O Paraná
ampliou o número de Teste da Mãezinha em 2019. De janeiro até 30 de setembro,
51.191 mulheres fizeram o procedimento para identificação de situações que
podem levar risco à gestação e ao parto prematuro, a exemplo da doença
falciforme e a talassemia. A coleta de sangue para o exame é recomendada a
partir do primeiro trimestre da gravidez.
Já em
2018, foram atendidas 46.171. Em 2017, apenas 42.319 gestantes fizeram o teste.
A evolução atualmente de mais de 8 mil pacientes para a prevenção de doenças ou
intercorrências durante a gravidez representa um aumento de mais de 17% em
comparação aos dois últimos anos.
O
laboratório da Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (Fepe) realiza e
também contabiliza o Teste do Pezinho nos recém-nascidos paranaenses. Num
serviço de referência, a entidade vem atuando de forma integrada e oferece além
da verificação de possíveis doenças, um programa de monitoramento e amparo que
vai desde o manejo clínico até a oferta da estrutura de ensino para 320 alunos
com alguma deficiência.
Por mês,
cerca de 15 mil crianças nascem no Estado. Desde 1987, quando o monitoramento
por meio do teste laboratorial foi instituído, cerca de 5 milhões de crianças
passaram pela verificação, tanto da rede hospitalar pública quanto da privada.
O
procedimento aponta ao menos seis doenças, que podem caracterizar algum tipo de
deficiência intelectual ou mesmo uma rara, como fenilcetonúria, hipotireoidismo
congênito e a fibrose cística, cujas consequências, se não tratadas, podem
causar deficiência mental e morte prematura das crianças.
Nestes 33 anos, três mil testes foram positivos para algum tipo de
patologia na tiragem neonatal. O Teste do Pezinho é feito nos hospitais da rede
paranaense e ficam prontos em dois dias.
“São
exames feitos em as todas as regiões do Paraná de crianças que têm o direito de
fazer o teste. É um trabalho de uma enormidade, complexidade e um carinho muito
especial. Certamente é uma missão e vem sendo cumprida, com dificuldades, mas
aquilo que depender do governo, estamos fazendo possível para ampliar recursos
para uma área tão importante, melhorando cada vez mais os índices”, disse o
secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
A
agilidade para a liberação dos resultados sinaliza ainda para o início do
tratamento precoce, em caso de patologias. Para a farmacêutica e bioquímica
Mouseline Torquato Domingos, coordenadora e gestora do laboratório da Fepe, o
Paraná um pioneiro neste trabalho. “Temos um programa forte. É uma rede
integrada de atendimento. E quando temos os resultados em dois dias, com muita
qualidade, podemos já iniciar o tratamento e o acompanhamento nos
recém-nascidos em até 10 dias. Com o aumento de Testes do Pezinho e da Mãezinha
fica claro que estamos crescendo na cobertura do trabalho preventivo”, afirmou.
Referência
– Em visita
à Fepe na semana passada, juntamente com o diretor do Departamento de Apoio à
Pessoa com Deficiência, da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho
(Sejuf), Felipe Braga Cortes, Beto Preto destacou que o serviço laboratorial
vem sendo ofertado para Santa Catarina. Desde 2016, os exames do estado vizinho
são feitos no Paraná, totalizando, em média, 8 mil crianças ao mês neste
período.
“A nossa Fepe está atendendo também o Teste da Mãe Catarinense e do
pezinho. Isso nos deixou muito motivado, porque cumpre um papel importante pelo
Paraná e que já virou referência para outro estado. Isso mostra o trabalho
qualificado, com muita seriedade e preciso que vem sendo feito pelo
laboratório, como consequência também de um apoio às gestantes e aos
recém-nascidos”.