quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Jornalista do Intercept resgata diálogos entre Gebran e Deltan na Vaza Jato


O jornalista Leandro Demori, do site Intercept Brasil, lembrou no Twitter a denúncia da Vaza Jato em que o relator da Lava Jato no TRF-4, João Pedro Gebran Neto, teve diversos diálogos impróprios com Deltan Dallagnol, que cita "encontros fortuitos" com o desembargador para negociar a condenação de réus
Leandro Demori
Leandro Demori (Foto: Alice Vergueiro/Abraji)

247 - O jornalista Leandro Demori, do site Intercept Brasil, que vem divulgando irregularidades da Operação Lava Jato, lembrou no Twitter, que, em julho deste ano, o Intercept Brasil e Veja denunciaram que  o relator da Operação Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), João Pedro Gebran Neto, teve diversos diálogos impróprios com procuradores do Ministério Público Federal (MPF). Em uma das conversas, o procurador Deltan Dallagnol cita "encontros fortuitos" com Gebran para negociar a condenação de réus.

"Falei com ele umas duas vezes, em encontros fortuitos, e ele mostrou preocupação em relação à prova de autoria sobre Assad…", afirmou Dallagnol ao procurador Carlos Augusto da Silva Cazarré, da força-tarefa da Procuradoria Regional da República da 4ª Região, que atua junto ao TRF4. 
O coordenador da força-tarefa em Curitiba cita Adir Assad, um dos operadores de propinas da Petrobrás e de governos estaduais. Assad foi condenado pelo então juiz Sergio Moro a nove anos e dez meses de prisão.
Dalla­gnol pediu ao colega que não comente com Gebran o episódio do encontro fortuito "para evitar ruído”. 
Na rede social, Demori também publicou uma sequência de posts para demonstrar a afinidade entre o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), e o ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça.
"Mais sobre Gebran Neto: é amigo de Sérgio Moro, de quem foi colega de mestrado na Universidade Federal do Paraná, no início dos anos 2000. Os dois foram orientados pelo mesmo professor, Clèmerson Merlin Clève", escreveu Demori.
"Na seção de agradecimentos do livro A Aplicação Imediata dos Direitos e Garantias Individuais, com base na sua tese de mestrado, Gebran descreve Moro como um 'homem culto e perspicaz'", complementou. 
O jornalista citou uma frase escrita por Gebran no livro. "Nossa afinidade e amizade só fizeram crescer nesse período, sendo certo que [Moro] colaborou decisivamente com sugestões e críticas para o resultado deste trabalho", disse o desembargador.
Demori lembrou que, "em outubro de 2016, os advogados de Lula ingressaram com um pedido no TRF4 para que o desembargador fosse substituído, já que é amigo de Moro". "O próprio Gebran julgou seu caso (e o rejeitou)", afirmou. "Em dezembro, o mérito da suspeição foi analisado de modo definitivo pelo TRF4, e negado por unanimidade".
Nesta quarta-feira (27), Gebran negou que Moro tenha agido com parcialidade na condução do processo contra o ex-presidente Lula no sítio em Atibaia e negou irregularidades no fato de a juíza Gabriela Hardt ter copiado e colado parte da decisão de Moro sobre o Triplex do Guarujá (SP).
Em sua decisão, o desembargador aumentou a pena de Lula para 17 anos, 1 mês e 10 dias de prisão. A pena em primeira instância, imposta por Gabriela Hardt, era de 12 anos e 11 meses de prisão (leia mais aqui).





TRF4 condena Lula em 2ª instância no caso do sítio e aumenta pena para 17 anos


Assim como no caso do triplex, os votos dos três desembargadores da 8ª Turma do Tribunal de Porto Alegre foi idêntico em relação ao aumento da pena, para 17 anos, 1 mês e 10 dias de prisão. A sentença era de 12 anos e 11 meses de prisão na primeira instância. Relator João Pedro Gebran foi quem deu a dosimetria, seguido por Leandro Paulsen e Thompson Flores

247 - O relator da Lava Jato no TRF-4, desembargador Gebran Neto, elevou a pena do ex-presidente Lula no caso do sítio de Atibaia para 17 anos, 1 mês e 10 dias de prisão. A pena em primeira instância, imposta pela juíza Gabriela Hardt, era de 12 anos e 11 meses de prisão.
Ele foi acompanhado pelo voto de Leandro Paulsen, já formando maioria pela elevação da pena, e em seguida pelo desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, terceiro e último integrante da 8ª Turma do TRF-4. 
Em seu voto, Gebran também manteve a condenação de Marcelo Odebrecht por corrupção passiva e ativa em crimes que envolvem a empreiteira e a de Lula por lavagem de dinheiro na parte do processo que trata da Odebrecht.
Preliminares negadas
Antes de seu voto, o desembargador negou todas as preliminares apresentadas pela defesa de Lula, incluindo a suspeição de Sergio Moro, a sentença 'copia e cola' de Gabriela Hardt, a inclusão do material da Vaza Jato e a mudança da ordem dos depoimentos dos réus.
“A premissa de conotação política é estranha ao processo”, argumentou Gebran, sobre a acusação de suspeição de Sergio Moro.
Em seguida, ele negou a existência de irregularidade no fato de a sentença da juíza Gabriela Hardt ser uma cópia da sentença de Moro relativa ao caso triplex. “Nenhum trecho de mérito segue reproduzido. São trechos meramente informativos típicos do relatório”, justificou.
O desembargador negou também irregularidades nas intenções do Ministério Público Federal quanto à destinação de dinheiro de multa paga pela Petrobras à Justiça americana e ainda a preliminar que pedia a anulação da condenação de Lula com base no novo entendimento do STF sobre a ordem das alegações finais quando há corréus delatados.
“Não comungo desse entendimento”, afirmou. “Me parece que o que fez o Supremo Tribunal Federal foi uma norma processual que só poderia valer com efeito ex nunc, jamais com efeito retroativo”, completou.
Sobre a inclusão da Vaza Jato, como ficou conhecida a série de reportagens do site The Intercept revelando conversas entre procuradores que cometeram diversas irregularidades durante a operação, disse que o material foi colhido ilegalmente, como "é sabido até pelas pedras".
Defesa disse ser 'inadmissível' sentença de Gabriela Hardt
Durante sustentação oral, o advogado Cristiano Zanin, que representa a defesa de Lula, criticou o método utilizado pela juíza Gabriela Hardt, que apenas copiou e colou a sentença de Sergio Moro para condenar Lula. 
“A douta juíza Gabriela Hardt aproveitou, sem qualquer referência, a sentença do juiz Sergio Moro, isso é inadmissível”, disse.
“Moro conduziu o processo com claros objetivos políticos. Basta observar onde está hoje o juiz Sergio Moro. Assumiu um cargo político depois de eleições em que o ex-presidente Lula foi impedido de concorrer”, acrescentou, sobre a preliminar apontando a suspeição de Moro.
Leia aqui o resumo da defesa apresentada ao TRF4 no caso do sítio de Atibaia.


Lula dispara na frente de Bolsonaro como o grande cabo eleitoral da cidade de SP, diz pesquisa


Pesquisa da Badra Comunicação na capital paulista apontou que o ex-presidente Lula influencia o voto de 38,51% dos eleitores. O número é superior a 10 pontos percentuais sobre a influência de Jair Bolsonaro (27,41%). O prefeito Bruno Covas (PSDB) lidera as intenções de votos, com 23,21%, em um dos cenários estimulados
(Foto: Reuters)
247 - Pesquisa realizada pela Badra Comunicação com 1.594 pessoas entre os dias 4 e 6 de novembro na capital paulista apontou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva influencia o voto de 38,51% dos eleitores, indagados se preferem votar em um candidato apoiado por quem. Jair Bolsonaro tem influência sobre o voto de 27,41% do eleitorado, e atual governador de São Paulo, João Dória (PSDB), foi citado por apenas 12,92% das pessoas que responderam ao levantamento. Os números foram divulgadas na Revista Forum.
No caso das intenções de votos, o atual prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), lidera com 6,27% dos votos na pesquisa espontânea e nas duas simulações de estimulada com 23,21% em um cenário sem Celso Russomano (PP) e 17,5% com ele.
Nas três ocasiões, o ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), fica em segundo lugar – com 4,14%, 19,25% e 16,31%, respectivamente -, seguido por candidatos do PT ou Russomano, no cenário em que ele é colocado como candidato. 

TRF4: Gebran Neto nega todos os pedidos da defesa de Lula no caso do sítio de Atibaia


Relator da Lava Jato no Tribunal de Porto Alegre (TRF-4), o desembargador João Pedro Gebran Neto manteve a sentença 'copia e cola' da juíza Gabriela Hardt, negou anulação do processo, a inclusão de conteúdo da Vaza Jato no caso e a suspeição de Sergio Moro
Desembargador João Pedro Gebran Neto e o ex-presidente Lula
Desembargador João Pedro Gebran Neto e o ex-presidente Lula
(Foto: Reprodução/vídeo)

247 - O desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), negou em julgamento realizado nesta quarta-feira 27 todas as preliminares apresentadas pelos advogados do ex-presidente Lula no caso do sítio de Atibaia.
Primeiramente, Gebran Neto negou os pedidos de suspeição feitos pela defesa de Lula do então juiz Sergio Moro. “A premissa de conotação política é estranha ao processo”, disse o desembargador.
Em seguida, ele negou a existência de irregularidade no fato de a sentença da juíza Gabriela Hardt ser uma cópia da sentença de Moro relativa ao caso triplex. “Nenhum trecho de mérito segue reproduzido. São trechos meramente informativos típicos do relatório”, justificou.
O desembargador negou também irregularidades nas intenções do Ministério Público Federal quanto à destinação de dinheiro de multa paga pela Petrobras à Justiça americana e ainda a preliminar que pedia a anulação da condenação de Lula com base no novo entendimento do STF sobre a ordem das alegações finais quando há corréus delatados.
“Não comungo desse entendimento”, afirmou. “Me parece que o que fez o Supremo Tribunal Federal foi uma norma processual que só poderia valer com efeito ex nunc, jamais com efeito retroativo”, completou.
Sobre a inclusão da Vaza Jato, como ficou conhecida a série de reportagens do site The Intercept revelando conversas entre procuradores que cometeram diversas irregularidades durante a operação, disse que o material foi colhido ilegalmente, como "é sabido até pelas pedras".


Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica premia 1.434 alunos da rede municipal de Apucarana


Uma grande festa na noite de ontem (26), no ginásio esportivo Lagoão, marcou a entrega das medalhas

A Prefeitura de Apucarana realizou, na noite de ontem (26), no ginásio esportivo Lagoão, a cerimônia de premiação dos alunos que se destacaram na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Na edição deste ano, as crianças da rede municipal de ensino conquistaram 1.434 medalhas no concurso, sendo 586 de ouro, 484 de prata e 364 de bronze.
“Foi uma festa digna do tamanho da conquista dos alunos da rede municipal, com expressiva participação das famílias. Cumprimento a secretária Marli Fernandes e aos diretores, coordenadores e professores das escolas pelo excelente trabalho que estão fazendo. A conquista de um número tão grande de medalhas significa que os investimentos que temos feito na educação têm alcançado os resultados esperados. Acredito sinceramente na formação de uma geração vencedora para o futuro de Apucarana”, disse o prefeito Júnior da Femac.
Cerca de 800 mil estudantes brasileiros submeteram-se à prova da OBA em 2019. A quantidade de premiados foi de 49.648 em âmbito nacional, 3.368 no Paraná e 1.434 em Apucarana. “Em outras palavras, nossos alunos são responsáveis por mais de 40% de todas as medalhas do estado,” assinala o prefeito.
A aluna Beatriz Carolina Tomaz Alves da Silva, do 4º ano, da Escola Municipal Professor Durval Pinto, conquistou uma medalha de prata. “Eu estou muito feliz porque é a primeira vez que sou premiada nessa olimpíada. Eu achei fáceis as questões sobre planetas, mas tinha algumas a respeito de satélites que estavam um pouco difíceis,” comentou.  As notas de corte da OBA foram: 9,0 para medalha de bronze, 9,4 para prata e 9,8 para ouro.
A secretária municipal de educação, Marli Fernandes, fez uma breve retrospectiva do desempenho das crianças apucaranenses nas últimas edições da olimpíada. “Os conteúdos de astronomia e astronáutica sempre despertam o interesse dos pequenos, por isso nós incentivamos a participação deles no concurso. Os nossos alunos ganharam 220 medalhas em 2014, 446 em 2015, 823 em 2016, 1.002 em 2017, 1.306 em 2018 e agora a surpreendente quantia de 1.434 em 2019” detalhou.
No ano passado, Apucarana foi a terceira cidade brasileira com o maior número de medalhas na OBA. “Nós ficamos atrás apenas das capitais dos estados de São Paulo e do Ceará,” lembrou a secretária.
Durante a cerimônia de ontem (26), Júnior da Femac ainda anunciou que os alunos da rede municipal (ensino básico) terão aulas de espanhol a partir do próximo ano. O inglês já é ensinado nas escolas desde 2014. “O Brasil faz fronteira com sete países que falam a língua espanhola e nossas relações comerciais são impulsionadas pelo Mercosul. Faz todo o sentido que as crianças aprendam esse idioma se quisermos profissionais bem preparados para o mercado de trabalho no futuro,” afirmou. Uma parceria entre a Prefeitura de Apucarana e a Universidade Estadual do Paraná (Unespar) foi firmada para viabilizar a implantação da disciplina no currículo dos anos iniciais do ensino fundamental.


Governo assina decreto para estudos de concessões de rodovias no PR

Rodovias - Acidentes - Paraná - Feriado
Geraldo Bubniak/AEN


Governo do Estado assinou, em conjunto com o Governo Federal, nesta terça-feira (26), um decreto para a criação de um grupo de trabalho que vai estudar o novo modelo de concessão de rodovias do estado. Essa é a segunda etapa do processo de análise do projeto, que foi anunciado em agosto. O custo dos estudos é de R$ 62 milhões, pagos pelo Governo Federal. Somente após esse processo é que os editais serão formalizados.
Serão quatro mil e cem quilômetros de rodovias estaduais licitadas dentro do novo pacote de concessões que o governo federal deve lançar em 2021. Além das rodovias federais que formam o Anel de Integração, com total de 2.500 quilômetros, que terão uma nova licitação, a União vai licitar a concessão das estradas estaduais.
O secretário nacional de Transportes e Terrestres, Marcello da Costa Vieira, explica o que já foi feito até aqui e o que está por vir. “Um primeiro estudo para definir qual o escopo do projeto, quais as rodovias entrarão no projeto. O projeto de concessão de rodovias é um projeto longo, que leva dois anos”, disse.
A concessão das rodovias estaduais foi um pedido feito pelo governo do estado. Foram incluídas no processo a PR-092, no norte pioneiro, a PR-323, no Noroeste, e a PR-280, na região sudoeste, além de abranger os trechos paranaenses das BRs 163, 153 e 476.
A expectativa, segundo Vieira, é no próximo ano desenvolver os estudos de engenharia e de viabilidade do modelo de concessão. “O que a gente vai fazer é uma análise do tráfego atual, projetar esse tráfego para o período de projeto e verificar todas as interferências e melhorias que tem que fazer na rodovia”, garantiu.
A concessão de rodovias paranaenses foi alvo da Operação Integração – braço da Operação Lava Jato – por fraudes nos contratos. São investigados os crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A questão do pedágio também foi alvo de investigação em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa.
De acordo com o Secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex, o objetivo é não repetir os erros de governos passados e reduzir a tarifa, considerada abusiva. “Estamos combinando rodovias estaduais e federais, que é um modelo único em um super lote com mais de 4 mil quilômetros. Onde nós queremos repetir os erros, corrigir o que a população entende como equivocado e fazer um projeto onde usuário vai pagar menos tarifa”, afirmou.
As empresas que vencerem a licitação vão assumir os trechos que atualmente são administrados pelas concessionárias Ecovia, Ecocataratas, Caminhos do Paraná, Econorte, Viapar e Rodonorte. Pelo contrato atual, assinado em 1997, as concessões acabam em novembro de 2021.
O polígono geométrico interliga Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, Cascavel, Foz do Iguaçu, Campo Mourão, Maringá, Paranavaí, Londrina e Paranaguá.
Fonte: paranaportal

Gleisi: ‘Estão fazendo uma narrativa para justificar depois a repressão’


"Para implantar essas medidas que eles querem, é só com repressão mesmo porque o povo não vai aceitar", diz a presidente nacional do PT, ao falar sobre as ameaças de um novo AI-5
(Foto: Divulgação)

Da Rede Brasil Atual – Recém reeleita presidenta do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) não tem dúvida de que o governo Bolsonaro se prepara para reprimir com violência a população brasileira que sair às ruas para se manifestar contra as medidas neoliberais que têm sido implementadas no país. Os sinais são muitos, como a proposta do excludente de ilicitude para policiais que atuarem em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e as frequentes referências ao Ato Institucional 5 (AI-5).
Gleisi acredita que a povo não aguentará as medidas econômicas que promovem retirada de direitos que estão sendo feitas, porém, avalia que está em curso a construção de uma narrativa de que possíveis manifestações serão responsabilidade do PT e da esquerda brasileira.
“A reação não é por que o PT ‘incendeia’ ou incentiva, como querem alguns, é por causa da realidade do povo brasileiro que perde seus direitos, está desempregado, perde renda, a volta da fome no Brasil. É um conjunto de medidas que vai levar o povo a protestar, não tem jeito”, aponta a deputada, em entrevista aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria, na Rádio Brasil Atual. “Estão fazendo essa narrativa pra justificar depois a repressão. Para implantar essas medidas que eles querem, é só com repressão mesmo, porque o povo não vai aceitar. Então estão se antecipando para justificar o que vão fazer.”

Eleições

Sobre as eleições municipais de 2020, Gleisi Hoffmann afirma que a decisão tomada pelo PT em seu último congresso nacional é de que o partido deve ter candidato próprio na maioria dos municípios em que isso for possível. Segundo a deputada federal, o pleito permitirá com que o partido faça a sua defesa, apresente seu legado e um projeto de país. “Para nós, que fomos vítimas de todo esse processo de perseguição, disputar a eleição é importante nesse sentido. Achamos que essas eleições terão um componente nacional muito forte.” Por outro lado, a deputada confirmou que há conversas de aliança com outros partidos do campo progressista e citou como exemplo as pré-candidaturas de Manuel D’Ávila (PCdoB), em Porto Alegre, e Marcelo Freixo (Psol), no Rio de Janeiro.
Gleisi afirma que uma das diretrizes do partido para os próximos anos é fazer uma “oposição sistemática e contundente” contra o governo de Bolsonaro e as políticas de “desestruturação” do Estado brasileiro nas áreas econômica e social. “Tudo isso é um desserviço para o país, e é contra isso que a gente tem que se colocar de forma muito firme”, destacou.
A parlamentar pondera sobre a importância de dialogar com a parcela da população que está desacreditada da política. “O Bolsonaro é resultado da antipolítica.” Em sua avaliação, a direita agiu para desacreditar a política como forma de atingir o PT, e a extrema direita, representada por Bolsonaro, se aproveitou da situação. “Recuperar isso faz parte de um processo de conversa com a população”, diz ela, enfatizando que a população já começou a perceber que houve um golpe para tirar o PT do governo e tem sofrido com o desemprego e a falta de renda. “Acho que a conjuntura começa a mudar e as pessoas começam a nos ouvir novamente. “O povo já nos conhece, já governamos e o povo já viveu melhor. Temos que reforçar isso para a população brasileira.”
Fonte: Brasil 247


TRF-4 deve devolver caso contra Lula do sítio de Atibaia para fase de alegações finais


O Tribunal Regional Federal da 4ª Região decide nesta quarta (27) sobre o caso do sítio de Atibaia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa é que o processo seja remetido para a fase de alegações finais. É possível que a corte anule neste julgamento a sentença de Gabriela Hardt, sem julgar o mérito dos recursos das defesas, devido a uma recente decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a ordem de fala de delatores e delatados em processos na primeira instância
(Foto: Lula sítio Atibaia)

247 - A sentença contra o ex-presidente Lula no caso do sítio de Atibaia pode ser refeita.
Os três desembargadores da 8ª Turma irão avaliar se, com base em decisões do STF (Supremo Tribunal Federal), a última etapa da ação penal —em que os réus dão seus argumentos antes da sentença (as alegações finais)— deve ser refeita. 
Caso o TRF-4 decida que a sentença deverá ser refeita, o processo voltará à 13ª Vara Federal em Curitiba e retornará à etapa de alegações finais. Neste caso, a condenação de Lula a mais de 12 anos de prisão seria anulada. 
É possível que a corte anule neste julgamento a sentença de Gabriela Hardt, sem julgar o mérito dos recursos das defesas, devido a uma recente decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a ordem de fala de delatores e delatados em processos na primeira instância, informa o jornalista Felipe Bächtold na Folha de S.Paulo.  
Antes de apresentar suas considerações finais na ação penal, no fim do ano passado, a defesa de Lula pediu para se manifestar apenas após réus delatores, que haviam feito acusações contra o petista.  A juíza negou à época essa solicitação, mas em outubro deste ano o Supremo reconheceu que esse benefício é necessário para assegurar a ampla defesa a réus que não fecharam acordo de colaboração. 


Temer confirma que o golpe foi vingança de Eduardo Cunha contra o PT


Michel Temer, que chegou ao poder com um golpe, fez referência ao fato de o PT ter votado pela continuidade do processo de cassação do mandato de Eduardo Cunha (MDB-RJ) no Conselho de Ética da Câmara, em 2015. “Um equívoco do PT, eu penso que se o PT tivesse votado com ele [Cunha] naquela comissão, ele estava com boa vontade para eliminar o impedimento”, disse

247 - Michel Temer confirmou que o impeachment de Dilma Rousseff em 2016 foi uma vingança do então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB-RJ), atualmente preso, contra o Partido dos Trabalhadores. A legenda votou a favor da continuidade do processo de cassação do mandato dele Conselho de Ética da Câmara, em dezembro de 2015. 
“Um equívoco do PT, eu penso que se o PT tivesse votado com ele [Cunha] naquela comissão, ele estava com boa vontade para eliminar o impedimento”, afirmou Temer em entrevista a Andreia Sadi, que vai ao ar na noite desta quarta-feira (27) na GloboNews.
Dilma foi inocentada tanto pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) como pela perícia do Senado. 
A então presidente foi acusada de ter cometido as chamadas pedaladas fiscais, quando o Tesouro Nacional atrasa o repasse de dinheiro ao banco público para fechar as contas do superávit primário. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) proíbe operação de crédito entre as duas partes, mas as operações aconteceram entre o Banco do Brasil e os beneficiários do Plano Safra.


terça-feira, 26 de novembro de 2019

Caminhoneiros ameaçam entrar na greve dos petroleiros


Grupos de caminhoneiros tentam convencer a categoria como um todo a aproveitar a oportunidade para também cruzar os braços e pressionar o governo Bolsonaro pela revisão da tabela de frete, aproveitando o segundo dia de paralisação dos petroleiros
(Foto: Reuters)
247 - Grupos de caminhoneiros tentam convencer a categoria a aderir à greve dos petroleiros, que estão de braços cruzados deste esta segunda-feira 25. A ideia seria aproveitar a oportunidade para também paralisar e pressionar o governo Bolsonaro pela revisão da tabela de frete.
Reportagem publicada no jornal O Estado de S.Paulo aponta que a FUP e a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), no entanto, negaram oficialmente qualquer aproximação entre petroleiros e caminhoneiros em nome de uma mobilização conjunta. 
Os jornalistas apuraram que "o tema foi realmente ventilado em grupo de whatsapp do qual participam representantes sindicais, mas é grande a resistência dos que não querem politizar as discussões com o governo".
O primeiro dia da greve dos petroleiros deve pontos de doações de sangue – ontem foi dia nacional do doador – e cortes de turno em unidades. Este foi o primeiro de cinco dias de greve, que segundo a FUP, federação da categoria, visa a alertar para os riscos da política de demissões e de transferência de pessoal implementada pela atual direção da Petrobras. 
De acordo com a entidade, a mobilização não desrespeita decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que no sábado concedeu liminar à empresa proibindo a paralisação.


MPPR denuncia Beto Richa, desta vez por lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça

(Foto: Geraldo Bubniak)


O Ministério Público do Paraná, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ofereceu denúncia criminal por lavagem de dinheiro contra o ex-governador do Paraná Beto Richa nas gestões 2011 a 2014 e 2015 a 2018. Também foram denunciados pelo mesmo crime a esposa, Fernanda Richa, e um dos filhos do ex-governador, André Richa, além do contador da família, Dirceu Pupo Ferreira.
Os fatos denunciados referem-se à aquisição de um conjunto de salas comerciais no Centro Cívico, em Curitiba, no ano de 2013, por parte do ex-governador e seus familiares – imóveis esses colocados em nome da empresa que concentra o patrimônio da família. Parte do pagamento teria ocorrido com a utilização de valores recebidos como propina de construtoras investigadas no âmbito da Operação Quadro Negro, que apura desvios de verbas destinadas à construção e reformas de escolas no estado.
Segundo a denúncia, protocolada em 13 de novembro na 9ª Vara Criminal da capital, a compra das salas custou R$ 2,2 milhões. Parte deste valor (R$ 830 mil) foi paga ao vendedor em dinheiro, de forma dissimulada, enquanto um imóvel dado em pagamento por parte dos compradores foi superavaliado na tentativa de também ocultar pagamento em espécie e sua origem ilícita.
O ex-governador, a ex-primeira-dama e o contador também foram denunciados por obstrução da justiça, porque teriam, em agosto de 2018, tentado influenciar o corretor de imóveis que intermediou o negócio a esconder a existência daquele pagamento, caso viesse a ser procurado pelas autoridades. A denúncia foi recebida pela 9ª Vara Criminal de Curitiba na última sexta-feira, 22 de novembro.
Fonte: Bem Paraná

Justiça bloqueia R$ 124 milhões de Rossoni por contratação de 'fantasmas'

Rossoni: defesa de tucano nega acusações do MP
Rossoni: defesa de tucano nega acusações do MP (Foto: Sandro Nascimento/Alep)


A juíza da 5ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, Patrícia de Almeida Gomes Bergonse, determinou o bloqueio de R$ 124 milhões em bens do ex-presidente da Assembleia Legislativa, ex-deputado Valdir Rossoni (PSDB), em ação do Ministério Público estadual em que ele é acusado de contratar funcionários “fantasmas”. A decisão também atinge uma ex-assessora do tucano, Edinê Vianna, que segundo a acusação do MP, teria participado do esquema.
Na denúncia, o MP aponta que, com auxílio dessa assessora, o então deputado teria nomeado, entre 1992 e 2010, para cargos comissionados no seu gabinete pessoas que sequer sabiam que haviam sido nomeadas, familiares da servidora que não exerciam efetivamente o cargo e outras pessoas que não prestavam serviço ao Legislativo. Segundo a promotoria, teriam sido identificados ao menos 12 servidores nessa situação. O objetivo seria desviar os salários desses funcionários.
Leia mais no blog Política em Debate
Fonte: Bem Paraná


Paraná registra primeiro óbito por dengue do novo período epidemiológico

Foto: Reprodução/Sesa-PR)


O Paraná registrou o primeiro óbito por dengue no período epidemiológico. A morte foi registrada no município de Nova Cantu, localizado na região Centro-Oeste do Estado. Uma mulher de 31 anos, apresentando quadro de anemia crônica, como fator de risco. O óbito foi registrado no dia 17 de novembro. O novo período epidemiológico começou em agosto deste ano e segue até julho de 2020.
“A situação da dengue no Paraná é grave e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta a toda a população para que adote urgentemente as medidas preventivas da doença, com uma verificação detalhada nos quintais, terrenos e ambientes internos das residências, eliminando os pontos que acumulam água parada, que podem se transformar em criadouros do mosquito da dengue. A maioria dos focos do mosquito está em ambientes domiciliares e precisamos de uma ação urgente de toda a sociedade no combate ao mosquito. Dengue mata”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
O boletim semanal da dengue divulgado nesta terça-feira (26) pela Sesa registra 330 novos casos confirmados. Deste total, 135 foram apontados no município de Nova Cantu; 78 em Quinta do Sol, na mesma região, e 25 em Cianorte, no Noroeste do Estado.
Do início deste período epidemiológico, em 28 de julho, até agora, o Paraná soma 1.564 casos confirmados. Na semana passada eram 1.234; o aumento foi de 26,7%.
São 1.194 casos de dengue adquiridos na cidade de residência, chamados de casos autóctones. E, 29 casos são “importados”, que significa que a pessoa contraiu a doença fora da cidade onde reside.
Alerta – Dez municípios estão em situação de alerta para a dengue: Lindoeste, Juranda, Douradina, Indianópolis, São Carlos do Ivaí, Flórida, Munhoz de Mello, Florestópolis, Leópolis e Uraí.
E sete municípios já estão no patamar de epidemia: Nova Cantu, Quinta do Sol, Inajá, Santa Isabel do Ivaí, Ângulo, Floraí e Uniflor.
As 22 Regionais de Saúde do Estado registram notificações para a dengue, totalizando 11.308 no período monitorado.
Chikungunya – O Estado registra nesta semana mais um caso de chikungunya, em Toledo. É um caso “importado”; a paciente de 23 anos contraiu a doença na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. O caso evoluiu para cura e a mulher passa bem.
São cinco casos de chikungunya no Paraná. Os outros casos foram registrados em Araucária, Curitiba, Foz do Iguaçu e Maringá. Todos são importados, ou seja, não foram adquiridos na cidade de residência do infectado.
Orientação – O Governo do Paraná e a Secretaria de Estado da Saúde desenvolvem várias ações de combate à dengue em parceria com os municípios e orienta sobre os perigos da dengue, em campanha veiculada em todo o Estado. “O recado principal é que a dengue mata e que a eliminação de criadouros do mosquito “Aedes Aegypti”, transmissor da doença, depende da participação de todos nós, não deixando acumular água parada. Os locais mais comuns para a formação de criadouros ainda são os pratinhos de vasos de plantas, pneus, garrafas, ralos, calhas, lajes, entulhos, lixeiras e coletor de água das geladeiras e ar condicionado”, destaca Ronaldo Trevisan, da Coordenadoria de Vigilância Ambiental da Sesa.
“Além destes pontos, é preciso também uma vistoria minuciosa nas caixas d´água, cisternas e poços, tonéis e depósitos de água e, inclusive, nas falhas de reboco das paredes, muros e fossas. Tudo deve ser mantido limpo e fechado para não se transformar em criadouro. Temos que acabar com esta situação endêmica no Paraná e evitar óbitos. O verão começa no mês que vem e o número de pessoas doentes pode aumentar em todas as regiões caso as medidas preventivas não sejam adotadas pela população”, complementa Ronaldo Trevisan.
Período anterior – No período anterior, de julho de 2018 a julho de 2019, o Paraná totalizou 22.946 casos confirmados dengue e 23 óbitos. Os óbitos foram registrados em Londrina (9), Cascavel (4), Paranavaí (3), Foz do Iguaçu (3), Maringá (2), Campo Mourão (1) e Cornélio Procópio (1).
Fonte: Bem Paraná

STF dá 15 dias para PGR se manifestar sobre Bolsonaro no caso Marielle


Ministro do STF Alexandre de Moraes deu um prazo de 15 dias para que a PGR se manifeste em dois pedidos para que Jair Bolsonaro e o filho dele, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC), sejam investigados por suposta obstrução de Justiça nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco
Ministro do STF Alexandre de Moraes
Ministro do STF Alexandre de Moraes (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

Reuters - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de 15 dias para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste em dois pedidos para que o presidente Jair Bolsonaro e o filho dele, o vereador no Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), sejam investigados por suposta obstrução de Justiça nas investigações a respeito do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) no ano passado.
“Abra-se vista à Procuradoria-Geral da República para que se manifeste no prazo de 15 dias”, disse Moraes em despacho publicado nesta terça.
Os pedidos apresentados pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo PT têm como base o fato de Carlos Bolsonaro ter dito que acessou as gravações da portaria no condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde mora um dos acusados do assassinato da vereadora.
Um porteiro do condomínio —onde Bolsonaro e seu filho também têm casa— disse inicialmente à Polícia Civil que “seu Jair” autorizou, no dia 14 de março de 2018, a entrada do ex-policial militar Élcio de Queiroz no local. Élcio e o policial reformado Ronnie Lessa, também morador do condomínio, respondem pelo assassinato da vereadora.
O presidente, contudo, não estava no local no dia da morte de Marielle —estava na Câmara dos Deputados, em Brasília. Posteriormente, o porteiro recuou de seu depoimento inicial e disse ter se enganado.
Reportagem de Ricardo Brito