segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Bíblia na mão e offshore na gaveta: quem é Luis Camacho, o empresário que encabeça o golpe na Bolívia


Jornalista Mariela Franzosi traça o perfil do empresário Luis Camacho, conhecido como "El Macho", que liderou o golpe militar que destituiu Evo Morales. "Em linha com outros representantes da nova direita regional, como o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, Camacho lida com um discurso com uma forte âncora religiosa", diz a jornalista
Líder do golpe militar na Bolívia Luis Camacho



Líder do golpe militar na Bolívia Luis Camacho



Por Mariela Fronzosi, no
 
Nodal - A oposição mais virulenta ao governo de Evo Morales na Bolívia está incorporada em um homem que eles chamam de “El Macho”.
Luis Fernando Camacho Vaca é um advogado de Santa Cruz, 40 anos, casado e com três filhos. Ele vem de uma família rica da região e entrou no cenário internacional nas últimas semanas porque se colocou à frente do que ele chama de “processo de recuperação da democracia”.
No entanto, Camacho constrói essa idéia de democracia em paralelo à institucionalidade boliviana: sem ser candidato a qualquer cargo, começou com esse “processo” após a instalação, antes de 20 de outubro passado, quando Morales obteve a maioria dos votos, da possibilidade de fraude eleitoral.
Dentro do Movimento ao Socialismo (MAS), partido oficial, ele é acusado de manipular os fios do golpe de estado para derrubar Evo Morales, que espera validar seu quarto mandato consecutivo depois de perder um referendo a ser reeleito em 2016, mas posteriormente autorizado pelo Tribunal Constitucional por meio de uma decisão de que o atual presidente pode continuar buscando a reeleição indefinidamente, alegando que fazia parte de seus “direitos políticos”.


Pueblo boliviano, hoy tenemos un compromiso con Bolivia, con la democracia, nuestros hijos y sobre todo tenemos que cumplir el compromiso asumido en ese GRAN CABILDO, histórico para el pueblo boliviano.
Tengamos fe, yo sé que se puede, y yo sé que todos unidos podemos hacerlo.


A história do “macho”
Ele nasceu e cresceu em Santa Cruz, uma das áreas mais ricas e poderosas da Bolívia e o departamento em que historicamente vive a maioria da população branca de descendência européia do país.
Após se formar advogado na Universidade Privada de Santa Cruz de la Sierra, concluiu estudos de pós-graduação na Universidade de Barcelona, ​​onde fez mestrado em Direito Financeiro e Tributário.
Seu ativismo começou aos 23 anos como vice-presidente da organização cívica União Juvenil Cruceñista, que embora se defina como “cívica”, foi descrita pela Federação Internacional de Direitos Humanos como “uma espécie de grupo paramilitar” que realiza atos de racismo e discriminação contra habitantes e instituições indígenas da região.
Já em 2015, ingressou no Comitê Cívico Pro Santa Cruz – onde seu pai era presidente entre 1981 e 1983 -, primeiro como segundo vice-presidente e depois como primeiro vice-presidente.
Desde fevereiro de 2019, Luis Fernando Camacho preside a organização que reúne empresas, bairros e entidades trabalhistas da região, onde se encontra a maior parte da oposição ao processo de transformação liderado por Evo Morales desde que se tornou presidente em 2006.
O apelido de “macho” ele ganhou justamente por causa da “coragem” com a qual lidera a campanha contra Morales, a quem acusa de “tirano” e “ditador”.



Ao lado de sua vida pública, Camacho é professor universitário e empresário, e com sua família faz parte do Grupo Empresarial de Inversiones Nacional Vida S.A..
As empresas pertencentes a esta corporação operam na área de seguros, gás e serviços. Há rumores de que uma das principais causas de sua amarga oposição ao governo de Morales se deve a milhões de dívidas e perdas relacionadas ao negócio de gás em Santa Cruz.
Por outro lado, ele está envolvido nos Panama Papers com base na criação de três empresas (Medis Overseas Corp., Navi International Holding e Positive Real Estates) para “ajudar pessoas e empresas a esconder suas fortunas em entidades offshore, lavagem de dinheiro e estabelecimento de esquemas de evasão fiscal”, diz um jornal boliviano.
Sua posição sobre isso é negar os fatos e denunciar uma suposta perseguição.
Sua cruzada contra Morales
Histriônico e arrogante, com uma oratória exacerbada e uma imagem associada aos ricos brancos do país (que legitima da sua origem burguesa de Santa Cruz), mantém sua popularidade apelando ao número de pessoas que convoca e à proximidade que afirma ter com seus seguidores.
A construção de sua figura em contraste com a origem humilde, camponesa e indígena do Presidente Morales é muito evidente. E, embora se esforce para garantir repetidas vezes que não expressa uma mensagem racista, alguns eventos provam o contrário, como aconteceu durante a marcha das mulheres na quinta-feira, 7 de novembro, em Cochabamba.
Em linha com outros representantes da nova direita regional, como o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, Camacho lida com um discurso com uma forte âncora religiosa.
Em cada uma de suas aparições públicas e através das redes sociais, ele incentiva a oração e proclama sua fé em Deus.
Convoca as manifestações no Cristo Redentor e garante uma imagem da Virgem ao seu lado enquanto discursa ao público.


Ele insiste em cada uma de suas mensagens com a necessidade de levar “a Bíblia” de volta ao palácio do governo boliviano, que, segundo ele, foi eliminada pelo MAS.
Isso lhe permitiu alinhar atrás de si todas as forças de direitos clericais e anti-bolivianas, que tiveram expressões homofóbicas e misóginas variadas durante a campanha eleitoral e que procuram criminalizar a homossexualidade e continuam a penalizar o direito ao aborto.
Através das redes sociais e da espetacularização de suas demandas, Camacho ignorou imediatamente o resultado das eleições passadas, convocou um protesto na prefeitura de Santa Cruz e, por meio de votação por aclamação, deu a Morales um prazo de 48 horas para para apresentar sua renúncia.
Paralelamente, se autoproclamou à frente da “unidade” da oposição, obscurecendo até a figura de Carlos Diego de Mesa Gisbert, candidato da coalizão da Comunidade Cidadã que foi o segundo nas eleições de 20 de outubro.
Ele também pediu greve por tempo indefinido e desobediência civil até alcançar o objetivo que havia estabelecido: a renúncia de Evo Morales.
Depois de 48 horas e diante da falta de resposta de Morales, Camacho convocou um novo conselho e emitiu uma carta na qual ele próprio escreve os termos da renúncia do presidente boliviano.


O objetivo final
“El Macho” nem sequer está interessado no que a missão da OEA que está auditando os resultados das eleições tem a dizer.
Ele já se manifestou em sua conta no Twitter contra Mesa, acusando-o de ser forçado a apoiar a auditoria internacional, embora mais tarde tenha excluído a mensagem.
Camacho quer convocar novas eleições nas quais Evo Morales não esteja presente. Com um discurso que, apesar de tentar associá-lo à “paz e unidade do povo boliviano”, acaba carregado de racismo, ódio de classe e provocação.
O que ele sonha é com um golpe de estado.


Record e SBT, próximas a Bolsonaro, recebem mais verba da Presidência do que a Globo


Resultado de imagem para Record e SBT

Acompanhada por 15% do público da TV aberta, a Record superou a Globo, líder de audiência, e despontou como a principal empresa de mídia contratada pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) em 2019. A emissora recebeu R$ 7,9 milhões, o equivalente 35% da verba para publicidade televisiva empenhada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) entre janeiro e outubro deste ano, de acordo com análise do Vortex Media.
A Globo detém 36% da audiência e ficou com R$ 4,1 milhões, equivalente a 18% dos recursos da Secom —menos do que o SBT, que ficou com R$ 6,2 milhões, ou 27% dos recursos de 2019 e tem 14,9% da audiência, segundo medição do Kantar Ibope Media compilada pelo relatório anual “Mídia Dados 2019”.
Fonte: Contraponto

Crianças apucaranenses mostram talento, ritmo e harmonia em apresentação musical


Cerca de 240 alunos de todos os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) apucaranenses participaram do espetáculo ontem (10) no Cine Teatro Fênix

O ano letivo está se aproximando do final. É hora dos alunos mostrarem aos pais, amigos e familiares tudo o que aprenderam nas salas de aula.  Para cumprir esse objetivo, cerca de 240 crianças apucaranenses, representantes dos 24 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), subiram ontem (10) ao palco do Cine Teatro Fênix e realizaram uma apresentação musical.
A secretária municipal de educação, Marli Fernandes, explica que as aulas de música fazem parte do currículo escolar. “Elas são ministradas duas vezes por semana, através de uma parceria com a Academia Sebastian Bach, às turmas da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º),” disse.
“Estudos científicos comprovam que a música contribui imensamente para o desenvolvimento cognitivo, estimulando a criatividade, a sensibilidade, a concentração, a memória e a socialização. As crianças apucaranenses estão de parabéns pelo belo espetáculo que nos proporcionaram nesta tarde,” acrescentou o prefeito Júnior da Femac.
Uma viagem pelo mundo encantado da música foi o tema da apresentação. “Esta é a terceira vez que eu participo do evento e sempre é maravilhoso. A minha filha fica entusiasmada com as aulas,” afirmou Jéssica Vanessa Marcolino, mãe da aluna Lívia Eduarda, do CMEI Antônio do Carmo Ribeiro.
Já Franciele Alves, que é mãe de uma menina matriculada no CMEI Domingos Mareze, comentou o que acha sobre o ensino ofertado na rede municipal apucaranense. “A minha filha vem sendo muito bem atendida na creche e os professores são bastante atenciosos. Eu não tenho do que reclamar. Fiquei até emocionada ao ver a apresentação,” disse.
Estiveram ainda no Cine Teatro Fênix para acompanhar o espetáculo, a secretária municipal da Promoção Artística, Cultural e Turística, Maria Agar Borba Ferreira; o chefe da 15ª Ciretran de Apucarana, Fernando Garcia Algarte; e a superintendente da Autarquia Municipal de Educação, Ana Paula Cunha.


Movimentos que apoiam Evo dão 48 horas para líder dos golpistas deixar La Paz


Movimentos sociais que defendem o presidente deposto Evo Morales deram um prazo de 48 horas para que o líder da extrema-direita Luis Fernando Camacho e demais golpistas se retirem de La Paz, capital do país
(Foto: Evo Morales)

247 - Partidários do presidente deposto Evo Morales organizam a resistência ao golpe. Em pronunciamento da Federação de Juntas Vecinales de El Alto, espécie de comitê popular da cidade, lideranças indígenas e populares pedem a saída do país dos golpistas, informa a Revista Fórum.  
O grupo indica a formação de comitês de autodefesa, bloqueios e a realização de mobilização permanente.   Nas comunidades indígenas e populares que apoiam o presidente Evo Morales instalou-se um ambiente de inquietação e revolta contra os golpistas.   

Confira o pronunciamento da Juntas Vecinales de El Alto

Federación de Juntas Vecinales de El Alto da plazo de 48 horas para abandonar La Paz a Luis Fernando Camacho y su comitiva. Instruye la conformación de comités de autodefensa, bloqueos y movilización permanente. Llaman a la policía a proteger al pueblo


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Lei é promulgada e prevê penas mais duras para fake news em eleições


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O governo federal promulgou a Lei 13.834 que tipifica o crime de denunciação caluniosa com finalidade eleitoral, retomando trecho que havia sido vetado na sanção feita em junho último. A Lei está publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 11. A matéria tinha sido motivo de veto presidencial do presidente Jair Bolsonaro, que foi, no entanto, derrubado pelo Congresso em 28 de agosto.
O trecho em questão atribui penas mais duras para quem divulga fake news nas eleições. Ele é parte da lei sancionada em junho, que tipifica como crime a conduta de denunciação caluniosa com finalidade eleitoral. A parte que agora foi recuperada, prevê as mesmas penas para quem divulgar ato ou fato falsamente atribuído ao caluniado com finalidade eleitoral. O argumento usado foi o da contrariedade ao interesse público.
A lei, que já é válida para as eleições municipais do ano que vem, prevê pena de prisão de dois a oito anos, além de multa, para quem acusar falsamente um candidato a cargo político com o objetivo de afetar a sua candidatura. Essa pena aumenta se o caluniador agir no anonimato ou com nome falso. A lei atualizou o Código Eleitoral.
"Incorrerá nas mesmas penas deste artigo quem, comprovadamente ciente da inocência do denunciado e com finalidade eleitoral, divulga ou propala, por qualquer meio ou forma, o ato ou fato que lhe foi falsamente atribuído", diz o trecho que havia sido vetado e agora foi promulgado.
Fonte: Bem Paraná


domingo, 10 de novembro de 2019

Lula chama Requião para conversar sobre 2022


O ex-presidente Lula telefonou na noite desta sexta-feira (8) para o ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), após deixar a prisão. O petista chamou o emedebista para conversar sobre 2022 nos próximos dias.
Requião não foi à Vigília Lula Livre, no dia da soltura do ex-presidente, porque estava enfermo. Pelo Twitter, ele saudou a libertação de Lula e explicou que estava em casa, sonolento, sob efeito de “histamínicos” para combater uma alergia.
Pelo telefone, Lula adiantou que quer Requião em sua caravana percorrendo o País em defesa soberania nacional, do petróleo, da dignidade do trabalho, das empresas estratégicas na mão do povo.
O ex-senador Requião, cuja casa em Curitiba serviu de base para os lulistas nesses 580 dias, Brasil livre é sinônimo de Lula Livre.
Aliás, enquanto Lula estava preso, Requião viajou o país de Norte a Sul em nome da Frente Ampla em Defesa da Soberania. Agora o ex-presidente também deverá se engajar nesse debate.
A pauta econômica virou obsessão do ex-presidente Lula. Ele sabe que o desemprego, o aumento da miséria e de salários são o ‘Calcanhar de Alquiles’ do governo Jair Bolsonaro.


Lula livre devolve ao Brasil a discussão política aberta, sobre a soberania, o desenvolvimento, o direito dos trabalhadores. Vamos explodir a voz monocórdia da barbárie e do terrivel liberalismo econômico.
AUA UHU !

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Fonte: Blog do Esmael


Folha reabilita Aécio e o transforma em porta-voz do "centro"


Embora seja o maior símbolo de impunidade da política brasileira e tenha sido um dos principais responsáveis pelo golpe de estado de 2016, o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) virou porta-voz do "centro" na Folha de S. Paulo
Justiça de SP bloqueia R$ 128 mi de Aécio e R$ 20 mi de Cristiane Brasil
Justiça de SP bloqueia R$ 128 mi de Aécio e R$ 20 mi de Cristiane Brasil (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 – “O radicalismo se retroalimenta. Ou o centro toma coragem e reage, ou o Brasil vai sofrer mais do que poderia imaginar”, diz Aécio Neves (PSDB-MG), na coluna Painel deste domingo, ao comentar o discurso do ex-presidente Lula neste sábado.
Símbolo maior de impunidade na política brasileira, Aécio incitou o golpe de estado de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff, que abriu as portas para a ascensão do neofascismo no Brasil. Abaixo, o discurso de Lula:
SÃO BERNARDO DO CAMPO/SÃO PAULO (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez neste sábado um discurso muito mais duro do que na véspera e com vários ataques ao presidente Jair Bolsonaro, afirmando, entre outros pontos, que Bolsonaro precisa governar para os 210 milhões de brasileiros e não apenas para os “milicianos do Rio de Janeiro”.
Em ato em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, seu berço político, Lula também fez um apelo para que os militantes de esquerda compareçam às ruas para lutar contra o que chamou de destruição do país e afirmou que é preciso seguir o exemplo do que está acontecendo no Chile, onde têm ocorrido manifestações, muitas vezes violentas e também duramente reprimidas pelas forças de segurança, contra políticas do governo.
“Veja, esse cidadão foi eleito. Democraticamente nós aceitamos o resultado da eleição”, disse Lula a uma plateia de apoiadores e aliados em São Bernardo do Campo. “Mas ele foi eleito para governar para o povo brasileiro e não para governar para os milicianos do Rio de Janeiro”, disparou.
O petista então fez menção às investigações do assassinato da vereadora no Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e lembrou o caso em que o porteiro de um condomínio, em que Bolsonaro e um acusado de matar Marielle têm casa, disse que o outro acusado do crime entrou no local autorizado pelo “seu Jair” —Bolsonaro no dia dessa suposta autorização estava em Brasília.
Lula também afirmou em sua fala que Bolsonaro “deve” sua eleição ao ministro da Justiça, Serio Moro, que o condenou como juiz, e àqueles que também atuaram no processo do tríplex do Guarujá (SP), no qual já foi condenado em três instâncias e pelo qual ficou preso por 580 dias, até a sexta-feira, na sede da Polícia Federal em Curitiba.
“Ele (Bolsonaro) deve (a eleição) ao Moro, ele deve aos juizes que me julgaram e ele deve à campanha de fake news que fizeram contra o companheiro Haddad e contra a esquerda neste país”, disse em referência ao candidato derrotado do PT na eleição do ano passado, Fernando Haddad, que estava ao seu lado no carro de som de onde discursou.
O petista aproveitou ainda para fazer, mais uma vez, duros ataques a Moro, a quem chamou de “canalha” e “mentiroso”, e ao coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, a quem acusou de ter formado uma “quadrilha” para “roubar” dinheiro da Petrobras.
Lula também centrou artilharia na política econômica da gestão Bolsonaro e no ministro da Economia, Paulo Guedes, a quem classificou de “destruidor de empregos” e “destruidor de empresas públicas”. Afirmou ainda que o presidente da República, que é capitão do Exército na reserva, nunca trabalhou e se alistou no serviço militar justamente para não ter de trabalhar e para se aposentar cedo.
“Ele arrumou um jeito de não trabalhar, foi fazer o serviço militar... esse cidadão, que nunca trabalhou, esse cidadão que diz que não é político... nunca fez um discurso que prestasse, ele só fazia ofender as mulheres, ofender os negros, ofender os LGBTs”, disse.
“Esse país é de 210 milhões de habitantes e a gente não pode permitir que os milicianos acabem com esse país que nós construímos.”
Já no final de seu discurso, Lula fez um apelo para que a militância de esquerda vá às ruas lutar contra as políticas da gestão Bolsonaro, citando o caso chileno como exemplo a ser seguido.
“Eu estou disposto a andar esse país... Estamos vendo o que está acontecendo no Chile. O Chile é o modelo de país que o Guedes quer”, disse.
“Se a gente souber trabalhar direitinho, em 2022 a chamada esquerda que o Bolsonaro tanto tem medo vai derrotar a utradireita... A gente tem que seguir o exemplo do povo do Chile, do povo da Bolívia, e resistir”, acrescentou, afirmando que o presidente boliviano, Evo Morales, tem enfrentado a rejeição em aceitar o resultado da eleição que o reelegeu, pela direita na Bolívia, outro país latino-americano palco de protestos.
Durante seu discurso, o ex-presidente disse que ainda fará um “pronunciamento à nação” nos próximos dias.

BOLSONARO SE REÚNE COM MILITARES

Depois de ter mantido silêncio sobre a soltura de Lula —beneficiado por mudança de entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a prisão após condenação em segunda instância, mas que segue inelegível pela Lei da Ficha Limpa e é réu em vários outros processos—, Bolsonaro usou sua conta no Twitter na manhã deste sábado para, sem citar o petista nominalmente, chamá-lo de canalha.
“Amantes da liberdade e do bem, somos a maioria. Não podemos cometer erros. Sem um norte e um comando, mesmo a melhor tropa, se torna num bando que atira para todos os lados, inclusive nos amigos. Não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa”, escreveu.
Mais tarde, em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília, Bolsonaro referiu-se a Lula como “presidiário” e disse que não contemporizaria com o petista.
“A grande maioria do povo brasileiro é honesto e trabalhador, e nós não vamos dar espaço nem contemporizar com presidiário. Ele está solto, mas continua com todos os crimes dele nas costas”, disse.
O Palácio do Planalto informou que não iria comentar o discurso de Lula.
Poucas horas antes de Lula discursar, Bolsonaro teve um encontro neste sábado com ministros de seu governo que são generais da reserva —Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Fernando Azevedo e Silva (Defesa), e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo)— e os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, segundo agenda divulgada pela Secretaria de Imprensa da Presidência.
Em suas redes sociais, publicou ainda um vídeo em que participa de um almoço em homenagem ao aniversário do ex-comandante do Exército general Eduardo Villas Boas.
Em sua conta no Twitter, Moro disse, também sem citar Lula nominalmente, que não responderia aos ataques feitos pelo petista.
“Aos que me pedem respostas a ofensas, esclareço: não respondo a criminosos, presos ou soltos. Algumas pessoas só merecem ser ignoradas”, disse.
Como o Planalto, a força-tarefa da Lava Jato disse que não iria comentar o discurso do ex-presidente.


Carlos Bolsonaro editou áudios no caso do assassinato de Marielle, avalia perito


O vídeo divulgado por Carlos, com áudios de chamadas feitas para a casa 58 (de Jair Bolsonaro) e 36 (de Carlos), é inconclusivo, segundo o perito, porque Carlos editou os trechos iniciais dos áudios, e a duração não confere com a que consta no nome dos arquivos
Carlos Bolsonaro rebate versão de porteiro do condomínio de seu pai, Jair Bolsolnaro


Carlos Bolsonaro rebate versão de porteiro do condomínio de seu pai, Jair Bolsolnaro



Do jornal GGN – O GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro apresentou uma falsa perícia em duas horas e meia, para desmentir o porteiro que sustentara que Elcio Queiroz, o motorista que transportou o carro que matou Marielle, pediu inicialmente a casa de Jair Bolsonaro. Está vazando depoimentos visando defender Bolsonaro. E sequer solicitou o equipamento de telefonia do condomínio para perícia.
No entanto, com base exclusivamente nos vídeos de Carlos Bolsonaro, divulgados pelo Twitter, peritos contatados pela revista Piauí constataram adulteração nos registros de áudios
O segundo vídeo divulgado por Carlos, com áudios de chamadas feitas para a casa 58 (de Jair Bolsonaro) e 36 (de Carlos), é inconclusivo, segundo o perito, porque Carlos editou os trechos iniciais dos áudios, e a duração não confere com a que consta no nome dos arquivos.

Bolsonaro pode conceder indulto a Adélio e cogita visitá-lo na cadeia


A polêmica história sobre a suposta facada em Jair Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018 pode ganhar um novo capítulo. Segundo o colunista Lauro Jardim, Bolsonaro cogita perdoar Adélio e visitá-lo na cadeia. Graças à suposta facada, Bolsonaro não foi aos debates e pôde esconder do povo brasileiro sua falta de preparo
Jair Bolsonaro e Adelio Bispo
Jair Bolsonaro e Adelio Bispo (Foto: ABr)
247 – "Jair Bolsonaro perguntou a pessoas de sua extrema confiança se deve perdoar Adélio Bispo. Mais surpreendente do que o pedido de conselho foi a sua motivação: a uma delas, confidenciou que está pensando em visitá-lo na cadeia", informa o colunista Lauro Jardim, em sua coluna.
Graças à suposta facada, Bolsonaro não foi aos debates e pôde esconder do povo brasileiro sua falta de preparo. Ou seja: se Adélio vier a ser de fato indultado, haverá ainda menos gente disposta a acreditar na suposta facada.

TSE pede a WhatsApp dados sobre disparos durante eleições


Rede social deverá informar ainda se tomou alguma medida para bloquear ou banir determinadas linhas entre 14 de agosto e 28 de outubro de 2018
TSE determinou que WhatsApp informe dados

TSE determinou que WhatsApp informe dados (Pixabay)


O corregedor-geral do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Og Fernandes determinou ao WhatsApp que informe se um conjunto de números de empresas e sócios investigados pela justiça eleitoral realizou algum tipo de automatização no envio de mensagens durante as eleições de 2018.
A rede social deverá informar ainda se realizou alguma medida para bloquear ou banir as linhas referidas no período de 14 de agosto a 28 de outubro do ano passado.
A investigação foi aberta após manifestação da coligação Brasil Soberano (PDT/Avante) e apura o suposto uso de ferramentas de disparos em massa e automatização via WhatsApp para divulgação de apoio ao então candidato Jair Bolsonaro (PSL) e difusão de publicações contrárias à candidatura de Fernando Haddad (PT).
A prática viola a legislação eleitoral, que proíbe o uso de softwares de automação de impulsionamento de conteúdo que não sejam oferecidos pelas próprias plataformas - ou seja, qualquer impulsionamento pelo WhatsApp seria irregular, já que a empresa não permite isso.
Em outubro, o ministro Jorge Mussi solicitou que operadoras de telefonia repassassem os números atrelados às quatro empresas e aos sócios investigados no caso. As companhias teriam sido supostamente contratadas para efetuarem o disparo em massa em prol da candidatura de Jair Bolsonaro. O Palácio do Planalto não comenta o caso. A reportagem não conseguiu localizar a defesa do WhatsApp.
Fonte: R7


Depois de 'Lula Livre', é lançada a campanha internacional 'Volta Lula'


Durante reunião em Buenos Aires, a ex-presidenta Dilma Rousseff e o ex-ministro Aloizio Mercadante lançaram a campanha internacional "Volta Lula", inspirada na campanha vencedora do peronista Alberto Fernández na Argentina
Ex-presidente Lula é levado nos braços do povo em São Bernardo
247 - Em Buenos Aires, a ex-presidenta Dilma comentou sobre o cenário político atual no Brasil e no mundo e deixou entender que o retorno da centro-esquerda na Argentina marca um novo caminho para a volta da esquerda ao poder na América Latina. 
Ela disse: "a vitória de Alberto Fernández e Cristina Kirchner abre um caminho de retorno e de esperança, sobretudo de transformação novamente, na América Latina."
Reportagem da Rádio França Internacional destaca mais trechos da fala de Dilma: "estou feliz porque, para nós da América Latina, a eleição de Alberto Fernández muda as condições porque reverte a onda conservadora que nos atacou.", acrescentou Dilma, para quem "a região está diante de um fenômeno que se manifesta no Chile e no Equador.
A matéria também sublinhou a presença de Aloizio Mercadante, ex-ministro de Dilma: "o ex-ministro da Educação, da Ciência e Tecnologia e Chefe da Casa Civil de Lula e de Dilma Rousseff, Aloízio Mercadante, lançou a campanha "Volta Lula" como a nova fase de luta depois de "Lula Livre".
Ele disse: "eu disse ontem para Lula, quando ele ligou para falar comigo e com a Dilma, que agora precisamos criar o gesto de 'Volta Lula'. Para os peronistas, o V é o símbolo da volta ao poder (primeiro de Juan Domingo Perón, agora Cristina Kirchner). Era Perón Volta, agora é Volta Lula"


"Zanin é o maior herói não cantado na odisséia de Lula", diz Kiko Nogueira


"Zanin teve a justa e breve homenagem de Lula no discurso em São Bernardo, quando chamou-lhe para a frente do palco, juntamente com Valeska, e lhes agradeceu pelo empenho", aponta o editor do DCM
(Foto: Eduardo Matysiak)
Por Kiko Nogueira, no DCM Há outros, mas Cristiano Zanin Martins é o maior herói não cantado na odisseia de Lula.
Ele a mulher e sócia, Valeska Teixeira, apanharam da esquerda e da direita ao longo do últimos cinco anos.
Para alguns aliados do ex-presidente, o advogado era frouxo, burocrático e sem sal.
Para a direita, tratava-se, simplesmente, de um idiota a serviço de um corrupto.
Zanin teve a justa e breve homenagem de Lula no discurso em São Bernardo, quando chamou-lhe para a frente do palco, juntamente com Valeska, e lhes agradeceu pelo empenho.


Acossado e ameaçado por golpe, Morales recua e chama novas eleições na Bolívia


Haverá novas eleições na Bolívia. O anúncio foi feito pelo próprio Evo Morales, que havia conquistado um quarto mandato numa disputa contestada pela oposição. O país vivia intensos protestos e a ameaça de um golpe de estado
Presidente da Bolívia, Evo Morales
Presidente da Bolívia, Evo Morales (Foto: Manuel Claure/Reuters)

247 – O presidente da Bolívia, que fora eleito para um quarto mandato, recuou e decidiu chamar novas eleições, seguindo proposta da OEA. Abaixo, tweet de Amauri Chamorro e reportagem da BBC:


Os auditores da OEA denunciaram "uma clara manipulação" do sistema de transmissão de resultados, que concedeu a vitória a Evo Morales.
Organização dos Estados Americanos (OEA) publicou um comunicado em seu site pedindo a anulação dos resultados das eleições presidenciais de 20 de outubro na Bolívia, além da convocação de novas eleições perante a situação tensa que o país vive. Isso acontece depois da vitória do atual presidente, Evo Morales, em meio a alegações de fraude por parte da oposição.
"A partir da Secretaria Geral da OEA reiteramos nossa disposição de cooperar na busca de soluções democráticas para o país, razão pela qual, em virtude da gravidade das denúncias e análises do processo eleitoral que a equipe de auditores nos enviou, cabe-nos afirmar que o primeiro turno das eleições de 20 de outubro deve ser anulado, e o processo eleitoral deve ser realizado novamente, assim que houver novas condições que deem garantias para sua celebração, incluindo um novo órgão eleitoral", afirmou o comunicado do secretário-geral da OEA, Luis Almargo.
© REUTERS / DAVID MERCADOManifestante segura uma bomba de gás lacrimogênio nas mãos, em meio à conflitos entre manifestantes na Bolívia, no dia 5 de novembro
A OEA mencionou que "ainda resta o relatório final detalhado" sobre as eleições, ressaltando que "os mandatos constitucionais não devem ser interrompidos, incluindo o do presidente Evo Morales".
Além disso, a Secretaria Geral da organização reiterou "o apelo para evitar o excesso de violência" e enviou "sua solidariedade ao povo boliviano".
Os protestos na Bolívia se iniciaram há três semanas, depois das alegações da oposição sobre uma suposta fraude nas eleições realizadas no dia 20 de outubro.
Por sua vez, o presidente Morales afirma que os atos de violência e a alegação da oposição são elementos de "um plano de golpe fascista".