"Aceitei
o convite para explicar à população a importância do nosso trabalho. O
procurador @deltanmd também foi convidado. Vai ter ao vivo na TV Câmara",
disse o jornalista Leandro Demori, do Intercept Brasil. "Convido Joice
Hasselmann para aparecer na sessão. Ela tem direito a fazer perguntas e pode
repetir a tese de que nós somos criminosos e devemos ser presos"
Leandro Demori (Foto: Alice Vergueiro/Abraji) |
247 - O jornalista
Leandro Demori, um dos editores do Intercept Brasil, informou no Twitter que
irá à Câmara dos Deputados nesta terça-feira (10) falar sobre as reportagens do
site, que vem revelando irregularidades da Operação Lava Jato.
"ATENÇÃO: na terça eu estarei na
Câmara dos Deputados para falar sobre #VazaJato. Aceitei o convite para
explicar à população a importância do nosso trabalho. O procurador @deltanmd
também foi convidado. Vai ter ao vivo na TV Câmara", escreveu o
jornalista no Twitter.
"Aproveito e convido @joicehasselmann
para aparecer na sessão. Ela tem direito a fazer perguntas e pode repetir
a tese de que nós somos criminosos e devemos ser presos. Eu posso explicar
porque ela está errada", acrescentou.
Desde o mês de junho, o Intercept publica
reportagens mostrando troca de diálogos que demonstram as irregularidades da
Lava Jato. Quando julgava os processos da operação em primeira instância, o
atual ministro Sérgio Moro (Justiça) interferiu no trabalhadores de
procuradores do Ministério Público Federal (MPF-PR).
O ex-juíz negociou acordos de delação
premiada e recomendou o acréscimo de informações na elaboração de uma denúncia
contra um réu — Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que
tinha contratos com a Petrobrás.
Moro também questionou a capacidade de um
procuradora em interrogar o ex-presidente Lual e sugeriu a inversão da ordem
das fases da operação.
Outra reportagem apontou
que procurador Deltan Dallangnol duvidava da existência de provas contra Lula,
acusado de ter recebido um apartamento da OAS como propina.
O procurador também usou a delação da OAS
para tentar barrar a indicação de um ministro do Superior Tribunal de Justiça,
Humberto Martins, para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal com a morte de
Teori Zavascki em 2017.
Várias outras irregularidades foram
apontadas. Em agosto, o jornalista Glenn Greenwald afirmou que divulgação das
ilegalidades da operação está só no começo. "Muito mais. Estamos mais
perto do começo do que do final", escreveu ele no Twitter (veja aqui).