Ministério
Público avança nas investigações contra o clã e agora examina dos dados fiscais
da primeira-dama MIchelle Bolsonaro. Ela recebeu cheque de R$ 24 mil de
Fabrício Queiroz em sua conta. O caso envolve diretamente Jair Bolsonaro, que
afirma ser parte do pagamento de um empréstimo de R# 40 mil não comprovado até
hoje
O presidente Jair Bolsonaro, acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, no Palacio do Planalto. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil) |
247 com Forum - O famoso cheque de R$ 24 mil, que Fabrício Queiroz,
ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, quando este era deputado, depositou na
conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, não foi esquecido pelo Ministério
Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).
O órgão de
investigação está analisando os dados fiscais de Michelle, que foram repassados
depois da abertura de um procedimento fiscal, de acordo com informações da
coluna de Guilherme Amado, da revista Época -
das Organizações Globo.
Em 2018, quando o caso foi divulgado, a
esposa de Jair Bolsonaro declarou que se tratava do pagamento de um empréstimo.
O caso envolve diretamente Jair Bolsonaro. Ele tem dito que o cheque faz parte
do pagamento de um empréstimo de R$ 40 mil que ele teria feito a Queiroz, mas
não tem qualquer comprovação deste empréstimo. O assunto foi o mote dos ataques
homofóbicos que ele fez a jornalistas na entrada do Palácio do
Alvorada na última sexta-feira (20).
Em janeiro, Michelle foi investigada pela
Receita Federal, que abriu um procedimento para apurar as movimentações
financeiras dela e de 27 deputados estaduais do Rio de Janeiro e seus
assessores.
Coaf
A base para a investigação foi o relatório
do então Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que motivou a
atuação do Ministério Público contra Queiroz.
O depósito que o ex-assessor de Flávio
Bolsonaro fez na conta da primeira-dama era parte de uma movimentação
financeira considerada atípica pelo Coaf. Homem de confiança da família
Bolsonaro, o ex-assessor movimentou R$ 1,2 milhão no período de um ano, entre
2016 e 2017, e também R$ 5,8 milhões, entre 2014 e 2015.