Ciro
Gomes voltou a se ocupar nesta segunda-feira (16) com a única atividade a que
se dedica: atacar Lula e o PT e minar a unidade entre as forças de esquerda. O
candidato do PDT, derrotado em 2018, que fugiu para o exterior para não se
envolver no embate do segundo turno entre Haddad e Bolsonaro, afirmou que o
campo progressista perderá as próximas três ou quatro eleições caso o que ele
chama de “burocracia do PT” mantenha uma estratégia em “nome da direção
imperial” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista ao jornal O
Estado de S.Paulo, ele descarta a frente de esquerda afirmando que
"unidade é o cacete"
Ciro Gomes (Foto: Reuters) |
247 - Ciro Gomes voltou
a se ocupar nesta segunda-feira (16), desta vez em Belo Horizonte, com a única
atividade a que se dedica: atacar Lula e o PT e minar a unidade entre as forças
de esquerda. O candidato do PDT, derrotado em 2018, que fugiu para o
exterior para não se envolver no embate do segundo turno entre Haddad e
Bolsonaro, afirmou que o campo progressista perderá as próximas três ou
quatro eleições caso o que ele chama de “burocracia do PT” mantenha uma
estratégia em “nome da direção imperial” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, informa O Estado de S.Paulo.
O Estadão destaca que Ciro quer
mesmo romper com a frente de esquerda. “Agora ninguém mais vai enganar ninguém
porque o que eu tinha para dar de engolir, de ter que fazer silêncio em nome da
unidade, eles acabaram de liquidar”, disse Ciro.
Ele esteve em Belo Horizonte para
participar da filiação ao PDT da professora Duda Salabert, a primeira
transexual a se candidatar ao Senado, nas eleições do ano passado – ela estava
sem partido desde que se desfiliou do PSOL.
Em entrevista ao Estadão, o político
cearense acionou mais uma vez a sua metralhadora giratória e empregou o seu
característico vocabulário: "Unidade é o cacete", vociferou. Com
traços de machismo e extremamente raivoso, ataca a presidenta do PT, Gleisi
Hoffman, chamando-a de "pau mandado" de Lula e representante do
"PT corrupto e incompetente".
"O PT são vários PTs. E é importante
que você entenda essa premissa para o raciocínio que vou elaborar. Esta
burocracia do PT e a estratégia que essa burocracia está fazendo em nome da
direção imperial do Lula é certeza da derrota do campo progressista no Brasil
agora e pelas próximas três ou quatro eleições. Por quê? Porque você explodiu
sobre a cabeça do povo brasileiro, tal como nosso povo é, dois gravíssimos
problemas. Um, a corrupção generalizada. Você pode relativizar, como petista
fanático dessa burocracia faz. A segunda questão é econômica (a crise)".
"São rigorosamente as duas faces da
mesma moeda. E aí você vê na caricatura. O Datafolha publica
uma pesquisa em que há uma violenta deterioração da popularidade do Bolsonaro,
e o Bolsonaro faz um discurso dizendo, ‘tá bom, errei em alguma coisa’, mas se
vocês falarem mal de mim, o PT vai voltar. No mesmo dia, Gleisi Hoffman,
que interpreta esse PT corrupto e incompetente, que é uma pau mandado do
Lula, sem nenhum tipo de atitude crítica, simplesmente o partido mais
importante do País é dirigido por essa mulher. Ela diz o quê? Que vai ser nós
contra o Bolsonaro. Enquanto isso alguém ilude o Flávo Dino, alguém fala em
unidade comigo, e tal. Comigo unidade é o cacete. Unidade é na luta. E na luta
em cima da mesa. Agora ninguém mais vai enganar ninguém porque o que eu tinha
para dar de engolir, de ter que fazer silêncio em nome da unidade, eles
acabaram de liquidar".
De acordo com Ciro, o PT é um fenômeno
político "doentio", responsável pela eleição de Jair Bolsonaro.
"O Bolsonaro nunca foi o candidato da direita brasileira. O Bolsonaro foi
engolido pela direita brasileira porque era o cara que foi identificado pelo
nosso sofrido povo como o mais tosco intérprete do antipetismo que era a força
dominante.