Os dados fazem parte
de um levantamento preliminar fornecido pelo Departamento de Economia Rural
(Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab)
(Foto: PMA) |
A avicultura de
Apucarana continua em ritmo de expansão. No período de um ano, o número de
frangos encaminhado para abates cresceu 9%. Em 2018, os aviários instalados no
município enviaram para os frigoríficos integrados 15.710.110 frangos, número
que subiu para 17 milhões e 100 mil no ano passado.
Os dados fazem parte de um levantamento
preliminar fornecido pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria
de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), e deverão ser confirmados
durante o mês de março, quando acontecerá a divulgação oficial dos dados.
O prefeito de Apucarana, Junior da Femac,
afirma que o setor apresenta um crescimento extraordinário, a partir de 2014.
“O Valor Bruto da Produção (VBP) gerado pela produção de frango de corte
praticamente dobrou, passando dos R$ 85 milhões em 2013 para os atuais R$ 148
milhões. Isso mostra que a atividade se consolidou como uma alternativa de
diversificação da propriedade rural”, frisa Junior da Femac.
O prefeito lembra que o setor foi
alavancado após a geada de 2013 que dizimou grande parte dos cafezais “Naquela
época, a gestão Beto Preto começou a colocar em prática ações de diversificação
das propriedades rurais. Foram adotados dois caminhos principais: o incentivo
da fruticultura com o Programa Terra Forte e o apoio à avicultura”, pontua.
O prefeito afirma que são duas atividades
que não exigem grandes extensões de terra. “Numa pequena área, o produtor pode
ter um barracão de frango. O mesmo acontece com o programa de fruticultura, no
qual já distribuímos dez tipos de mudas, além do fosfato e do calcário, e o
pagamento dos insumos é feito posteriormente, com a entrega de parte da
produção para a merenda escolar”, reitera o prefeito.
Atualmente, Apucarana conta com 125
propriedades que se dedicam à avicultura. “São produtores independentes,
famílias e empresas que estão nesta atividade. Isso gera empregos,
desenvolvimento da economia, aumento do Valor Bruto da Produção e garante a
diversificação das propriedades”, avalia Junior da Femac, informando que, em
2013, a avicultura representava 35% do VBP de Apucarana, fatia que hoje já supera
os 46%.
Os barracões instalados somam uma área
construída de 25 hectares. “Isso está movimentando toda uma cadeia, passando
pelo fornecimento de insumos e fortalecendo também a construção civil. Temos,
inclusive, fábricas de equipamentos para aviários em Apucarana e que atendem as
granjas instaladas no município”, observa Junior da Femac.
PERSPECTIVAS
OTIMISTAS –
Mais produtores estão aderindo à atividade e empresas estão construindo grandes
estruturas. Com isso, para os próximos dois anos, a projeção é que a avicultura
cresça em torno de 30%.
Somente a empresa do setor de agronegócio
Borges & Rossa, com matriz na cidade de Capinzal, em Santa Catarina, está
investindo R$ 20 milhões no Distrito de Caixa São Pedro. “Na primeira etapa,
que entrará em operação no mês de abril, estão sendo instalados 16 aviários.
Apenas com este empreendimento, serão mais 4 milhões de aves por ano. Daqui a
dois anos, quando a empresa finalizará a instalação de todos os 28 aviários, o
empreendimento estará entregando para abate cerca de 7 milhões de aves”,
informa Junior da Femac,
CLIMA E LOGÍSTICA FAVORÁVEIS – O
secretário municipal de Agricultura, José Luiz Porto, afirma que Apucarana tem
alguns diferenciais para o desenvolvimento da avicultura. “A posição geográfica
facilita a logística, pois estamos próximos de vários frigoríficos que fazem o
abate. Além disso, Apucarana tem um clima favorável. Faz um pouco mais de frio
e com isso se consome menos energia para resfriar os barracões”, avalia.
Entre os incentivos dados pela Prefeitura,
Porto cita a distribuição de mudas de sanção do campo. “A planta é utilizada
como cerca viva para isolar os barracões, protegendo contra ventos que muitas
vezes trazem doenças e também contra animais. Todos os cuidados devem ser
tomados e são uma exigência do mercado, pois o ciclo de engorda é muito rápido,
variando de 38 a 46 dias”, observa Porto.