Participaram do ato de lançamento as seis centrais
sindicais, movimentos populares e partidos políticos
Lançamento da Frente Popular e Parlamentar em defesa da Soberania Nacional aconteceu ontem (2) na Alep / Ana Carolina Caldas |
As empresas
públicas brasileiras estão na mira do governo federal desde Temer
(MDB). O avanço, agora, ocorre de forma mais agressiva, com Bolsonaro (sem
partido), que pretende privatizar dezenas delas até o fim do seu mandato.
Petrobras, Correios e Eletrobras são algumas que já estão na lista a serem
vendidas para empresas internacionais.
Contra
a venda do Brasil, movimentos populares, partidos políticos e as seis centrais
sindicais se uniram em uma ampla "Frente Parlamentar e Popular em
defesa da Soberania Nacional". No Paraná, a frente foi lançada, no dia 2
de dezembro, na Assembleia Legislativa.
Com o
objetivo de combater o modelo privatista que já vem trazendo desmonte do
Estado, a precarização dos trabalhos e serviços ofertados para a população, a
perda de direitos dos trabalhadores e o fim da soberania nacional, a Frente no
Paraná quer dialogar com os trabalhadores e a população em geral.
O
presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller, destacou a importância da presença e
unificação das centrais sindicais: “Que este seja o começo do trabalho de base
que é preciso fazer. Que possamos, além da conversa e mobilização da classe
trabalhadora, chegar na população que será a mais atingida por preços mais
altos e serviços precarizados”, disse.
O
plenário da Assembleia contou com a presença de vários trabalhadores de
diferentes áreas e empresas que estão na lista das privatizações.
O
deputado estadual Tadeu Veneri (PT), líder da oposição, destacou que tanto no
Paraná como no Brasil, há um projeto de desconstrução do serviço público. “Há
uma desconstrução daquilo que nos últimos 30, 40 anos foi visto como o
principal direito que a população tem: um serviço público de qualidade.
Infelizmente o que temos visto é um ataque diário contra este direito",
lamentou.
Plebiscito
Presidente
de honra da Frente Nacional em defesa da Soberania Nacional, o ex-senador
Roberto Requião (MDB), convocou todos a se unirem para derrotar o projeto
do liberalismo econômico. “O que esta Frente precisa ter como unificada é
a derrota do capitalismo financeiro, um projeto contra o liberalismo econômico
que traz como consequência a perda sistemática de direitos dos trabalhadores”,
disse.
Requião,
em sua fala, trouxe dados históricos da luta dos trabalhadores contra o
capitalismo. De acordo com ele, “Quando os direitos sociais ganham força,
o capitalismo financeiro se reorganiza para a revanche. Esta revanche acontece
a partir de três frentes: a precarização do Estado e o projeto de venda das
empresas, a precarização do parlamento com a financeirização das campanhas
eleitorais e parlamentares comprometidos com o dinheiro apenas, e, por último,
a precarização do trabalho, com a eliminação dos direitos dos trabalhadores”,
afirmou.
Como
alternativa, Requião defendeu o fortalecimento da Frente e a realização de um
plebiscito com um referendo de revogação de tudo o que foi feito pelos Governos
Temer e Bolsonaro contra a Soberania Nacional. “É preciso dizer aos empresários
que estão comprando concessões públicas que estes governos não estão
autorizados a fazer isso. E, suas campanhas eleitorais não disseram que
venderiam o Brasil e nem que liquidariam direitos dos trabalhadores. Defendo
que seja feito um plebiscito para revogar o que foi feito nos Governos Temer e
Bolsonaro”
Participaram
do Lançamento os deputados Goura (PDT), deputado Professor Lemos (PT), deputada
Luciana Rafagnin (PT), deputado Tadeu Veneri (PT), deputado Arilson Chiorato
(PT), deputado Requião Filho (MDB), e representantes dos partidos PT, PcdoB,
PSOL, da organização Consulta Popular, da Frente Brasil Popular e a Frente Povo
Sem Medo. Também estiveram presentes o Levante Pouplar da Juventude, o MAB, MST
e diversos sindicatos.
Edição:
Pedro Carrano
Fonte:
Brasil de Fato