segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Juristas: manipulação do grampo de Dilma e Lula é o mais grave da Vaza Jato


Um grupo de 150 juristas criticou duramente, por meio de um manifesto, a interferência direta e a manipulação jurídica na dilvulgação de uma conversa telefônica entre a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, no que chamam de a mais "grave transgressão jurídica” da Lava Jato. Juristas também pedem que os envolvidos sejam “imediatamente afastados de seus cargos pelas instâncias competentes e o ex-juiz Sérgio Moro seja devidamente investigado pela sua conduta abusiva”

247 - Um grupo de 150 juristas criticou duramente, por meio de um manifesto, a interferência direta e a manipulação jurídica na divulgação dos áudios de uma conversa telefônica entre a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mantido como preso político em Curitiba, e que acabaria por consolidar o afastamento de Dilma da Presidência pelo ex-juiz Sérgio Moro com a conivência do Ministério Público. No manifesto, os juristas ressaltam que os diálogos dos integrantes da Lava revelados neste final de semana pela Vaza Jato apontam para a "grave transgressão jurídica” do caso, além de pedirem que os envolvidos sejam “imediatamente afastados de seus cargos pelas instâncias competentes e o ex-juiz Sérgio Moro seja devidamente investigado pela sua conduta abusiva”. 
“O vazamento ilegal permitido pelo juiz Moro constituiu o elemento central de uma combustão político-midiática que redundou no inevitável afastamento da presidenta democraticamente eleita, sem que houvesse sombra de ato de responsabilidade a justificar a sua deposição em termos constitucionais”, ressaltam os juristas no manifesto. Agora, sabe-se que os procuradores da Lava Jato estavam conscientes da violação jurídica que isso representava e do estrago político que viria a ser irremediavelmente causado. E, mesmo assim, agiram em absoluta afronta às suas responsabilidades funcionais, institucionais e constitucionais”, destaca o texto. 
Leia a íntegra do manifesto. 
A confissão golpista da Lava Jato.
As revelações do Intercept Brasil chegam à sua culminância até aqui, na reportagem hoje publicada pelo jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com os diálogos nela transcritos, procuradores da Força Tarefa Lava Jato admitem escandalosamente o seu desprezo à grave transgressão jurídica representada pela divulgação de áudio de conversa telefônica entre a então presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula da Silva, naquele que seria o ato decisivo para o afastamento da presidenta, praticado pelo Juiz Sérgio Moro com a anuência do Ministério Público. 
Em 16 de março de 2016, num gesto ilícito e inconstitucional autorizado por Moro, foram divulgados áudios de interceptação telefônica que deveriam estar resguardados por sigilo legal, envolvendo diálogo entre a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula. 
Supondo que tal conversa representasse uma tentativa de obstrução da Justiça pela iminente nomeação de Lula como ministro de Estado, o vazamento ilegal permitido pelo juiz Moro constituiu o elemento central de uma combustão político-midiática que redundou no inevitável afastamento da presidenta democraticamente eleita, sem que houvesse sombra de ato de responsabilidade a justificar a sua deposição em termos constitucionais.
Agora, sabe-se que os procuradores da Lava Jato estavam conscientes da violação jurídica que isso representava e do estrago político que viria a ser irremediavelmente causado. E, mesmo assim, agiram em absoluta afronta às suas responsabilidades funcionais, institucionais e constitucionais. 
Diante disso, nós, juristas e cidadãos levamos a público nossa indignação e esperamos que todos os procuradores envolvidos nesses atos viciados sejam imediatamente afastados de seus cargos pelas instâncias competentes e o ex-juiz Sérgio Moro seja devidamente investigado pela sua conduta abusiva.
Brasília, 8 de setembro de 2019.
1. Mauro de Azevedo Menezes
2. Marco Aurélio de Carvalho 
3. Fabiano Silva
4. César Pimentel
5. Leonardo Yarochewsky
6. Arnobio Lopes Rocha
7. Carol Proner
8. Alessandra Camarano Martins
9. Jorge Rodrigo Araujo Messias
10. Magda Barros Biavaschi
11. Pedro Martinez
12. Walfrido Warde Júnior
13. Margarete Pedroso
14. Adriana Ancona 
15. Heitor Cornacchioni
16 . Gisele Cittadino
17 . Marcio Tenenbaum
18. Aury Lopes Jr
19. João Ricardo Dornelles
20. Izabella Hernandez Borges
21. Fabio Delmanto
22. Marcela Ortiz
23. Lênio Streck
24. Antonio Carlos de Almeida Castro (Kakay)
25. Luís Carlos Moro
26. José de Abreu
27. Gabriel Sampaio
28. Gabriela Araújo
29. Paulo Teixeira
30. Anna Candida Serrano
31. Vitor Marques. 
32. Marcelo Cattoni
33. Kenarik Boujikian
34. Michel Saliba
35. Roberto Tardelli
36. Angelita da Rosa
37. Reinaldo Santos de Almeida
38. Luiz Fernando Pacheco
39. Fernando Augusto Fernandes
40. Guilherme Marchioni
41. Laio Correia.
42. Thiago Oliveira Agustín
43. Cláudio Roberto Rosa Burck
44. Uirá Azevedo
45. Nile William Fernandes Hamdy
46. Ecila Moreira de Meneses
47. Newton de Menezes Albuquerque
48. Guilherme Zagallo
49. Nuredin Ahmad Allan. 
50. Maria Cristina Zanin Sant'Anna
51. Marcelise Azevedo
52. Vinicius Cascone
53. Emerson Maia Damasceno
54. Ney Strozake
55. Vera Lúcia Santana Araújo
56. Adelaide Albergaria Pereira Gomes
57. Rogerio Dultra dos Santos
58. Paulo Tavares Mariante
59. Valeria Pinheiro
60. Carlos Eduardo Soares de Freitas
61. Jonnas Vasconcelos
62. Marília Lomanto Veloso
63. Hugo Leonardo Cunha Roxo
64. Luis Vinicius Aragão
65. Maíra Andrade Dapieve Miranda
66. Wânia Guimarães Rabêllo de Almeida
67. Paulo Sérgio Weyl Albuquerque Costa
68. Gustavo Ramos
69. Alexandre Guedes
70. Marcelo Mariano Nogueira. 
71. Juliana Dudkiewicz Romeiro Viana
72. Maria Lúcia Soares Viana
73. Gustavo Henrique Chaves Messias
74. José Maria de Araújo Costa
75. Inocêncio Uchôa
76. Gabriel Sampaio
77. Ricardo Estevão
78. José Carlos Cunha Muniz Filho
79. Monya Ribeiro Tavares
80. Leandro Madureira
81. Paulo Lemgruber
82. Jorge Otávio Oliveira Lima
83. Marcello Alencar de Araújo
84. Valdete Souto Severo
85. João Gabriel Pimentel Lopes
86. Thiago Minagé
87. Gisele Ricobom
88. Ana Amélia Camargos
89. Luciana Boiteux
90. José Augusto Rodrigues Jr.
91- Ione S. Goncalves 
92- Carlos Eduardo Fernandez da Silveira
93. Sergio Graziano
94. Priscila Pamela C Santos. 
95. Camila Alves Hessel Reimberg
96. Juliana Neuenschwander
97. Edna Raquel Hogemann
98. Luiz Felipe Muniz de Souza
99. Fernanda Graça Melo
100. Raquel Rieger
101. Roberta Cristina R. de Castro Queiroz
102. Marcelo Turbay Freiria
103. Liliane de Carvalho Gabriel
104. Ananda França de Almeida
105. Álvaro Guilherme de Oliveira Chaves
106. Weida Zancaner 
107. Celso Antônio Bandeira de Mello
108. Isabela Corby
109. Alaor Almeida Castro
110. Ione S Gonçalves
111. Carlos Eduardo da Silveira
112. Pedro Serrano
113. Thayná Yaredy
114. Gabriela Salvan
115. Flávio Vilmar da Silva. 
116. Felipe Mongruel
117. Alexandro Tadeu do Livramento
118. Ary Correia Lima Neto
119. Everaldo J. M. Radelinski
120. Yanne k. Teles Rodrigues
121. Roberta Baracat De Grande
121. Marcelo Porto Rodrigues
122. Luana Santos Quevedo 
123. Fabio Augusto Mello Peres
124. Anelise Passos Alves
125. Ana Paula Magalhães
126. Djalma Magalhães Couto Neto
127. Silvio Augusto Couto
128. Marcio Guedes Berti
129. Ledo Paulo Guimarães Santos
130. Ricardo Ludwig Mariasaldi Pantin
131. Cristiane Sayuri Oshima
132. Decio Franco David
133. Clóvis Augusto Veiga da Costa
134. Marcelo Rodrigues Veneri
135. Carla Leonel
136. Marcus Vinicius Guedes Berti
137. Nívea Santos Carneiro
138. Cleber Pereira Leite Coutinho
139. João Bosco Euclides da Silva
140. Jucemara Beltrame
141. Marcus Giraldes
142. Antonio Pedro Melchior
143. Fabiana Marques
144. Maria José Giannella Cataldi
145. José Francisco Siqueira Neto
146. Mirian Gonçalves
147. Nilo Beiro
148. Milena Pinheiro
149. Wilson Ramos Filho
150. Luciano Rollo Duarte


Requião diz que Lava Jato não passou de molecagem entreguista


"Apesar de haver corrupção e o Brasil precisar combater este caos, na verdade, a lavajato não passou de molecagem entreguista contra nossa soberania e nossos trabalhadores", afirma o ex-senador paranaense
requiao
Requiao (Foto: Aquiles Lins)

247 – O ex-senador Roberto Requião (MDB-PR) fez duras críticas à Operação Lava Jato, depois da revelação deste domingo, que apontou que a equipe de Sergio Moro e Deltan Dallagnol fez uma divulgação seletiva dos áudios do ex-presidente Lula para manipular a opinião pública e criar um ambiente para a derrubada da ex-presidente Dilma Rousseff. A consequência foi a ascensão de governos entreguistas, como os de Michel Temer e Jair Bolsonaro, que entregam o pré-sal e a Embraer, enquanto retiram direitos de trabalhadores.


Paraná é o estado que mais ‘ganhou’ analfabetos nos últimos anos

São cerca de 750 milhões de analfabetos no mundo, número menor apenas que as populações de China e Índia
São cerca de 750 milhões de analfabetos no mundo, número menor apenas que as populações de China e Índia (Foto: Marcello Casal Jr/ABr)


Este domingo (8) foi o Dia Internacional da Alfabetização, data instituída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), no século passado (em 1966), para incentivar o pleno letramento da população internacional. Para o Paraná, no entanto, a data não traz motivos para celebração, mas para preocupação, se considerados os dados mais recentes.
Na contramão do que se verifica a nível nacional, o estado viu crescer significativamente entre 2016 e 2018 a taxa de analfabetismo e o contingente de analfabetos dentro da população com idade acima de 15 anos. É o que revelam dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Educação 2018 (Pnad Educação), divulgada em junho último pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Brasil, entre 2016 e 2018, viu o contingente de analfabetos cair em todo o país de 11,671 milhões para 11,253 milhões (-418.306). O Paraná, por outro lado, registrou aumento na população de analfabetos, que passou de 401.510 para 454.491 (acréscimo de 13,47%).
Isso coloca o estado como aquele que mais viu crescer o número de pessoas que não sabem ler ou escrever, seguido por Mato Grosso (+ 22.827) e Amapá (+ 9.527). Por outro lado, Ceará (-98.706) e São Paulo (-63.388) foram os estados que mais reduziram a população em situação de analfabetismo.
Já se considerada a taxa de analfabetismo, ou seja, o porcentual de analfabetos dentro da população acima de 15 anos, temos que o país reduziu em 0,4 pontos porcentuais a sua taxa de analfabetismo no período analisado, passando de 7,2% para 6,8%.
O Paraná, por sua vez, foi a única unidade da federação a registrar dois aumentos consecutivos dessa taxa, que primeiro passou de 4,5% para 4,6% e mais recentemente alcançou 5,0%.
Outras três unidades, porém, também viram a taxa de analfabetismo crescer se considerado o comparativo entre 2018 e 2016: Distrito Federal (2,6% para 3,1%), Mato Grosso (6,5% para 7,1%) e Amapá (5,0% para 6,1%).
As menores porcentuais de analfabetos foram verificados nos estados do Rio de Janeiro (2,4%) e de Santa Catarina (2,5%). Os maiores, no Piauí (16,6%) e no Maranhão (16,3%). O Paraná tem a sexta menor taxa de todo o país, apesar dos recentes aumentos. Na região Sul, contudo, é o pior resultado e em disparado (o Rio Grande do Sul tem 3,0%).
Total de pessoas nesta situação supera a população de Maringá
Para se ter uma noção do que representa o contingente de 454.491 analfabetos no Paraná, podemos comparar esse número com a população dos municípios paranaenses. Em todo o estado, apenas as cidades de Curitiba (1.917.185) e Londrina (563.943) apresentam um contingente populacional mais significativo. O número de analfabetos no estado é ainda consideravelmente superior à população do terceiro maior município paranaense, Maringá, que possui 417.010 habitantes.
A taxa de analfabetismo de 5%, por sua vez, é facilmente ilustrada na seguinte fórmula: de cada 100 pessoas com mais de 15 anos que vivem no estado, 5 não sabem ler nem escrever.
Mundo

Apesar da melhoria do acesso às escolas, nos últimos 53 anos em diversos países, ainda existem em todo planeta 750 milhões de jovens e adultos que não sabem ler nem escrever. Se todas essas pessoas morassem em um único país, a população só seria inferior a da China e da Índia.
‘Números reais’ podem ser ainda mais graves
As estatísticas do IBGE consideram as pessoas com 15 ou mais que foram declaradas como analfabetas em pesquisa periódica de amostra domiciliar. Os números ‘reais’, contudo, provavelmente são ainda mais graves, se considerada a “capacidade de compreender e utilizar a informação escrita e refletir sobre ela” - como faz o estudo Indicador de Alfabetismo Funcional, elaborado pelo Instituto Paulo Montenegro e pela Ação Educativa.
O estudo, feito no ano passado a partir de testes cognitivos em 2.002 pessoas de todo o país, verificou que 29% dos entrevistados podem ser considerados analfabetos funcionais e que não superam o nível rudimentar de proficiência. Apenas 12% da população é considera “proficiente”.
Roberto Catelli Jr., coordenador Adjunto da Ação Educativa, explica que o analfabeto funcional é considerado a pessoa “capaz de identificar palavras, números, assinar o nome e ler frase. Mas não consegue realizar tarefa se precisar ler um pouco mais que isso - um parágrafo de um texto da vida cotidiana”, como recorte de jornal, um cartaz ou até mesmo uma receita de bolo.
A proporção de analfabetos funcionais no Brasil totaliza 38 milhões de pessoas. O volume dessa população é maior que quase todos os estados brasileiros, só perde para o total de residentes no Estado de São Paulo (41,2 milhões).
Metodologia
A Pnad Contínua levanta trimestralmente, por meio de questionário básico, informações sobre as características básicas de educação para as pessoas de 5 anos ou mais de idade. A partir de 2016, começou a incluir o módulo anual de educação, que, durante o segundo trimestre de cada ano civil, amplia a investigação dessa temática para todas as pessoas da pesquisa.
Fonte: Bem Paraná

domingo, 8 de setembro de 2019

Defesa de Lula cobra do STF reação diante das ilegalidades da Lava Jato


Diante do novo capítulo da Vaza Jato, os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska T. Zanin Martins cobraram que o STF julgue com urgência a liberdade de Lula. "Os habeas corpus que aguardam julgamento no Supremo Tribunal Federal tratando da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro e dos procuradores da Lava Jato são de grande importância para restabelecer o Estado de Direito e para dar a Lula a possibilidade de um julgamento justo e por isso devem ser julgados com urgência", diz a nota

247 - Após novo capítulo da Vaza Jato, divulgado pela Folha de S. Paulo em parceria com o The Intercept, no qual os diálogos mostram que a Lava Jato selecionou, de maneira perversa, os áudios que tinham grampeados para prejudicar a imagem de Lula, a defesa do ex-presidente cobrou que o STF julgue com urgência os habeas corpus sobre a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro e dos procuradores da Lava Jato.
"Os habeas corpus que aguardam julgamento no Supremo Tribunal Federal tratando da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro e dos procuradores da Lava Jato são de grande importância para restabelecer o Estado de Direito e para dar a Lula a possibilidade de um julgamento justo e por isso devem ser julgados com urgência — embora sejam irreparáveis os prejuízos causados por tais agentes públicos não apenas ao ex-presidente, mas à própria democracia do país", diz a nota assinada pelos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska T. Zanin Martins.
A defesa ainda listou outras ilegalidas cometidas pelos procuradores da Lava Jato: que os procuradores tinham consciência das ilegalidas que estavam cometendo e ressaltou os grampos ilegais entre Lula e seus advogados.
Confira a nota na íntegra:
Reportagem publicada hoje (08/09) pela Folha de S. Paulo em parceria com o “The Intercept” (“Diálogos de Lula que a Lava Jato não expôs contrariam Moro”) auxilia a reconstrução da verdade histórica e expõe as grosseiras ilegalidades praticadas pelo ex-juiz Sergio Moro e pelos procuradores da Lava Jato contra o ex-presidente Lula, contra os seus advogados, e também contra o Supremo Tribunal Federal, pois, dentre outras coisas: 
1 – mostra que o ex-juiz Sergio Moro, os procuradores e o delegado da Lava Jato de Curitiba selecionaram conversas telefônicas mantidas por Lula, escondendo dos autos e do Supremo Tribunal Federal aquelas que mostravam a verdade dos fatos, ou seja, aquelas que deixavam claro que o ex-presidente aceitou o cargo de Ministro de Estado para ajudar o governo e o país e não para qualquer outra finalidade ligada às investigações da Lava Jato; 
2 – mostra que os procuradores da Lava Jato tinham plena consciência da ilegalidade que estavam praticando ao postularem pela divulgação das conversas telefônicas grampeadas, inclusive aquelas captadas após a decisão judicial que determinou o encerramento das interceptações, mas mesmo assim decidiram levar adiante essa iniciativa, juntamente com o ex-juiz Sergio Moro, para alcançar resultados políticos e estranhos ao processo;  
3 – mostra que além do grampo ilegal instalado no principal ramal do nosso escritório por autorizaçã do ex-juiz Sergio Moro para acompanhar a estratégia de defesa de Lula, a Lava Jato também ouvia as conversas telefônicas que mantivemos com o ex-presidente a partir de ligações por ele realizadas para outros telefones; vale dizer: a Lava Jato grampeou deliberadamente conversas entre advogados e Lula por mais diversos meios e usou dessas conversas para reforçar o “lawfare” contra o ex-presidente;  
4 – a conversa mantida entre o advogado Cristiano Zanin Martins e o ex-Presidente Lula em 16/03/2016, gravada e ouvida ilicitamente pela Lava Jato, reforça que o ex-presidente Lula sequer tinha o objetivo de aceitar o cargo de Ministro de Estado e muito menos o de impedir qualquer investigação da Lava Jato.  
A adoção de práticas ilegais e incompatíveis com o devido processo legal e com o “fair trial” pelos membros da Lava Jato contra Lula e contra nós, seus advogados, há muito tempo vem sendo demonstrada em diversos recursos e procedimentos jurídicos.  Os membros da Lava Jato sistematicamente esconderam provas de inocência e estruturaram condenações pré-estabelecidas e medidas invasivas contra Lula e seus familiares com base em delações e outros elementos sem qualquer valor probatório, afrontando as garantias fundamentais do ex-presidente, a legislação internacional incorporada pelo Brasil (Estatuto de Roma, art. 54, 1, “a”), além de diretrizes das Nações Unidas sobre a atuação de membros do Ministério Público (“Guidelines on the Role of Prossecutors”, arts. 13 e 14).  
Os habeas corpus que aguardam julgamento no Supremo Tribunal Federal tratando da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro e dos procuradores da Lava Jato são de grande importância para restabelecer o Estado de Direito e para dar a Lula a possibilidade de um julgamento justo e por isso devem ser julgados com urgência — embora sejam irreparáveis os prejuízos causados por tais agentes públicos não apenas ao ex-presidente, mas à própria democracia do país.  
Cristiano Zanin Martins/ Valeska T. Zanin Martins


Moro chefiou operação criminosa contra a democracia, diz nota do PT


"O Brasil não aceita mais conviver com a mentira e a injustiça contra sua maior liderança popular. O estado de direito não pode mais continuar suspenso para um cidadão, chamado Luiz Inácio Lula da Silva, por causa de interesses políticos, econômicos e midiáticos. E a democracia não pode mais ser refém dessa farsa, da qual tantos participaram por ação e até por omissão", aponta o texto assinado pela deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do partido

Nota oficial do Partido dos Trabalhadores – As novas revelações sobre as conversas secretas de Sérgio Moro com os procuradores e policiais federais da Lava Jato confirmam que ele comandou uma verdadeira organização criminosa para atacar o processo democrático no Brasil. Fizeram espionagem política dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, de ministros e ex-ministros, além de grampear ilegalmente as conversas de Lula com seus advogados.
Está comprovado, mais uma vez, que o ex-presidente só aceitou a nomeação para chefiar a Casa Civil, em março de 2016, porque tinha compromisso com a pacificação do país e com a superação dos desafios econômicos e políticos do governo. Não fugiu nem tentou jamais fugir da Justiça. As conversas que a Lava Jato escondeu provam, mais uma vez, como era falsa a tese de “desvio de finalidade”, utilizada para proibir a nomeação de Lula.
Essa farsa criminosa foi urdida em conjunto por Moro, Deltan Dallagnol, o delegado Luciano Flores, atual chefe da PF no Paraná, e seus colegas das forças-tarefas. Em cumplicidade com a Rede Globo, manipularam um grampo ilegal da presidenta da República para roubar os direitos políticos de Lula, para cassar a competência de Dilma de nomear ministros e para desfechar o golpe do impeachment.
Agentes do estado mentiram para a Procuradoria-Geral da República (PGR), para o Supremo Tribunal Federal (STF) e para o país, como se constata na reportagem da Folha de S. Paulo e do The Intercept Brasil. Traíram o compromisso com a Constituição, com a verdade e com o país para alcançar objetivos políticos. Não têm condições de exercer qualquer função pública e é inadiável que respondam na Justiça pelos crimes cometidos.
As revelações deste domingo somam-se aos robustos argumentos apresentados pela defesa de Lula ao STF, mostrando que é inadiável reconhecer a parcialidade de Moro e dos procuradores, anular um processo viciado desde o início e garantir o direito de Lula a um julgamento justo.
O Brasil não aceita mais conviver com a mentira e a injustiça contra sua maior liderança popular. O estado de direito não pode mais continuar suspenso para um cidadão, chamado Luiz Inácio Lula da Silva, por causa de interesses políticos, econômicos e midiáticos. E a democracia não pode mais ser refém dessa farsa, da qual tantos participaram por ação e até por omissão.
O Brasil só vai reencontrar a paz quando restabelecermos o estado de direito e a democracia na plenitude, com Lula livre. Só assim poderemos superar a gravíssima crise social, econômica, politica e de perda da soberania em que o país foi colocado pelos que prenderam Lula e abriram caminho para o governo de extrema-direita que destrói e envergonha o Brasil.
Pela Justiça, pela democracia e pelos direitos do povo!
A verdade vencerá!
Lula Livre!
Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT
Brasília, 8 de setembro de 2019


Prefeito decreta luto oficial pela morte do escritor Francisco Soares Dias Sobrinho


O primeiro jornalista de Apucarana, “Seo Chiquinho”, estava com a saúde fragilizada e veio a óbito na manhã deste domingo
(Foto: Arquivo)

O prefeito Sebastião Ferreira Martins Junior, o “Junior da Femac”, decretou luto oficial por três dias em Apucarana, em decorrência do falecimento do jornalista, escritor e historiador, além de pioneiro no município, Francisco Soares Dias Sobrinho, o “Seo Chiquinho”, como era carinhosamente chamado por todos.
“Em nome dos apucaranenses manifestamos nosso profundo pesar pela lamentável perda, do pioneiro, jornalista e escritor Francisco Soares Dias, figura ímpar e de renomado respeito no Município. Trata-se do autor de vários livros que narram a história de Apucarana e também responsável por outros feitos extraordinários, que valorizaram nossa cidade”, comentou o prefeito Junior da Femac.
O pioneiro nasceu em Minas Gerais, na cidade de Cachoeira Alegre, e chegou ao Norte do Paraná em 1951. Desde o início ele esteve engajado em segmentos organizados da sociedade local. E, como demonstrando seu respeito e paixão por Apucarana, Seo Chiquinho narrou a historia de Apucarana no seu primeiro livro: “Apucarana Uma História de Sucesso no Norte do Paraná”. Depois foi autor de outros livros, incluindo o que narra a história da Diocese de Apucarana.
Francisco Soares Dias Sobrinho atuou como assessor na Fundação Cultural de Apucarana; assessor de imprensa na Câmara Municipal de Apucarana; presidente do Instituto do Cego; e Secretário da Cultura na Gestão do ex-prefeito Voldimir Mirão Maistrovicz, entre outros cargos que ocupou.
O jornalista também foi o responsável direto pelo concurso visando a criação e posterior gravação do Hino de Apucarana. Ele também era membro da Academia de Letras, Artes e Ciências Centro Norte do Paraná.
Seo Chiquinho deixa a esposa Maria de Lourdes Freitas Dias e as filhas Regina Celi Dias Sobrinho e Cristina Brilha, e o filho Dr. Francisco Soares Dias Filho, Procurador de Justiça, além de netas e netos. O corpo do pioneiro está sendo velado na Capela Mortuária Central e será sepultado na manhã desta segunda-feira (9), às 09 horas, no Cemitério Municipal Cristo Rei.


Deltan chamava Lula de “9”, numa alusão ao dedo perdido em acidente de trabalho


Se não bastassem as interferências da Lava Jato para fomentar o golpe contra Dilma Rousseff, em 2016, e tirar Lula da eleição de 2018, o novo capítulo da Vaza Jato demonstra que membros da operação não tinham o menor pudor na forma de tratá-lo. O procurador Deltan Dallagnol faz referência a Lula como "9", em uma alusão aos nove dedos do ex-presidente. Um deles foi perdido em um acidente de trabalho

247 - Se não bastassem as interferências da Lava Jato para fomentar o golpe contra Dilma Rousseff, em 2016, e tirar Lula da eleição de 2018, o novo capítulo da Vaza Jato demonstra que membros da operação não tinham o menor pudor na forma que faziam referência a ele. 
O procurador Deltan Dallagnol faz referência a Lula como "9", em uma alusão aos nove dedos do ex-presidente. Um deles foi perdido em um acidente de trabalho. 
Segundo diálogos revelados pelo Intercept Brasil em parceria com o jornal Folha de S.Paulo, Dallagnol conversa com o delegado Igor Romário de Paula e diz:
Deltan: Igor, consegue pra mim Cd ou DVD com todos os áudios do 9 e a análise dos que tiver? Estou sem nada para ouvir no carro rsrsrs
Igor: Sim... amanhã, ok!?
O novo capítulo da Vaza Jato aponta que a Operação Lava Jato tinha 22 diálogos sobre Lula, ma susou somente um deles para interferir na política. O grampo ilegal soltado por Moro foi o que Lula e Dilma tratavam de eventual posse dele como chefe da Casa Civil, mas, de acordo coma  reportagem, outras 21 ligações enfraquecem a tese usada por Moro, de que o ex-presidente queria se blindar da Lava Jato. 


Haddad: Moro cometeu crime de vazamento seletivo e ilegal para fortalecer o golpe



"Sou testemunha do quanto Lula relutou, por meses, em aceitar convite de Dilma para integrar seu governo, até que ele cedeu aos apelos. Hoje ficamos sabendo que Moro ou a PF conheciam os fatos, mas cometeram o crime de vazamento seletivo e ilegal para fortalecer o impeachment", disse o ex-presidenciável Fernando Haddad no Twitter, após a nova Vaza Jato
247 - O ex-presidenciável do PT Fernando Haddad alertou que o ministro Sérgio Moro (Justiça) cometeu o "crime de vazamento seletivo e ilegal para fortalecer o impeachment" de Dilma Rousseff em 2016, quando ele era juíz da Operação Lava Jato. O post de Haddad no Twitter veio após a reportagem do Intercept Brasil em parceria com o jornal Folha de S.Paulo apontar que diálogos de Lula põem em xeque a versão de Moro, de que o ex-presidente queira ser ministro-chefe da Casa Civil para se blindar da Lava Jato. 
"Sou testemunha do quanto Lula relutou, por meses, em aceitar convite de Dilma para integrar seu governo, até que ele cedeu aos apelos. Hoje ficamos sabendo que Moro ou a PF conheciam os fatos, mas cometeram o crime de vazamento seletivo e ilegal para fortalecer o impeachment", disse o ex-prefeito de São Paulo no Twitter.
De acordo com um trecho da matéria, "conversas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gravadas pela Polícia Federal em 2016 e mantidas em sigilo desde então enfraquecem a tese usada pelo hoje ministro Sergio Moro para justificar a decisão mais controversa que ele tomou como juiz à frente da Lava Jato".
"Outras ligações interceptadas pela polícia naquele dia, mantidas em sigilo pelos investigadores, punham em xeque a hipótese adotada na época por Moro, que deixou a magistratura para assumir o Ministério da Justiça no governo Jair Bolsonaro (PSL)". 


Brasil é governado por extremistas, atrasados e mal-educados, diz Guga Chacra

"Em um país com governantes extremistas, atrasados e mal-educados, o ministro da Economia decide copiar o presidente da República e insulta a primeira-dama da França para uma plateia que bate palmas e dá risadas", apontou ainda o correspondente da Globonews
247 – "Em um país com governantes extremistas, atrasados e mal-educados, o presidente da República celebra uma ditadura sanguinária responsável pela morte de milhares de pessoas e ataca a alta comissária de Direitos Humanos da ONU, cujo pai foi torturado e morto por este mesmo regime ditatorial", escreveu o jornalista Guga Chacra, em sua coluna.
"Em um país com governantes extremistas, atrasados e mal-educados, o ministro da Economia decide copiar o presidente da República e insulta a primeira-dama da França para uma plateia que bate palmas e dá risadas", apontou ainda o correspondente da Globonews.

Objetivo de Lula era recompor relação com Temer e com o PMDB


Os novos diálogos da Vaza Jato também trazem conversas entre os ex-presidentes Lula e Michel Temer, que demonstram que o objetivo do primeiro era recompor a aliança com o PMDB e, assim, garantir a continuidade do governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Tais diálogos, no entanto, foram omitidos no vazamento de Sergio Moro para a Globo

247 – O novo capítulo da Vaza Jato também demonstra que Lula pretendia apenas atuar como ministro da Casa Civil, reconstruindo a aliança com o PMDB. Duas de suas conversas com Michel Temer deixam isso claro, mas os diálogos foram omitidos porque o objetivo da Lava Jato era criar a falsa impressão de que Lula pretendia apenas se blindar na Lava Jato – tese admitida por Gilmar Mendes para impedir sua posse na Casa Civil. Confira abaixo mais um trecho da reportagem da Folha e do Intercept:
A PF escutou duas conversas de Lula e Temer. Na primeira, eles marcaram uma reunião para o dia seguinte, e Lula disse a Temer que a rejeição enfrentada pelos políticos numa recente manifestação pró-impeachment mostrava que o avanço da Lava Jato criara riscos para todos os partidos, não só o PT. 
Na segunda ligação, após discutir a situação de um aliado do vice-presidente no governo, o petista prometeu ser um parceiro e disse que eles deveriam atuar como "irmãos de fé". Segundo as anotações dos agentes da PF, Temer respondeu a Lula dizendo que "sempre teve bom relacionamento" com ele. 
Embora os registros mostrem que os policiais prestaram atenção a todas as conversas do ex-presidente, o telefonema de Dilma foi o único que a PF anexou aos autos da investigação sobre Lula nesse dia antes que Moro determinasse o levantamento do sigilo do processo. 
Informado das anotações da PF sobre suas conversas com Lula em 16 de março de 2016, o ex-presidente Michel Temer disse que reconhece os diálogos, e que nunca soube que tinha sido grampeado naquele dia.


Procurador alertou sobre ilegalidade do grampo, mas Deltan avisou que o processo era político – não jurídico


O novo capítulo da Vaza Jato também demonstra que os procuradores da Lava Jato sabiam que cometiam ilegalidades. Embora um deles tenha alertado para a ilegalidade do grampo feito por Moro na então presidente Dilma Rousseff, Deltan Dallagnol afirmou que "a questão jurídica é filigrana diante do contexto maior que é político"
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

247 – Os procuradores da Lava Jato estavam dispostos a cometer ilegalidades para impedir a posse do ex-presidente Lula e criar condições políticas para o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff – o que acabou permtindo a ascensão do neofascismo representado por Jair Bolsonaro. É o que demonstra um trecho da reportagem da Folha em parceria com o Intercept neste domingo, Nela fica claro, que a divulgação do grampo ilegal entre os ex-presidentes Lula e Dilma era ilegal. Confira abaixo:
Para Andrey Borges de Mendonça, seria difícil defender a divulgação da conversa de Dilma por causa do horário em que ocorrera, mas a maioria discordou. "O moro recebeu relatório complementar e o incorporou", disse Carlos Fernando. "Nesta altura, filigranas não vão convencer ninguém."
Deltan entrou tarde na discussão e se alinhou com Carlos Fernando. "Andrey No mundo jurídico concordo com Vc, é relevante", disse. "Mas a questão jurídica é filigrana dentro do contexto maior que é político" 
Mendonça disse concordar com o chefe da força-tarefa, mas insistiu. "Isso tera q ser enfrentado muito em breve no mundo juridico", escreveu. "O estrago porem esta feito. E mto bem feito". Era tarde, e os outros integrantes do grupo não se manifestaram mais sobre o assunto.


Lava Jato omitiu diálogos de Lula para impedir sua posse na Casa Civil e derrubar Dilma


O novo capítulo da Vaza Jato revela que policiais e procuradores omitiram diálogos do ex-presidente Lula que comprovam que sua intenção jamais foi se blindar das investigações da Lava Jato. Lula pretendia apenas garantir a governabilidade da ex-presidente Dilma Rousseff. Com a manipulação dos diálogos, que foram vazados por Sergio Moro para a Globo, a Lava Jato mudou a história do Brasil, impedindo a posse de Lula, derrubando Dilma e permitindo a ascensão do fascismo representado por Jair Bolsonaro
(Foto: Ricardo Stuckert)

247 – Os diálogos mantidos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2016, quando ele poderia ter sido ministro da Casa Civil, demonstram que sua intenção jamais foi se blindar da Lava Jato – tese usada por Sergio Moro para vazar o grampo ilegal com a  então presidente Dilma Rousseff para a Globo. Lula pretendia apenas garantir a governabilidade de Dilma – o que seria absolutamente lícito e normal. No entanto, tais diálogos foram omitidos, justamente porque contrariavam a tese usada por Moro para manipular a opinião pública. Com a divulgação apenas parcial dos áudios, a Lava Jato contribuiu para impedir a posse de Lula como ministro, derrubar a presidente Dilma por meio de um impeachment fraudulento e permitir a ascensão do neofascismo representado por Jair Bolsonaro. É este o novo capítulo da Vaza Jato.
"Conversas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gravadas pela Polícia Federal em 2016 e mantidas em sigilo desde então enfraquecem a tese usada pelo hoje ministro Sergio Moro para justificar a decisão mais controversa que ele tomou como juiz à frente da Lava Jato", aponta a nova reportagem da Folha em parceria com o Intercept. "Outras ligações interceptadas pela polícia naquele dia, mantidas em sigilo pelos investigadores, punham em xeque a hipótese adotada na época por Moro, que deixou a magistratura para assumir o Ministério da Justiça no governo Jair Bolsonaro (PSL)."
"Os diálogos, que incluem conversas de Lula com políticos, sindicalistas e o então vice-presidente Michel Temer (MDB), revelam que o petista disse a diferentes interlocutores naquele dia que relutou em aceitar o convite de Dilma para ser ministro e só o aceitou após sofrer pressões de aliados. O ex-presidente só mencionou as investigações em curso uma vez, para orientar um dos seus advogados a dizer aos jornalistas que o procurassem que o único efeito da nomeação seria mudar seu caso de jurisdição, graças à garantia de foro especial para ministros no Supremo", aponta ainda a reportagem. 
O grampo ilegal de Moro foi divulgado pela Globo no dia 16 de março de 2016. Com base nas conversas divulgadas pelo ex-juiz, o ministro Gilmar Mendes, do STF, anulou a posse de Lula dois dias depois, em 18 de março. Com o aprofundamento da crise política, a Câmara aprovou a abertura do processo de impeachment em abril e afastou Dilma do cargo, lembra a reportagem.