quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Parlamentares cobram retirada de invasores da embaixada após recuo de Bolsonaro


Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Glauber Braga (PSOL-RJ) e a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-RJ) disseram ter cobrado do representante do Itamaraty no local, Mauricio Correia, a retirada dos invasores pró Juan Guaidó da Embaixada da Venezuela, após o governo Bolsonaro classificar o ato como invasão. "Ele tem a obrigação de dar consequência à posição pública do presidente da República", disse o deputado Paulo Pimenta

247 - Em vídeo de dentro da embaixada venezuelana, os deputados Paulo Pimenta (PT-RS), Glauber Braga (PSOL-RJ) e a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-RJ) disseram nesta quarta-feira, 13, que cobraram do Itamaraty a retirada imediata dos invasores ligados a Juan Guaidó da Embaixada da Venezuela, depois que o governo de Jair Bolsonaro classificou como invasão a entrada no local.
Pimenta, Glauber e Sâmia disseram ter se reunido com o chefe da Coordenação-Geral de Privilégios e Imunidades do Ministério das Relações Exteriores, Maurício Correia, e cobrado que adote medidas imediatas para a retirada dos invasores da embaixada. 
"Nós solicitamos, que diante da manifestação pública do Presidente da República, ele como Itamaraty, que até então vinha justificando a sua postura de total apatia, tem a obrigação de dar consequência à posição pública do presidente da República", disse o deputado Paulo Pimenta. 
O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) afirmou mais cedo que nenhum parlamentar da oposição ao governo de Jair Bolsonaro deixará a Embaixada da Venezuela em Brasília enquanto os invasores aliados do presidente autoproclamado Juan Guaidó não deixarem o local. 
"Só há um desfecho possível: a saída dos invasores. Nós só vamos sair daqui com a saída dos invasores", afirmou Glauber. Cerca 15 homens que invadiram a Embaixada nesta quarta-feira (10) permanecem na representação diplomática.  

Parlamentares @glauber_braga, @deputadofederal Paulo Pimenta e @samiabomfim, que acompanharam a resistência à invasão na embaixada da Venezuela por apoiadores de Juan Guaidó comentam como foi conversa com o governo e Itamaraty.

O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) também fez denúncia similar nas redes sociais, ressaltando que Bolsonaro classificou a ação como uma invasão ilegal, mas não fez nada na prática para a política desocupar. O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) postou foto da Cavalaria, que chegou ao local, com a permanência do impasse.
No momento está estabilizada a situação caótica da invasão da embaixada da Venezuela. Bolsonaro declarou que a ocupação é ilegal mas não fez nada na prática para a polícia desocupar. Não há comando do Itamaraty e nem do presidente para a polícia entrar. 
  


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Recuo de Bolsonaro sobre invasão de embaixada surpreende Guaidó


Pressão internacional que levou o governo Jair Bolsonaro a condenar oficialmente a invasão da embaixada da Venezuela em Brasília por opositores do governo Nicolás Maduro levou interlocutores brasileiros a aconselharem o autoproclamado presidente, Juan Guaidó, a manter distância dos invasores


(Foto: Sputnik / Ana Cubillos)



247 - A reação internacional que levou o governo Jair Bolsonaro a condenar oficialmente a invasão da embaixada da Venezuela em Brasília por opositores do governo Nicolás Maduro pegou de surpresa o autoproclamado presidente do país, Juan Guaidó. De acordo com o blog do jornalista Guilherme Amado, Guaidó foi aconselhado por interlocutores brasileiros a manter distância dos apoiadores que ocupam a embaixada venezuelana desde o início da manhã desta quarta-feira (13). 
“O movimento de ocupação de embaixadas da Venezuela ao redor do mundo tem ligação com Guaidó, e ele não esperava que o governo brasileiro fosse ter a reação que teve, condenando a invasão — como a nota emitida pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que falou em "invasão" e pregou a retirada do grupo”, diz o texto da reportagem. 

Governo da Venezuela reage à invasão: Bolsonaro é responsável pelos desdobramentos


O governo venezuelano reagiu à invasão de sua embaixada em Brasília por milicianos neofascistas na madrugada desta quarta, responsabilizando o governo Bolsonaro pela segurança do corpo diplomático e funcionários. O episódio é uma das maiores vergonhas da história do Itamaraty, com repercussão mundial

247 - O ministro das Relações Exteriores da Venezuela,  Jorge Arreaza, afirmou que o governo Bolsonaro é responsável pela segurança da equipe diplomática e pelas instalações da sede da embaixada venezuelana em Brasília invadida na madrugada desta quarta-feira (13) por milicianos neofascistas.
"Denunciamos que as instalações da nossa embaixada em Brasília foram invadidas pela força no início da manhã. Responsabilizamos o governo do Brasil pela segurança de nossa equipe e instalações. Exigimos respeito pela Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas ”, escreveu Arreaza no Twitter.
O chanceler ainda desmentiu a versão falsa divulgada pelos invasores e pela mídia conservadora: "A versão da direita violenta sobre deserções é absolutamente falsa".
Ele distribuiu um vídeo no qual o encarregado de Negócios da embaixada denuncia o ataque e a invasão. O deputado federal Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, convocado pelos diplomatas para ir à embaixada, aparece no vídeo.




ONU diz que Brasil deve proteger embaixada, mas governo Bolsonaro não toma nenhuma medida


Após a invasão da Embaixada da Venezuela em Brasília, a ONU emitiu alerta em que reafirma que "todos os estados membros são responsáveis pela segurança das embaixadas e dos funcionários diplomáticos em seus países". Mas até agora o governo Jair Bolsonaro não tomou nenhuma medida efetiva, apenas diz que não reconhece a ação dos invasores

247 - Em alerta emitido após a invasão da embaixada venezuelana em Brasília, a Organização das Nações Unidas (ONU) enfatiza que todos os países têm a responsabilidade de proteger embaixadas estrangeiras em seus territórios.
Em resposta ao blog do colunista Jamil Chade, a ONU alerta que "todos os estados membros são responsáveis pela segurança das embaixadas e dos funcionários diplomáticos em seus países, em linha com a Convenção de Viena".
Mas o governo de Jair Bolsonaro não tomou nenhuma medida. Em um vídeo que circula nas redes sociais, Policiais Militares estão dentro da embaixada dizem que não têm orientação do governo brasileiro sobre o que fazer diante da invasão do escritório diplomático.
Um enviado do Itamaraty ao local, identificado como Maurício Correia, também tem evitado declarar e informar aos policiais o posicionamento do governo.
Nas redes sociais, o governo de Jair Bolsonaro disse que não reconhecia a invasão e que não havia sido informado, mas afirmou que tomaria "as medidas necessárias para resguardar a ordem". No entanto, a postagem no Facebook foi apagada cerca de uma hora depois. Mais tarde, Bolsonaro publicou em sua página no Twitter: "Diante dos eventos ocorridos na Embaixada da Venezuela, repudiamos a interferência de atores externos. Estamos tomando as medidas necessárias para resguardar a ordem pública e evitar atos de violência, em conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas".

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado pelo general Augusto Heleno, emitiu nota. "Como sempre, há indivíduos inescrupulosos e levianos que querem tirar proveito dos acontecimentos para gerar desordem e instabilidade; o presidente da República jamais tomou conhecimento e, muito menos, incentivou a invasão da Embaixada da Venezuela", diz a nota.
Diplomatas nacionais e mesmo da região demonstraram preocupação sobre o impacto que a ação poderia ter se não for condenada pelo governo de Jair Bolsonaro. "Podemos estar vendo o início de uma crise muito maior", alertou um diplomata andino, na condição de anonimato ao jornalista Jamil Chade.


Tuíte de jornalista no dia do assassinato de Marielle diz que Bolsonaro voltou mais cedo para o Rio

A jornalista Thais Bilenky fez uma postagem no Twitter, no dia 14 de março de 2018, informando que Jair Bolsonaro tinha voltado para o Rio. Naquela data ocorreu o assassinato de Marielle Franco (PSOL). A postagem revela uma contradição de Bolsonaro. Após ter seu nome citado no caso, ele afirmou em uma live que estava cumprindo agenda em Brasília

247 - A jornalista Thais Bilenky fez uma postagem no Twitter, no dia 14 de março de 2018, informando que Jair Bolsonaro tinha voltado para o Rio de Janeiro. Naquela data ocorreu o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL). “Bolsonaro teve uma intoxicação alimentar, passou mal e, nos últimos dois dias, precisou reduzir bem o ritmo da agenda. Até voltou mais cedo (hoje) pro Rio. Disse a sua assessoria”, diz o texto, publicado às 12h28 do dia 14 de março de 2018. 
A postagem revela uma contradição de Bolsonaro. Após uma reportagem do Jornal Nacional citá-lo no caso, ele afirmou em uma live que estava cumprindo agenda em Brasília (DF). 
O policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de ter autor dos disparos, mora no mesmo condomínio de Bolsonaro, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense. O também militar Elco de Queiroz dirigia o carro usado para cometer o crime. Horas antes, ele tinha ido ao condomínio Vivendas da Barra para pegar Lessa. 
De acordo com matéria do JN porteiro do condomínio afirmou à polícia que, horas antes do assassinato, Élcio entrou no local e disse que iria para a casa do então deputado Jair Bolsonaro. Os registros de presença da Câmara dos Deputados mostram que o então parlamentar estava em Brasília no dia.
O porteiro que prestou depoimento e anotou no livro o número 58 não é o mesmo que fala com o PM reformado Ronnie Lessa (dono da casa 65) no áudio divulgado pelo vereador Carlos Bolsonaro, do PSC-RJ (veja aqui).



MP acaba com obrigatoriedade de registro de jornalista, químico e publicitário


No pacote de medidas de trabalho estabelecido na criação da medida provisória que cria o programa Verde Amarelo, o governo do presidente Jair Bolsonaro aproveitou para revogar dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Entre os artigos revogados, estão os que estabelecem a exigência de registro profissional de jornalistas, publicitários, radialistas, químicos, arquivistas e até guardador e lavador de veículos.
Em relação ao registro profissional de jornalista, a Medida Provisória acaba ainda com a exigência legal de diploma de jornalismo para o exercício de algumas funções. A medida ainda revoga leis que regulamentam o exercício de profissões como corretor de seguro e guardador e lavador de carros – uma lei de 1975 exigia o registro na Delegacia Regional do Trabalho para guardar e lavar veículos automotores.” (De O Estadão).

Justiça nega recurso de Rossoni contra acusação de improbidade administrativa na Quadro Negro


Contraponto

O Tribunal de Justiça do Paraná negou, nesta terça-feira (12), recurso da defesa do ex-deputado federal Valdir Rossoni (PSDB), em ação da Operação Quadro Negro, que apura um desvio milionário de obras de construção e reforma de escolas públicas do estado.
No recurso, a defesa de Rossoni alegou que não há provas que indiquem crime de improbidade administrativa – que é o mau uso do dinheiro público. O ex-parlamentar responde a 11 ações judiciais.
O recurso da defesa de Rossoni na Quadro Negro foi negado por unanimidade pelos desembargadores da 5ª Câmara Civil.
No processo, o ex-deputado é acusado de receber propina para favorecer a Construtora Valor em licitações no município de Bituruna, reduto eleitoral dele.
Em uma outra ação da Quadro Negro, Rossoni também é acusado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) de participação em um esquema de pagamento de aditivos – que aumentaram ainda mais os valores pagos por obras que não foram feitas. A Justiça determinou bloqueio de bens do ex-deputado no valor de R$ 4 milhões.
Rossoni foi deputado estadual por 24 anos, e presidiu a Assembleia Legislativa do Paraná de 2011 a 2014. Em 2015, ele assumiu o cargo de deputado federal e foi chefe da Casa Civil do governo de Beto Richa.
Em 2018, Rossoni tentou reeleição, mas não conseguiu. Ele é o primeiro suplente do deputado Boca Aberta (Pros) na Câmara Federal.
A defesa do ex-deputado Valdir Rossoni disse que apresentou defesa em todas as ações e que não há decisão definitiva em nenhuma delas. A defesa afirma ainda que acredita que todas as ações serão arquivadas.
Altair Daru disse que nunca participou da nomeação de quem quer que seja e que jamais teve poder para nomear ninguém na Assembleia.
A Assembleia Legislativa do Paraná informou que não vai se manifestar.
(Do G1 Paraná).



terça-feira, 12 de novembro de 2019

Marco Aurélio: PEC da 2ª instância é tentativa de ultrapassar decisão do Supremo

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, criticou nesta terça-feira, 12, a possibilidade de parlamentares aprovarem uma proposta no Congresso autorizando a prisão após condenação em segunda instância. Na semana passada, por um placar apertado de 6 a 5, o STF derrubou a execução provisória de pena, como a prisão, após condenação em segunda instância, o que abriu caminho para a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), réu da Lava Jato.
"Primeiro, seria uma tentativa de ultrapassar a decisão do Supremo. E, em segundo lugar, teríamos que examinar se essa nova redação é harmônica ou não com a cláusula constitucional do artigo 5.º ('ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória'), que advém do poder constituinte originário", comentou o ministro.
Indagado se não caberia uma proposta de emenda constitucional, Marco Aurélio foi categórico: "Não, a Constituição não. Muito menos projeto de lei."
Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), adotaram nesta terça-feira cautela em relação a uma proposta para autorizar a prisão após condenação em segunda instância.
Comissões das duas Casas discutem textos com esses conteúdos. Maia e Alcolumbre são pressionados a pautar o tema no plenário.
"Precisamos cobrar do Judiciário celeridade, porque a falta de celeridade do Judiciário joga uma pressão no Legislativo para um debate que precisa ser feito, mas com muito cuidado", disse Maia durante sessão de promulgação da reforma da Previdência, ao fazer referências a propostas em discussão no Congresso.
Em entrevista ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Maia afirmou que a proposta em discussão na Câmara era inconstitucional, o que provocou o anúncio de alterações no texto. Nesta terça-feira, ele classificou a Constituição como sagrada. "A nossa Constituição é sagrada. Naqueles pontos que não podem ser modificados, deveríamos respeitá-la", declarou, citando o exemplo do presidente do Chile, Sebastian Piñera. "Quando ele culpou a política pela sua crise, ele vive a maior crise que o Chile vive desde a ditadura militar."
Recado
Depois do julgamento sobre a execução antecipada de pena, concluído na última quinta-feira, 7, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, frisou que o Congresso tem autonomia para mudar o entendimento da Corte sobre o marco para a prisão.
"Deixei claro no meu voto, que foi o último voto, que o Parlamento pode alterar esse dispositivo (do Código de Processo Penal), essa é a posição. O Parlamento tem autonomia para dizer esse momento de eventual prisão em razão de condenação", disse Toffoli, em breve coletiva concedida a jornalistas após aquela sessão.
Coube ao presidente do Supremo dar o voto decisivo que definiu o placar.
Fonte: Bem Paraná

Assembleia aprova novas regras para gastos de deputados, com diárias

Assembleia: pelas novas regras, deputados poderão custear despesas de viagens sem a apresentação de notas fiscais
Assembleia: pelas novas regras, deputados poderão custear despesas de viagens sem a apresentação de notas fiscais (Foto: Dálie Felberg/Alep)


A Assembleia Legislativa aprovou hoje, por 38 votos a 4, o projeto da Mesa Executiva da Casa que muda as regras para o uso da verba de ressarcimento para gastos dos deputados. Entre as novidades está a possibilidade de pagamento de diárias para custear as despesas dos parlamentares em viagens sem a necessidade de apresentação de notas fiscais para a comprovação dos gastos, e a vinculação da verba à Unidade de Padrão Fiscal do Paraná (UPF/PR), com reajuste anual automático. As alterações foram propostas depois que o Ministério Público cobrou mais transparência e controle nos gastos dos deputados, e que a Organização Não-Governamental Vigilantes da Gestão Pública denunciou parlamentares pelo uso irregular da verba em bares, supermercados, frutarias, sorveterias, panificadoras e restaurantes de luxo.
Atualmente, cada um dos 54 deputados tem direito a R$ 31.470,00 para gastos com telefone, alimentação, transporte, combustível, entre outras despesas. O pagamento é condicionado à apresentação de notas fiscais que comprovem esses gastos. 
Pelo projeto, o valor máximo da verba para cada gabinete passaria a ser o equivalente a 302 vezes o valor da UFP, calculado com base no índice do mês de janeiro de cada ano. Com isso, na prática a verba que os deputados recebem para gastos com alimentação, transporte, hospedagem e outras despesas – que até agora tinha um valor fixo – passará a ser reajustada automaticamente a cada ano. Como a UFP de janeiro de 2019 foi de R$ 101,57, o valor total da verba cairia inicialmente para R$ 30.674,14, mas com a perspectiva de ser reajustado em janeiro do ano que vem.
A proposta prevê ainda a possibilidade de que os deputados recebam diárias para custearem despesas com alimentação e hospedagem quando em viagem para atividades parlamentares, em um limite de 12 diárias por deputado ao mês. As diárias também poderão ser pagas para despesas de assessores dos parlamentares em viagem. O projeto não especifica o valor das diárias, que será regulamentado pela Mesa Executiva da Assembleia. 
Caso o parlamentar opte por pagar despesas com  alimentação através da verba de ressarcimento, e não com diárias, continua sendo exigido a apresentação de notas fiscais, que teriam valor máximo limitado a R$ 208,40 por nota. Além disso, o gasto máximo com esse item por mês seria de R$ 2.517,42 para cada gabinete parlamentar, incluindo-se aí as despesas realizadas tanto pelos parlamentares quanto por seus assessores.
Emendas - O deputado Homero Marchese apresentou 17 emendas à proposta original da Mesa Executiva da Assembleia. Entre as mudanças propostas estava a proibição de acúmulo do saldo das verbas de ressarcimento de um mês para o subsequente. Atualmente, o deputado que não gastar toda a verba em um mês, pode usar o saldo no mês seguinte. Ele também propôs que, em Curitiba e nos municípios em que os deputados mantiverem residência ou escritório de representação, não sejam ressarcidos gastos com alimentação ou com diárias.
O líder da bancada de oposição, deputado Tadeu Veneri (PT) e o deputado Requião Filho (MDB) também apresentou uma emenda para suprimir os artigos do projeto que permitem o pagamento de diárias de viagens para os deputados sem a necessidade de apresentação de notas fiscais para a comprovação dos gastos. Tanto as emendas de Marchese, quanto as dos deputados oposicionistas, porém, foram rejeitadas. 
Um dos autores da proposta, o primeiro-secretário da Assembleia, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSB) criticou as emendas apresentadas por Marchese e os parlamentares oposicionistas, alegando que a maioria dos questionamentos já estavam resolvidos no projeto original. Na semana passada, Romanelli e o presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), criticaram a cobertura da imprensa sobre o projeto.
Cobrança - As mudanças foram propostas pela Mesa Executiva da Assembleia depois que o Ministério Público estadual expediu, no início de outubro, uma recomendação administrativa à direção da Casa, cobrando mais transparência e controle sobre a verba de ressarcimento e a prestação de contas dos gastos dos deputados. Entre as medidas que a promotoria cobrou está a publicação, no portal da Transparência do Legislativo, das notas fiscais usadas pelos deputados para comprovarem os gastos.
A Organização Não Governamental (ONG) Vigilantes da Gestão Pública acionou pelo menos 15 parlamentares pelo suposto uso irregular da verba. A ONG chegou a obter liminares determinando o bloqueio de bens de cinco deputados, mas as decisões foram cassadas pelo Tribunal de Justiça. A entidade apontou que parlamentares teriam usado a verba para pagar supostos gastos com alimentação em Curitiba, onde fica a Assembleia, ou na base eleitoral dos deputados. Também apontou o uso de recursos públicos para gastos em bares, supermercados, frutarias, sorveterias, panificadoras e restaurantes de luxo.
Fonte: Bem Paraná

"Ódio cego e visceral, quando não patológico", diz decano do STF sobre post de advogada bolsonarista


“A que ponto chegam o ódio cego e visceral, quando não patológico, a irracionalidade do comportamento humano e o fundamentalismo político", diz o ministro Celso de Mello, do STF, repelindo as declarações da advogada Cláudia Teixeira Gomes, que após decisão sobre segunda instância postou nas redes sociais: “Que estuprem e matem as filhas dos ordinários ministros do STF”.
(Foto: STF)

247 - Por meio de nota, o decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, repeliu as declarações da advogada gaúcha Cláudia Teixeira Gomes, que após decisão sobre segunda instância postou nas redes sociais: “Que estuprem e matem as filhas dos ordinários ministros do STF”. 
O decano chamou de ‘ódio cego e visceral, quando não patológico’ a publicação da advogada e disse que ela cometeu crime de incitação pública a crime, previsto no artigo 286 do código penal e "perseguível mediante ação penal pública incondicionada"
“A que ponto chegam o ódio cego e visceral, quando não patológico, a irracionalidade do comportamento humano e o fundamentalismo político daqueles que, podendo legitimamente criticar, de forma dura e veemente, posições antagônicas, tal como lhes permite a Constituição da República, optam, no entanto, por incitar práticas criminosas", afirma Celso de Mello. A informação é do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo.
Além de responder criminalmente, a Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Sul já encaminhou um ofício ao Tribunal de Ética e Disciplina da entidade para cobrar ‘providências imediatas’ sobre a manifestação de Cláudia.


Joice levará power-point sobre a máquina de fake news do clã Bolsonaro


Ex-líder do governo no Congresso e desafeto do bolsonarismo, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) prestará depoimento na CPI das Fake News no próximo dia 20 e preparou um detalhado power point para mostrar como funciona a rede bolsonarista para disseminação de fake news e ataques pelas redes sociais
Deputada Joice Hasselmann


Deputada Joice Hasselmann (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)




247 com Agência Senado - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as fake news vai ouvir, no próximo dia 20, a partir das 13h, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) para esclarecer declarações sobre milícias digitais feitas pela parlamentar em suas redes sociais.
Segundo o blog do jornalista Lauro Jardim, Joice preparou até um detalhado power point para mostrar como funciona a rede bolsonarista para lançar esgoto pelas redes sociais. 
De acordo com o deputado Rogério Correia (PT-MG), autor do requerimento, a Joice foi convidada para prestar esclarecimentos sobre sua publicação no Twitter na qual afirmou: "todo mundo sabe das milícias virtuais de Bolsonaro. Eles têm uma milícia virtual e todo mundo sabe disso. São pessoas interligadas em todo Brasil, algumas recebendo para isso e outras não. Muitos robôs. Já sabia e não estou nem aí para isso. Eles têm uma milícia de ataque que não se sustenta. […] Imagina se eu vou ficar abalada com 1.500 haters dessa milícia digital espalhada pelo Brasil? Isso pra mim é nada”, disse a deputada na rede social.
Ex-líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso, Joice Hasselmann se tornou adversária do governo e tem trocado farpas com o clã Bolsonaro. “Não tenho medo da milícia, nem de robôs”, publicou Joice em 18 de outubro, como resposta a publicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O senador destacou ainda que, na ocasião, Joice também afirmou: “Não se esqueçam que eu sei quem vocês são e o que fizeram no verão passado”.


MP aumenta jornada de trabalho para caixas; bancos deverão abrir aos sábados


Contraponto

Na Medida Provisória (MP) que adotou incentivos para a contratação de jovens, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) também modificou a jornada de trabalho dos bancários. Agora, as agências devem abrir aos sábados.
A medida altera trechos da legislação e passa a definir que apenas os caixas de bancos terão direito a jornada de trabalho de seis horas diárias. Qualquer outro cargo terá expediente normal, de oito horas por dia.

Atualmente, todos que trabalham em bancos têm jornada de trabalho de seis horas diárias (30 horas semanais).
Por se tratar de uma Medida Provisória, as regras já estão em vigor, mas ainda precisam passar por votações no Congresso Nacional.

Fonte: Contraponto

Bolsonaro anuncia saída do PSL


Criação de novo partido, chamado Aliança pelo Brasil, está em andamento. Deputados do PSL aguardam a nova sigla para também deixar a atual legenda. O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) também sairá de imediato. Anúncio foi feito nesta tarde
(Foto: ADRIANO MACHADO - REUTERS)

247 - Jair Bolsonaro anunciou na tarde desta terça-feira 12 sua saída do PSL. Ele pretende criar um novo partido, chamado Aliança pelo Brasil. Seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), também deixa a legenda de imediato. Outros deputados aguardam a criação da nova sigla para fazer a transição.
Os advogados de Bolsonaro estimam que conseguirão entregar, até março do ano que vem, as cerca de 500 mil assinaturas exigidas pelo Tribunal Superior Eleitoral para criação de novo sigla. A ideia é viabilizar o partido a tempo de lançar candidatos às eleições de 2020, o que exige aprovação na corte eleitoral até abril, informa reportagem do Estado de S.Paulo.