domingo, 22 de dezembro de 2019

Crítica em rede social leva PM do Paraná a prender homem por desacato


Por conta de um comentário feito em uma rede social, a PM da cidade de Apucarana, no Paraná, foi até a casa do homem para prendê-lo por desacato

247 - Um homem de 64 anos foi preso neste domingo (22), após fazer críticas da ação policial em redes sociais, o que foi considerado pela Polícia Militar como desacato.
O comentário foi realizado no perfil de uma rede social de um órgão de imprensa da cidade de Apucarana, no Paraná, que havia noticiado uma ação preventiva feita pela PM na última sexta-feira (20), quando 44 veículos foram abordados na zona rural da cidade.
De acordo com reportagem do TNOnline, a polícia identificou o endereço do homem e o prendeu porque ele comentou a seguinte frase: "esses coitados dependem dos veículos e vem esses ratos para tomar o trabalho deles".
Ainda de acordo com o site,  ao ser preso em sua casa, no Jardim Portal do Lago, ele demonstrou indignação, alegando que tinha direito à liberdade de expressão. 


Janaína: Bolsonaro gera conflitos demais e pode cair antes de terminar o mandato


Parecerista do golpe de 2016, a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) teme que Jair Bolsonaro perca a governabilidade

247 – A deputada Janaína Paschoal, protagonista do golpe de 2016 contra a democracia brasileira, já teme a queda de Jair Bolsonaro. "Já na campanha identifiquei isso que o presidente é um líder do conflito. Ele só sabe liderar no conflito. O meu temor é que ele venha eventualmente a perder a mão desse grau de conflito", disse ela, em entrevista ao Globo. "E se os conflitos se acirrarem num ponto que ele não consiga mais governar?", questiona.
"Agora, ele decide criar um novo partido (o Aliança pelo Brasil) e divide o PSL. Ele conseguiu cindir pessoas que gostam verdadeiramente dele. Concordam com as coisas que ele diz e pensa. Ele conseguiu criar um cisma onde não precisava. Foi um grande erro, gerou muita mágoa", afirma, lembrando que ele pode não terminar o mandato. "Sim porque ele vai criando briga, briga, briga e estamos só no primeiro ano de mandato."

MP pega Flávio Bolsonaro: confessou lucro 82% superior ao declarado por sua empresa


Agrava-se ainda mais situação de Flavio Bolsonaro e do clã: Ministério Público do Rio constatou que ele retirou de sua empresa R$ 793,4 mil de receita nos três primeiros anos de atividade da loja de chocolates, quase o dobro do lucro declarado pela Bolsotini à Receita (R$ 435,6 mil)
(Foto: Reprodução)

247 - A situação do senador Flávio Bolsonaro agrava-se a cada dia, com repercussão direta sobre a sutação política de todo o clã. Agora, o Ministério Público do Rio constatou que ele retirou de sua empresa R$ 793,4 mil de receita nos três primeiros anos de atividade da loja de chocolates, 82% mais que o lucro declarado pela Bolsotini à Receita (R$ 435,6 mil).
Além disso, ele recebeu quase o dobro dos lucros da Bolsotini Chocolates e Café em relação a seu sócio, que tem a mesma participação na empresa. 
De acordo com o MP-RJ, Flávio disse ter retirado R$ 793,4 mil de receita nos três primeiros anos de atividade da loja de chocolates, inaugurada em 2015. Só que a própria Bolsotini informou, em declarações de informações socioeconômicas e fiscais (DEFIS) relativas ao Simples nacional, que Flávio obteve, na verdade, R$ 435,6 mil no período. Segundo o MP, a Bolsotini não apresentou declaração de Imposto de Renda na mesma época.
A investigação também aponta divergências nas retiradas de Alexandre Santini, responsável por metade da sociedade com Flávio Bolsonaro. De acordo com os documentos, Santini declarou lucros de R$ 288,9 mil, valor mais de R$ 24 mil abaixo da transferência que a Bolsotini informou à Receita Federal.
Considerando os valores efetivamente retirados pelos dois sócios, o MP conclui que Flávio obteve quase R$ 500 mil a mais do que Santini nos três anos iniciais de atividade da loja. O valor equivale à cota de participação que deveria ter sido paga por Santini na empresa. Por outro lado, o MP não identificou aportes do sócio de Flávio até o fim de 2018. informam os jornalistas Bernardo Melo e Juliana Casto em O Globo.


Cheque de Queiroz para Michelle Bolsonaro faz MP investigar dados fiscais da primeira-dama


Ministério Público avança nas investigações contra o clã e agora examina dos dados fiscais da primeira-dama MIchelle Bolsonaro. Ela recebeu cheque de R$ 24 mil de Fabrício Queiroz em sua conta. O caso envolve diretamente Jair Bolsonaro, que afirma ser parte do pagamento de um empréstimo de R# 40 mil não comprovado até hoje
O presidente Jair Bolsonaro, acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, no Palacio do Planalto.
O presidente Jair Bolsonaro, acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, no Palacio do Planalto. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil)

247 com Forum - O famoso cheque de R$ 24 mil, que Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, quando este era deputado, depositou na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, não foi esquecido pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).
O órgão de investigação está analisando os dados fiscais de Michelle, que foram repassados depois da abertura de um procedimento fiscal, de acordo com informações da coluna de Guilherme Amado, da revista Época - das Organizações Globo.
Em 2018, quando o caso foi divulgado, a esposa de Jair Bolsonaro declarou que se tratava do pagamento de um empréstimo. O caso envolve diretamente Jair Bolsonaro. Ele tem dito que o cheque faz parte do pagamento de um empréstimo de R$ 40 mil que ele teria feito a Queiroz, mas não tem qualquer comprovação deste empréstimo. O assunto foi o mote dos ataques homofóbicos que ele fez a jornalistas na entrada do Palácio do Alvorada na última sexta-feira (20). 
Em janeiro, Michelle foi investigada pela Receita Federal, que abriu um procedimento para apurar as movimentações financeiras dela e de 27 deputados estaduais do Rio de Janeiro e seus assessores.
Coaf
A base para a investigação foi o relatório do então Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que motivou a atuação do Ministério Público contra Queiroz.
O depósito que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro fez na conta da primeira-dama era parte de uma movimentação financeira considerada atípica pelo Coaf. Homem de confiança da família Bolsonaro, o ex-assessor movimentou R$ 1,2 milhão no período de um ano, entre 2016 e 2017, e também R$ 5,8 milhões, entre 2014 e 2015.


sábado, 21 de dezembro de 2019

Lula: "Não adianta falar que a bolsa tá em alta, se o povo não está conseguindo comprar carne"


"Se a pessoa não governa com o coração, ela não vai entender as necessidades do povo. Essas pessoas não sabem o que é passar fome, não ter onde morar", afirmou o ex-presidente Lula, que participou do Natal solidário com Catadores e população de rua
Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)

247 - O ex-presidente Lula participa neste sábado (21) do Natal solidário com Catadores e população de rua, no Sindicato dos Bancários de São Paulo e Osasco, na capital Paulista.
"Tenho muito orgulho de estar aqui livre para participar do Natal dos catadores e da população de rua. Se ao invés de estar aqui eu estivesse jogando golfe, certamente uma parte da elite não tivesse tanto ódio de mim", afirmou Lula, que sempre participou dos atos com os catadores, até mesmo durante o período que ocupou a Presidência da República. E no período que esteve aprisionado, enviou mensangem aos participantes.
"Depois de tanto sofrimento e tanta perseguição, hoje estou feliz. Encontrei minha Janjinha, vou casar e sei que o amor vai vencer. Durmo tranquilo como um passarinho, tenho certeza que meus acusadores não dormem", acrescentou.
Lula falou sobre a conjuntura econômica do país sob o governo de Jair Bolsonaro. "Eu nunca vi tanta gente morando nas ruas. Não adianta falar que a bolsa tá em alta, se o povo pobre não está conseguindo comprar um quilo de carne", enfatizou o ex-presidente.
Neste sábado (21), em mensagem de Natal ao brasileiros, Bolsonaro disse que é preciso acreditar no Brasil, "mesmo sem carne para algumas pessoas aí".
"Se a pessoa não governa com o coração, ela não vai entender as necessidades do povo. Essas pessoas não sabem o que é passar fome, não ter onde morar", frisou Lula.


Jürgen Klopp, campeão mundial pelo Liverpool: “Se há algo que jamais farei na vida é votar na direita”


“Nunca pagarei um plano privado de saúde. Nunca votarei em um partido porque promete baixar os impostos. Se há algo que jamais farei em toda minha vida é votar na direita”, disse o atual campeão mundial pelo Liverpool, Jürgen Klopp, em entrevista ao jornal alemão TAZ
(Foto: Reprodução/Twitter)

Portal Vermelho - O técnico alemão que conduziu o Liverpool à final da Champions League contra o Real Madrid foge ao estereótipo do treinador convencional. Não só por sua filosofia de jogo, mas também pelas convicções além da bola. Jürgen Klopp nasceu em Glatten, uma pequena cidade na região da Floresta Negra. “Tinha 1.500 pessoas quando eu me mudei e agora tem 1.499”, brincou o comandante dos Reds ao ser questionado sobre sua origem suábia.
Quando mais jovem, queria ser médico. Como era um mau aluno, suas notas o impediram de realizar o sonho da família. Decidiu estudar Ciências do Esporte na Universidade Goethe, de Frankfurt, enquanto se esforçava para virar jogador profissional. Rejeitado nas categorias de base do Eintracht, acabou acolhido pelo Mainz 05, da segunda divisão alemã. Ali renunciou a suas pretensões de goleador para exercer o que, até então, constituía o menos relevante dos postos do futebol: a lateral direita. Sua revolução começou no recanto mais marginalizado do campo.
Entre 1995 e 2000, o Mainz de Wolfgang Frank aplicou o ideário de Arrigo Sacchi de forma pioneira na Alemanha, onde as equipes demoraram a superar a função do líbero, praticar o 4-4-2 e estabelecer a marcação por zona. O prolongamento de Frank no terreno de jogo era Klopp, feliz de poder dissimular suas carências técnicas com as inovadoras armadilhas coletivas da tática.
Cristão de inclinação protestante, desde adolescente é movido por um poderoso senso comunitário. “Eu diria que nossa missão é fazer com que nosso minúsculo pedaço de terra seja um pouco mais bonito”, disse ao Westdeutsche Zeitung, em 2007. “A vida consiste em fazer com que os lugares por onde passamos sejam melhores, e em não nos levarmos tão a sério. Em se esforçar ao máximo. Em amar e ser amado.”
“Creio no estado de bem-estar social”, afirmou uma vez ao diário TAZ. “Nunca pagarei um plano privado de saúde. Nunca votarei em um partido porque promete baixar os impostos. Se há algo que jamais farei em toda minha vida é votar na direita”.
Quando lhe pediram que refletisse sobre o Brexit durante entrevista para o Guardian, não reprimiu uma mensagem que, ao menos na Inglaterra, desatou uma polêmica: “Não sou a pessoa mais adequada para falar do Brexit, mas, se me perguntam, dou minha opinião. Será que vão me escutar? Talvez esse seja o problema: a gente escuta às pessoas erradas. Por isso, [Donald] Trump é presidente dos Estados Unidos! Por isso, os ingleses votaram o Brexit! A União Europeia não é perfeita, não foi perfeita e não será perfeita. Mas é a melhor ideia que tivemos até o momento. Devemos repensar o Brexit, levá-lo à votação outra vez com informações adequadas. Aprovar o Brexit por 51% dos votos diante de 49% contrários não tem o menor sentido”.


Liverpool x Flamengo: onde assistir, horário e escalações


Favorito, o time inglês busca sua primeira conquista na história do Mundial. O representante brasileiro tenta repetir 1981 e conquistar o bi
Adam Davy/PA Images via Getty Images e Alexandre Vidal/Flamengo

A decisão que atrairia mais holofotes para o Mundial de Clubes 2019 foi confirmada após as semifinais. Liverpool e Flamengo passaram pelos primeiros compromissos na competição e fazem na tarde deste sábado (21/12/2019), a partir das 14h30, a final da competição.
Atual dono do título da Liga dos Campeões, o Liverpool larga com favoritismo diante do atual campeão da Libertadores. Isso, no entanto, tem de ser comprovado no Estádio ​Khalifa International, em Doha, no Catar. Após poupar jogadores diante do Monterrey, do México, o time inglês entrará com força máxima de olho na conquista inédita – perdeu as três finais que disputou na história. Já o Flamengo repetirá o mantra durante toda a temporada 2019: força máxima, sem lesionados, em busca do bicampeonato do Mundial.
Confira mais detalhes sobre a partida abaixo:
Ficha técnica:
Escalações (prováveis):


LiverpoolAlisson; Alexander-Arnold, Van Dijk, Gomez e Robertson; Henderson, Wijnaldum (Lallana) e Milner (Shaqiri ou Ox-Chamberlain); Salah, Firmino e Mané. Técnico: Jürgen Klopp

Desfalques: Fabinho (lesão), Lovren (lesão) e Matip (lesão)

Flamengo: Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luis; Willian Arão, Gerson e Everton Ribeiro; De Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol. Técnico: Jorge Jesus.

Desfalque: não tem
Local: ​Khalifa International Stadium, em Doha (Catar)
Data: Sábado (21/12/2019)
Horário: 14h30 (horário de Brasília).
Arbitragem: Abdulrahman Al Jassim (Catar)
Transmissão: TV Globo e SporTV

Fonte: Metrópoles

Bolsonaro não tem compostura, beira a insanidade e o impeachment já está colocado, de Merval Pereira, porta-voz do Globo


O colunista Merval Pereira, aquele que mais expressa os interesses políticos da família Marinho, também sugere a interdição ou o impeachment de Jair Bolsonaro. "Motivos Bolsonaro já deu de sobra, e a falta de decoro de ontem é apenas mais uma, e não será a última", diz ele

247 – "O presidente Jair Bolsonaro vem numa escalada de falta de compostura que beira a insanidade. O episódio de ontem, em que destratou jornalistas, demonstrando falta de educação e preconceitos, é próprio de quem se sente acuado, e de fato o presidente está acuado, pela queda de sua popularidade, pelas limitações que as instituições democráticas lhe impõem, pelas denúncias contra seu filho Flávio, que envolvem toda uma família ampliada que, pelas acusações do Ministério Público do Rio, vivia às custas do Erário público", diz o jornalista Merval Pereira, em sua coluna.
"O impeachment já está colocado e, como é um instrumento sobretudo político, será acionado, ou não, quando as forças políticas no Congresso desejarem. Motivos Bolsonaro já deu de sobra, e a falta de decoro de ontem é apenas mais uma, e não será a última", aponta.
"A investigação contra o senador Flávio Bolsonaro certamente está abalando a já desequilibrada personalidade do presidente, embora a punição dificilmente acontecerá em razão direta das denúncias do Ministério Público. Mas podem atingir o presidente no correr das investigações", afirma ainda o jornalista.


Reinaldo sugere interdição de Bolsonaro e diz que Brasil não pode se transformar em seu hospício privado


O jornalista Reinaldo Azevedo avalia que Jair Bolsonaro não tem pleno controle das faculdades mentais, ao comentar os insultos extremamente grosseiros que ele proferiu a jornalistas no dia de ontem, quando questionou se um deles tinha recibo de que a mãe havia mesmo transado com seu pai

247 – "O 'evento' — já que entrevista não foi — protagonizado por Jair Bolsonaro nesta sexta, às portas do Palácio da Alvorada, não é próprio de uma pessoa no pleno gozo das chamadas 'faculdades mentais'", diz o jornalista Reinaldo Azevedo, em sua coluna.
"Sabemos que Bolsonaro é reacionário, agressivo, homofóbico, misógino… E essas características se manifestaram na sua conversa com repórteres, com as manifestações de praxe de seus seguidores, que representam o coro da boçalidade da bolha de opinião na qual é herói", afirma ainda o jornalista.
"Sim, estou convencido de que Bolsonaro tem um problema que é clínico. Suas respostas, a meu juízo, o evidenciam com clareza. Ocupa, no entanto, um lugar de quem está obrigado a responder por seus atos. O único remédio que o institucionalidade tem de ministrar a ele é o triunfo da lei. O Brasil não pode se transformar em seu hospício privado", finaliza.


Bolsonaro quebrou decoro e pode sofrer impeachment, aponta editorial do Estado de S. Paulo


"O que se testemunhou ontem à saída do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, foi muito além do tolerável até para o grosseiro padrão do bolsonarismo. Tal comportamento envergonha os cidadãos e enxovalha o País", aponta editorial do jornal que dialoga com a elite empresarial do País. Descontrolado pelos escândalos de corrupção da família, Bolsonaro perguntou a um jornalista se ele teria o comprovante de que sua mãe tinha mesmo dado para seu pai
(Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil)

247 – O jornal Estado de S. Paulo, que dialoga com a elite empresarial do Brasil, avalia que Jair Bolsonaro quebrou o decoro ao agredir jornalistas na saída do Palácio da Alvorada – o que significa que ele já pode sofrer um processo de impeachment por emporcalhar a presidência da República. Leia, abaixo, o editorial "Quebra de decoro" e assista também entrevista com o jurista Marcelo Uchôa sobre o tema:
Quebra de decoro
O presidente Jair Bolsonaro faltou com o decoro necessário para o exercício do cargo ao reagir raivosamente ao noticiário sobre as suspeitas envolvendo seu filho Flávio. 
Na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro, sob aplausos dos simpatizantes que ali estavam, ofendeu jornalistas que o questionaram, acusou sem provas o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, de manipular o caso para prejudicá-lo e insinuou que o juiz do processo tem interesse em fazer as vontades do governador, já que uma filha do magistrado é funcionária do Estado. 
A reação truculenta do presidente surpreendeu mesmo aqueles que acompanharam sua trajetória política até aqui e testemunharam seu destempero em diversas ocasiões. 
É fato que Bolsonaro transformou sua retórica inflamada e muitas vezes ofensiva em uma marca pessoal, vista por seus apoiadores como sinal de sua “autenticidade” como político, destacando-se dos demais por ter a coragem de dizer em voz alta, em público, o que os demais não sussurram nem quando estão sozinhos. Foi dessa maneira que Bolsonaro construiu a imagem de um outsider político, a despeito do fato de estar na política há três décadas. 
Também é fato que Bolsonaro, desde que assumiu a Presidência, costuma recorrer à agressividade sempre que precisa mobilizar a militância bolsonarista para intimidar adversários políticos. A esta altura está claro que Bolsonaro não conhece outras formas de fazer política. 
No entanto, o que se testemunhou ontem à saída do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, foi muito além do tolerável até para o grosseiro padrão do bolsonarismo. Já seria indecoroso mesmo se Bolsonaro fosse apenas um deputado federal do baixo clero; como presidente da República, tal comportamento envergonha os cidadãos e enxovalha o País. 
Nada justifica que o presidente tenha se dirigido a jornalistas da forma como fez, com ofensas ginasianas a respeito da sexualidade de um repórter e do comportamento da mãe de outro. Que Bolsonaro tem dificuldades em lidar com a imprensa já está claro a esta altura – e não é o primeiro nem, provavelmente, será o último presidente a ter rusgas com jornalistas e veículos. Tampouco é segredo que Bolsonaro antagoniza a imprensa com o objetivo de desmoralizar o noticiário que lhe é desfavorável – e isso também não é novidade no mundo da política. Desta vez, porém, não há cálculo político que desculpe ou relativize o tom de Bolsonaro, próprio de arruaceiros que chamam desafetos para uma briga de rua. 
Ao agir dessa maneira, Bolsonaro não apenas se apequena como presidente, como dá a entender que está acuado diante das suspeitas que recaem sobre seu filho Flávio – o senador teria se beneficiado de esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro quando era deputado estadual no Rio de Janeiro. O caso todo ainda tem muitos pontos obscuros e é preciso aguardar que a polícia e o Ministério Público concluam seu trabalho e os tribunais punam quem deve ser punido, quando for a hora. No momento, o interesse no caso é basicamente político, com potencial para prejudicar o presidente – razão pela qual Bolsonaro faria bem se tratasse o noticiário com a maior discrição possível, pois é preciso preservar a Presidência, da qual depende a governabilidade do País. 
Mas o presidente parece simplesmente incapaz de se comportar de acordo com o cargo que ocupa e de compreender que esses maus modos, ao criar atritos e cizânias, podem prejudicar a recuperação do País justamente no momento em que se verificam bons sinais na economia. 
O decoro no exercício da Presidência não é um capricho; é, antes, a consciência da responsabilidade – e dos limites – de quem conduz os rumos da nação, como chefe de Estado e de governo. Não é qualquer um que pode ocupar a cadeira presidencial, por mais que o atual presidente queira apresentar-se como um homem comum. A deferência ao cargo de presidente da República é, antes de mais nada, deferência à própria noção de República, em que todos devem se submeter à lei – e mesmo a mais alta autoridade do País não pode fazer ou dizer o que lhe dá na cabeça. Honestidade e compostura devem emanar da cadeira presidencial.


sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Junior da Femac assina ordem de serviço do “Espaço das Feiras”


Além de 30 pontos gastronômicos fixos, haverá uma área livre com capacidade para abrigar mais 80 feirantes

O prefeito Junior da Femac assinou hoje (20) a ordem de serviço para início das obras do “Espaço das Feiras” que funcionará na Rua Talita Brezolin, ao lado do Cemitério da Saudade e da Capela Nossa Senhora da Esperança. A obra será executada Construtora Vitorino, num investimento de R$ 1.616.670,59, com recursos próprios do município, sendo que R$ 1.250.000,00 são de recursos de devolução do Legislativo.
Este equipamento público foi projetado para abrigar as principais feiras existentes em Apucarana, com destaque às do produtor rural e do artesanato, que hoje funcionam no Terminal Urbano de Transporte Coletivo Sílvio Stocco. O prefeito Junior da Femac explica que o terminal urbano em breve passará por uma ampla reforma de modernização e a situação dos feirantes que lá atuam era uma grande preocupação da administração municipal. “Com a construção do Espaço das Feiras, vamos conseguir realocar esses trabalhadores, sem que interrompam suas atividades”, observa o prefeito, lembrando que o prazo de execução da obra é de 6 meses.
“A grande surpresa que reservei para anunciar neste momento é de que neste espaço moderno, além da parte preparada para gastronomia e para feira, vamos realizar uma vez por semana a Feira da Roupa. Apucarana produz 25,2% de toda roupa confeccionada no Paraná e vamos garantir um local de comercialização para este importante setor da nossa indústria”, afirma o prefeito Junior da Femac.

O espaço das feiras de Apucarana contará com um grande pavilhão coberto, com área de 1.400 metros quadrados. Além de 30 pontos gastronômicos fixos, será destinado espaço livre com capacidade para abrigar mais 80 feirantes. Toda a estrutura será metálica e o espaço atenderá critérios de acessibilidade, contando também com área de carga e descarga, sanitários, fraldário e deck externo.
“Internamente, serão disponibilizados pontos elétrico e hidráulico. Já o restante do espaço ficará livre, permitindo que o feirante venha com a sua própria estrutura e faça a instalação”, explica Anellize Alves Campana, arquiteta do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), responsável pela elaboração do projeto.
O pavilhão terá 100 metros de comprimento por 13 metros de largura. Também foi projetado um espaço para colocação de mesas ao ar livre. “A idéia é que seja um espaço público, livre e totalmente aberto, que possa abrigar vários tipos de feira”, afirma a arquiteta, informando que a construção será rápida, pois a estrutura metálica é pré-fabricada.
Quanto à parte elétrica, o diretor-presidente do Idepplan, engenheiro eletricista Lafayete dos Santos Luz, destaca que os investimentos vão garantir uma iluminação robusta para atender com segurança tanto aos feirantes, quanto aos frequentadores. “o projeto contempla uma rede dentro das necessidades dos trabalhadores, em especial da área gastronômica, que utilizam diversos equipamentos. também haverá a iluminação interna e externa do espaço, com postes ornamentais, leds para iluminação das plantas, do chafariz e substituição de toda a iluminação do muro do cemitério. Além disso, temos o fraldário, que contará com torneira elétrica”, detalha Lafayete.
O espaço contará também com projeto de paisagismo que prevê o plantio de novas árvores de espécies adequadas para o local.
De acordo com a prefeitura, as características originais da praça, criada na gestão do ex-prefeito José Domingos Scarpelini, serão preservadas. Já o quarteirão das personalidades, que estava implantado no local, será levado para outro lugar. As placas com as imagens das personalidades já foram retiradas por causa do vandalismo e a prefeitura estuda um novo espaço para homenagear os pioneiros.
A solenidade da assinatura da ordem de serviço contou com a presença dos vereadores Luciano Molina (presidente da câmara municipal), Lucas Leugi, Marcos da Vila Reis, Airton Deco Araújo, Francylei de Godoi (Poim) e professor Edson, além de secretários municipais e feirantes.


Em desespero, Bolsonaro parte para o ataque contra MP e juiz


Cada vez mais acuado pelas denúncias de corrupção que atingem diretamente o filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro, Jair Bolsonaro criticou duramente o MP-RJ e afirmou que, “pelo que parece”, uma filha do juiz da 27ª Vara Criminal do Rio, Flávio Itabaiana, seria funcionária fantasma do governo do Rio de Janeiro.
(Foto: ADRIANO MACHADO - REUTERS)

247 - Acuado pelas denúncias de corrupção que atingem diretamente o filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro, Jair Bolsonaro criticou duramente o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), responsável pela operação desta semana que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao parlamentar e afirmou que, “pelo que parece”, uma filha do juiz da 27ª Vara Criminal do Rio, Flávio Itabaiana, seria funcionária fantasma do governo do Rio de Janeiro. Itabaiana foi o magistrado que autorizou os mandados solicitados pelo MP fluminense. 
“Você já viu o MP do Estado do Rio de Janeiro investigar qualquer pessoa, qualquer corrupção, qualquer gente pública do Estado? E olha que o estado mais corrupto do Brasil é o Rio de Janeiro. Vocês já viram? Vocês já perguntaram pro governador Witzel porque a filha do juiz Itabaiana está empregada com ele? Já perguntaram? Pelo que parece, não vou atestar aqui, é fantasma. Já foram em cima do MP (para) ver se vai investigar o Witzel?”, disse Bolsonaro nesta sexta-feira (20),  na saída do Palácio da Alvorada.
Bolsonaro criticou a decisão de Itabaiana, feita em abril, que resultou na quebra do sigilo de 86 pessoas e nove empresas ligadas a Flávio no tempo em que ele era deputado pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). “Vocês perguntaram para o juiz Itabaiana como é que ele quebra 93 sigilos em cinco linhas? Fizeram busca e apreensão em casas de pessoas que não tinham nada a ver com isso”, afirmou. 
Ele também rebateu as acusações de que seu filho teria utilizado uma franquia de chocolates para lavar o dinheiro proveniente do esquema operado pelo ex-assessor Fabricio Queiroz na Alerj. “Arrombaram a loja de chocolate do meu filho. Se tivesse, se tivesse, se tivesse algo errado, não teria sumido? As franquias são controladas. Não é o cara que abre uma franquia e a matriz abandona. Ninguém lava dinheiro em franquia”, disse.
“ Acusaram ele de estar ganhando mais na casa de chocolate. O que acontece, quem leva mais cliente para lá, ele leva um montão de gente importante, ganha mais. É mesma coisa chegar para o, deixa eu ver, o Neymar e (perguntar) "por que está ganhando mais do que outros jogadores?". Porque ele é o mais importante. Não é comunismo”, emendou


O verdadeiro chefe do esquema Queiroz é Jair Bolsonaro, diz Bernardo Mello Franco


"Jair é um velho parceiro de Fabrício Queiroz, apontado como operador da rachadinha do Zero Um. Quando os dois ficaram amigos, Flávio tinha apenas 3 anos. O ex-PM estava lotado no gabinete do filho, mas seu verdadeiro chefe era o pai", diz o colunista Bernardo Mello Franco
Foto: Reprodução | Isac Nóbrega/PR)

247 – O jornalista Bernardo Mello Franco afirma, em sua coluna, que o verdadeiro chefe de quadrilha no esquema Queiroz é Jair Bolsonaro – e não seu filho Flávio. "O presidente disse ontem que não tem 'nada a ver' com o vaivém de dinheiro no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio. É uma versão capenga, porque as principais decisões tomadas ali passavam pelo chefe do clã", afirma Bernardo.
"Jair é um velho parceiro de Fabrício Queiroz, apontado como operador da rachadinha do Zero Um. Quando os dois ficaram amigos, Flávio tinha apenas 3 anos. O ex-PM estava lotado no gabinete do filho, mas seu verdadeiro chefe era o pai", lembra ainda o jornalista.
"O presidente nunca disfarçou sua simpatia pelas milícias. Essas organizações operam no submundo policial e movimentam grandes quantidades de dinheiro vivo. As investigações da rachadinha também lidam com transações em espécie. A cada passo do Ministério Público, ficará mais difícil para Bolsonaro dizer que não tem nada com a história", conclui Bernardo.


Folha: Bolsonaro não vai conseguir se esquivar do escândalo de corrupção da família


Editorial do jornal da família Frias afirma que a tática de Jair Bolsonaro está fadada ao fracasso. "É o próprio mandatário, afinal, quem promove a todo tempo a confusão entre o que diz respeito ao cargo e o interesse de sua família", aponta o texto
(Foto: Marcos Corrêa/PR | Webysther Nunes)

247 – O editorial desta sexta-feira da Folha de S. Paulo afirma que Jair Bolsonaro não vai conseguir se esquivar do escândalo de corrupção que atinge sua família em torno do caso Queiroz.
"O presidente pode até estar certo em sua segunda asserção, na hipótese de que a investigação sobre a ligação do clã familiar com esquemas de desvio de dinheiro público e milícias do Rio de Janeiro nada encontre envolvendo seu nome. Do ponto de vista político, contudo, a tática está fadada ao fracasso. É o próprio mandatário, afinal, quem promove a todo tempo a confusão entre o que diz respeito ao cargo e o interesse de sua família", diz o texto.
"Além disso, as agruras do hoje senador Flávio Bolsonaro quando deputado estadual no Rio de Janeiro trazem marcas de seu pai. No centro do caso está seu ex-assessor Fabrício Queiroz, figura que esteve ao lado do atual presidente da República desde os anos 1980. Segundo o Ministério Público do Rio, ele recebeu R$ 2 milhões de 13 colegas de então", lembra ainda o editorialista.
"Que as autoridades conduzam o caso com a devida tempestividade a partir de agora. Apenas explicações críveis e transparentes podem relegar o problema ao tamanho desejado por Bolsonaro", cobra o jornal da família Frias.


Queiroz ameaça clã Bolsonaro e se diz abandonado


Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, um dos principais implicados no esquema das rachadinhas e outras práticas de lavagem de dinheiro no gabinete do filho de Jair Bolsonaro quando era deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, tem enviado sinais ao Palácio do Planalto que soam como chantagem e amedrontam o clã do titular do Poder Executivo
Flávio e Queiroz
Flávio e Queiroz

247 -  O ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, se tornou uma espécie de fantasma que assombra o Palácio do Planalto. 
Queiroz faz questão de alimentar o medo na família presidencial, informa O Antagonista, que ressalta: "Manda recados ao clã e não esconde o temor quanto aos efeitos das investigações de um suposto esquema de 'rachid' na Assembleia Legislativa do Rio, a Alerj.   
O ex-assessor de Flávio sente-se abandonado por aqueles que um dia foram seus grandes amigos.   
O site relembra o áudio vazado em 26 de outubro, por meio da imprensa: “Eu não vejo ninguém mover nada para tentar me ajudar aí”.   
O protagonista do escândalo das rachadinhas e outras ilegalidades de Flávio Bolsonaro escancarou seus receios. “O MP está com uma pica do tamanho de um cometa para enterrar na gente e não vi ninguém agir”, disse ao interlocutor desconhecido.


Bolsonaro admite: há gravações que o envolvem com milicianos e que dizem que ele "pegava dinheiro"


Em entrevista à revista Veja, Bolsonaro tenta se antecipar a uma nova crise que ele qualifica de “a próxima encrenca": gravações de dois milicianos que o envolvem. "Tem vários diálogos falando que no passado eu participava das milícias, pegava dinheiro das milícias, e agora, presidente, não participo mais"
(Foto: Reprodução)

247 - Em entrevista à revista Veja, gravada no último domingo (15), Jair Bolsonaro admitiu que virão à luz em breve gravações que o envolvem com milicianos. “Pegaram dois milicianos, sei lá quem, conversando e a Polícia Civil gravando. Tem vários diálogos falando que no passado eu participava das milícias, pegava dinheiro das milícias, e agora, presidente, não participo mais — um papo de vagabundo”, disse Bolsonaro à revista. 
Com a revelação, ele tenta se antecipar e estourar o balão de outra crise de graves proporções que está prestes a estourar.
Ele voltou a atacar o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), de promover uma armação contra ele tendo em vista a disputa presidencial em 2022. Sem qualquer prova, Bolsonaro afirmou à revista que "o governador botou na cabeça que vai ser presidente e tem de me destruir. Depois da história do porteiro e das buscas na casa da minha ex-mulher, ele está preparando uma nova armação".
A deterioração da relação entre os dois líderes de extrema-direita chegou ao auge. "Recebo qualquer um dos governadores na hora que eles quiserem. O Witzel não. Se ele quiser falar comigo, vai ter de protocolar o pedido de audiência e dizer antes qual é o assunto”, disse Bolsonaro.