suas políticas para combater o coronavírus têm contrastado com as ações de governadores que decidiram agir diante da crise.
A reação de Bolsonaro foi partir para o ataque contra governadores e uma das razões pode ser o crescimento virtual dos governadores Flávio Dino (PC do B-MA), João Doria (PSDB-SP), Wilson Witzel (PSC-RJ), enquanto fez cair o índice em relação a Bolsonaro.
Segundo reportagem da Folha, dados da consultoria Quaest, que copila o chamado IPD (Índice de Popularidade Digital), medido a partir de informações do Twitter, Facebook, Instagram e, agora, em sua versão 2.0, também analisa Youtube, Google Trends e acessos a Wikipedia, Bolsonaro caiu de 83,1 para 69,1 — queda de 16,8%. 
Já os governadores tiveram um crescimento: Doria cresceu 66,1%, Dino subiu 54,9% e Witzel, 39,6%. O tucano foi de 10,55 a 17,52. Dino apresentou melhor desempenho, de 12,74 e alcançou 19,73. Já Witzel variou entre 9,76 e 13,62.
"Isso significa que os governadores despertaram mais interesse dos internautas e tiveram mais engajamento e alcance nas suas redes sociais", destaca a reportagem.


Cúpula militar dá primeiros sinais de apoio à troca de Bolsonaro por Mourão


Informação é do jornalista Afonso Benites, do El Pais, que fala nas possibilidades de impeachment ou renúncia, após as reações irresponsáveis de Jair Bolsonaro à pandemia de coronavírus
Hamilton Mourão
Hamilton Mourão (Foto: Reuters)
247 – Os militares já estão prontos para apoiar a substituição de Jair Bolsonaro por Hamilton Mourão, segundo informa o jornalista Afonso Benites, do El Pais. "A cúpula das Forças Armadas acendeu um sinal de alerta nos últimos dias diante das reações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à crise do novo coronavírus. Nesta semana, representantes da Aeronáutica, Exército e Marinha sinalizaram ao até então nem tão bem-quisto vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), que poderiam contar com o apoio deles, caso o ocupante do Palácio do Planalto deixasse o cargo por meio de um impeachment ou renúncia", diz ele, em reportagem.