segunda-feira, 9 de setembro de 2019

PT estuda pedir a prisão de Moro no Supremo


O Supremo Tribunal Federal (STF) pode decretar a prisão ministro da Justiça, Sérgio Moro, se o PT efetivamente ingressar com esse pedido na corte constitucional e os ministros considerarem o pleito.

O PT estuda o pedido de prisão do ex-juiz da Lava Jato após reportagem da Folha e do Intercept, deste domingo (8), mostrar a atuação da força-tarefa para derrubar a presidenta Dilma Rousseff e prender o ex-presidente Lula.
A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou por meio de nota que Moro chefiou uma ação criminosa contra a democracia.
“Essa farsa criminosa foi urdida em conjunto por Moro, Deltan Dallagnol, o delegado Luciano Flores, atual chefe da PF no Paraná”, nomina Gleisi, sem, no entanto, esquecer a cumplicidade da Rede Globo no golpe de Estado.
Para o PT, o Brasil só vai reencontrar a paz quando restabelecer o estado de direito e a democracia na plenitude com a liberdade do ex-presidente Lula.
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também se manifestou sobre a #VazaJato. Segundo ela, duas decisões comprovadamente ilegais foram:
1- a prisão de Lula, para impedi-lo de se eleger presidente; e
2- o impeachment contra mim sem crime de responsabilidade. Sem a reparação das injustiças, o Estado Democrático de Direito não será plenamente restabelecido.
“Os habeas corpus que aguardam julgamento no Supremo Tribunal Federal tratando da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro e dos procuradores da Lava Jato são de grande importância para restabelecer o Estado de Direito e para dar a Lula a possibilidade de um julgamento justo e por isso devem ser julgados com urgência”, complementam os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska T. Zanin Martins.
Os defensores do ex-presidente Lula fazem uma ressalva que corroboram a tese de Gleisi Hoffmann: “embora sejam irreparáveis os prejuízos causados por tais agentes públicos não apenas ao ex-presidente, mas à própria democracia do país.”
Fonte: Blog do Esmael

Juristas: manipulação do grampo de Dilma e Lula é o mais grave da Vaza Jato


Um grupo de 150 juristas criticou duramente, por meio de um manifesto, a interferência direta e a manipulação jurídica na dilvulgação de uma conversa telefônica entre a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, no que chamam de a mais "grave transgressão jurídica” da Lava Jato. Juristas também pedem que os envolvidos sejam “imediatamente afastados de seus cargos pelas instâncias competentes e o ex-juiz Sérgio Moro seja devidamente investigado pela sua conduta abusiva”

247 - Um grupo de 150 juristas criticou duramente, por meio de um manifesto, a interferência direta e a manipulação jurídica na divulgação dos áudios de uma conversa telefônica entre a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mantido como preso político em Curitiba, e que acabaria por consolidar o afastamento de Dilma da Presidência pelo ex-juiz Sérgio Moro com a conivência do Ministério Público. No manifesto, os juristas ressaltam que os diálogos dos integrantes da Lava revelados neste final de semana pela Vaza Jato apontam para a "grave transgressão jurídica” do caso, além de pedirem que os envolvidos sejam “imediatamente afastados de seus cargos pelas instâncias competentes e o ex-juiz Sérgio Moro seja devidamente investigado pela sua conduta abusiva”. 
“O vazamento ilegal permitido pelo juiz Moro constituiu o elemento central de uma combustão político-midiática que redundou no inevitável afastamento da presidenta democraticamente eleita, sem que houvesse sombra de ato de responsabilidade a justificar a sua deposição em termos constitucionais”, ressaltam os juristas no manifesto. Agora, sabe-se que os procuradores da Lava Jato estavam conscientes da violação jurídica que isso representava e do estrago político que viria a ser irremediavelmente causado. E, mesmo assim, agiram em absoluta afronta às suas responsabilidades funcionais, institucionais e constitucionais”, destaca o texto. 
Leia a íntegra do manifesto. 
A confissão golpista da Lava Jato.
As revelações do Intercept Brasil chegam à sua culminância até aqui, na reportagem hoje publicada pelo jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com os diálogos nela transcritos, procuradores da Força Tarefa Lava Jato admitem escandalosamente o seu desprezo à grave transgressão jurídica representada pela divulgação de áudio de conversa telefônica entre a então presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula da Silva, naquele que seria o ato decisivo para o afastamento da presidenta, praticado pelo Juiz Sérgio Moro com a anuência do Ministério Público. 
Em 16 de março de 2016, num gesto ilícito e inconstitucional autorizado por Moro, foram divulgados áudios de interceptação telefônica que deveriam estar resguardados por sigilo legal, envolvendo diálogo entre a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula. 
Supondo que tal conversa representasse uma tentativa de obstrução da Justiça pela iminente nomeação de Lula como ministro de Estado, o vazamento ilegal permitido pelo juiz Moro constituiu o elemento central de uma combustão político-midiática que redundou no inevitável afastamento da presidenta democraticamente eleita, sem que houvesse sombra de ato de responsabilidade a justificar a sua deposição em termos constitucionais.
Agora, sabe-se que os procuradores da Lava Jato estavam conscientes da violação jurídica que isso representava e do estrago político que viria a ser irremediavelmente causado. E, mesmo assim, agiram em absoluta afronta às suas responsabilidades funcionais, institucionais e constitucionais. 
Diante disso, nós, juristas e cidadãos levamos a público nossa indignação e esperamos que todos os procuradores envolvidos nesses atos viciados sejam imediatamente afastados de seus cargos pelas instâncias competentes e o ex-juiz Sérgio Moro seja devidamente investigado pela sua conduta abusiva.
Brasília, 8 de setembro de 2019.
1. Mauro de Azevedo Menezes
2. Marco Aurélio de Carvalho 
3. Fabiano Silva
4. César Pimentel
5. Leonardo Yarochewsky
6. Arnobio Lopes Rocha
7. Carol Proner
8. Alessandra Camarano Martins
9. Jorge Rodrigo Araujo Messias
10. Magda Barros Biavaschi
11. Pedro Martinez
12. Walfrido Warde Júnior
13. Margarete Pedroso
14. Adriana Ancona 
15. Heitor Cornacchioni
16 . Gisele Cittadino
17 . Marcio Tenenbaum
18. Aury Lopes Jr
19. João Ricardo Dornelles
20. Izabella Hernandez Borges
21. Fabio Delmanto
22. Marcela Ortiz
23. Lênio Streck
24. Antonio Carlos de Almeida Castro (Kakay)
25. Luís Carlos Moro
26. José de Abreu
27. Gabriel Sampaio
28. Gabriela Araújo
29. Paulo Teixeira
30. Anna Candida Serrano
31. Vitor Marques. 
32. Marcelo Cattoni
33. Kenarik Boujikian
34. Michel Saliba
35. Roberto Tardelli
36. Angelita da Rosa
37. Reinaldo Santos de Almeida
38. Luiz Fernando Pacheco
39. Fernando Augusto Fernandes
40. Guilherme Marchioni
41. Laio Correia.
42. Thiago Oliveira Agustín
43. Cláudio Roberto Rosa Burck
44. Uirá Azevedo
45. Nile William Fernandes Hamdy
46. Ecila Moreira de Meneses
47. Newton de Menezes Albuquerque
48. Guilherme Zagallo
49. Nuredin Ahmad Allan. 
50. Maria Cristina Zanin Sant'Anna
51. Marcelise Azevedo
52. Vinicius Cascone
53. Emerson Maia Damasceno
54. Ney Strozake
55. Vera Lúcia Santana Araújo
56. Adelaide Albergaria Pereira Gomes
57. Rogerio Dultra dos Santos
58. Paulo Tavares Mariante
59. Valeria Pinheiro
60. Carlos Eduardo Soares de Freitas
61. Jonnas Vasconcelos
62. Marília Lomanto Veloso
63. Hugo Leonardo Cunha Roxo
64. Luis Vinicius Aragão
65. Maíra Andrade Dapieve Miranda
66. Wânia Guimarães Rabêllo de Almeida
67. Paulo Sérgio Weyl Albuquerque Costa
68. Gustavo Ramos
69. Alexandre Guedes
70. Marcelo Mariano Nogueira. 
71. Juliana Dudkiewicz Romeiro Viana
72. Maria Lúcia Soares Viana
73. Gustavo Henrique Chaves Messias
74. José Maria de Araújo Costa
75. Inocêncio Uchôa
76. Gabriel Sampaio
77. Ricardo Estevão
78. José Carlos Cunha Muniz Filho
79. Monya Ribeiro Tavares
80. Leandro Madureira
81. Paulo Lemgruber
82. Jorge Otávio Oliveira Lima
83. Marcello Alencar de Araújo
84. Valdete Souto Severo
85. João Gabriel Pimentel Lopes
86. Thiago Minagé
87. Gisele Ricobom
88. Ana Amélia Camargos
89. Luciana Boiteux
90. José Augusto Rodrigues Jr.
91- Ione S. Goncalves 
92- Carlos Eduardo Fernandez da Silveira
93. Sergio Graziano
94. Priscila Pamela C Santos. 
95. Camila Alves Hessel Reimberg
96. Juliana Neuenschwander
97. Edna Raquel Hogemann
98. Luiz Felipe Muniz de Souza
99. Fernanda Graça Melo
100. Raquel Rieger
101. Roberta Cristina R. de Castro Queiroz
102. Marcelo Turbay Freiria
103. Liliane de Carvalho Gabriel
104. Ananda França de Almeida
105. Álvaro Guilherme de Oliveira Chaves
106. Weida Zancaner 
107. Celso Antônio Bandeira de Mello
108. Isabela Corby
109. Alaor Almeida Castro
110. Ione S Gonçalves
111. Carlos Eduardo da Silveira
112. Pedro Serrano
113. Thayná Yaredy
114. Gabriela Salvan
115. Flávio Vilmar da Silva. 
116. Felipe Mongruel
117. Alexandro Tadeu do Livramento
118. Ary Correia Lima Neto
119. Everaldo J. M. Radelinski
120. Yanne k. Teles Rodrigues
121. Roberta Baracat De Grande
121. Marcelo Porto Rodrigues
122. Luana Santos Quevedo 
123. Fabio Augusto Mello Peres
124. Anelise Passos Alves
125. Ana Paula Magalhães
126. Djalma Magalhães Couto Neto
127. Silvio Augusto Couto
128. Marcio Guedes Berti
129. Ledo Paulo Guimarães Santos
130. Ricardo Ludwig Mariasaldi Pantin
131. Cristiane Sayuri Oshima
132. Decio Franco David
133. Clóvis Augusto Veiga da Costa
134. Marcelo Rodrigues Veneri
135. Carla Leonel
136. Marcus Vinicius Guedes Berti
137. Nívea Santos Carneiro
138. Cleber Pereira Leite Coutinho
139. João Bosco Euclides da Silva
140. Jucemara Beltrame
141. Marcus Giraldes
142. Antonio Pedro Melchior
143. Fabiana Marques
144. Maria José Giannella Cataldi
145. José Francisco Siqueira Neto
146. Mirian Gonçalves
147. Nilo Beiro
148. Milena Pinheiro
149. Wilson Ramos Filho
150. Luciano Rollo Duarte


Requião diz que Lava Jato não passou de molecagem entreguista


"Apesar de haver corrupção e o Brasil precisar combater este caos, na verdade, a lavajato não passou de molecagem entreguista contra nossa soberania e nossos trabalhadores", afirma o ex-senador paranaense
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Requiao (Foto: Aquiles Lins)

247 – O ex-senador Roberto Requião (MDB-PR) fez duras críticas à Operação Lava Jato, depois da revelação deste domingo, que apontou que a equipe de Sergio Moro e Deltan Dallagnol fez uma divulgação seletiva dos áudios do ex-presidente Lula para manipular a opinião pública e criar um ambiente para a derrubada da ex-presidente Dilma Rousseff. A consequência foi a ascensão de governos entreguistas, como os de Michel Temer e Jair Bolsonaro, que entregam o pré-sal e a Embraer, enquanto retiram direitos de trabalhadores.


Paraná é o estado que mais ‘ganhou’ analfabetos nos últimos anos

São cerca de 750 milhões de analfabetos no mundo, número menor apenas que as populações de China e Índia
São cerca de 750 milhões de analfabetos no mundo, número menor apenas que as populações de China e Índia (Foto: Marcello Casal Jr/ABr)


Este domingo (8) foi o Dia Internacional da Alfabetização, data instituída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), no século passado (em 1966), para incentivar o pleno letramento da população internacional. Para o Paraná, no entanto, a data não traz motivos para celebração, mas para preocupação, se considerados os dados mais recentes.
Na contramão do que se verifica a nível nacional, o estado viu crescer significativamente entre 2016 e 2018 a taxa de analfabetismo e o contingente de analfabetos dentro da população com idade acima de 15 anos. É o que revelam dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Educação 2018 (Pnad Educação), divulgada em junho último pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Brasil, entre 2016 e 2018, viu o contingente de analfabetos cair em todo o país de 11,671 milhões para 11,253 milhões (-418.306). O Paraná, por outro lado, registrou aumento na população de analfabetos, que passou de 401.510 para 454.491 (acréscimo de 13,47%).
Isso coloca o estado como aquele que mais viu crescer o número de pessoas que não sabem ler ou escrever, seguido por Mato Grosso (+ 22.827) e Amapá (+ 9.527). Por outro lado, Ceará (-98.706) e São Paulo (-63.388) foram os estados que mais reduziram a população em situação de analfabetismo.
Já se considerada a taxa de analfabetismo, ou seja, o porcentual de analfabetos dentro da população acima de 15 anos, temos que o país reduziu em 0,4 pontos porcentuais a sua taxa de analfabetismo no período analisado, passando de 7,2% para 6,8%.
O Paraná, por sua vez, foi a única unidade da federação a registrar dois aumentos consecutivos dessa taxa, que primeiro passou de 4,5% para 4,6% e mais recentemente alcançou 5,0%.
Outras três unidades, porém, também viram a taxa de analfabetismo crescer se considerado o comparativo entre 2018 e 2016: Distrito Federal (2,6% para 3,1%), Mato Grosso (6,5% para 7,1%) e Amapá (5,0% para 6,1%).
As menores porcentuais de analfabetos foram verificados nos estados do Rio de Janeiro (2,4%) e de Santa Catarina (2,5%). Os maiores, no Piauí (16,6%) e no Maranhão (16,3%). O Paraná tem a sexta menor taxa de todo o país, apesar dos recentes aumentos. Na região Sul, contudo, é o pior resultado e em disparado (o Rio Grande do Sul tem 3,0%).
Total de pessoas nesta situação supera a população de Maringá
Para se ter uma noção do que representa o contingente de 454.491 analfabetos no Paraná, podemos comparar esse número com a população dos municípios paranaenses. Em todo o estado, apenas as cidades de Curitiba (1.917.185) e Londrina (563.943) apresentam um contingente populacional mais significativo. O número de analfabetos no estado é ainda consideravelmente superior à população do terceiro maior município paranaense, Maringá, que possui 417.010 habitantes.
A taxa de analfabetismo de 5%, por sua vez, é facilmente ilustrada na seguinte fórmula: de cada 100 pessoas com mais de 15 anos que vivem no estado, 5 não sabem ler nem escrever.
Mundo

Apesar da melhoria do acesso às escolas, nos últimos 53 anos em diversos países, ainda existem em todo planeta 750 milhões de jovens e adultos que não sabem ler nem escrever. Se todas essas pessoas morassem em um único país, a população só seria inferior a da China e da Índia.
‘Números reais’ podem ser ainda mais graves
As estatísticas do IBGE consideram as pessoas com 15 ou mais que foram declaradas como analfabetas em pesquisa periódica de amostra domiciliar. Os números ‘reais’, contudo, provavelmente são ainda mais graves, se considerada a “capacidade de compreender e utilizar a informação escrita e refletir sobre ela” - como faz o estudo Indicador de Alfabetismo Funcional, elaborado pelo Instituto Paulo Montenegro e pela Ação Educativa.
O estudo, feito no ano passado a partir de testes cognitivos em 2.002 pessoas de todo o país, verificou que 29% dos entrevistados podem ser considerados analfabetos funcionais e que não superam o nível rudimentar de proficiência. Apenas 12% da população é considera “proficiente”.
Roberto Catelli Jr., coordenador Adjunto da Ação Educativa, explica que o analfabeto funcional é considerado a pessoa “capaz de identificar palavras, números, assinar o nome e ler frase. Mas não consegue realizar tarefa se precisar ler um pouco mais que isso - um parágrafo de um texto da vida cotidiana”, como recorte de jornal, um cartaz ou até mesmo uma receita de bolo.
A proporção de analfabetos funcionais no Brasil totaliza 38 milhões de pessoas. O volume dessa população é maior que quase todos os estados brasileiros, só perde para o total de residentes no Estado de São Paulo (41,2 milhões).
Metodologia
A Pnad Contínua levanta trimestralmente, por meio de questionário básico, informações sobre as características básicas de educação para as pessoas de 5 anos ou mais de idade. A partir de 2016, começou a incluir o módulo anual de educação, que, durante o segundo trimestre de cada ano civil, amplia a investigação dessa temática para todas as pessoas da pesquisa.
Fonte: Bem Paraná