segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Demori: nova Vaza Jato demonstra lobby entre jornalistas e procuradores

O jornalista do Intercept Leandro Demori respondeu a uma pergunta de um internauta se não houve quebra de sigilo da fonte ao divulgar diálogos entre repórteres e membros da Lava Jato. "Procurador derrubando presidente de estatal; jornalista instigando procurador a investigar desafetos; fazendo campanha com MPF; nada disso é relação com fonte. É lobby", disse
Foto: Alice Vergueiro/Abraji)

247 - O jornalista do Intercept Brasil Leandro Demori destacou no Twitter que houve "lobby" entre jornalistas do site O Antagonista e procuradores da Operação Lava Jato. Demoro respondeu a uma pergunta feita por um internauta se não houve quebra de sigilo da fonte ao divulgar um trecho dos diálogos entre repórteres e membros da Lava Jato. 
"Boa pergunta. Resumindo: Não. Sigilo de fonte é direito do repórter, não obrigação dos demais. Mais: procurador derrubando presidente de estatal; jornalista instigando procurador a investigar desafetos; fazendo campanha com MPF; nada disso é relação com fonte. É lobby", escreveu o jornalista no Twitter.
De acordo com reportagem dos jornalistas Glenn Greenwald Rafael Moro Martins, Rafael Neves e João Felipe Linhares, "em fins de 2018, a força-tarefa municiou com documentos o site comandado pelos jornalistas Diogo Mainardi, Mario Sabino e Claudio Dantas para alimentar notícias que evitassem que o ex-presidente da Petrobras Ivan Monteiro ocupasse a presidência do banco. Monteiro era o nome mais forte entre os cotados para assumir o BB, uma escolha do ministro da Economia Paulo Guedes – a ele era dado o crédito por ter salvado as contas da Petrobrás".
"O comentarista Diogo Mainardi, dono e editor do site, acatou pedido de Dallagnol e parou de publicar notícias sobre um escândalo de corrupção que envolvia a Mossack Fonseca, um escritório de advocacia suspeito de abrir empresas offshore no Panamá", continua o texto.



Depois da campanha criminosa de Bolsonaro, auditoria no BNDES conclui: não houve irregularidade


Depois de toda a campanha criminosa de Bolsonaro contra o BNDES, um dos principais temas de sua campanha, auditoria contratada por seu governo concluiu: nunca houve qualquer irregularidade no banco. Uma das maiores fake news do bolsonarismo cai por terra
BNDES conclui: não houve irregularidade.
BNDES conclui: não houve irregularidade. (Foto: Agência Brasil - EBC)

247 - Foram quase dois anos de campanha cerrada contra as gestões do BNDES durante os governos do PT. Jair Bolsonaro atacou o banco sem parar desde os primórdios de sua candidatura e durante os primeiros meses de seu governo. Agora, auditoria contratada pelo governo Bolsonaro conclui: nunca houve qualquer irregularidade no banco.
Após um ano e 10 meses de investigação, o banco divulgou, no fim de dezembro, um relatório que não apontou nenhuma evidência direta de corrupção em oito operações com a JBS, o grupo Bertin e a Eldorado Brasil Celulose, realizadas entre 2005 e 2018, todas alvos de Bolsonaro e seu grupo -informa o jornalista Patrik Camporez, de O Estado de S.Paulo.
A auditoria, sob responsabilidade do escritório Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP, foi realizada em regime de subcontratação pelo Levy & Salomão. 
A equipe de investigação concluiu que as decisões do banco "parecem ter sido tomadas depois de considerados diversos fatores negociais e de sopesados os riscos e potenciais benefícios para o banco". 
"Os documentos da época e as entrevistas realizadas não indicaram que as operações tenham sido motivadas por influência indevida sobre o banco, nem por corrupção ou pressão para conceder tratamento preferencial à JBS, à Bertin e à Eldorado", diz trecho do relatório.    
A "abertura da caixa-preta" foi a principal missão conferidas por Bolsonaro ao presidente do BNDES, Gustavo Montezano, que tomou posse em julho, em substituição a Joaquim Levy e foi demitido exatamente por afirmar que não havia irregularidades no banco. 


Regina Duarte aceita convite para secretaria de Cultura e já começa amanhã


Segundo a atriz, será um período de testes. "Nós vamos noivar, vou ficar noiva, vou lá conhecer onde eu vou habitar, com quem que eu vou conviver", disse, já anunciando planos para a área. Na semana passada, ela contestou a indicação do documentário brasileiro, de Petra Costa, ao Oscar, dizendo que "Oscar nenhum vai reescrever a nossa história"
Jair Bolsonaro e ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, em reunião com Regina Duarte
Jair Bolsonaro e ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, em reunião com Regina Duarte (Foto: Reprodução)

247 - A atriz Regina Duarte aceitou o convite para comandar a Secretaria de Cultura do governo de Jair Bolsonaro e deverá começar amanhã o que segundo ela seria um período de testes. Regina se reuniu nesta segunda-feira 20 com Bolsonaro no Rio de Janeiro.
"Nós vamos noivar, vou ficar noiva, vou lá conhecer onde eu vou habitar, com quem que eu vou conviver, quais são os guarda-chuvas que abrigam a pasta, enfim, a família. Noivo, noivinho", afirmou a atriz à coluna da jornalista Mônica Bergamo.
Mas já anunciou seus planos para a pasta: "Quero que seja uma gestão para pacificar a relação da classe com o governo. Sou apoiadora deste governo desde sempre e defendo a classe artística desde os 14 anos".
Já a colunista Cristiana Lôbo, da Globo, publicou em seu blog no G1: "A atriz Regina Duarte aceitou o convite feito pelo presidente Jair Bolsonaro para a Secretaria de Cultura do governo federal. A decisão foi confirmada ao blog por membros da classe artística".
Na semana passada, a atriz contestou a indicação do documentário brasileiro 'Democracia em Vertigem', de Petra Costa, ao Oscar, dizendo que “Oscar nenhum vai reescrever a nossa História”.
Em outra postagem, uma imagem trazia a seguinte frase, ainda em crítica à indicação do filme de Petra, que narra o golpe que tirou a ex-presidente Dilma Rousseff do poder. “A verdadeira história sobre o impeachment foi feita por milhões de brasileiros nas ruas e Oscar nenhum vai reescrever nossa história”.


Ruas de paralelepípedo no “Pirapó” ganham camada asfáltica


A área abrangida é de cerca de 5 mil metros quadrados e os investimentos são de cerca de R$ 300 mil.
(Foto: PMA)

A Prefeitura de Apucarana, através da empreiteira contratada, está fazendo o revestimento asfáltico de mais trechos de paralelepípedos. Desta vez, o serviço está sendo executado em três ruas do Distrito do Pirapó. A área abrangida é de cerca de 5 mil metros quadrados e os investimentos são de cerca de R$ 300 mil.
O prefeito de Apucarana, Junior da Femac, afirma que o Município está promovendo melhorias na malha viária tanto no centro, quanto nos bairros e também nos Distritos. “Na semana passada, foi concluído o recape do acesso ao Distrito de Correia de Freitas e nesta semana a equipe está no Pirapó levando o revestimento asfáltico a ruas de paralelepípedo”, exemplifica Junior da Femac.
De acordo com o prefeito, a obra é uma reivindicação dos moradores do Distrito, que foi encaminhada pelo vereador Franciley de Godoi (Poim). As vias recapeadas são as ruas Cesário Festi, Valentin Fenato e Cesar Betiati. Junior da Femac lembra que as três ruas se encontram nas proximidades de um posto de combustíveis, local que por esse motivo é  conhecido como “pé de galinha”.
“As ruas, além do fato de estarem próximo de um posto de combustíveis que registra grande fluxo de veículos, também facilitarão o acesso à praça e à igreja que ficam nas proximidades. É uma obra bastante solicitada pela comunidade, pois o paralelepípedo já não atende mais as necessidades dos moradores”, pontua  Junior da Femac.
O engenheiro Herivelto Moreno, secretário municipal de Obras, salienta que os paralelepípedos exigem uma manutenção constante, pois é freqüente acontecer o deslocamento de pedras. “Além disso, o revestimento asfáltico diminui os ruídos na rodagem de veículos, garante mais conforto na trafegabilidade e também melhora o fluxo no trânsito”, avalia Herivelto.




Regina Duarte deve aceitar convite de Bolsonaro, diz site de direita

Jair Bolsonaro e Regina Duarte


Aliados de Jair Bolsonaro que conversaram com Regina Duarte no fim de semana ficaram com a impressão de que a atriz deverá aceitar o convite do presidente da República para comandar a área de Cultura, diz a Crusoé.
Segundo um aliado de Bolsonaro que conversou com Regina Duarte no domingo ela se mostrou animada, embora ainda queira acertar detalhes com o presidente.
Fonte: DCM

Depois de agredir jornalistas, Bolsonaro passa para o deboche


Pelas redes sociais, ele reagiu com ironia a um levantamento da Fenaj sobre suas agressões a jornalistas. “HAHAHAHAHAHAHA. KKKKKKKKKKKKKKK.” O comentário foi publicado na conta oficial do Facebook e do Twitter do chefe do Planalto.
Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa/PR)

247 – Jair Bolsonaro ironizou um levantamento da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) sobre ataques à imprensa. O relatório da entidade, divulgado na quinta-feira passada, mostra que 208 ataques a veículos de comunicação e jornalistas foram registrados no ano passado e que Bolsonaro foi responsável por 121 desses casos ou 58% do total, segundo aponta reportagem do jornal Estado de S. Paulo.
Pelas redes sociais, o presidente reagiu com ironia. “HAHAHAHAHAHAHA. KKKKKKKKKKKKKKK.” O comentário foi publicado na conta oficial do Facebook e do Twitter do chefe do Planalto. 
Conforme o relatório da Fenaj, a maior parte dos ataques de Bolsonaro foi contabilizada na categoria “descredibilização da imprensa”. “Em 2019, a modalidade tornou-se a principal forma de ameaça à liberdade de imprensa no Brasil e foi incluída no relatório diante da institucionalização da prática”, disse a Fenaj. Confira seu tweet:



Petrobrás vai perder direito de preferência na exploração do pré-sal


Em mais um capítulo do entreguismo das riquezas nacionais, o governo de Jair Bolsonaro vai retirar da Petrobrás o direito de preferência nos leilões do pré-sal.
(Foto: Sergio Moraes / Reuters)

247 – O governo vai reduzir o valor do bônus de assinatura ou diminuir o percentual de partilha do óleo com a União exigido nos campos de Sépia e Atapu, no pré-sal, informa o secretário-especial da Fazenda, Waldery Rodrigues. Os dois campos não receberam ofertas no leilão da cessão onerosa, no ano passado. O objetivo é torná-los mais atraentes para os investidores estrangeiros, segundo aponta reportagem de Ribamar Oliveira, no jornal Valor Econômico. 
"O governo também pretende acabar com o direito de preferência concedido à Petrobras na exploração do pré-sal. A avaliação técnica é de que esse direito distorce a concorrência e afasta competidores", diz ainda o jornalista. Definida a nova modelagem, a intenção é realizar os leilões de Sépia e Atapu em dezembro. 


Caos no Enem prejudica milhões de estudantes e pode levar alunos à Justiça


Alunos estão apreensivos após o ministro da Educação, Abraham Weintraub, reconhecer "inconsistências" na correção dos gabaritos do Enem 2019. O Inpe informou que a revisão será feita nos dois dias do Exame
Enem deste ano terá 30 minutos a mais para provas de exatas
Enem deste ano terá 30 minutos a mais para provas de exatas (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

247 - Alunos estão apreensivos após o ministro da Educação, Abraham Weintraub, reconhecer no sábado (18) que houve "inconsistências" na correção dos gabaritos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019. De acordo com o titular da pasta, a falha ocorreu na transmissão das informações. Quem fez prova de uma cor teve o gabarito corrigido como se fosse outra cor.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enem, 3,9 milhões de pessoas fizeram as provas em 3 e 10 de novembro. O Inpe informou que a revisão será feita nos dois dias do Exame. 
O ministro disse que o erro atingiu "alguma coisa como 0,1%" dos candidatos que prestaram o exame – o equivalente a 3,9 mil candidatos
O desempenho no Enem é critério para concorrer no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece 237 mil vagas em universidades federais no País. O período de inscrições foi mantido: vai de terça-feira (21) a sexta-feira (24).
Virgínia Medina, 20 anos, tenta pela quarta vez entrar em medicina. "Meu medo é o erro não ser corrigido e eu ser prejudicada no Sisu. Foi um ano inteiro de investimento. Eu morei em outra cidade para fazer cursinho, paguei as aulas, estudei bastante e agora comecei a me preocupar, porque aquela nota não condiz com a minha preparação", disse ela ao G1.


Juiz diz que País vive "merdocracia neoliberal neofascista"


Ao proferir sentença de um processo trabalhista, o juiz substituto da 18ª Vara do Trabalho de São Paulo, do TRT-2ª, Jerônimo Azambuja Franco Neto também criticou ministros do governo Bolsonaro, como Abraham Weintraub, da Educação; Sérgio Moro (Justiça), Paulo Guedes (Economia) e Damares Alves (Direitos Humanos), além do próprio Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)

247 - O juiz substituto da 18ª Vara do Trabalho de São Paulo, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, Jerônimo Azambuja Franco Neto, chamou o atual momento do Brasil de "merdocracia neoliberal neofascista", ao proferir sentença de um processo trabalhista, publicada na quinta-feira, 16. "A merdocracia neoliberal neofascista está aí para quem quiser ou puder ver", escreveu o magistrado.
Após do Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro e Similares de São Paulo, o juiz condenou o restaurante Recanto da XV a pagar indenização de R$ 10 mil por danos morais e a demonstrar o pagamento do piso salarial, seguro de vida e de acidentes e assistência funerária aos funcionários. Cabe recurso da sentença.
Na sentença, o magistrado faz críticas a ministros do governo, como Abraham Weintraub, da Educação; Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública),  Paulo Guedes (Economia) e Damares Alves (Mulher, da Família e dos Direitos Humanos), além do próprio Jair Bolsonaro.
O ser humano Weintraub no cargo de Ministro da Educação escreve 'imprecionante'. O ser humano Moro no cargo de Ministro da Justiça foi chamado de 'juizeco fascista' e abominável pela neta do coronel Alexandrino. O ser humano Guedes no cargo de Ministro da Economia ameaça com AI-5 (perseguição, desaparecimentos, torturas, assassinatos) e disse que 'gostaria de vender tudo'. O ser humano Damares no cargo de Ministro da Família defende 'abstinência sexual como política pública'. O ser humano Bolsonaro no cargo de Presidente da República é acusado de 'incitação ao genocídio indígena' no Tribunal Penal Internacional."

domingo, 19 de janeiro de 2020

Fórum de Davos: Greta é grande destaque; Doria e Huck farão discurso


Greta Thunberg é eleita personalidade do ano pela Time
Vanessa Carvalho/Brazil Photo Press/Folha Press
Fórum Econômico Mundial em Davos sucumbiu à pirralha. É da ativista ambiental sueca Greta Thunberg, 17, a voz mais esperada no encontro que reúne a partir desta segunda (20), nos Alpes Suíços, a elite financeira e política global.
Ao celebrar sua 50ª edição neste ano, o evento criado por Klaus Schwab em 1971 consolida a forma que vinha tomando nos últimos anos, com líderes nacionais e empresariais de cinco continentes circulando entre ativistas, artistas, acadêmicos e outros representantes da sociedade civil.
A participação de Greta em três sessões do evento sela essa transformação.
Depois de dois anos de estreia presidencial no evento, um com Michel Temer (MDB) e outro com Jair Bolsonaro (sem partido), o Brasil baixou a graduação de sua comitiva, que será chefiada pelos ministros Paulo Guedes (Economia) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde), ladeados por parte da equipe econômica.
A missão de Guedes será apresentar aos investidores dados que possam convencê-los de que o Brasil engrenou um novo ciclo de crescimento.
Gustavo Montezano, presidente do BNDES, que tem destacado a importância das parcerias internacionais, faz sua estreia em Davos. Também acompanha a comitiva, Wilson Ferreira Júnior, presidente da Eletrobras, a estatal que encabeça a lista de privatizações do governo.
Dois aspirantes ao Planalto, porém, comparecerão – o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e o apresentador Luciano Huck falarão ao público na quinta (23), o primeiro sobre cidades do futuro e o último sobre a ebulição das ruas da América Latina.
Sem o presidente, a lista de empresários e executivos brasileiros também minguou, resumindo-se quase que a presidentes de bancos. A comitiva da área financeira brasileira conta com Itaú Unibanco, Bradesco, BTG Pactual e Safra.
Mas não foi só Bolsonaro que abriu mão do convite.

CHEFES DE ESTADO 

A lista de chefes de Estado e de governo neste ano está bem mais magra do que em seu auge, 2018, quando as calçadas escorregadias do resort de esqui de 11 mil habitantes que inspirou Thomas Mann a escrever “A Montanha Mágica” (1924) foram tomadas por mais de 70 comitivas de presidentes, premiês e monarcas.
Desta vez, serão 43, sendo 25 delas de europeus.
Com a adesão de última hora do americano Donald Trump, aumentaram as expectativas e o quórum. Sua ida, anunciada no início da semana, permanecia nos planos da Casa Branca e da organização até o início deste sábado (18). Mas estando Trump em pleno processo de impeachment, não se pode ter certeza.
A viagem ao exterior neste momento é talhada para ser lida como sinal de confiança de que o processo naufragará em um Senado de maioria republicana, o que é mesmo mais provável. Concretizada, porém, sua presença em Davos pode causar saias-justas.
Nos corredores acarpetados do centro de convenções o americano deve cruzar com (1) Greta, com quem mantém uma guerra verbal; (2) o vice-premiê chinês Han Zheng, com cujo governo trava uma guerra comercial em incipiente armistício; (3) o presidente iraquiano Barham Salih, cujo país foi usado pelos EUA como trampolim para uma quase-guerra com o Irã.
E (4) com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, pivô da guerra política que Trump enfrenta em casa após virem à tona telefonemas em que exigia do europeu a cabeça de inimigos políticos para manter os aportes financeiros americanos a Kiev.
Saia-justa é o que Bolsonaro parece evitar ao desistir do evento e reduzir a delegação logo antes de seu amigo americano confirmar presença.
Com as queimadas na Amazônia e os incêndios em curso na Austrália para mantê-las vivas no debate, o brasileiro seria inevitavelmente cobrado por sua inação ambiental, já que, sob o tema “Interessados em um mundo sustentável e coeso”, a ecologia e a sustentabilidade são o trilho principal do encontro neste ano (com saúde, trabalho, desigualdade social e os de praxe: negócios, tecnologia, geopolítica).
E ainda poderia ter que ouvir um sermão de Greta, a quem definiu como “pirralha”.
É sintomático e estratégico, portanto, que esteja na delegação o cientista Carlos Nobre, presidente da Academia Brasileira de Ciência e respeitado pesquisador do aquecimento global, mas não o ministro do Ambiente de Bolsonaro, Ricardo Salles.
O governo parece já ter suficientes escândalos com os quais lidar, e expor Salles a perguntas sobre a Amazônia de gente como Greta, Al Gore e o príncipe Charles não ajuda.
Nobre, por sua vez, foi escalado para três sessões oficiais sobre clima e ambiente. É o mesmo número da estrela da equipe, Paulo Guedes, que falará sobre indústria na terça, crescimento e inclusão social na quarta e dólar na quinta.
O que faz Davos ter o peso que tem para definir a agenda de política e negócios do ano que começa, entretanto, é menos os palcos e mais seus corredores, que fervilham com encontros bilaterais.
O governador de São Paulo não ficou muito atrás. A agenda preliminar de Doria somava 17 encontros bilaterais com executivos e representantes de governo, além de almoços e jantares de negócios.
Ao falar da viagem na sexta (17), o tucano alfinetou Bolsonaro ao dizer que é o único no Executivo do país a participar do evento três vezes seguidas.
No vídeo para convencer investidores estrangeiros a colocarem dinheiro em São Paulo, nova cutucada: a produção elétrica que descreve o estado como ponto de convergência global mostra São Paulo praticamente independente do Brasil e seus problemas, e enfatiza o respeito ao Acordo de Paris sobre o Clima, que Bolsonaro desdenha e a nova cartilha empresarial ama.
O palco principal do evento, porém, não deve apresentar maiores emoções. Além de Trump e do vice-premiê chinês, os demais líderes a discursar ali serão o iraquiano Salih, a alemã Angela Merkel, que deixa a política no ano que vem, o espanhol Pedro Sánchez, que acaba de sobreviver a uma crise doméstica, o italiano Giuseppe Conte, o paquistanês Imran Khan e o príncipe Charles, num furacão familiar após seu filho caçula se afastar da realeza.
Greta ainda não pisa ali – por ora.

AGENDA 

Veja os discursos” em www.weforum.org

Terça (21)
7h30: Donald Trump (EUA)
10h15: Han Zheng (China)*

Quarta (22)

7h: Pedro Sánchez (Espanha)
10h40: Pr. Charles (R. Unido)
11h30: Imran Khan (Paquistão)
14h: Barham Salih (Iraque)

Quinta (23)

10h15: Angela Merkel (Alem.)
12h: Giuseppe Conte (Itália)



Flávio Bolsonaro será denunciado e governo vai retaliar, avisa colunista


Flávio Bolsonaro vai ser denunciado por algum tipo de corrupção nas próximas semanas, caso que deve envolver mais gente da família e agregados, diz o jornalista Vinícius Torres Freire
(Foto: Reuters | Reprodução)

247 – O governo Bolsonaro será atingido por novas denúncias de corrupção e irá retaliar a imprensa, prevê o jornalista Vinícius Torres Freire, em sua coluna na Folha. Segundo ele, a ameaça óbvia é o processo de seu filho Flávio Bolsonaro, que vai ser denunciado por algum tipo de corrupção nas próximas semanas, caso que deve envolver mais gente da família e agregados. Ele também afirma que o governo vai retaliar e lembra que a administração Bolsonaro esmiúça contratos da Globo. 

Jornal Nacional dedica cinco minutos aos erros de português de Weintraub e ao nazismo do governo Bolsonaro


O telejornal fez uma cobertura bastante ácida dos erros do Enem neste ano, mostrou os erros de português do perfil do ministério, e ainda fez longa matéria do que chamou de "ideias nazistas" do ex-secretário da Cultura, Roberto Alvim
Bolsonaro JN
Bolsonaro JN (Foto: Divulgação/Globo)

Fez uma cobertura bastante ácida dos erros do Enem neste ano, mostrando que o ministro Weintraub havia dito ainda ontem que esta edição havia sido a melhor da história, mas que hoje começaram a aparecer vários erros de avaliação, que prejudicavam a nota de uma grande quantidade de estudantes.
Além disso, o JN ainda mostrou os erros de português do perfil do ministério que escreveu “paralização”, assim mesmo, com z. E também destacou os erros de português do próprio ministro, que recentemente escreveu “imprecionante”, assim mesmo, com c.
O jornal ainda fez longa matéria do que chamou de “ideias nazistas” do ex-secretário da Cultura, Roberto Alvim. Também deu crédito ao Jornalistas Livres pela matéria e à advogada Manuela Lourenção que postou a informação em primeira mão no seu perfil do Twitter.
O Jornal Nacional mudou de postura. Talvez por ser sábado, seu dia de menor audiência. Mas já é algo para ser anotado.


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sábado, 18 de janeiro de 2020

Família de assessor de Bolsonaro recebeu R$ 160 mil de deputados do PSL em 2019

Jair Bolsonaro


Da Época:
A empresa da mulher e filha de Joel Novaes da Fonseca, assessor especial de Jair Bolsonaro, faturou R$ 161 mil com verba de gabinete de deputados do PSL em 2019.
A Locar1000 aluga carros. Está registrada em Brasília, no nome de Ghislaine Maria de Oliveira Barros e Leticia Barros Novaes da Fonseca, mulher e filha de Joel.
Joel está lotado no gabinete pessoal de Bolsonaro e recebe salário de R$ 13,6 mil. Antes, trabalhou na Câmara para Jair Bolsonaro, em 2016 e 2018, e Eduardo Bolsonaro, em 2015 e 2017.
Fonte: DCM

O verdadeiro nazista é Bolsonaro, aponta editorial do Estadão


"O assessor que se inspirou em Goebbels para anunciar o “renascimento da cultura nacional” só foi exonerado porque houve uma grita generalizada diante de tamanho absurdo. Noves fora o plágio nazista, o conteúdo da fala que custou o cargo ao tal secretário é essencialmente o que Bolsonaro já disse e repetiu inúmeras vezes", aponta o jornal paulista
Roberto Alvim e Jair Bolsonaro
(Roberto Alvim e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | ABr)

247 – O ex-secretário nazista de Jair Bolsonaro, Roberto Alvim, só caiu porque deu muita bandeira, aponta o jornal Estado de São Paulo, neste sábado. De acordo com o texto, o verdadeiro chefe do projeto autoritário é Jair Bolsonaro – e todos sempre souberam disso. 
"Não são rompantes, e perde tempo quem acredita na possibilidade de que, com o tempo, Bolsonaro vá temperar seu comportamento. O assessor que se inspirou em Goebbels para anunciar o “renascimento da cultura nacional” só foi exonerado porque houve uma grita generalizada diante de tamanho absurdo. Noves fora o plágio nazista, o conteúdo da fala que custou o cargo ao tal secretário é essencialmente o que Bolsonaro já disse e repetiu inúmeras vezes, mesmo antes da eleição. Portanto, ninguém pode se dizer surpreendido, nem mesmo os eleitores mais ingênuos. Bolsonaro é Bolsonaro há muito tempo", aponta o texto.


Alexandre Frota: Jean Wyllys tinha razão quando cuspiu na cara do Bolsonaro


Comentando tuíte em que internauta diz que tudo começou quando normalizaram o discurso de Jair Bolsonaro, na votação do impeachment de Dilma Rousseff, em que ele exalta o torturador Brilhante Ustra, o deputado Alexandre Frota escreveu: "Jean Wyllys tinha razão quando cuspiu na cara do Bolsonaro"
Alexandre Frota e Jean Wyllys
Alexandre Frota e Jean Wyllys

247 - O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) compartilhou  neste sábado (18) tuíte com o famigerado discurso de Jair Bolsonaro, então deputado federal, na votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em que ele exalta o torturador da própria Dilma, Brilhante Ustra.
"E no fim estamos vendo que Jean Willis tinha razão quando cuspiu na cara do Bolsonaro", escreveu Frota.