sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Crescimento de evangélicos na política é exponencial


A presença de evangélicos na política cresce de forma exponencial. De 1982 para cá, o número de parlamentares declaradamente evangélicos passou de 12 para 90, segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP). A mudança se explica parcialmente pelo aumento vultoso da população evangélica no Brasil, que, no mesmo período, passou de 7,8 milhões para 26,2 milhões

Do Brasil de Fato - São quase sete e meia da noite em uma das unidades da Igreja Pentecostal Deus é Amor, na região central de São Paulo. Depois de uma chuva intensa, os fiéis demoram a chegar. Enquanto o culto não começa e os irmãos não chegam, Serafina Ribeiro, de 36 anos, anda de um lado para o outro, colocando as coisas nos lugares, passando um pano úmido no chão, limpando os ventiladores e sorrindo para quem adentrava ao espaço. 
Empregada doméstica, ela está ali há quatro anos, desde que passou por um processo de depressão depois da morte da mãe, na Bahia, enquanto Serafina vivia em São Paulo – chegou na capital paulista acompanhada de sua patroa, com quem sempre morou. Na Igreja, sentiu o “amor de Deus”, parou de sentir angústia e se sente “curada”.
Serafina é o rosto evangélico brasileiro: mulher, negra e de baixa renda. Na Igreja relativamente pequena, se comparada ao Templo Salomão da Igreja Universal, a maioria ali presente confirmou o que levantaram os dados de uma pesquisa de janeiro de 2020, do Instituto Datafolha: um rosto feminino, negro, que ganha até dois salários mínimos por mês e tem apenas o ensino médio completo é rosto da religião evangélica hoje.
Bem diferente, no entanto, é o perfil dos líderes evangélicos que decidem atuar na esfera política, seja nos bastidores ou sob os holofotes. 
Um exemplo é o pastor Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, fundada no terreno de uma antiga funerária, em 1977, no Rio de Janeiro, tem uma fortuna declarada de aproximadamente R$ 2 bilhões, segundo a Revista Forbes. Ele foi um dos apoiadores da campanha de Jair Bolsonaro à Presidência da República em 2018. Resultado: cerca de 70% dos evangélicos declararam voto no candidato abençoado da extrema-direita.
A presença de evangélicos na política não é de hoje, mas cresce de forma exponencial. De 1982 para cá, o número de parlamentares declaradamente evangélicos passou de 12 para 90, segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP). A mudança se explica parcialmente pelo aumento vultoso da população evangélica no Brasil, que, no mesmo período, passou de 7,8 milhões para 26,2 milhões. Mas não é só isso.
Jair Bolsonaro é abençoado pelo pastor Edir Macedo (Foto: Igreja Universal do Reino de Deus)
Um projeto de poder
Especialistas e evangélicos ouvidos pelo Brasil de Fato explicam que o avanço dos evangélicos sobre na política responde a um projeto de poder, instigado pelos líderes religiosos e em aliança com a direita brasileira.
“Com o crescimento dos evangélicos, muitos mais se apresentarão para a política partidária. Isso é natural e esperado. Com a Universal, no entanto, isso mudou”, afirma o pastor Ariovaldo Ramos, de 64 anos, líder da Comunidade Cristã Renovada e um dos coordenadores nacionais da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, formada em 2016. Para ele, a igreja de Edir Macedo se transformou em uma “agência política”, com uma lógica de lógica de ascensão ao poder. 
Em 2008, o pastor Edir Macedo publicou o livro “Plano de Poder”, citando Maquiavel, apresentando Deus como um estadista e Adão e Eva como elementos de um estado de natureza ou de selvageria. “Os cristãos precisam despertar ao toque da alvorada. (…) A emancipação começa com o amadurecimento individual, o inconformismo com certas situações, o consenso em um ideal e a mobilização geral.” 
Dez anos depois, nas eleições de 2018, o plano de poder estava em pleno andamento: foram os pastores, apoiados por candidatos da direita, que levaram parte da população brasileira para as ruas, defende o pastor Ariovaldo Ramos. Aqueles que melhor souberam surfar a onda do crescimento dos evangélicos foram as siglas de direita e extrema direita. 
“É a religião que mais cresce no Brasil e na América Latina e que se cola muito bem a esse projeto de direita que passa pela questão moral e pelo conservadorismo”, afirma Andrea Dip, jornalista e autora do livro “Em nome de quem?: A bancada evangélica e seu projeto de poder”.
Como parte da apuração para o livro, em 2015, Dip foi assistir a um culto evangélico no Congresso Nacional, quando Dilma Rousseff (PT) ainda era presidente. “Até então não sabia que ocorriam cultos evangélicos nesse espaço. O Eduardo Cunha estava lá orando, com a Bíblia na mão. Ali eu percebi que havia um projeto de poder se desenvolvendo.” Entre os valores evangélicos e os da direita, nasceu a esteira necessária para o desenvolvimento desse projeto de poder.
O pastor Ariovaldo Ramos relata a participação de evangélicos na política partidária desde o fim da ditadura militar. As Igrejas Evangélicas, no entanto, tendiam a se manter distantes da lógica partidária. “Nunca passou pela lógica evangélica assumir o poder, influenciar na política. Até porque a fé protestante é a que mais atuou na construção do Estado laico, justamente porque é um cristianismo tardio, que vai ser perseguido, na Cortina de Ferro e, depois, no mundo islâmico”, afirma.
A lógica, entretanto, passou a entender que “era preciso estar no poder para garantir o avanço da fé, principalmente por causa das perseguições”. Com a chegada da Teologia da Prosperidade, explica Ramos, a mudança seria inevitável. Agora, “se você foi eleito por Deus, você tem prosperidade econômica. Aí virou a coluna que você vê na mensagem da Universal e de todas as neopentecostais. Isso é o ovo da serpente, criou um ambiente que nós temos hoje”.
“Os cristãos precisam despertar ao toque da alvorada", afirma Edir Macedo, no livro, "Plano de Poder" (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Por que o número de evangélicos cresce tanto?
De acordo com Marcos Fernandes, doutor em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social, para entender o que levou o número de evangélicos a aumentar tanto é necessário estudar as mudanças ocorridas na sociedade brasileira nas três últimas décadas ligadas à precarização da vida da classe trabalhadora. 
“Diante disso, o que as igrejas oferecem para as pessoas? Primeiro, a possibilidade de pertencer a uma comunidade. As Igrejas funcionam como um centro cultural nas periferias. Se um jovem quer aprender a tocar algum instrumento, por exemplo, vai para a Igreja Universal do Reino de Deus”, que, atualmente, têm cerca de 15 programas sociais destinados aos fiéis. De acordo com dados oficiais da Igreja, de 2018, cerca de 10,8 milhões de pessoas foram alcançadas por esses programas.
Outra constatação listada pelo pesquisador é o acolhimento emocional que esses espaços promovem. De acordo com um estudo feito pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), em 2017, os transtornos mentais estão entre as maiores causas de afastamento do trabalho.
“Onde esses trabalhadores vão procurar alívio? Na Igreja. E, de fato, elas melhoram de depressão, ansiedade. Quem cura o alcoolismo hoje nas classes populares são as Igrejas”, afirma Fernandes. Da mesma maneira, “é onde vão achar também um alívio material, mesmo que seja uma cesta básica alimentar no fim do mês”. 
Para Fernandes, as instituições religiosas evangélicas acabam, desse modo, por organizar a vida em sociedade, principalmente em espaços onde o Estado não chega, como nas periferias.
“A mulher negra que está na periferia não tem acesso à cultura, saúde e educação. Aí a Igreja traz saúde, cultura e educação.

Ao passo que a religião evangélica se expande pelo país, o catolicismo perde espaço.
Ainda de acordo com o Datafolha, os católicos ainda são 50% da população, mas em 1980 eram 90%. A diferença, segundo Fernandes, se explica pela melhor penetração das igrejas evangélicas entre a classe trabalhadora, com um discurso e um formato mais próximo da realidade do que a Igreja Católica.
Para se ter uma ideia, apenas na década de 1960 a Igreja Católica deixou de pregar a missa em latim e de costas para os fiéis. Do outro lado, os evangélicos espalham a narrativa por meio da música, dos canais de rádio e TV e nas pequenas casas que transformam em templo, em todas as periferias. 
A educadora social evangélica Rachel Daniel, de 24 anos, diz que a Igreja Evangélica acolhe as pessoas “de uma forma perfeita”. “Você é abraçado, se sente acolhido, as pessoas estão preocupadas se você tem o que comer em casa, sobre a sua saúde, te ligam no seu aniversário”, afirma.
“A mulher negra que está na periferia não tem acesso à cultura, saúde e educação. Aí a Igreja traz saúde, cultura e educação. O filho aprende a tocar um instrumento, faz teatro. Ela consegue ir ao médico, consegue os remédios. A Igreja tem um pré-vestibular comunitário. Tudo o que o Estado não traz, a Igreja traz.”
A maioria evangélica é feminina, negra e de baixa renda, segundo o Datafolha (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
Esquerda não fez a lição de casa
“A esquerda não ouviu Paulo Freire, não foi ensinar o sujeito a escrever a partir do tijolo, da argamassa, que é o que Paulo Freire ensinava sobre a educação libertadora. A base ficou solta e foi virando religiosa”, argumenta Ariovaldo Ramos.
Para o pastor, o erro da esquerda é esquecer que “abaixo da linha do Equador nós todos somos religiosos". "Todo mundo fala ‘Graças a Deus’. Pensar que todo mundo, à medida que for ganhando a sua de dignidade econômica vai deixar a religião é imaginário. A fé é uma coisa mais profunda do que isso, é um jeito de se enxergar na vida.”
Política é afeto, é relação, e a religião também. A esquerda deixou de fazer isso e a direita usou esses pastores

Ramos alerta que, enquanto a esquerda não tratar da dignificação da mulher e do homem negro, seguirá perdendo votos para qualquer movimento que “empreste aos pobres, aos negros e aos miseráveis senso de dignidade, que não tem a ver com a grana que ele tem no bolso, porque ele vai colocar água no feijão de qualquer jeito. O que ele não vai aceitar é ser tratado como escravo”.
“Não dá para chegar na senhora de 90 anos que vai na minha Igreja e falar assim: eu sei que o pastor te levou no médico quando você precisou, conversou com você quando você precisava, visitou o seu filho na prisão, mas ele está errado, vota na outra pessoa. Porque é construção de afeto. Política é afeto, é relação, e a religião também. A esquerda deixou de fazer isso e a direita usou esses pastores”, sentencia a educadora evangélica Rachel Daniel.
Edição: Rodrigo Chagas


Secretário nazista de Bolsonaro é oficialmente exonerado


Queda de Roberto Alvim, secretário nacional de Cultura, acontece após ele citar Goebbels, ideólogo nazista, em vídeo de divulgação de programa de apoio às artes. Defesa explícita do nazismo foi considerada absurda até no governo de extrema-direita
(Foto: Reprodução)

247 - A Secretaria Especial da Cultura informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o secretário Roberto Alvim foi demitido do cargo. A exoneração acontece após Alvim citar um discurso de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista, informa o jornal Folha de S.Paulo. 
Alvim foi alvo de diversas críticas nesta sexta-feira, acusado de fazer propaganda explícita do nazismo. 
Ao blog de Matheus Leitão, no G1, funcionários da secretaria dizem que acompanharam a produção do pronunciamento e que Alvim sabia das semelhanças com os discursos do ministro nazista. Até por isso a estética do vídeo era parecida com a propaganda nazista, e não apenas as frases de Goebbels.
Entenda: 
O secretário nacional de Cultura, Roberto Alvim, copiou o ideário nazista ao propor uma nova arte para o Brasil. Reproduzindo fala de Joseph Goebbels, ideólogo da propaganda de Adolf Hitler, ele propôs uma nova arte para o Brasil. "A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada", disse Alvim. 


Educação abre concurso para professor e assistente infantil


As inscrições serão abertas no dia 31 de janeiro e se estenderão até o dia 28 de fevereiro.
(Foto: PMA)
A Autarquia Municipal de Educação (AME) lançou edital de concurso público 001/2020 para a contratação de professores e assistentes infantis. As inscrições serão abertas no dia 31 de janeiro e se estenderão até o dia 28 de fevereiro. O valor da inscrição para ambos os cargos é de R$ 70.
Nesta sexta-feira (17/01), a Comissão Especial de Concurso esteve reunida, quando divulgou detalhes do concurso. De acordo com Marli Fernandes, diretora-presidente da AME, estão sendo ofertadas 12 vagas para o cargo de professor, das quais uma é para candidatos com deficiência e duas para afrodescendentes. Já para o cargo de assistente infantil, o concurso é destinado para compor o Cadastro de Reserva (CR).
A remuneração prevista para o cargo de professor é de R$ 1.463,33 para uma jornada de trabalho de 20 horas semanais. Já para o cargo de assistente infantil, a remuneração é de R$ 2.414,46 para 40 horas semanais. Os requisitos exigidos para ambos os cargos são Ensino Médio completo na modalidade Normal (Magistério ou Ensino Superior em Pedagogia, com habilitação em Magistério dos anos iniciais do Ensino Fundamental ou o Curso Normal Superior).
O certame é organizado pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Estadual de Londrina (FAUEL) e a seleção dos candidatos inscritos vai ocorrer em quatro etapas, abrangendo a aplicação de prova escrita de múltipla escolha e de redação, prova de títulos e, por último, perícias médicas e procedimentos admissionais.
As inscrições para o concurso devem ser feitas pela internet, no endereço www.fauel.org.br e, após o preenchimento da ficha de inscrição online, será gerado o boleto bancário para pagamento da taxa. A prova objetiva e de redação estão previstas para ocorrer no dia 29 de março.


Prefeitura abre licitação de reforma do CMEI Izabel Holak


O valor a ser investido será de aproximadamente R$ 980 mil, com recursos próprios do município

O prefeito Junior da Femac autorizou hoje, em evento no gabinete municipal, a de abertura de licitação para reforma e ampliação do Centro Municipal de Educação Infantil Izabel Holak, situado no Núcleo Habitacional Dom Romeu Alberti.
A reforma vai abranger a área total do prédio, com a troca de todo o telhado e sua estrutura de cobertura, bem como do revestimento de parede da cozinha, lavanderia e da sala de higienização. Haverá ainda substituição geral do piso.
A reorganização do espaço de serviços administrativos e da sala dos professores vai permitir a construção de novos banheiros para os professores e portadores de necessidades especiais e ainda uma brinquedoteca. Será feita inda uma revisão e substituição de instalações elétricas e hidráulicas, pintura interna e externa do prédio e adequação às normas de acessibilidade.
Já o projeto de ampliação contempla a construção de quatro salas de aula e sanitários para alunos do maternal. Será executada também a cobertura do pátio e do portal de entrada do CMEI em policarbonato. Consta ainda a obra do muro de fechamento do CMEI.
O valor a ser investido, na reforma de 657,46 m² e na ampliação de 246,61m², será de aproximadamente R$ 980 mil, com recursos próprios do município. O CMEI Izabel Holak atende hoje 137 alunos. Após a reforma será possível ofertas mais 63 vagas, totalizando 200 alunos.
Junior da Femac destacou que somente uma gestão conduzida com planejamento permite medidas como a de destinar quase R$ 1 milhão economizado para investir mais uma vez na educação. “Fazemos tudo isso para valorizar nossos servidores e nossas crianças, para que tenham estrutura adequada de trabalho e estudo. Educação para nossa gestão é prioridade”, afirmou Junior da Femac.

“Os professores, funcionários e as crianças agradecem de coração esse investimento na nossa comunidade. Obrigado Junior da Femac, obrigado a administração municipal”, disse o representante do Conselho Escolar, Zenildo Bispo.
A secretária da Educação, Marli Fernandes, lembrou do investimento permanente, ano a ano, que a gestão Beto Preto e Junior da Femac tem feito na educação. “É uma alegria muito grande proporcionar significativas melhorias de atendimento às nossas crianças”, disse Marli. O ato também teve a participação dos vereadores José Airton Deco de Araújo, Gentil Pereira e Francyslei de Godoi Poim.


Nova ligação centro-bairro terá investimento de R$1,4 milhão


Interligação entre os jardins São Pedro e das Flores será licitada, criando novo corredor de tráfego em Apucarana 

O sistema viário de Apucarana ganha a partir dos próximos meses um novo corredor de tráfego. A obra, cuja licitação foi autorizada nesta sexta-feira (17/01) pelo prefeito Júnior da Femac em ato no gabinete municipal, vai remodelar a Rua João Luís Orlando, criando uma interligação de bairros em trecho de 1.200 metros de extensão entre o cruzamento com a Rua Bandeirantes, no Jardim São Pedro, até a Rua Tulipa, no Jardim das Flores. Ao todo, serão executados 12.617 m² de asfalto novo, com recape em trecho de pedras poliédricas, implantação de drenagem das águas da chuva, meio-fio e calçadas, com investimento orçado em até R$1.430.000,00.
Com contrapartida do Município, os recursos são provenientes do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), da Caixa Econômica Federal (CEF). Parte do Programa Interbairros, idealizado pelo ex-prefeito e atual secretário de Estado da Saúde, Beto Preto e que tem como missão encurtar distâncias e aproximar as pessoas, a autorização da interligação do Jardim São Pedro com o Jardim das Flores faz parte da programação dos 76 anos de Apucarana.
(Foto: PMA)
“Esta é uma obra planejada pela gestão Beto Preto pensando não só no presente, mas no futuro, pois vai dinamizar e contribuir para desafogar o trânsito de outras vias desta importante região de Apucarana, criando ainda uma nova entrada da cidade a partir do Contorno Sul, por meio da Rua Nova Ucrânia”, revelou o prefeito Júnior da Femac Segundo ele, idealizado pelo ex-prefeito Beto Preto, o projeto integra o rol de melhorias do Parque Biguaçu. “Obras que simbolizam o momento que Apucarana vive, com planejamento, economia, organização e união”, afirmou o prefeito.
O presidente da Associação de Moradores do Jardim das Flores, Jeferson Marques (Jefão), comemorou o momento. “Nos últimos anos a prefeitura viabilizou uma série de obras, mas esta é sem dúvidas a melhor obra que será feita em nossa região, dando mobilidade ao trânsito ao criar uma ligação direta de diversos bairros ao centro da cidade”, avaliou o líder comunitário.
Executado pela Secretaria Municipal de Obras, na prática o projeto de engenharia prevê a criação de um corredor de tráfego com reconstrução total da Rua João Luís Orlando partindo da Paróquia São Francisco de Assis até a Rua Humberto Contato, em um trecho de 950 metros. “Passando pelo Parque Biguaçu, região do Country Club de Apucarana e fundos do bosque municipal, finalizando com a abertura de um prolongamento de 250 metros da rua junto a um fundo de vale que separa o Jardim São Pedro do Jardim das Flores, ligando a Rua João Luís Orlando com a Rua Tulipa”, detalha Herivelto Moreno, secretário Municipal de Obras.
A partir da autorização, o processo segue agora para a Secretaria de Gestão Pública para elaboração, publicação do edital de concorrência pública e definição da empresa vencedora. “Este trâmite deve durar cerca de 60 dias. A partir da homologação da vencedora, assinaremos o contrato e daremos a ordem de serviço, onde acompanharemos de perto cobrando qualidade e rapidez na execução”, afirmou o prefeito Júnior da Femac.
Morador da região, o vereador Gentil Pereira avaliou a obra como “muito importante” e enalteceu os trabalhos da administração municipal. “Somente nesta semana participei de vários atos oficiais, com autorizações de obras em áreas como infraestrutura urbana, Educação, Saúde, o que comprova que Apucarana está sendo gerida por pessoas que têm amor pelo município e carinho pelo povo”, disse.
O ato também foi acompanhado por moradores, lideranças religiosas, secretários e servidores municipais e os vereadores José Airton Deco de Araújo e Francisley “Poim” de Godoi.


Prefeitura e sindicato iniciam discussão para reajuste salarial dos servidores


SINDSPA também apresentou outras reivindicações, como a proposta de atualização do Estatuto dos Servidores Municipais e do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS)
Prefeitura e sindicato iniciam discussão para reajuste salarial dos servidores
(Foto: PMA)

Dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos de Apucarana e Região (SINDSPA) estiveram reunidos nesta sexta-feira (17/01) com o prefeito Junior da Femac para tratar sobre o índice de reajuste salarial. O assunto deverá ser retomado nos próximos dias, quando estará fechada a inflação oficial de janeiro, para definição do percentual de aumento que será concedido aos servidores públicos municipais ativos e inativos.
Durante o encontro, também foram debatidos outros assuntos. “Em virtude do aniversário da cidade e atendendo solicitação do sindicato, também decidimos antecipar a liberação da folha salarial deste mês para o dia 24 e ainda decretar ponto facultativo nas repartições públicas municipais no dia 27, que cai numa uma segunda-feira, na véspera do aniversário de Apucarana”, frisa Junior da Femac, acrescentando que será um recurso importante também para o comércio local, pois será injetado na economia durante as festividades do aniversário.
O SINDSPA também apresentou outras reivindicações, como a construção do refeitório para os operários no Pátio de Máquinas, obra que o prefeito assumiu o compromisso de iniciar já nos primeiros dias de março. “Outra pauta que recebemos é a proposta de atualização do Estatuto dos Servidores Municipais e do Plano de Cargos, Carreiras e de Salários (PCCS), que será encaminhada para análise do nosso Jurídico e do setor de Recursos Humanos”, completa Junior da Femac.
A data-base para correção anual do salário dos servidores de Apucarana é fevereiro e o índice percentual será definido assim que for divulgada a inflação oficial de janeiro. “Toda vez que conseguimos conceder reajuste salarial aos servidores é algo a ser comemorado, especialmente em Apucarana, devido à dívida monstruosa feita por gestões anteriores e que estamos pagando mensalmente”, ressalta.
Somente no mês de dezembro, conforme Junior da Femac, o Município pagou R$ 4 milhões em dívida. “Dos cerca de R$ 8 milhões do Fundo de Participação dos Municípios, R$ 2,23 milhões ficaram retidos para pagamento de dívidas. O mesmo acontece com o ICMS: dos R$ 4,9 milhões da cota-parte de Apucarana, R$ 1,7 milhão foram para o pagamento de dívidas”, exemplifica Junior da Femac, salientando que esse fato torna ainda mais necessária a política de austeridade, equilíbrio das contas e sustentabilidade financeira adotada deste o início da gestão Beto Preto.
Participaram da reunião, realizada no gabinete municipal, o presidente do SINDSPA, André Joaquina, que esteve acompanhado pela assessoria jurídica – advogados Sérgio Luiz Barroso, Petrônio Cardoso e Fabiana Gonçalves – e por demais membros da diretoria: Tarcília de Brito Silva (vice-presidente) e Meire Brito (secretária-geral). Também esteve presente o secretário-chefe de Governo da Prefeitura, Laércio Morais.


Bolsonaro aciona máquina da Receita Federal contra artistas da Globo


Em sua guerra contra a mídia, o governo Jair Bolsonaro envia cartas de autuação, dando 20 dias para justificarem a opção pelo contrato de pessoa jurídica ao invés do vínculo CLT com a emissora da família Marinho. A Receita pretende cobrar dos globais o imposto de renda de pessoa física (27,5%) mais multa (até 150%) e juros dos últimos 5 anos de contrato
(Foto: PR | Reprodução)

247 - O governo Jair Bolsonaro colocou a Receita Federal para vasculhar contratos de artistas da TV e do cinema com a Globo. Há três semanas a gestão envia cartas de autuação, dando 20 dias para justificarem a opção pelo contrato de pessoa jurídica ao invés do vínculo CLT com a emissora. De acordo com a coluna Radar, de Veja, em 2019, a Receita exigiu os contratos da Globo Comunicação e Participações S/A com celebridades da TV e do cinema brasileiro.
A Receita pretende cobrar dos globais o imposto de renda de pessoa física (27,5%) mais multa (até 150%) e juros dos últimos 5 anos de contrato. O imposto de pessoa jurídica é menor (de 6% a 15%).
“Explicar de forma detalhada, apresentando a base legal utilizada, a motivação para que a contratação tenha ocorrido entre a Globo e a (empresa do artista) e não entre a Globo e o contribuinte”, determina a receita no documento enviado aos artistas.
“Para destruir a Globo vale tudo. O governo desconsidera sua política pública de pejotização e, ao mesmo tempo, atinge a cultura com uma cobrança tributária superior àquilo que os artistas ganharam”, disse à Veja o advogado tributarista Leonardo Antonelli, que defende artistas da emissora.

Despenca expectativa dos brasileiros com o governo Bolsonaro, aponta pesquisa


Levantamento de opinião pública da XP Investimentos mostra que caiu em três pontos percentuais o índice de aprovação ao governo Bolsonaro. Os que classificam a gestão Bolsonaro como boa ou ótima passaram de 35% para 32%
(Foto: Alan Santos/PR | Mídia Ninja)
247 - Pesquisa da XP Investimentos mostra que caiu o índice de aprovação ao governo - de 35 para 32 pontos percentuais, em comparação com o mês de novembro do ano passado. 
Enquanto isso, o percentual dos que consideram o governo atual ruim ou péssimo se mantém elevado - 39%. Trata-se do mesmo percentual registrado em novembro de 2019, mas se comparado ao levantamento de um ano atrás, a rejeição ao governo Bolsonaro aumentou 19 pontos percentuais. 
Para 28%, o governo tem desempenho regular. 
A pesquisa, feita em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) mostra a erosão das expectativas em relação aos próximos três anos do mandato de Bolsonaro. Segundo a sondagem, 40% dos entrevistados disseram ter expectativas “ótima e boa” para os três últimos anos de Bolsonaro no governo, quando em janeiro do ano passado, quando Bolsonaro foi empossado, a avaliação positiva para o mesmo período era de 63%. 
A pesquisa teve abrangência nacional e ouviu mil entrevistados, entre segunda-feira e quinta-feira (16).
As informações são do Estado de S.Paulo


Cidadão aciona o TCE-PR e Autarquia de Saúde de Apucarana corrige licitação

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A Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana suspendeu - para, em seguida, corrigir e republicar, de acordo com orientações do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) - o edital do Pregão Eletrônico nº 63/2019. A licitação, cujo valor máximo previsto é de R$ 160 mil, objetiva a contratação de empresa especializada na prestação de serviços de Medicina do Trabalho e de manutenção e implementação de programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO) destinado ao atendimento de servidores da entidade.
A administração municipal tomou a medida após ser alertada pelo Tribunal sobre a presença de irregularidades no instrumento convocatório original do certame. As falhas foram informadas por um cidadão à Ouvidoria do órgão de controle e posteriormente confirmadas pela corte de contas paranaense. Elas consistem na apresentação de exigências técnicas excessivas e na falta de parcelamento do objeto da disputa, o qual, por sua natureza, precisa ser licitado separadamente.
Após receber a informação, a Ouvidoria encaminhou a manifestação à Coordenadoria de Acompanhamento de Atos de Gestão (Cage), unidade técnica do TCE-PR responsável pela fiscalização preventiva dos atos de gestão praticados pelos administradores municipais do Paraná.
Ao analisarem o edital, os servidores da Cage confirmaram o entendimento do cidadão sobre as irregularidades indicadas. Elas, então, foram tema de Apontamento Preliminar de Acompanhamento (APA) encaminhado ao município, no qual os responsáveis pelo certame foram questionados sobre as impropriedades. Em resposta, a Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana acolheu as indicações e comunicou ao TCE-PR que decidiu suspender o edital para posterior reabertura do procedimento licitatório, já em conformidade com as recomendações da Corte.

Oportunidade de correção
Instituído pela Instrução Normativa nº 122/2016, o APA é uma oportunidade concedida pelo TCE-PR aos gestores para corrigir falhas verificadas pelo órgão na fiscalização preventiva, sem que seja necessária a abertura de processo administrativo, cujo trâmite é mais demorado e custoso.
Quando os administradores não corrigem as falhas apontadas, ficam sujeitos a Tomada de Contas Extraordinária. Nesse caso, a Lei Orgânica do TCE-PR (Lei Complementar Estadual nº 113/2005) prevê a aplicação de multas administrativas, fixas e proporcionais ao valor do dano ao patrimônio público, devolução dos recursos e outras sanções.

Ouvidoria
Principal canal de comunicação do Tribunal com o cidadão paranaense, a Ouvidoria avalia todos os atendimentos que são registrados e, quando necessário, os encaminha à unidade técnica correspondente àquela reclamação, para análise e manifestação, como ocorreu no caso da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana.
Os contatos com a Ouvidoria podem ser feitos de quatro maneiras: pela internet, via portal do TCE-PR; por ligação telefônica gratuita, pelo número 0800-645-0645; pessoalmente, no sexto andar do Edifício-Anexo do TCE-PR; ou por carta endereçada à Praça Nossa Senhora de Salete, s/n, Centro Cívico, Curitiba-PR, CEP 80530-910.

Fonte: TCE/PR



quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Joice: Bolsonaro é botequeiro de quinta categoria e pode não terminar seu mandato


"É óbvio para qualquer um que todos nós nos enganamos, foi um estelionato eleitoral o que aconteceu", afirmou a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP). Segundo a parlamentar, o PSL, ex-partido de Bolsonaro, foi uma legenda reacionária e não conservadora. Bolsonaro "fala como se fosse um botequeiro de quinta categoria, xingando pessoas", disse
Joice Hasselmann e Jair Bolsonaro
Joice Hasselmann e Jair Bolsonaro (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados | Isac Nóbrega/PR)

247 - A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) reforçou sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo. Em entrevista à rádio CBN, parlamentar bateu duro em Jair Bolsonaro ao afirmar que ele se comporta como um "botequeiro de quinta categoria" e corre o risco de não terminar o mandato presidencial.
"É óbvio para qualquer um que todos nós nos enganamos, foi um estelionato eleitoral o que aconteceu. A traição foi na promessa de mudança, na promessa de que seria diferença. Me sinto traída porque acreditei em algo que não está acontecendo. Nesse ponto, eu me arrependo profundamente. Eu acabei acreditando em um sonho", afirmou.
Segundo a congressista, o PSL, ex-partido de Bolsonaro, foi uma legenda reacionária e não conservadora. "Eu me enganei e lamentavelmente me arrependo, porque disse as pessoas que ele mudaria, que ele não era preconceituoso. Um presidente da República que fala como se fosse um botequeiro de quinta categoria, xingando pessoas. Se ele continuar do jeito que está, vai chegar em frangalhos ao fim do mandato, ou corre o risco de nem chegar ao fim do mandato", disse.


Heleno sobre Bolsonaro: 'o cara não sabe nada, pô, é um despreparado'


A frase foi dita num jantar com empresários, na reta final da campanha presidencial, quando o general não sabia estar sendo gravado; a revelação está no livro Tormenta, da jornalista Thaís Oyama
(Foto: Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

247 – Além de ter impedido Jair Bolsonaro de demitir Sergio Moro, o general Augusto Heleno aparece em outro trecho do livro Tormenta, da jornalista Thaís Oyama.  Ainda na campanha presidencial, sem saber que estava sendo gravado, ele desabafou sobre Bolsonaro: 'o cara não sabe nada, pô, é um despreparado'. Abaixo, o material de divulgação sobre o livro que está sendo lançado pela Companhia das Letras e vídeo sobre o trabalho de Oyama:
Um retrato implacável do primeiro ano de Bolsonaro no poder.    De uma das eleições presidenciais mais polarizadas da história republicana, sai vitorioso Jair Messias Bolsonaro, ex-capitão do Exército que chegou a defender publicamente a tortura, autor de não mais que dois projetos de lei aprovados ao longo de 27 anos de mandato como deputado e merecedor de apenas três dos 512 votos de seus pares na última vez que tentou se eleger presidente da Casa, em 2017.  A partir de um rigoroso trabalho de reportagem, Tormenta revela como opera o governo do 38o presidente da República, que forças se digladiam entre as paredes do Palácio do Planalto e de que forma as crenças e os temores — reais e imaginários — de Bolsonaro e de seus filhos influenciam os rumos do país. O livro traz detalhes surpreendentes sobre a crise interna de seu mandato, revelando segredos dos generais que o cercam no Palácio, intrigas que corroem o primeiro escalão do poder e bastidores que não chegaram aos jornais.  Mais do que mostrar as peculiaridades e a dinâmica do governo de Jair Bolsonaro — e de nos situar no calendário dos atribulados primeiros 365 dias de sua gestão —, a narrativa de Thaís Oyama ajuda o leitor a compreender o ano que passou e a vislumbrar o que nos aguarda.


Golpe contra Dilma fez Brasil perder 17 fábricas por dia desde 2015


A articulação apoiada pela Fiesp e pela CNI para promover um golpe suave no Brasil, com a deposição da ex-presidente Dilma Rousseff, foi um tiro no pé da própria indústria brasileira, que perdeu 17 unidades por dia de 2015 a 2018. De acordo com levantamento da CNC, a indústria de transformação opera 18,4% abaixo do pico alcançado em março de 2011
(Foto: FIESP | 247 | Reuters)

247 - O golpe dado contra Dilma Rousseff para impor uma agenda de entreguismo econômico, para favorecer estrangeiros, fez o Brasil perder 17 indústrias por dia nos últimos quatro anos. De acordo com levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 25.376 unidades industriais encerraram suas atividades de 2015 a 2018. O País tinha 384.721 unidades industriais de transformação em 2014, mas teve uma queda de 6,6%, com 359.345 indústrias em 2018.
A indústria de transformação opera 18,4% abaixo do pico alcançado em março de 2011. "A transformação está praticamente parada. Se ela não cai, também não demonstra nenhum tipo de crescimento", afirmou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE. Os dados foram publicados no jornal O Estado de S.Paulo
Segundo cálculo de Fabio Bentes, economista da Divisão Econômica da CNC e responsável pelo estudo, se a produção industrial cresce, cada aumento de um ponto porcentual gera abertura de, aproximadamente, 5,9 mil unidades produtivas no ano seguinte. Se cai, a quantidade de fábricas em atividade diminui na mesma proporção. "O fechamento de unidades produtivas vai se intensificando e atinge um ápice também mais ou menos depois de um ano", explicou Bentes.
Com baixa de 12,7%, o Rio de Janeiro teve a maior queda nas unidades industriais de transformação de 2014 a 2018. Perdeu 2.535 unidades em quatro anos. Em números absolutos, o estado de São Paulo teve a maior perda de unidades produtoras. Foram menos 7.312 unidades, uma redução de 7%.

Randolfe decide denunciar chefe da Secom à PGR e vai também convocá-lo ao Congresso


Líder da oposição no Senado, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que não há como aceitar que uma nova denúncia de corrupção seja varrida para debaixo do tapete; secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, Fábio Wajngarten recebe dinheiro de empresas que contrata, como Band e Record
Randolfe Rodrigues e Fábio Wajngarten
Randolfe Rodrigues e Fábio Wajngarten (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado | Anderson Riedel/PR)

247 – O escândalo de corrupção e conflito de interesses da Secretaria de Comunicação do governo Bolsonaro, que envolve o secretário Fábio Wajngarten, acusado de receber dinheiro de agências de publicidade e de emissoras de televisão por ele contratadas, como Band e Record, ainda vai longe. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pretende denunciá-lo à PGR.

Investidores abandonam o Brasil e o dólar dispara


No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 1,30%, a 4,185 reais na venda. É a maior valorização diária desde 8 de novembro de 2019 e o patamar mais alto desde 5 de dezembro do ano passado. O motivo é a contínua fuga de capitais, diante dos maus resultados apresentados por Paulo Guedes


(Foto: Reuters)



SÃO PAULO (Reuters) - O dólar saltou 1,3% ante o real nesta quarta-feira, na alta mais intensa em mais de dois meses, com a moeda brasileira novamente liderando as perdas globais nos mercados de câmbio diante de renovados sinais de fraqueza na economia que podem prejudicar expectativas de fluxo cambial ao país.
Os dados corroboraram ainda mais apostas de cortes de juros. Uma taxa Selic mais baixa reduz a atratividade do real como ativo de investimento, colocando a divisa doméstica em desvantagem em relação a “rivais” como o peso mexicano.
Além disso, os sinais de menor ímpeto da economia no fim do ano passado jogam contra expectativas de melhora no fluxo cambial, cujo saldo no ano passado foi o pior da história.
No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 1,30%, a 4,185 reais na venda. É a maior valorização diária desde 8 de novembro de 2019 e o patamar mais alto desde 5 de dezembro do ano passado.
Na B3, o dólar saltava 1,20%, a 4,1860 reais.
Por ora, o movimento no câmbio ainda não indica estresse e uma piora estrutural no cenário para a moeda brasileira. A volatilidade implícita para as opções de dólar/real com vencimento de três meses tem oscilado em torno de 9,9% ao ano, ainda abaixo de máximas do começo de 2020, quando superou 10,6%.
Em novembro do ano passado, mesmo com o dólar batendo máximas históricas e flertando com 4,30 reais, essa medida de incerteza para a taxa de câmbio caiu de mais de 12% no começo daquele mês para cerca de 10% no final.
Mas novos cortes de juros voltam a emergir como um vento contrário ao câmbio e têm forçado o mercado a desarmar posições construídas no fim do ano passado que contemplavam um real mais valorizado.
Ainda assim, alguns analistas seguem vendo o real atualmente com excesso de fraqueza, o que deixaria a moeda mais inclinada para ganhos à frente.
“A moeda está levemente desvalorizada e a percepção de risco doméstico está em extremos negativos de acordo com nosso indicador de risco de câmbio por país, e ambos acabam funcionando como um vento favorável à moeda”, disseram analistas da MRB Partners em nota a clientes.

CPI chega a principais contas de disparo irregular de WhatsApp nas eleições


Dentre as 400 mil contas que representantes do aplicativo afirmam que foram banidas por uso irregular durante a eleição, 55 mil tinham comportamento anormal para o aplicativo, podendo ser operadas por robôs
(Foto: Reuters)

247 - A CPI mista das Fake News no Congresso identificou uma lista com as linhas telefônicas de WhatsApp responsáveis pelas maiores quantidades de disparo de mensagens em massa durante a campanha eleitoral de 2018. O levantamento foi feito a partir de documentos que a empresa remeteu à comissão de inquérito em novembro passado. 
Estratégia de disparo foi fundamental para a vitória de Bolsonaro, que usava de fake news contra Fernando Haddad, como, por exemplo, de que ele mplementaria kit gay nos colégios. 
Segundo informa o Portal UOL, dentre as 400 mil contas que representantes do aplicativo afirmam que foram banidas por uso irregular durante a eleição, 55 mil tinham comportamento anormal para o aplicativo, podendo ser operadas por robôs. 
Com estas informações, parlamentares da CPMI ouvidos pela reportagem dizem que querem chegar aos responsáveis por estas contas e endereços de IP para intimá-los a depor e revelarem o que sabem do esquema.