“As armas
venezuelanas foram roubadas em um ataque terrorista, Sr. Jair Bolsonaro, e
essas armas, neste momento temos informações que estão no território
brasileiro. Exigimos que as autoridades brasileiras capturem os agressores que
estão no território brasileiro e retornem as armas das Forças Armadas Nacionais
Bolivarianas”, disse Maduro nesta segunda (23) durante uma reunião de ministros
transmitida no rádio e na televisão
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Fronteira, Maduro e Bolsonaro (Foto: Reuters) |
Sputnik - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que as armas que foram
roubadas das Forças Armadas de seu país no último domingo estão no Brasil e
exigiu que o governo de Jair Bolsonaro capture os responsáveis.
"As armas
venezuelanas foram roubadas em um ataque terrorista, Sr. Jair Bolsonaro, e
essas armas, neste momento temos informações que estão no território
brasileiro. Exigimos que as autoridades brasileiras capturem os agressores que
estão no território brasileiro e retornem as armas das Forças Armadas Nacionais
Bolivarianas", disse Maduro durante uma reunião de ministros transmitida
no rádio e na televisão.
O presidente venezuelano explicou que
entre os equipamentos roubados do Batalhão Militar estão nove rifles AK-103 e
um lançador de granadas de longo alcance.
No domingo passado, foi registrado o roubo
no Batalhão de Infantaria da Selva Mariano Montilla, no sul do estado de
Bolívar, de 120 rifles de alto calibre e, durante a ação, um soldado que
protegia a instalação militar foi abatido.
De acordo com indicações dadas por Maduro,
as armas seriam usadas "para banhar o Natal venezuelano com sangue".
Segundo a versão das autoridades, esse
plano foi dirigido pelo líder da oposição Leopoldo López, que está sob asilo
político desde 30 de abril na embaixada espanhola em Caracas, depois de escapar
de sua casa, onde cumpria uma sentença de quase 14 anos de prisão pelos atos de
violência registrados no país em 2013.
Maduro também
exigiu das autoridades peruanas a deportação do líder político da oposição
venezuelana Villca Fernández, que reside no Peru desde 2018, após um processo
de negociação entre o governo e a oposição, que levou à sua libertação após
dois anos de detenção.
"Se o governo do Peru realmente, de
coração, não estava envolvido, peço que este terrorista Vilca Fernández seja
capturado de acordo com o direito internacional, já que assumiu a responsabilidade
pelos eventos através das redes sociais", afirmou.
O ministro venezuelano de Comunicação e
Informação, Jorge Rodríguez, disse que o objetivo do ataque de domingo era
promover um confronto entre nações vizinhas para justificar uma intervenção
militar dos EUA.
Por seu lado, os
governos do Peru e da Colômbia citados pela Venezuela por um suposto apoio ao
roubo dessas armas rejeitaram as acusações.
"Rejeitamos as falsas expressões
[...] nas quais ele pretende vincular o Peru e o Grupo de Lima a ações
violentas na Venezuela. Nosso país reitera seu compromisso com uma solução
pacífica para a crise neste país irmão, que permite ao retorno da democracia e
o fim do regime ilegal de Maduro", ponderou o ministro de Relações
Exteriores do Peru, Gustavo Meza, em sua conta na rede social do Twitter.Em seu
discurso nesta segunda-feira, Maduro comentou que o Brasil também negou sua
participação no plano.