Blog do Esmael - No
Brasil há o sentimento geral de abandono e o medo de que o governo do
presidente Jair Bolsonaro corte os
salários pela metade, nesse período de
luta contra o coronavírus. Já na Argentina, ao contrário, los hermanos têm a
sensação de segurança e conforto –mesmo com o isolamento social determinado
pelo presidente Alberto Fernández.
Na semana passada,
o governo argentino decretou quarentena e as ruas estão desertas nas grandes
cidades no país vizinho, como na capital Buenos Aires. Junto com a medida
restritiva de circulação, Fernández anunciou proteção para os trabalhadores do
setor privado que terão direito ao pleno gozo de sua renda habitual.
Entre
outras medidas, o governo argentino já havia anunciado antes da quarentena
obrigatória licenças remuneradas de trabalho para maiores de 60 anos, mulheres
grávidas e menores de 60 anos em condições “arriscadas”, tanto no setor público
quanto no privado.
O Blog
do Esmael teve informação de uma executiva brasileira, que mora em Buenos
Aires, sobre a situação no país. Segundo ela, até os correligionários do
ex-presidente Mauricio Macri se sentem protegidos pela política social
peronista.
Seria como se os
bolsonaristas, no Brasil, passassem a confiar mais no ex-presidente Lula, nesses
tempos de coronavírus, do que em Bolsonaro. Ou seja, que o PT se tornasse uma
alternativa concreta para a eleição de 2022.
Na
Argentina, as autoridades nacionais de saúde confirmaram neste sábado (21) a
detecção de outros 67 novos casos de coronavírus, com os quais o total de
infectados no país chegou a 225, incluindo quatro mortes. Em um dia, novos
casos dobraram, já que 30 haviam sido relatados na sexta-feira (20) e um total
acumulado de 158.
O
presidente Alberto Fernández estuda endurecer o controle do isolamento, mas
descarta o estado de sítio. Até agora, com a ajuda das Forças Armadas, o
governo prendeu 3.200 pessoas em todo o país por violar a quarentena.
Ainda
conforme relato da executiva brasileira em Buenos Aires, somente um membro da
família é autorizado a sair, por vez, para comprar mantimentos no supermercado
ou na padaria.