quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Moro lava as mãos e diz que morte de miliciano tem que ser explicada pela polícia da Bahia


Ministro da Justiça, Sergio Moro, disse em audiência da Câmara que o ex-capitão da PM Adriano da Nóbrega, "lamentavelmente, nas circunstâncias que vão ser esclarecidas pela polícia daquele estado [Bahia], acabou sendo vitimado"
Adriano da Nóbrega e Sergio Moro
Adriano da Nóbrega e Sergio Moro (Foto: Reprodução | Cleia Viana/Câmara dos Deputados

247 - Em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira 12, o ministro da Justiça, Sergio Moro, lavou as mãos sobre a morte do miliciano Adriano da Nóbrega, ligado à família de Jair Bolsonaro.
A audiência da qual Moro participou analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 199/2019, que estabelece o trânsito em julgado da ação penal após o julgamento em segunda instância, extinguindo os recursos aos tribunais superiores.
Questionado sobre o fato de Adriano não ter entrado na lista divulgada pelo Ministério da Justiça com os criminosos mais procurados do Brasil, Moro respondeu:
"Essa pessoa específica [Adriano] não entrou e se vê que nem sequer era necessário porque essa pessoa foi encontrada poucos dias depois pela polícia do estado da Bahia. E aí, lamentavelmente, nas circunstâncias que vão ser esclarecidas pela polícia daquele estado, acabou sendo vitimado".

Liana Cirne Lins: se o chefe do Escritório do Crime foi morto, há um chefe acima dele


Em entrevista ao jornalista Mauro Lopes, a jurista Liana Cirne Lins diz que o miliciano Adriano da Nóbrega foi alvo de uma execução numa "queima de arquivo". Ela diz ainda que alguém acima dele determinou sua morte, já que ele, Adriano, era o chefe do grupo Escritório do Crime no Rio de Janeiro e, portanto, a figura maior entre os milicianos do grupo no estado. Assista
Liana Cirne Lins e Adriano da Nóbrega
Liana Cirne Lins e Adriano da Nóbrega

247 - A jurista Liana Cirne Lins afirmou ao jornalista Mauro Lopes, na TV 247, que a morte de Adriano da Nóbrega foi uma “queima de arquivo” e que alguém acima dele na ordem hierárquica do Escritório do Crime ordenou sua execução. Liana explicou que Adriano da Nóbrega era o chefe do grupo miliciano no estado do Rio de Janeiro, ou seja, para que ele fosse assassinado era preciso a ordem de uma pessoa que estivesse ainda acima dele.
“Adriano da Nóbrega foi assassinado por queima de arquivo, e isso faz sentido se a gente observa a narrativa do assassinato da Marielle até hoje. O Chefe do Escritório do Crime no Rio era Adriano da Nóbrega, e a gente não pode ignorar isso. Se o chefe foi assassinado, é porque tem um chefe mais importante acima dele que foi o mandante. Toda a mídia carioca afirma que o Adriano da Nóbrega era o chefe do grupo miliciano Escritório do Crime no Rio de Janeiro. Para ele ter sido executado, como eu penso que foi, é porque alguém mais importante que ele determinou que isso acontecesse”, disse a jurista.
Ela ressaltou que o Escritório do Crime tem sua “cabeça” no Rio de Janeiro, mas que os braços do grupo se estendem por todo o território nacional. 
Sobre a declaração do secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa, que afirmou que Adriano da Nóbrega havia sido morto durante trocas de tiros em uma operação policial com o intuito de prendê-lo, Liana Cirne Lins rebateu questionando a falta de provas que confirmem a versão do secretário. “Me desculpe o secretário de Segurança Pública da Bahia, não vem com essa conversa fiada. Um homem com essa experiência, um capitão do Bope ia atirar contra 70 policiais da Polícia Militar da Bahia? Vocês acreditam nisso? Eu não acredito. Não é crível essa informação, isso seria um ato desesperado de um homem enlouquecido num momento suicida. Adriano da Nóbrega não tinha essas características, ele era frio, era racional, era um assassino. Como esse homem ia sair atirando contra 70 policiais? Isso tem cheiro de mentira, gosto de mentira e cor de mentira. O que o secretário de segurança pública da Bahia está dizendo aí para justificar não tem credibilidade”.
Liana, durante a entrevista, traçou uma linha do tempo que liga a morte de Adriano da Nóbrega ao assassinato da vereadora Marielle Franco em 14 de março de 2018.


Bolsonaro tira Onyx da Casa Civil e convida general da intervenção para o cargo



O presidente Jair Bolsonaro convidou o general Walter Braga Netto, atual Chefe do Estado-Maior do Exército e que comandou a intervenção no Rio de Janeiro em 2018, para o cargo de ministro da Casa Civil. Ele substituirá Onyx Lorenzoni, que deverá ser deslocado para o Ministério da Cidadania, hoje comandado por Osmar Terra. Desta forma, todos os ministros que trabalham dentro do Palácio do Planalto serão de origem militar. (Confira)

CPI da JMK pede indiciamento de 19 pessoas


Propositor e presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da JMK, o deputado estadual Soldado Fruet (PROS) e o relator dos trabalhos, deputado Delegado Jacovós (PL), entregaram nesta terça-feira (11) ao presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado Ademar Traiano (PSDB), o relatório final do colegiado. O documento de 230 páginas, aprovado por unanimidade no dia 16 de dezembro, pede o indiciamento de 19 pessoas – entre agentes públicos e pessoas ligadas à gerenciadora da manutenção da frota do Estado entre janeiro de 2015 e maio de 2019 – por crimes contra a Lei de Licitações e atos de improbidade administrativa. Além disso, traz 12 recomendações, entre elas que o Governo reavalie o modelo de gestão dos veículos oficiais.  Do Contraponto (Confira)

Comissão da Alep aprova cidadania do Paraná ao “véio” da Havan


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A concessão do título de Cidadania Honorária do Paraná ao empresário catarinense Luciano Hang, dono da rede de lojas de departamentos Havan, recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), durante a reunião na tarde desta terça-feira (11). Na ocasião, os deputados voltaram a discutir os critérios avaliados na hora da concessão de títulos honoríficos pelo Poder Legislativo, uma das maiores honrarias estaduais prestadas aos cidadãos. A informação é do Contraponto. (Veja).

Mais de 80% dos municípios do Paraná estão infestados pelo mosquito da dengue

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(Foto: Divulgação/ Sesa)


A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta terça-feira (11) o novo boletim de infestação predial que apresenta o Levantamento de Índices Rápido para o Aedes aegypti, o LIRAa. O Paraná tem 331 municípios infestados, representando 82,96% do Estado.
No período de 2 de janeiro a 6 de fevereiro, dos 399 municípios do Paraná, 103 estão classificados em situação de risco de epidemia; 160 em alerta e 114 em situação satisfatória para o IPP (Índice de Infestação Predial). Os demais não enviaram informações ou não realizaram o monitoramento. O município com maior índice de infestação predial do Aedes aegypti é Terra Boa, na Região Noroeste do Estado, com 14,80% IPP por 100 mil habitantes.
FÊMEA - O Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) define depósito como todo recipiente utilizado para finalidade específica que armazene ou possa vir a armazenar água e que esteja acessível à fêmea do mosquito, ou seja, é o local que acumula água onde a fêmea do mosquito deposita seus ovos.
Dentre as amostras, 78,2% são depósitos móveis ou passíveis de remoção - recipientes plásticos, garrafas, latas, sucatas em pátios e ferros velhos, entulhos de construção, pneus, vasos de plantas, bebedouros e recipiente para degelo de geladeiras, entre outros.
“O levantamento demonstra que os fatores externos são determinantes para eliminação dos criadouros, reforçando a necessidade do apoio da população para acabarmos com possíveis focos do mosquito. A retirada mecânica deste conteúdo é sempre o mais indicado e mais efetivo”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
LIRAa - É uma iniciativa desenvolvida pelo Ministério da Saúde desde 2002, sendo realizada pelos municípios considerados infestados pelo Aedes aegypti. Ele permite a identificação de áreas com maior proporção/ocorrência de focos, bem como os criadouros predominantes, indicando o risco de transmissão de dengue.
Fonte: SESA


terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Flamengo rebate críticas de Faustão e chama apresentador de "leviano"

Após o apresentador Faustão reclamar da postura da diretoria do clube Flamengo em relação às negociações com as famílias das vítimas do incêndio do ano passado no Ninho do Urubu, o clube emitiu uma nota classificando os comentários do apresentador de "levianos". (Confira)

Bolsonaro está perdendo o controle narrativo nas redes, aponta levantamento

De acordo com um monitoramento de imagem feito pela empresa AP Exata, Bolsonaro está deixando de ter hegemonia nas redes sociais. Em janeiro ele teve o equivalente a 14 dias de menções críticas contra 16 dias em que os apoios dominaram as redes. "Bolsonaro está perdendo o controle narrativo nas redes", afirmou Sergio Denicoli, diretor da instituição. Com informações do Brasil 247. Saiba mais...

Voz que autorizou entrada de acusado de matar Marielle em condomínio não é de porteiro que citou Bolsonaro, diz perícia

De acordo com laudo da Polícia Civil do Rio, o áudio da portaria do condomínio Vivendas da Barra (RJ) não passou por edição e a pessoa que autorizou a entrada do ex-PM Élcio de Queiroz no local foi o policial reformado Ronnie Lessa. Os dois estão presos sob a acusação de terem cometido o crime
(Foto: REUTERS/Adriano Machado | Reprodução | Mídia Ninja)

247 - Um laudo da Polícia Civil concluiu que a voz do porteiro responsável por liberar a entrada do ex-policial militar Élcio de Queiroz no condomínio Vivendas da Barra (RJ), no dia do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), não é a do funcionário que citou Jair Bolsonaro aos investigadores da Delegacia de Homicídios (DH). De acordo com o documento, o áudio da portaria não passou por edição e a pessoa que autorizou a entrada de Élcio no condomínio foi o policial reformado Ronnie Lessa. Tanto Élcio quanto Lessa estão presos sob a acusação de terem cometido o crime. O teor do laudo foi publicado pelo jornal O Globo
Em depoimento, no ano passado, um dos porteiros afirmou que Bolsonaro havia liberado a entrada de Élcio no condomínio. Depois, ele voltou atrás. A perícia no áudio da portaria, iniciada em 13 de janeiro deste ano, confirmou que outro funcionário foi quem interfonou para Lessa, vizinho de Bolsonaro. 
O crime aconteceu em 14 de março de 2018, por volta das 21h15. A gravação foi às 17h07m42s do mesmo dia, quatro horas antes da execução. No arquivo analisado, nesta mesma hora, o áudio da portaria captou o som da discagem das teclas 6 e 5 feita pelo porteiro, números da casa de Ronnie Lessa. No dia do crime Bolsonaro estava em Brasília (DF).
A ex-vereadora Marielle Franco foi morta pelo crime organizado. Ela era ativista de direitos humanos e denunciava a violência cometidas por policiais nas favelas, bem como a atuação de milícias nas periferias. Os criminosos efetuaram os disparos em um lugar sem câmeras no município do Rio e haviam perseguido o carro dela por cerca de três quilômetros. 
Morreu no último domingo (9) o ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega Silva, que integrava o Escritório do Crime, grupo de matadores de aluguel, sendo formado por assassinos profissionais e suspeito de envolvimento com a morte de Marielle. A mãe dele trabalhou no gabinete do atual senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) quando o parlamentar era deputado estadual no Rio. 
O congressista fez homenagens ao ex-policial e Jair Bolsonaro também classificou ele como "brilhante oficial". 
De acordo com registros da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Flávio Bolsonaro foi o único a votar contra a proposta de Marcelo Freixo (PSOL) quando o pessolista era deputado estadual, para conceder a medalha Tiradentes em homenagem à vereadora. Atualmente, Freixo é deputado federal.

Morte de miliciano ligado a sua família mete medo em Bolsonaro, que se recusa a falar do assunto e ataca jornalistas

Jair Bolsonaro está com medo de que a morte de Adriano da Nóbrega, comandante da mais antiga milícia do Rio de Janeiro com notórias ligações com o seu clã, afete seu filho Flávio. Por isso se recusou a comentar o assunto e ainda atacou jornalistas quando foi indagado
Flávio, Jair, Eduardo e Carlos Bolsonaro; no detalhe ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega
Flávio, Jair, Eduardo e Carlos Bolsonaro; no detalhe ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega (Foto: Reprodução)
247 - Jair Bolsonaro evitou falar com a imprensa nesta segunda-feira (10), depois que o ex-capitão Adriano da Nóbrega, comandante da mais antiga milícia do Rio de Janeiro, integrante de um bando de assassinos profissionais no estado e ligado à sua família, foi morto durante uma operação policial na Bahia. (Confira)

Brasil pode ultrapassar a marca de um milhão de candidatos nas eleições 2020

Emenda Constitucional (EC) 97, aprovada em outubro de 2017, proibiu coligações partidárias nas eleições proporcionais de 2020 o que deverá inflar o numero de candidaturas. Em 2020, os partidos terão acesso a R$ 2 bilhões oriundos do Fundo Eleitoral. O valor representa um aumento de 18% em relação a 2018
Urna Eletrônica
Urna Eletrônica (Foto: ELZA FIUZA/ABr)
Igor Carvalho, Brasil de Fato - Por imposição da Emenda Constitucional (EC) 97, aprovada em outubro de 2017, as coligações partidárias estão proibidas nas eleições proporcionais de 2020. Com a nova legislação, o Brasil pode ultrapassar a marca de um milhão de candidaturas às Câmaras municipais. Leia mais...

MPF recorre sobre absolvição de integrantes do governo Beto Richa. Entenda

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(Foto: Divulgação)

A força-tarefa Lava Jato no Paraná (PR) recorreu de recente sentença proferida da Justiça Federal. Em 22 de janeiro, a 23ª Vara Federal de Curitiba julgou parcialmente procedentes as acusações feitas pela força-tarefa em 2018 sobre o pagamento de propina pela Odebrecht que favoreceu integrantes do governo de Carlos Alberto Richa (Beto Richa).
No recurso apresentado nesta segunda (10), o MPF solicita a condenação pela prática do crime de lavagem de dinheiro de Adolpho Julio da Silva Mello Neto, Deonilson Roldo e Jorge Theodócio Atherino, absolvidos por esses crimes; o aumento de pena das condenações de Roldo e Atherino, além de solicitar aumento da pena de multa e fixação do regime inicial fechado para Jorge Atherino. A Lava Jato ainda pediu aumento da pena privativa de liberdade para os crimes de corrupção passiva e fraude à licitação para Roldo e de corrupção passiva para Atherino.
"A condenação de diversos agentes públicos e privados ligados ao caso da envolvendo a concessão da PR-323 é muito significativa, pois passa a mensagem que o Estado brasileiro não tolera práticas que deturpam a livre concorrência e a corrupção no setor de infraestrutura, desaconselhando os operadores deste setor a agir em desconformidade com as regras legais. Todavia, por entender que a punição a alguns réus merece ser maior, dada a gravidade dos fatos, o MPF apresentou recurso, aguardando que o Tribunal reveja o caso pontualmente", declara o procurador da República e membro da Lava Jato, Alexandre Jabur.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Lula e papa Francisco discutirão sobre fome e intolerância na quinta-feira

Ex-presidente Lula viaja nesta terça-feira 11 para o Vaticano, onde se reunirá com o papa Francisco na próxima quinta-feira 13. No encontro, Lula vai abordar com o papa o combate à fome, à desigualdade e à intolerância
Lula e o Papa Francisco
Lula e o Papa Francisco (Foto: Brasil247 | Divulgação)

247, com Brasil de Fato - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja nesta terça-feira (11) para o Vaticano, onde se reunirá com o papa Francisco na próxima quinta-feira (13). No encontro, Lula vai abordar com o papa o combate à fome, à desigualdade e à intolerância.
“Vou visitar o Papa Francisco para agradecer não só pela solidariedade que teve comigo em um momento difícil, mas sobretudo pela dedicação dele ao povo oprimido. Também quero debater a experiência brasileira no combate à miséria”, disse Lula em entrevista à TV 247. (Aqui).

Quadro Negro: TCE determina devolução de R$ 600 mil pagos por obra suspeita de escola

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Arquivo/Hedeseon Alves/AEN

O TCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Paraná) determinou a devolução de quase R$ 600 mil referentes a obras do CEEP (Centro Estadual de Educação Profissional) Seiji Hattanda, em Ibaiti, no norte pioneiro. A apuração está relacionada às investigações da Operação Quadro Negro.
Um procedimento de Tomada de Contas Extraordinária apura fraudes nos pagamentos. Conforme o TCE, as irregularidades forma comprovadas pela 7ª ICE (Sétima Inspetoria de Controle Externo).
Os envolvidos ainda podem recorrer da decisão.
Em 2012, a empresa TS Construção Civil Ltda. recebeu quase R$ 8 milhões para as obras do CEEP de Ibaiti. Deste total, de acordo com o TCE-PR, R$ 951.350,80 não corresponderam a parcelas executadas da obra.
Entre o montante considerado irregular, quase R$ 600 mil foram empenhados pelo governo estadual (outra parte é referente a recurso federais). Por isso, a condenação do TCE-PR aponta para o menor valor.

CONDENAÇÃO SOLIDÁRIA

Assim, foram condenados o engenheiro responsável pela fiscalização das obras, Ângelo Antônio Ferreira Dias Menezes, e o diretor da Superintendência de Desenvolvimento Educacional (Sude) da Secretaria de Estado da Educação à época dos fatos, Maurício Jandoí Fanini Antônio.
Além disso, foram imputados a empresa TS Construção Civil Ltda.; o representante da construtora, Jackson Giovani Pierin; e o responsável técnico da obra pela empresa contratada, Mário Yoshitaka Hara.
Juntos, conforme o TCE-PR, eles devem fazer uma devolução solidária de R$ 597.742,65. Os valores são referentes a pagamentos adiantados pela execução da obra.
Além disso, cada um dos condenados recebeu, de forma proporcional às responsabilidades identificadas, multa de 30% sobre o montante a ser restituído.

OUTRO LADO

Ao TCE-PR, Fanini disse que não era responsável pelas medições da obra, nem pela liberação de pagamentos. Além disso, afirmou que somente o engenheiro fiscal responsável pela verificação dos serviços poderia informar o valor e atestar sua adequação em relação ao cronograma de execução das obras.
Conforme a defesa, a indevida liberação de valores decorreu da formulação de relatórios de medição em desconformidade com a realidade do canteiro de obras. De acordo com ele, seria impossível ter intercedido para facilitar os pagamentos.
O engenheiro Ângelo Menezes afirmou que foi designado para a fiscalização de várias obras ao mesmo tempo. Conforme a defesa, ele dependia da colaboração de outros profissionais. Além disso, afirmou não ter acompanhado a obra da escola técnica de Ibaiti.
Os demais responsáveis não apresentaram defesa ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná.
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Fanini, ex-diretor da Seed, foi o primeiro condenado da Operação Quadro Negro (Reprodução/TJ-PR)


QUADRO NEGRO

A Operação Quadro Negro, desencadeada pelo MPPR (Ministério Público do Paraná), apura desvios de recursos da Secretaria de Estado da Educação durante a gestão do ex-governador Beto Richa.
Conforme as investigações, obras de construção e reforma de colégios estaduais foram fraudadas. O dinheiro foi desviado em benefício de agentes públicos e político. Além disso, os desvios teriam abastecido campanhas eleitorais.
De acordo com o TCE-PR, as tomadas de contas apuram irregularidades que envolvem seis empresas e 42 agentes públicos e privados. Os recursos em processo de devolução ultrapassam os R$ 30 milhões.
Fonte: paranaportal

Equipe de Democracia em Vertigem faz protestos no Oscar

Brasileiros que acompanharam a cineasta Petra Costa usaram boné do MST, levantaram cartazes contra mortes de indígenas e cobraram uma solução para o assassinato de Marielle Franco
Equipe do Democracia em Vertigem protesta no Oscar
Equipe do Democracia em Vertigem protesta no Oscar (Foto: Reprodução/Instagram)

247 - A equipe de brasileiros que trabalhou ou colaborou de alguma forma para a produção do filme Democracia em Vertigem, que concorreu ao prêmio de Melhor Documentário no Oscar 2020, fez protestos no tapete vermelho do Dolby Theatre, em Los Angeles, na noite deste domingo 9.
Coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas (Apib), Sonia Guajajara também esteve presente. Houve cartazes com manifestações contra assassinatos de indígenas no Brasil, invasões de territórios indígenas, cobrança por uma solução para o assassinato da vereadora Marielle Franco e homenagem ao MST. 



Ciro Gomes: ou Moro esclarece o caso Adriano, ou será cúmplice

Ex-ministro Ciro Gomes cobrou do ministro Sérgio Moro apuração sobre a suspeita da morte do miliciano Adriano Nóbrega, ligado ao clã Bolsonaro, ter sido queima de arquivo. "Se Sérgio Moro não esclarecer cabalmente este estranhíssimo encadeamento de fatos terá se transformado em cúmplice!", disse Ciro pelo Twitter

247 - O ex-ministro Ciro Gomes cobrou do ministro da Justiça, Sérgio Moro, investigação rigorosa sobre a suspeita da morte do ex-PM e miliciano Adriano Nóbrega, ligado ao senador Flávio Bolsonaro, ter sido uma queima de arquivo. 
"Se Sérgio Moro não esclarecer cabalmente este estranhíssimo encadeamento de fatos que inequivocamente estabelece vínculos entre Bolsonaro, filhos e mulher, Queiroz, as milícias do RJ e o assassinato de Marielle e Anderson, terá se transformado em cúmplice!", disse Ciro pelo Twitter. 
A suspeita de queima de arquivo foi apresentada pelo advogado de Adriano Nóbrega, Paulo Emílio Catta Preta. "Ele me disse assim: 'doutor, ninguém está aqui para me prender. Eles querem me matar. Se me prenderem, vão matar na prisão. Tenho certeza que vão me matar por queima de arquivo'. Palavras dele", afirmou o advogado Paulo Emílio (leia mais no Brasil 247). 


Ministério de Moro sabia da ação que matou miliciano Adriano da Nóbrega

O Ministério da Justiça e Segurança dirigido por Sergio Moro foi informado previamente sobre a ação que resultou na morte do chefe de milícia Adriano da Nóbrega, ligado ao clã Bolsonaro. A polícia do Rio de Janeiro chegou a solicitar a participação da Polícia Federal na operação
Adriano da Nóbrega e Sérgio Moro
Adriano da Nóbrega e Sérgio Moro (Foto: Reprodução | REUTERS/Adriano Machado)

247 - A operação contra o ex-capitão Adriano da Nóbrega, ligado ao senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), era do conhecimento prévio do Ministério da Justiça. 
A coluna Painel da Folha de S.Paulo informa que uma das secretarias da pasta dirigida pos Sergio Moro sondou a possibilidade de apoio de um helicóptero e alguns efetivos da Polícia Federal, a pedido da polícia do Rio. 
O Ministério da Justiça nega que tenha tido envolvimento com a operação. 
Sergio Moro até agora se recusa a falar sobre o assunto.  

Bolsonaro deixa de 1 milhão na fila do Bolsa Família

Bolsonaro coração
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em um ano, diminuiu o benefício do Bolsa Família para 1 milhão de famílias de regiões mais pobres do País.
Segundo levantamento da Folha de S. Paulo em 200 municípios brasileiros, houve um recuo do programa em uma de cada três cidades pobres no País.
Bolsonaro congelou o Bolsa Família e há cinco meses não liberou auxílios às famílias cuja renda está abaixo da situação de pobreza, de acordo com dados oficiais de novembro de 2019.
Para economizar e formar o superávit primário para o pagamento da dívida interna (banqueiros), o governo federal passou a controlar o acesso ao programa que desde 2007 não tinha fila.
Em janeiro, cerca 1 milhão de famílias aguardavam uma resposta do Ministério da Cidadania por uma ajuda.
O programa Bolsa Família consiste no atendimento de famílias com filhos de zero a 17 anos, que vivem em condições de extrema pobreza com renda per capita de até R$ 89 mensais.
A faixa de pobreza consiste em rendimento per capita entre R$ 89,01 e R$ 178.
O benefício médio do Bolsa Família é de R$ 191.

Oscar 2020: American Factory leva o prêmio de melhor documentário


O longa-metragem American Factory (Indústria Americana), produção do casal Michele e Barack Obama, levou o prêmio de melhor documentário no Oscar de 2020.
Embora tenha sido bem recebido na Academia, ‘Democracia em Vertigem’ de Petra Costa sucumbiu diante do império e da indústria cinematográfica americana.
O documentário dos Obama faz uma fusão de dois filmes. Ele começa em dezembro de 2008 com um The End, com as cenas que mostram a produção do último veículo a sair da linha de montagem de uma fábrica da GM na cidade de Moraine, Ohio, Estados Unidos. É um ambiente confrangedor que deixará 2,4 mil desempregados, registrado num curta-metragem editado em 2009, The last truck: Closing of a GM Plant.
A história é uma crítica ao funcionamento do que eles consideram “autoritário” mercado chinês, que compete em situação de desigualdade com o americano.
O longa vitorioso ontem expõe os conflitos que uma fabricante chinesa de vidros automotivos, chamada Fuyao, enfrenta para tentar implantar sua maneira de produzir numa antiga fábrica que comprou da GM nos Estados Unidos, em Dayton, Ohio, em 2014.
Os operários americanos não conseguem acompanhar o ritmo de produção dos chineses. Em vez de lucro, a fábrica começa a dar prejuízo, para contrariedade do presidente do grupo, o milionário chinês Cao Dewang, um cara ambicioso, tão hábil quanto sincero.
“Que os trabalhadores do mundo se unam como disseram Karl e Julia Reichert da American Factory”, declarou Petra, após o resultado da premiação de melhor documentário.
Enfim, ao menos o prêmio de melhor documentário ficou com um “democrata” –dizem alguns que torciam por Petra Costa.
A cineasta brasileira aproveitou o tapete vermelho, em Hollyood, para fazer uma perguntinha básica: “quem mandou matar Marielle Franco?”
The end.

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Sérgio Augusto: “Petra Costa já venceu”

Segundo o colunista Sérgio Augusto, crítico de cinema, "os elogios que Democracia em Vertigem recebeu e ainda recebe, aqui e no exterior, superaram amplamente as críticas e os insultos, muitos bem pesados e beirando a boçalidade, que nos últimos dias lhe foram dirigidos" (Confira)
Petra Costa
Petra Costa (Foto: Divulgação / Diego Bresani | Reuters)
247 - Em texto compartilhado pela jornalista Maria Lúcia Rangel no Facebook, o colunista do jornal O Estado de S.Paulo Sérgio Augusto afirma que, mesmo se Petra Costa não levar o Oscar, ela "já venceu". A cineasta dirigiu o documentário Democracia em Vertigem, sobre o golpe contra Dilma Rousseff em 2016.

Psol cobra toda a verdade sobre a morte do miliciano suspeito de matar Marielle

"A Executiva Nacional do PSOL exige esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte do miliciano e, através de sua Executiva Nacional, de sua direção regional Bahia e parlamentares, solicitará uma audiência com a Secretaria de Segurança Pública", diz nota do partido comandado por Juliano Medeiros
Juliano Medeiros
Juliano Medeiros (Foto: Divulgação)

NOTA PÚBLICA DO PSOL - Na manhã deste domingo ficamos sabendo pela imprensa que Adriano da Nóbrega, miliciano ligado a Flávio Bolsonaro e um dos chefes da milícia conhecida como Escritório do Crime, foi morto pela polícia na Bahia. Adriano estava foragido e era suspeito de envolvimento no assassinato de nossa companheira Marielle Franco e Anderson Gomes.
A Executiva Nacional do PSOL exige esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte do miliciano e, através de sua Executiva Nacional, de sua direção regional Bahia e parlamentares, solicitará uma audiência com a Secretaria de Segurança Pública daquele estado para obter maiores informações, uma vez que Adriano da Nóbrega era peça chave para revelar os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson. Avaliaremos medidas que envolvam também autoridades federais. Seguimos exigindo respostas e transparência para pôr fim à impunidade.
Marielle e Anderson: presentes!
Executiva Nacional do PSOL
São Paulo, 9 de fevereiro de 2020

Miliciano morto em tiroteio era ligado a Flávio Bolsonaro

Morto em uma troca de tiros no estado da Bahia, o ex-capitão Adriano da Nóbrega, acusado chefiar o chamado Escritório do Crime, grupo de matadores profissionais, era ligado o atual senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ). Adriano teve duas parentes nomeadas no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro. Jair Bolsonaro também havia defendido o ex-militar
(Foto: Esq.: ABR)

247 - Morto neste domingo (9) em uma troca de tiros no estado da Bahia, o ex-capitão Adriano da Nóbrega, acusado chefiar o chamado Escritório do Crime, grupo de matadores profissionais, era ligado o atual senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ). O ex-militar é citado na investigação que apura a prática de “rachadinha” no antigo gabinete do parlamentar na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). Adriano teve duas parentes nomeadas no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro.
De acordo com o Ministério Público, Adriano controlava contas bancárias para abastecer Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador e amigo de Jair Bolsonaro. Queiroz está envolvido em um esquema de lavagem de dinheiro que ocorria na Alerj quando o filho de Jair Bolsonaro era deputado estadual. Ele movimentou R$ 7 milhões em de 2014 a 2017, de acordo com relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
Em 2005, o então deputado Jair Bolsonaro defendeu Adriano, acusado de homicídio, e disse que o ex-militar era um “brilhante oficial”.
 “Um dos coronéis mais antigos do Rio de Janeiro compareceu fardado, ao lado da Promotoria, e disse o que quis e o que não quis contra o tenente [Adriano], acusando-o de tudo que foi possível, esquecendo-se até do fato de ele [Adriano] sempre ter sido um brilhante oficial e, se não me engano, o primeiro da Academia da Polícia Militar”, afirmou Bolsonaro, segundo registros da Câmara.

Haddad sobre morte de miliciano ligado ao clã Bolsonaro: pedra cantada

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad demonstrou não ficar surpreso com a morte do miliciano Adriano Nóbrega da Silva, alvo de tiros da polícia da Bahia. O ex-militar era um dos mais procuradores pela Polícia do Rio, com alerta da Interpol
(Foto: REUTERS/Rodolfo Buhrer)
247 - O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad demonstrou não ficar surpreso com a morte do miliciano Adriano Nóbrega da Silva, alvo de tiros da polícia da Bahia neste domingo (9). "Pedra cantada: Miliciano ligado a Flávio Bolsonaro é localizado e morto em operação na Bahia", escreveu o ex-presidenciável no Twitter.
Morto durante troca de tiros com policiais no município de Esplanada, Nordeste da Bahia, o ex-militar era um dos mais procuradores pela Polícia do Rio. Ele foi apontado pelo Ministério Público (MP-RJ) como o chefe do Escritório do Crime. A mãe dele trabalhou no gabinete do atual senador Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). 
Em 2005, o então deputado Jair Bolsonaro defendeu Adriano, acusado de homicídio, e disse que o ex-militar era um “brilhante oficial”.